Chapter 10:

No meio da tarde Emma acordou com uma dor de cabeça infernal. E no seu quarto entrava um sol desgraçado. Sua visão ficou péssima por uns segundos, mas logo passou. Ela gemeu de dor e abaixou a cabeça, deitando no travesseiro. Logo sentiu seu estômago reclamar, ela suspirou e se levantou. Ela esfregou os olhos, e saiu do quarto. Estava descalça, e seu pijama estava todo torto.

- Em – disse seu pai vendo a dificuldade da filha em pegar a caixa de remédios.

- Não alcanço essa desgraça – resmungou a mulher.

O pai pegou a caixa para ela, e a viu pegar um comprimido para dor de cabeça. Ela tomou o remédio e logo em seguida abriu a geladeira. Viu um pedaço de lasanha em um pote. Ela o pegou, e pegou um garfo e uma faca. Ela se sentou no sofá e comeu a lasanha, gelada mesmo.

- Cadê a mamãe? – perguntou Emma.

- Foi ao mercado...

- E você não foi junto? – perguntou a filha estranhando, já que eles faziam questão de irem juntos ao mercado e coisas do tipo.

- Não... Falei que ia ficar para conversar com você.

- Comigo? – perguntou Emma dando uma garfada na lasanha.

- É... Você está bem?

- Tirando minha dor de cabeça desgraçada, sim estou...

- Sabe que não falo da sua dor de cabeça.

- Se está insinuando que estou mal por causa da Srta Mills, está...

- Estou certo. – cortou David. – Quer falar comigo sobre?

- Eu não sei... Não tem muito o que falar. – respondeu a mulher se levantando e indo em direção a geladeira e pegando a coca-cola.

- Então me fale o que tem que falar. – pediu o homem suspirando.

- Ela tem namorada. E a namorada dela me disse pra eu ficar bem longe da Srta Mills... Não ligo. E hoje, bom eu a Srta Mills nos encontramos e resolvi que não quero ter nada com ela.

- Como assim? De uma hora pra outra? – perguntou David franzindo a testa.

- Mais ou menos... Hoje eu e ela fomos pra cama, e depois a gente conversou e ela queria fazer algo comigo que eu não queria, me senti muito mal depois, pois ela tem namorada e a gente foi pra cama, enfim... Eu não quero mais nada com ela.

- O que ela queria que você fizesse? – perguntou David.

Emma voltou para o sofá com seu refrigerante, tomou um gole e falou:

- Queria que eu nunca mais transasse com ninguém, somente com ela. Quando ela quisesse... Na hora em que ela quisesse. Eu falei que não, que eu ia ser somente um brinquedinho pra ela, e eu vim embora.

- Gosta dela?

- É complicado – respondeu Emma.

- Ela gosta da namorada dela?

- Deve gostar... – respondeu Emma sentindo os olhos marejarem – Eu não quero falar sobre isso. Não agora.

- Tudo bem... Qualquer coisa é só...

- Eu sei... E para avisar, essa vez era da Mary... A última vez foi você. – respondeu Emma se levantando.

- Sabia que era a vez dela. Tinha certeza. – pigarreou David.

Emma entrou no quarto, e se jogou na cama. Estava se sentindo péssima. Nunca se sentira tão mal na vida. Nem seus pais a queriam mais. Tinham que revezar pra quem iria escutar os problemas dela.

“Acho que vou me mudar. Nem meus pais me aguentam mais. Acho que a Ruby também não me aguenta mais... Ah... Que droga... Essa Regina sempre vem pra bagunçar minha vida... Não quero vê-la nunca mais... Não acredito que ela falou aquilo pra mim, me sinto tão mal... Não acredito que fui pra cama com a Regina sendo que ela namora. Estou com vergonha. Isso não é legal...” – pensava Emma.

XXX

Regina estava sentada no balanço do quintal da sua casa, pensando nas coisas que acontecera no seu dia. E quando terminou com Laura sentiu um enorme peso indo embora. Ela gostava da Laura, mas não podia continuar a se enganar. E nem a enganar Laura. E tinha Emma. Ela amava Emma. Mas o que tinha feito foi errado. As coisas não deveriam ter acontecido daquele jeito.

- Me odeio – falou Regina.

Ela se levantou e foi andar pela cidade a pé. Precisava pensar. Ao passar enfrente a casa da Xerife sentiu um aperto no coração.

- Amo você Em... – sussurrou Regina olhando para a janela do quarto da amada.

Ela ficou parada enfrente ao prédio até ver uma cabeça aparecer na janela que observava. Emma a olhou e passou a mãos nos olhos.

- Vai embora – pediu Emma à ela.

Regina olhou para o chão, suspirou e continuou seu caminho. Enquanto andava deixou algumas lágrimas caírem. Ela não estava mais focada em nada, quando percebeu estava no meio de um cruzamento e um carro quase a atropelou:

- Olha por onde anda! – gritou o homem do carro.

Regina olhou para o carro e quando viu quem era seu rosto se iluminou, e o do motorista também. Era o Robert!