Impávida. escrita por Lucas Piascentini


Capítulo 4
Capítulo 4 — Espectral.


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo ai, particularmente, não gostei... Mas eu precisava escrever, o próximo prometo que será bem melhor que esse, sem dúvidas alguma, afinal, eles farão um tour por Elo!



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Estou morta?”.



De repente, sinto gotas de fogo atingirem minha coxa, queima, dói. Eu não suporto e grito. Estou segurando em alguma coisa... Ou melhor, alguma coisa segura em mim. Não suporto abrir meus olhos, eles vão queimar caso eu faça isso, eu simplesmente sei. Vejo minha mãe em minha mente e de repente, sinto saudades dela. Eu não deveria ter saído da minha cidade, não... Deveria ter escolhido a água.



— Cassie! — É uma voz masculina, gostaria de saber o dono dela. Gostaria de saber quem está preocupado comigo. Sei que a voz não é pertencente ao meu irmão, tampouco a meu monitor.

— Idiota. — A voz parece a do meu monitor, Lucca, agora, acredito que deve estar me ofendendo por ter sido burra suficiente e ter caído aqui.


— Cassie, aguente firme! — Essa, eu não tenho dúvidas, é Alaric.

— A gente deveria deixá-la morrer — Sugere uma voz feminina — Ela é tão tonta a ponto de cair dentro de um vulcão, isso a torna fraca, e como Lucca já disse, os fracos morrem aqui.

— Quem pediu sua opinião mesmo? — Retruca Alaric.

— Cale a boca, garoto. Por acaso você é algo dela para estar a defendendo?

— Na verdade sou, sou irmão dela.

Não ouço mais a voz irritante e egocêntrica da menina, sinto repugnância só de pensar nela. Não a conheço e não pretendo conhecê-la, mas sou obrigada a concordar com ela instintivamente, sou fraca, mereço cair.

Tenho vontade de gritar, tenho vontade de chorar, mas sou incapaz. Não há lágrimas em meu organismo, e se há, elas se recusam a cair. As mãos que me seguram pelos braços são tão quentes quanto o fogo que eu sei que há aqui embaixo. Não quero cair, não quero... Jamais desejaria.

Finalmente, decido, que logo essa mão masculina que me segura, não me aguentará. Ninguém parece se preocupar, a não ser meu irmão. Talvez não fizesse falta mesmo se eu caísse aqui e deixasse essa lava quentinha atingir meus pés, engolir meu corpo, mastigar meus cérebros... Pleonasmo, acredito.

Decido que morrerei, e como se não ligasse para minha vida adormeço. Adormeço sentindo o cheiro de erva doce das mãos da pessoa que me segura... Não sei como o sinto, só o sinto.



Acordo mais fria do que uma pedra. Não sinto minhas mãos, tampouco meus pés. Imagino senão devo estar em um outro mundo, eu até gostaria, caso estivesse. Não desejo abrir os olhos, mas faço-o. Estou em uma sala revestida de pedras brancas, deitada numa tentativa de maca. Enxergo que este lugar deve ser um hospital e eu jamais estive em hospital, a não ser se fosse para tomar vacinas contra infinidade de coisas. Doenças transmissíveis ou não.




Estou coberta por três cobertores, pergunto-me o motivo de estar tão gelada. Não está frio, isso eu tenho certeza, posso afirmar ainda. Quero dizer, parece que não. Tento mexer meus dedos, porém sou incapaz. Sinto dor a cada segundo. Penso em como fui salva e como fui tonta. As palavras de Lucca soam na minha mente agora. “Andem para o lado!”. Mas do que adianta saber o que ele dizia agora?

Vagarosamente começo a sentir meus pés, eles estão queimando. Talvez eu tenha caído e os médicos daqui tenham me recuperado, penso, mesmo sabendo que isso é improvável, pois apesar da tecnologia avançada, ainda não somos Deus para dar vida a um ser não vivo. Vai ver eu não morri, quem sabe. Ou quem sabe ainda, eu morri, e estou indo agora para um plano espiritual, não doeria nada.



Levanto da cama, quando finalmente sinto meu corpo por completo. Não ouso olhar para a maca novamente, mas vejo que há algo em meu pé. Estou aprisionada por um tipo de cordão metálico branco. Caminho até a maca, redirecionando meu olhar ao chão, não me interesso pelo que há na maca, até descobrir que é meu corpo que há lá.

Grito, e sei que ninguém me escuta.

Estou morta?

Sento no chão como se tudo estivesse acabado. Eu morri, digo a mim mesma. Apenas pergunto-me como, já que meu corpo, não está todo queimado, exceto pela perna, estou normal. Viva. Sorrio, até, enquanto durmo. Um sono para sempre, acredito. Não sou capaz de dizer nada, e percebo que sou muito jovem para não apreciar a vida de uma morta, pergunto-me se é boa ou ruim. Não deveria ter morrido, mas devo ter merecido. Sou fraca, sempre fui, e todas sabem. Não me orgulho, nunca me orgulhei, jamais me orgulharei, mas ninguém muda, ninguém se torna alguém que é incapaz de ser. Jamais conseguirei ser forte, isso eu sei, mesmo desejando. Talvez, em outra vida, acredito, se é que há, é claro.

Rastejo meus olhos até a linha branca que me prende. Ela brilha mais do que o sol. Puxo-a com força. Não adianta, ela não parece querer sair. Ela é tão curta que não sei até onde conseguiria andar com ela no meu pé, literalmente. Penso em não pensar nela e apenas andar até onde der, depois de muitas e muitas tentativas de arrancá-la. Meu braço dói, assim como minhas pernas. Gostaria de ser forte o bastante para retirar a linha de lá, da maca, pois é lá que ela parece estar presa. Levanto-me e observo atentamente meu corpo, ela parece estar presa, na realidade, no meu corpo, na minha perna. Imagino, talvez, que tenha me machucado fazendo a força que eu fiz para tentar tirá-la. Desisto de arrancá-la finalmente.

Ando vagarosamente, com o pé encostando no chão e esfriando a cada toque, imagino que poderia voar, mas não sei como fazer isso.

— Oras, tu acordastes então, Cassie?

Seguro minha boca para não gritar, vejo uma alma em minha frente. Pálida, mas não branca, como todos pensam que um espírito deve ser, quero dizer, ela utilizava roupas brancas, mas não era exatamente sem cor. Sim, era morta, mórbida. Seus cabelos louros. Era uma mulher, isto é um fato.

— Quem é você? — Digo incerta se devo falar com ela, afinal de contas ela é um espírito. E percebo que voa, pois está flutuando sobre o chão gelado daquela sala.

— Não deveria falar contigo, serei punida, mas não resisti. Meu nome é Clarice, sou uma leviana. — Diz a espectro.

Pergunto-me no mesmo instante o que é uma leviana.

— Ah, claro, tu não sabes o que é uma leviana, óbvio. — Ela dá um tapa em sua própria cabeça. — Acho melhor lhe mostrar o que é uma leviana. — Ela diz em meio ao riso.

Sou puxada pelo braço. Penso em gritar que estou presa por uma corda, mas a corda brilhante não parece estar me puxando de volta, não, muito pelo contrário. Lembra-me elástico, mas um elástico que não volta. Uma linha que cresce, quem sabe, infinitivamente.

— Clarice, onde estamos indo?

— Não se preocupe, não irei matá-la.

Ela ri, como se aquilo fosse uma piada. Limito-me a entreolhá-la. Ela não responde, não diz nada. Apenas me puxa pelo braço, ela está voando, assim como eu, porém sendo segurada.

— Me ensina a voar, não é mais fácil? — Digo, quando não estou mais aguentando o toque nojento e mórbido de Clarice a meu corpo, ou melhor, a minha alma.

— Só levianas podem voar.

Olho para ela incrédula. O que é leviana? Tenho vontade de gritar ou ao menos exigir uma resposta.

— Não adianta querer uma resposta, nem exigi-la, minha querida, aqui ninguém manda em mim. Quero dizer, a não ser a Província Divina. Mas isso não é um papo para uma dominadora de fogo, quem sabe se você fosse de Força Espectral. — Ela ri pensando que aquilo é uma piada. — Mas espere, você é de Força Espectral? — Ela ri mais ainda. — Bem que Jorge falou que nasceria uma Espectral dupla, achei que era mentira, disse a ele que ele era retardado, já que a última fui eu. Mas diferente de você, escolhi a Força Espectral e não a Força do Fogo, que é um tanto sem graça, a propósito.

Não respondo, não entendo uma palavra do que ela diz, já que ela fala muito rápido, enrolando uma palavra atrás da outra, além do mais, a linguagem que ela utiliza é um tanto sobre morte e eu não entendo nada disso. Eu sei que ela sabe que não entendo, mas não se preocupa em explicar. Não ligo, ela é um espectro. Mas espere, eu também sou, porque morri. Ouço uma gargalhada saindo da boca de Clarice em meio ao voo, penso que podemos cair, pois ela treme e faz com que eu me sinta uma folha sendo carregada, porque balanço feito, exatamente, um papel.

— Você acha que está morta? — Ela gargalha mais ainda. — Não, minha querida, você está dormindo.

Não entendo o que ela diz.

— Você é muito burra, vamos parar por aqui mesmo e te explico tudo.

Ela pousa como uma pomba pousaria, um avião pousaria, uma nave pousaria, ou até mesmo, como um elementar do ar pousaria.

Há centenas de pessoas, misturadas com almas que vagam para lá e para cá. Estamos em uma espécie de hall, acredito em um hall alimentício em Elo. Há mesas que saem do chão, todas de pedra. Não entendo o porquê dos dominadores de fogo considerarem pedra algo, digamos, fogoso. O lugar não é tão escuro quanto deveria ser, está um tanto cheio é óbvio, mas há luzes, várias aliás, por toda a parede. Luzes em um tom alaranjado avermelhado.

Independente disso, não quero ficar aqui.

Sou obrigada a me sentar em um dos bancos gélidos quando percebo que não tenho alternativa. É uma questão irrespondível do porque eu sentir o gélido do banco de pedra se eu estou em uma forma de espírito. Deveria sentir algo? Acredito que não.

— Bem-vinda ao seu primeiro sonho acordada. — Diz Clarice de forma antônima quando se senta à minha frente. Encaro-a. — Nossa, mas que cara feia? Está com fome?

Não sei responder se estou. Espíritos sentem fome? Aceito um suco, mas não digo, limito-me a ficar calada e esperar que ela faça as breves explicações, já que ela é uma leviana.

— Nem entendeu a piada, imagino. — Diz ela. — Também é uma antiga expressão usada pelos terráqueos. “Cara feia para mim é fome.” — Não sei se deveria achar graça, então limito-me em um sorriso, desmerecedor é claro, ela é repugnante.

Clarice pensa em dizer algo, mas apenas me encara, como se soubesse o que eu tivesse pensado. Encaro-a de volta. Não ligo se ela leu meus pensamentos, porque ela é... Um espírito e eles não podem me fazer mal, acredito.

— Ai que você se engana, minha querida — Começa ela. — Espíritos levianos podem fazer mal, sim.

Blefe, acredito.

Ela lê minha mente de novo, estende seu pé quando um humano anda pelo hall. Ele caí, derrubando tudo que carregava.

— Blefe? — Encara-me rindo. — Enfim, é isso que é um espírito leviano, estamos em toda parte, como você pode ver. Todos aqui, exceto os de terno somos espíritos levianos. Os que usam roupa branca, são os “voluntários”, como eu. Os de roupa preta, por um motivo acredito preconceituoso, são os do mal. — Ela ri. — Mentira, é justamente ao contrário. Os pretos são os voluntários, os de branco são os do mal.

Blefe.

— Estou sendo sincera, e olha que eu costumo não ser. O que eu mais faço é mentir, causar traições, causar intrigas. É engraçado como os Elementares se estressam fácil sabe? Acho tudo tão engraçado, como vocês se apaixonam em um dia e terminam no outro, ou até mesmo, coisas mais simples, como fazem maldade para si próprio. Como guerreiam por interesses econômicos. Por notas sem valores.

— Então porque você está me ajudando? — Indago.

— Eu te ajudando? — Ela ri. — É verdade, por isso que eu disse, serei punida. Estou te ajudando porque você é burra, como eu era na minha primeira vez aqui. Nesse mundo entre o nosso. Senti um pouco de... — Ela não completa a frase.

— Compaixão. — Completo para ela, já que ela é incapaz de dizer a palavra.

— Não diga! Sua tonta! Eles podem descobrir, e se descobrir perco meu cargo de Governadora Espectral.

Sorrio e penso em gritar, já que ela é má, por que teria dó de fazer maldades com ela?

— Você não está doida. — Ela diz me encarando.

— Me provoque. — Digo rapidamente.

Ela fica em silêncio, observando as cores de meu cabelo. Um loiro quase branco. Encara-me como se eu fosse uma refeição. Encaro-a também, reparando no cabelo loiro dela, e seus lábios finos da mesma cor da pele dela, brancos.

— Seu cabelo ficaria melhor se fosse escuro. — Ela diz.

— Ninguém te perguntou. — Retruco.

Gostaria de saber o motivo de eu estar tão malevolente. Não costumo ser assim. Mas não tenho escolha, as vezes, devemos ser de um jeito que apesar de não desejarmos, é o melhor na ocasião.

— Desembuche sobre aqui. — Digo a ela.

— Você não manda em mim, minha queridinha. — Ela responde, mordendo os lábios.

Mordo os meus e a encaro.

— Se eu fosse você começaria a dizer.

— Suma. — Ela ordena para mim. — Suma! — Ela grita. — Acorde! — A voz dela dói em minha mente. — Acorde!

Há sérias repetições da palavra acorde em minha mente, é como se alguém me chamasse, é como se eu estivesse necessitando acordar. Não o desejo. Seguro na mesa com força. Levanto-me. Encaro-a. Minha cabeça dói como nunca.

— Você... — Digo fazendo força. — Não manda em mim!

Tudo ao redor começa a pegar fogo. Sorrio e controlo o fogo em direção a ela, mesmo sabendo que ela já está morta. É tão mais fácil controlar o fogo aqui.

— Pare! Fogo mata! — Ela diz. — Eu falo!

Ela grita e eu apago o fogo. Os elementares vivos olham perplexos para o surgimento do fogo e o desaparecimento em mesas supostamente vazias. Os espectros apenas me encaram.

— O que você quer saber? — Ela pergunta sentando-se.

— Por que estou amarrada a uma linha? Por que estou aqui? O que é aqui? E por que fogo mata gente já morta, como você? — Digo, com a voz mais confiante do que nunca esteve. Acredito que isso é ser corajosa. Ou melhor, poderosa.

— Você está amarrada porque essa linha liga seu corpo ao seu espírito, se rompida, você morre. — Ela diz, olhando-me em meio ao sorriso. — Se quiser eu a rompo agora mesmo, aliás. — Ela ri.

— Cale a boca. — Ordeno.

— Cassie Hunter Kingsley, deixo claro que eu não estou respondendo suas perguntas porque eu tenho medo de você. Muito pelo contrário, minha querida, eu acabo com você em um piscar de olhos, basta eu querer. Respondo pela compaixão, como você já disse. — Ela fala. — Mas continuando, você está no Plano Médio. É o plano que liga os espíritos aos elementares ou humanos, em sonhos. Aqui, é onde nós espíritos nos encontramos com elementares ou humanos. E o motivo pelo qual você está aqui, não posso revelar, não agora. Só saiba, que você é de grande importância em relação a esse plano e ao dos humanos. Sim, dos humanos e não dos elementares. Além do mais, os espíritos morrem com o fogo, porque existe o nada, e quando somos destruídos pelo fogo, mortos pelo fogo, aliás, se tornamos átomos em meio ao universo.

Ela diz, olhando diretamente em meus olhos azuis acinzentados. Não digo nada, absorvo as informações ditas por ela. Ela estende o braço para frente, olhando para o lado oposto do pulso, como se tivesse um relógio ali (mas não há).

— A propósito, passar bem.

Sou sugada, de repente, pela linha que estava aqui. É como se o elástico me puxasse só agora. Eu tenho vontade de gritar, mas para quem eu deveria? Para os espectros? É capaz deles rirem de mim. Finalmente, acordo, exausta, mais acordo, agora no meu mundo, acredito.




Posso jurar que está nevando pelo frio que a sala está. Entendo agora porque estava com tanto frio. Minha perna arde mais do que tudo. É como se eu estivesse prestes a perdê-las, obviamente, não deixaria isso acontecer. Penso em o que devo fazer para parar de doer. Minha barriga ronca, para completar, deveria ter aceitado a comida que Clarice ofereceu a mim, mas logicamente, ela me daria algo estragado, se é que era possível comer naquele Plano Médio.




Ouço passos se aproximando do quarto e meus pensamentos morrem no mesmo instante.

— Vejo que acordou, senhorita... — A enfermeira olha na prancheta o meu nome — Senhorita Kingsley.



Ela tem o cabelo curto, uma maquiagem forte e uma tatuagem no pulso, está escrito três palavras, desejo saber o que é e não resisto pergunto:

— O que está escrito em seu pulso? — Digo. Ela olha intrigada.

— Jaz Sangue de Clarice.

Sei que não deveria, mas pergunto:

— Quem é Clarice?

— Minha filha que se suicidou.

Ela responde fria. Clarice, penso no espírito leviano que vi. Penso que poderia ser ela, penso que poderia ser ela, sim, mas não acredito, seria extrema coincidência e mesmo se fosse, o que eu teria a ver com isso? Clarice era um demônio. Sinto uma dor no braço como se alguém tivesse me beliscado, mas é óbvio que não há ninguém na sala, exceto eu e a enfermeira que não sei o nome, é óbvio que ninguém vivo me beliscou, aliás.

— Sua perna sarará até amanhã, uma ótima notícia, acredito, já que amanhã há o tour pela Capital de Elo entre sua turma. Obviamente, você conseguirá ir. — Ela diz sorrindo. — A propósito, seu irmão e um cavalheiro esteve aqui ontem e antes de ontem para olhá-la, mas você estava desacordada. Eles disseram que amanhã viram te buscar, aliás, só seu irmão virá te buscar, o outro disse que esperará por vocês.

Sorrio, apesar de achá-la fofoqueira, fico grata por saber que alguém se preocupou comigo. Espero ansiosamente que alguém traga algo para eu comer. Não demora muito, e alguém traz uma espécie de sopa para mim. Tem um gosto horrível, aliás, mas tomo, já que estou com muita fome. Observo o quarto e vejo que há cerca de dez macas, ou melhor, dez tentativas de macas, e todas vazias, exceto a que eu estou. Não deveria, mas eu faço, mesmo que eu sei que talvez, seja errado. Fecho meus olhos a fim de adormecer, apesar de já ter dormido por dois dias, acredito. Eu estou exausta, por algum motivo... Um motivo que desconheço. Deito de bruços de repente, e caio no sono. Espero que os próximos dias sejam melhores, mas só espero mesmo, porque eu sei que não serão. Eu sei que sou fraca e sei que acabarei morrendo aqui. Sou uma inútil.


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Notas finais do capítulo

Reviews, plis!