Th1rteen R3sons Of Peter Pan escrita por justhannahbaker


Capítulo 9
They found me


Notas iniciais do capítulo

Vcs já escutaram o CD da Demi, o DEMI? Eu já escutei, mas só gostei de algumas músicas, tem muita baladinha!



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Enquanto eu andava pela floresta, eu estava tentando não pensar o que eu estou fazendo aqui e porque estou aqui. Nesta terra. Estava difícil. Eu só queria que alguém me esclarecesse alguma coisa, porque se dependesse de mim não iria conseguir nada.

– Meu Deus, me ajude a voltar com segurança... – Voltar? Para minha casa? Minha nova casa... E isso me faz pensar na minha verdadeira casa, na que eu vivi. Será que eu consigo me lembrar dela? Provavelmente não. Perder a memória está sendo uma droga. Será que há uma razão para isso? Razões... Minha mente gira. Tento captar alguma informação concreta. Mas são apenas fragmentos da minha memória... Pequenos pontos, como estrelas... Que não se ligam... Não fazem sentido... Mas as razões fazem sentido... Minhas razões... Por quê?

Desejo ir à praia. Não sei por quê. Talvez ver as ondas quebrando na areia, sentir o cheiro de mar, pegar conchinhas... Talvez essa natureza inquebrável e pacífica me renove.

– Estou com fome. – eu digo sem pensar. – Deve ser isso. Devo estar maluca... – coloco uma mecha de cabelo atrás da orelha. Quero ouvir melhor. Encaro o chão. Meus sapatos estão acabados, encardidos e cheios de galhos e folhas. Vão estragar logo, logo. E meus pés? Melhor nem comentar.

Estou no meio da floresta. Bem no meio. Mas não tive coragem de entrar naquele pântano. Nem morta!

– Oops! – eu exclamo – O que... – eu havia encontrado algo. Parecia uma uma cabana velha, feita de paus e pedras e folhas de árvores. Me aproximo. A parede é tão irregular e áspera que eu me furo sem querer. Há um batente... Será que...

– Alô? Alguém... Aí? – o que diabos estou fazendo? E se tiver alguém aí? Algum índio querendo me matar? Só um índio para morar num lugar como esse. – Olá! – Minha voz sai como um eco. Um eco alto. Ninguém. Não há ninguém ali. Abro o batente da porta. Não há nada, apenas um curto espaço que me caberia deitada e um monte de folhas secas amarelas e alaranjadas. Está escuro. Fecho a porta. Não quero que o morador encontre sua casa desmantelada e perceba que alguém mais esteve em sua propriedade.

Ao redor há árvores altas e copadas. Tem frutos, mas não consigo alcançá-los. Vou para a praia. Estou cansada.

Andei quase um quilômetro e alguns metros para chegar á praia. Eu sabia que tinha um caminho mais fácil, mas não sabia me orientar corretamente por ali, então era melhor não arriscar. Poderia ocorrer algo indesejável.

A praia. O mar está calmo e a água deve estar uma delícia. Tiro os sapatos. Saio correndo. Não me importo em molhar a barra da calça que estou usando. Mas a água salgada está muito boa, bem geladinha.

– Ah... – imediatamente começo a chutar a areia e os pedregulhos debaixo d’água. Arrastando a areia e a água ao mesmo começo a rir a valer. Corro entre a beirada das ondas e fico parada. Quando se está parada na areia do mar, você tem a sensação e a certeza de que está indo sendo levada para o fundo. Estou eu? O vento brinca com meus cabelos. Está quase anoitecendo. Saio da água e me sento na areia para ver o pôr do sol.

Coloco os dedos entre a areia. Vejo não muito longe, paus e pedaços de troncos de árvore. Caminho para pegar alguns, pego algumas pedras.

Faço um círculo de pedras e ajunto a madeira. Faço uma careta quando pego os paus. Todos duros e espinhosos... Esfrego... Nenhuma faísca... Na sétima funciona... 7, 7... É um número mágico? Será? Parece ser o tamanho adequado para se amontoar um monte de fitas. Fitas? Cassete? De novo? Essa besteira novamente?

O fogo se acende. Pego mais gravetos. Estico as mãos para me aquecer e com os braços agarrados aos joelhos. Não sei dizer se foi o “suco da dança” do ar ameno da praia... Mas meus olhos estão pesados, quase se fechando... E se fecham, comigo deitada na areia branca e ao lado do fogo.

– Huh? – eu acordo num salto preocupado – Quem pegou no sono?

Eu. Que burra. Levantei-me com a mão na testa. Dor de cabeça. Mas minha dor de cabeça não era minha maior dor de cabeça... Fixei o olhar para a frente, acima das águas. Um ponto, como uma estrela crescia no horizonte, mas ele vinha cada vez mais rápido com auxílio dos ventos.

– N-não... – suspiro – Que diabos? ... – Minha dor de cabeça aumenta. As duas. Mas dessa vez eu não estava injuriada com meu suposto passado, e sim com o meu presente: ali, sob as águas vinha o maior, o único e o mais imponente navio que já vi na vida.


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