Th1rteen R3sons Of Peter Pan escrita por justhannahbaker


Capítulo 8
My dream come true below a Statue


Notas iniciais do capítulo

A cabeçuda quer me matar só pode, né? Tô amando as fotos da NEO, Selena tá linda demais, mas tá muito empresária! Rosto da ADIDAS com coleção de roupas e calçados, roupas, sapatos e acessórios da DOL, perfume, linha de esmaltes! UFA!



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Até que eu vi bastante coisa até as seis da tarde. Não fiquei apenas na cidade, afinal ali também era onde ficava o estado de New York. Mas eu gostei mesmo de Manhattan. Viu? Até decorei o nome da cidade.

Mas New York tem muitas cidades, a maioria é moderna, mas algumas são mais afastadas, com menos carros, menos avenidas e acostamentos (e que carros!) menos bicicletas motorizadas, menos homens e menos sujeira. Gostei bastante dessa parte.

Mas não dá mais pra ver os outros estados. Isso vai ter que ficar para uma outra viagem. Neste momento, estou sentado no braço da Estátua. Era o meu lugar preferido. Eu sei que a Estátua tem alguma coisa especial. Uma grande mulher esverdeada que segurava uma tocha. Acho que essa tal tocha devia significar a Liberdade. Mas a mulher tinha um olhar malvado, como uma mãe que pega o filho no flagra fazendo alguma reinação.

Ver o pôr do sol aqui de cima é uma beleza! O céu vai ficando alaranjado e amarelo juntamente com as nuvens. Pensei em ficar vendo os animais se formando a partir delas, quando escuto um zumbido.

“Ei!” era o estranho do meu sonho! A força da natureza que invadiu minha cabeça!

“Onde você está?” pergunto.

“Aqui em baixo, é claro!”

“Já vou descer!”

Mergulho com um salto leve da Estátua, giro e em um minutinho, desço para a base da Estátua. Começo a andar rapidamente.

“Onde está você?”

– Estou aqui! – ele diz. Mas o eco de sua voz sai da minha cabeça. Está no mundo real, ali, abaixo da Estátua.

– Aqui! – fico meio tonto com algumas pessoas que estão afastadas também pra ver a Estátua, mas elas nunca terão a vista que eu tenho. Até que eu vejo um sujeito não tão magro, mas baixo, vindo em minha direção.

– Oi – falou. – Foi mal, é que aqui tem uma lanchonete super legal que eu...

– Lanchonete? – eu interrompo. – Afinal, você é um ser humano normal... – observo desapontado.

– Mas eu sou humano – ele retruca, com um riso amarelo – Só que não totalmente...

– Como assim?

– Veja só! – ele diz e na mesma hora sai andando bem devagar. – Olhe para os meus pés!

Enquanto ele andava pelo pátio, percebi que ele andava de um jeito engraçado, mancando, como se estivesse usando muletas.

– Que engraçado! – eu rio. Ele faz um muxoxo e volta. – Até parece um bode! Hahahah! – e ele olha para mim sério e depois dá um risinho torto. Eu paro.

– Não... Não vai me dizer que você tem pernas de bode? – não era pra eu rir, mas quando se prende o riso, mas se dá vontade de rir. – Huahahahaha! – olho pra ele, e ele parece não gostar muito das minhas risadas.

– Você não acredita? – ele perguntou com um pouquinho de desaponto.

– Claro que eu acredito! – eu sorrio – Que pergunta mais boba!

Imediatamente um riso de felicidade cresce de sua boca e os olhinhos brilham. Senti o inconfundível cheiro da floresta vindo dele.

– Uau! – ele disse – Acho que nunca vi alguém com tanta fé!

– Eu acredito no impossível – eu digo – É preciso muita fé para que as coisas mágicas aconteçam. E é assim que elas acontecem: com a fé.

– Uau! – ele repetiu – Acabo de te conhecer, mas já te acho um cara legal.

– Obrigado – agradeço – Todo mundo fala isso. – ele solta uma risadinha leve. – Então... – continuo – O que você é? Você é meio bode meio humano... Pra dizer a verdade já vi muitos animais e eu vivo com eles, mas nunca vi um animal da sua espécie...

– Você vive com os animais? Que demais! – ele gritou e depois ficou vermelho – Ah, é... Foi mal... Eu... Eu sou um sátiro, é claro.

– SÁ-TI-RO?

– Não, sátiro!

– E o que é isso? Um homem-bode?

– É, quase isso... – ele disse – Mas nós, sátiros, somos especiais...

– Especiais como eu? – eu pergunto satisfeito. Adoro coisas especiais.

– Talvez – ele disse – Você conhece as histórias da mitologia grega?

– Conheço algumas histórias... – falei – Mas não leio muito bem... – admiti e fiquei bravo por ficar vermelho. Um homem não fica vermelho, tá? Agora cale a boca que eu quero continuar contando a... – Uma amiga... Uma amiga minha... Há muito tempo... – e olhei para o céu, como se estivesse tentando reviver aquilo. Mas não queria reviver aquilo nem por um segundo. Porque? Não te interessa. Sacudo a cabeça e a abaixo – ela contava histórias... Só conheço essas que ela contava... E as que eu mesmo vivi... – olho pra cima.

– Você tá bem? – ele se espanta.

– Estou sim. – respondo. – Mas não me lembro de nenhuma história de mitologia grega...

– Ok... Amn... – ele olha pra mim como se eu fosse uma criatura de outro planeta e não ele... De certa forma, é meio verdade. – É melhor nós sentarmos... Ali, aquele banquinho é perfeito!

Sentamos em um banquinho de concreto. Uma velhinha a nossa frente está jogando milho para os pombos e olha para nós resmungando:

– Essas crianças de hoje estão piores dos que os hipsters dos anos 70, só faltam colocar uma melancia no pescoço em favor do “meio ambiente” – ela se agacha e eu olho para a minha roupa feita de folhas e cascas de árvores. Que velha mais fresca! Ora... Pelo menos eu não cheiro a... Sabonete... E não uso... Roupas limpas! Ela percebe que eu percebo que ela percebeu e me olha novamente fazendo uma careta:

– Também não tomam banho! – o meu novo conhecido homem-bode cai na risada – Mas pelo menos não usam drogas! – e olha pra ele. Ele para de rir e faz cara feia.

– Eu não uso drogas, senhora! – ele retruca. A velhinha ri pausadamente e vai embora apoiada em sua bengala. – Veja só! Um sátiro como eu... Por isso não me misturo com esses humanos...

– Nem eu! – eu concordo.

– Mas você é humano... – ele estranha.

– Sou um menino especial! – eu retruco ofendido.

– Ok, ok! – ele recuou – Desculpa cara.

– Tá, desculpo – eu falei. Ele estava olhando para os carros que passavam na pista – Mas como é... Essa história de micologia grega...

– Mitologia grega – ele corrigiu – Tem certeza que nunca ouviu falar? – com a cabeça digo que não. – Ok. Então... Mitologia grega são como... Lendas... Histórias que os povos muito, muito antigos que surgiram... Um dos primeiros povos... – ele parecia confuso. Até que essa história parece ser legal. – Annabeth é melhor em explicar essas coisas... – Bom, esses povos... Contavam essas histórias pra explicar as estações do ano, a chuva, o fogo, essas coisas...

– Então essas histórias são mentiras?

– Claro que não! – agora ele estava ofendido – É tudo verdade! Você disse que as coisas se tornam mágica quando se acredita, né? É a mesma coisa!

– É claro! – eu afirmo com veemência. – Continue, estou gostando da história...

– Então... foi com essas histórias... Esses seres que as pessoas criaram... Que nasceu a mitologia grega! E esses seres estão muito vivos! Como eu!

– Que legal! Você é um sátiro... Conte-me mais sobre esses tais seres...

– Bem... Os sátiros tem poderes da natureza... E tem chifres!

– Como o que?

– Tá vendo isso? – ele tirou alguma coisa do bolso... Uma flauta. – A minha flauta faz mágica. Junto com a minha energia e a natureza, que são quase a mesma coisa, elas podem chamar ajuda e dependendo da música, podem amedrontar seus inimigos!

– Nossa! – eu falei – Então você é bem forte! E corajoso, ainda mais com aqueles seus poderes que invadiram a minha cabeça...

– Olha, pra deixar claro que eu não invadi sua cabeça, ok? Só fiz o que era preciso. Mas como eu disse, sou bom em perceber emoções...

– Tá, tá legal, continue...

– Obrigado por me achar corajoso!

– De nada, cara. Pode continuar?

– Claro, então... Aonde eu parei? Ah, é mesmo... Os chifres, você viu meus chifres?

– Não. Está escondido aí no meio do seu chapéu. – eu disse, olhando para o cabelo crespo e cheio de trancinhas dele.

– Boné. Por onde você tem andado? Até parece que ficou fora daqui por séculos!

– Quase isso. Eu não moro aqui. Moro do outro lado. Você ia gostar...

– Hum... – ele me olhou desconfiado – Aqui, meus chifres. Consegue enxergar?

Olhando com mais atenção, pude ver dois chifres grandes e polidos no alto da cabeça que eram cobertos pelo “boné”.

– Só tem sátiros na mitologia grega?

– Claro que não! Tem dríades, náiades...

– O que é isso?

– Dríades são as árvores e náiades os rios, riachos, ribeirões... Na verdade são espíritos femininos que protegem o que são e onde vivem. Uma dríade protege uma árvore, uma náiade um rio, por exemplo.

– Incrível! – falei – E o que mais?

– Bem, tem o Quíron, sabe, ele é meu professor. Ele é um centauro. Parecido comigo. Mas a diferença é que ele é um homem-cavalo.

– Eu iria adorar montar nele... – eu ri. Mas será que ele não está inventando? Não... Eu ia saber. Com certeza, ouviu?

– É, é melhor ele não ouvir isso... Amn, é que não deixa qualquer um subir em suas costas...

– Eu não sou qualquer um!

– Eu sei! – ele falou – Mas deixa eu ver... Tem os monstros...

– Monstros? Monstros de verdade?

– Tá com medo?

– Claro que não, já enfrentei muitos monstros... Um jacaré que... – e eu paro. Não posso ficar me lembrando das minhas aventuras. Senão vou me acabar lembrando de... – e afinal de contas, como fazem para vencer os monstros? Porque eles morrem...

– Não, eles não morrem. Quer dizer, eles vão pro... Inferno... – o novo conhecido sátiro parecia nervoso – Mas como eles não tem alma, só são afastados por um tempo... Depois acabam voltando...

– Entendi. Os meus inimigos são parecidos, eu acho... – olhei para o céu novamente... Muitos acontecimentos rodeiam minha cabeça. Mas eu não quero.

– Temos outros inimigos... Que não são monstros, e são fortes... Mas isso não importa agora, porque vencemos todas com ajuda dos heróis e dos deuses.

– Heróis? Que heróis?

– Os meio-sangues são os filhos dos deuses com os humanos. – procurei alguma coisa na minha cabeça para dizer, mas isso estava ficando cada vez mais louco e cada vez melhor.

– Peraí... Quando você fala deuses você quer dizer...

– Zeus... Poseidon... Hades... – eu ia abrir a boca para falar mais alguma coisa, mas o sorriso foi morrendo no rosto. Não tinha sido o sátiro a falar, porque ele também virou-se para olhar a dona daquela voz. Ali, andando lentamente em nossa direção vinha a Estátua. – Eu...

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