Th1rteen R3sons Of Peter Pan escrita por justhannahbaker


Capítulo 6
I meet New York City out there


Notas iniciais do capítulo

Por que o Jeremy não é tão famoso? Por que? Acho que só tem eu de fã dele viu.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/387953/chapter/6

Nossa! Faz tanto tempo que eu não faço uma viagem no mundo lá fora  que quase esqueci o quanto é divertido! A sensação de leveza, de brincadeira, de liberdade! É tão bom! Até que eu gostaria que vocês pudessem experimentar... Vocês iam gostar, na verdade iam adorar!

Se for do meu jeito, não demora muito. Não passa de duas horas. Agora ir de navio sim, demora. Várias horas, dias e até meses dependendo pra onde e de onde você vai.

Pra mim, não demorou muito. Mas que foi legal isso foi! Tenha certeza!

Chegar aos Estados Unidos não foi difícil... Ninguém prestou atenção em mim... Mas os estadunidenses, é assim que se chama? Pois é, os estadunidenses são diferentes dos britânicos. Bem diferentes. Tá bom que falam inglês. Eu não sabia muito sobre esse país, exceto que foi colônia da Inglaterra e depois virou independente. Não vi muita coisa, porque queria chegar logo em New York.

Meu coração acelerou de excitação quando vi a bandeira. É do mesmo jeito que o estranho me falou, listrada e cheia de estrelas. Mas a Estátua... Ele não me falou que a Estátua...

- (...) a Estátua da Liberdade, filho... – ouço de longe um pai, calvo e barrigudo provavelmente, dizer ao seu filho pequeno. Ele abriu os olhos surpreso.

E foi o que eu fiz. Abri os olhos e subi até o braço da Estátua. Como eu não poderia saber que aquela era a Estátua da Liberdade? Que infelicidade! Acho que vou gostar dessa New York!

A vista é incrível. Consigo ver as luzes da cidade, mesmo de dia. É uma cidade grande e movimentada. Tem gente indo e vindo por todo lado. E pelo jeito as coisas mudaram... Vejo anúncios elétricos por todo o lado, vejo telas planas, pequenas e grandes que saiam imagens como se fossem “ao vivo” como se fosse uma fotografia que se mexia... Na vida real... E não era preto-e-branco, eram coloridas. As imagens eram boas demais para ser verdade.

Eu quis conhecer o lugar. Como a minha reunião ia começar só ao pôr do sol eu tinha tempo de sobra. Sei que poucos vão prestar atenção em mim... O que é útil nesse momento. Corro como o vento.

Lá de cima, vejo fábricas. Conheço fábricas... Não sou só um garoto selvagem, eu juro. Eu confesso: fiquei muito, muito tempo sem voltar pra essas bandas. E tive meus motivos pra isso... Motivos cujos quais não estou com vontade de contar e não te interessa do mesmo jeito.

Mas eu já vi algumas fábricas. Continuam quase as mesmas, mas parecem ter melhorado um pouquinho. Pelo menos a aparência... Mas não quer dizer que eu goste de fábricas... Elas sujam o ar, as árvores, os animais, as pessoas... Não são coisas boas para se ter por perto.

Pelo visto as casas aumentaram. Corro um pouco mais... Não sei quanto porque não sou bom com contas... Contas não são divertidas e eu não sei nada disso.

 Mas sou bom em correr. As casas mudaram, e sei de alguma forma que o mundo mudou. Não só New York.

- O tempo passou tão rápido – penso alto – Faz mesmo tanto tempo que eu fiquei fora? – olho em direção as casas. Há casas como eu me lembrava, sobrados com grandes janelas e grandes portões. Mas havia casas grandes com um monte de janelinhas... Deviam morar muitas pessoas nessas casas, já que quase todas estavam acesas. Não pensei duas vezes em espiar uma dessas janelinhas. Escolhi uma casa bonita. Tinha muitas casas dessas, ricas e cheias de nhémnhémnhém, mas eu escolhi uma simples e bonita.

- Com licença – eu digo soltando uma risada. Espio pra dentro da janela. Ninguém vai me ver daqui. Como eu pensei não se usam mais lamparinas, tudo aqui parece ser elétrico... Vi um menininho de pijama afagar um cachorro e acender a luz com um tic. Ele apertou um botão quadrado, acho que dá pra chamar assim... E pelo jeito, tem telas planas de todos os tipos nas casas da cidade. Todas mostram imagens diferentes, e o menininho se senta no sofá.

- Xiu, Bob – ele fala – Agora quero ver TV!

TV? O que é tevê? Devem ser essas telas. Não sei de que são feitas, metal, acho... Vi muitas pretas e acinzentadas por aí. Mas tenho certeza que nenhuma criança vai me ver. Elas já têm muito com o que se distrair.

As pessoas também mudaram, eu acho. Pelo menos aqui. Não estou vendo as mães com vestidos longos e apertados de festa, na verdade, acho que vi algumas mulheres com vestidos assim, mas eram diferentes ainda. Mais brilhosos e cheios de purpurina e mais coloridos. Minha amiga ia gostar.  

Só que a maioria das pessoas que vi usava calça. De um pano grosso, acho. Mulheres usando calça? Cheguei perto de algumas mães para dar risada.

- Que engraçado! – eu falei. – Se mulher usa calça, homem usa o que, saia? Ahahahaha! – mas parei de rir logo porque não queria ver um homem de saia... Vai que me aparece...

Mas eles continuavam usando calças, a maioria parecida com a das mulheres, só que bem menos colada ao corpo. Pra que isso, afinal? Será que elas não se dão conta de que isso deve ser pra lá de calorento e desconfortável? Eu hein!

E tinha tantos tipos de sapato, ri a valer, vendo. Até que eu gostei de alguns, legais... Coloridos... Alguns pareciam ser confortáveis, já outros... Vi uma mãe numa praça, perto da Estátua, com um sapato tão alto e tão grosso que dava pra furar o olho de alguém e fazer um bom estrago. Outra mãe vestia um vestido bem mais legal do que eu estava acostumado a ver em Londres, curto, simples e sem duvida bem mais confortável. Eu ri demais! Tenho que me lembrar de agradecer ao estranho que me convidou.

Ei, peraí. Não sei que horas são. Eu tenho que parar.

- Ali, um relógio! – eu o vi na frente de uma casa enorme, bem maior que as casas das janelinhas. Acho que é uma loja. Acima está escrito “NEW YORK SHOPPING” Shopping?

- O que será iss...

No pátio não havia muita gente. Tinha um lugar reservado para os carros. Com certeza carros bem mais modernos. Mas não pude dar uma olhada neles porque quase caí com o movimento do shopping. Tinha pessoas por todos os lados. Um amontoados de lojas e vendas, algumas não tão bonitas como as do centro de Londres, mas sem dúvidas com um monte de coisas novas e interessantes.

A porta abria sozinha. Só faltava falar sozinha.

- Que coisa! – eu reclamo – Tem tantas vendas aqui e eu não consigo achar um maldit... ALI!! – Gritei. Um relógio do tamanho de uma abóbora vermelha estava pregado, bem visível na pracinha do tal shopping. Basicamente era um pátio iluminado, apesar da luz do sol lá fora, com o chão liso e banquinhos de madeira. Vi crianças correndo e brincando. Algumas pessoas tinham telas pequenas, como TV’s, só que elas abriam como um livro de história deitado. A parte de baixo tinha outra placa cheia de quadradinhos de plástico e as pessoas os apertavam como se estivessem apertando em máquinas de escrever, só que mais modernas. Graças a Deus o relógio era antigo, como um velho relógio no alto das ruas da Inglaterra.

- Três horas! – eu digo finalmente – É muito cedo, e tenho muito  o que ver! Até mais! – eu me despeço das pessoas como se alguma delas me respondesse e para minha surpresa, um menino franzino acena.

- O que está fazendo, John? – uma voz grossa e masculina pergunta. O pai.

- Não está vendo, papai? O herói selvagem acenando pra mim? – ele apontou em direção a mim.

- Claro que estou. – ele pega a mão do filho e se afasta, diz um pouco embravecido – Não é aquele seu amigo imaginário de novo?

E depois disso eu corro mais rápido do que o vento para conhecer mais de New York. Não consigo entender, há tanto para se ver e essa gente fica perdendo tempo em lojas!

♣~♣~♣


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Th1rteen R3sons Of Peter Pan" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.