Th1rteen R3sons Of Peter Pan escrita por justhannahbaker


Capítulo 5
I’m lost in the forest


Notas iniciais do capítulo

Vcs devem tá odiando isso? Não é culpa minha se tô de férias, ok? #Mindeixem



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Não existe uma pessoa em todo o universo que esteja mais perdida do que eu. Sério, e eu estou tentando ser otimista. Por incrível que pareça eu não estou enraivecida, e nem mesmo chateada. Estou confusa. Pra ser mais exata, estou intrigada.

Tenho a certeza de que deveria estar morta e este não é um pensamento muito legal. Por isso, prefiro pensar em coisas boas. Tentar fazer o meu melhor para a minha própria segurança. Os flashes não param. Eu tive a estranha sensação de que passei por coisas difíceis na vida, difíceis mesmo. Duras de suportar. Então se eu renasci, não quero pensar nisso... Nessas coisas ruins... Eu... Prefiro estar bem. Eu acho...

Isso é tudo o que eu tenho agora, considerando de que eu não me lembro de quem sou. Apenas uma informação concreta: meu próprio nome. Há fragmentos... Pequenos pedaços de mim... Mas eles vêm tão rapidamente em milésimos de segundo que eu fico mais confusa ainda.

Então quero me organizar primeiro. Antes de tentar resolver esse impasse, prefiro resolver outro do mesmo tamanho: eu estou perdida. E não falo perdida somente no sentido de ter... Perdido minha identidade... Por... Alguma razão... Mas literalmente perdida. Na floresta. Eu não sei dizer que lugar é esse... Tampouco é só uma floresta, mas é nela que me encontro... Terra estranha... Nunca estive aqui antes... Não é só uma floresta, é vasta demais pra isso. Uma ilha, quem sabe?

Nem tudo é só confusão... Ok, eu estou perdida numa terra desconhecida e um dos poucos lugares não explorados pelo homem, creio. Mas o melhor de tudo é poder explorá-la. A confusão. A floresta. A terra.

Felizmente ou infelizmente eu não encontrei nenhuma alma viva sequer na minha empreitada. Nenhuma. Mas vi muitos animais, e de muitos tipos... Acho que levaria bastante tempo para ver todos... E eu gosto de animais, especialmente os fofinhos... Não aqueles insetos horríveis que eu vi na caverna de pedra. Eu descobri que a caverna fica atrás de uma grande montanha... Seria bem legal subir lá... Como será que é admirar o céu à noite, ali em cima? Deve ser o máximo. Mas montanhas não se parecem com foguetes... Foguetes? Do que eu estou falando, meu Deus?

Eu andei um bom tempo... Acho que não me acostumei a andar muito, por isso fiquei dando intervalos entre a caminhada... Foi... Gratificante! De verdade... Não sei quanto tempo ficarei por aqui e o que acontecerá, mas posso dizer que eu definitivamente gostei da experiência. Bem mais divertido do que ficar perambulando por aí com um gravador de voz. Gravador de voz? Isso é mais um flashback da minha mente? Não estou entendendo... Mais nada!

Só sei que passei a madrugada andando. Vi mais umas duas cavernas, mas não quis entrar. Estar de salto também não ajudou. Devia estar de tênis. Minha sandália vermelha não vai aguentar muito tempo. Vi muitos musgos entre as árvores e havia um pântano, mais adentrando a floresta. Mas alguma coisa me dizia pra não entrar ali de jeito nenhum. Vi alguns sapos e graças a Deus nenhuma cobra. Detesto cobras. De todos os tipos. Até as humanas. Você não vai acreditar quantas cobras disfarçadas de gente existem! Mas porque estou falando isso?

Havia cipós também. Me imaginei balançando naquele emaranhado de cordas e comecei a rir como nunca. Fazia tempo que eu não ria. Eu vestida assim e com uma sandália de salto vermelha pulando feito macaco? Mico total, mas seria muito engraçado!

Avistei algumas famílias de animais por ali, vi esquilos, chinchilas, passarinhos... Queria ter visto um veado ou um cavalo. Amo cavalos, mas pelo jeito não há cavalos aqui. Cavalos gostam mais de campos abertos, lisos e iluminados. Esse lugar é enorme, mas tem coisas demais, árvores demais, folhagem demais... Mas a praia não decepciona. Vi a praia por alto e fiquei olhando o sol nascer. É lindo demais! O sol vai nascendo pequenininho e crescendo sobre a água do mar. E o mar está tranquilo como a brisa que paira pelo ar. Eu quis ficar mais um pouco, mas não podia. Praias costumam ser cheias, essa pode ser uma exceção, mas... Sempre tem alguém na praia. Sempre. E eu não sabia qual seria a minha reação com outra pessoa próxima a mim.

Então eu saí andando. E é isso que eu estou fazendo. Estou exausta de tanto caminhar. Engarrafamento na principal ou na hora do rush é uma droga, eu detesto. Mas acho que preferiria isso a continuar caminhando, pois ao menos estaria confortável no banco de carona de um taxi. Ou dirigindo... Eu dirijo? Não me lembro... Tenho mais de dezesseis anos é claro, então dirijo, né? Que coisa boa!

– Uau! – eu arfo e respiro tentando expirar o cansaço. – Isso é perfeito! – e dou um leve sorriso de satisfação. – Obrigada, quem quer que seja...

Eu chego a uma clareira. Já se passaram uns dois minutos e eu estou aqui, como uma boba admirando o lugar. A clareira tem árvores mais afastadas, separadas do emaranhado de árvores do meio da floresta. Tem um pequeno pedaço de terra limpo, com grama verdinha e sem espinhos. E próximo a ela, tem um riozinho de água que corre por ali e não acaba mais. Acaba, mas não consigo ver até onde. Do riozinho, a água é calma e certamente boa para beber. É azul-claro e é completo por moitas de flores miúdas e delicadas.

– Lar doce lar – eu digo num tom mais alegre. – Acho que vou adorar ficar aqui por um tempo!

Antes de ir examinar as flores, tiro os sapatos e corro em direção à água. Coloco o pé esquerdo e depois o direito. A água está fresca. Nem gelada, nem quente. Ótima. Expiro longamente e me deito sobre a grama com os braços apoiando a cabeça.

– Ah... – gesticulo – Isso é que é vida!

Espero alguns minutos para me acostumar com a leveza. É bom mesmo ficar aqui. Aí eu me sento. Lavo as mãos na água transparente e borbulhante, chego mais perto pra lavar o rosto e acabo molhando a franja. Depois desato a beber. O ambiente está retirando o meu cansaço pouco a pouco... Levanto e dou alguns passos até as flores. As florzinhas eram tão fofas! Resolvo apalpá-las com cuidado. Reconheci gerânios, petúnias e beijos de frade. Vi botões crescendo, todas eram muiticoloridas! Uma abelhinha pousou numa petúnia a procura de néctar. Depois de olhá-las por mais alguns segundos, resolvo voltar à beira do rio.

– Boa noite... – falei e ironicamente já era dia. Após admirar o amanhecer... Eu adormeço.


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Notas finais do capítulo

Não sei escolher gifs da Selena, são todos perfeitos? Quando o clipe de MITUSA vai sair hein?



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