Violet Hill [HIATUS INDEFINIDAMENTE] escrita por Black


Capítulo 6
Faça o que eu mando!


Notas iniciais do capítulo

Hey Girls... u.u duas recomendações?
OHHH muito obrigado a Nanda Evans Lovegood (u/305641) ;3 e a Laura Duarte (u/136733) ;3
Esse capítulo é para vocês!Essa capítulo foi betado pela Say do NC.
Agradecendo a Reet por toda a ajuda!



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– Eu quero uma casquinha de baunilha – levantei-me do banco.

– Eu já volto.

Enquanto caminhava até o carrinho de sorvete mais próximo, para comprar um sorvete de baunilha para o meu melhor amigo, se é que Ian era um bom amigo.

Só sabia me dar despesas e falar que eu estava beirando a loucura. Ah claro, por que Evan Sattle era o mais novo doido fugido do manicômio, por ter hospedado Violet Trent em sua residência.

Bobeira. Tirando as roupas estranhas e o sarcasmo, eu sei que no fundo - bem lá no fundo mesmo - Violet poderia ser legal. Quando ela quer.

Sim, Ian surtou quando eu falei da minha conversa e do futuro tour com a Trent, palavras como: “não acredito” ou “você não devia ter feito isso”, foi o que não faltou naquela conversa.

Mas eu era louco por que exatamente? Ser legal com uma coitada que era mais repudiada que chuva em dia de sol? Eu só tentava entende-la, queria saber o porquê das roupas pretas, o cabelo roxo e os hematomas.

Era só isso que eu queria.

O que eu poderia fazer se a loucura de Violet Trent me intrigava? Não que eu estivesse abalado com os últimos acontecimentos – que era o que eu menos pensava agora – ela era só uma garota diferente.

Desde pequeno eu era assim, sempre que algo me intrigava buscava por respostas. Isso seria um ponto positivo, se o que me intrigava não fosse, vejamos, tão complicado de ser entendido?

Era difícil, por que depois de escutar as coisas que dizem sobre ela na cidade, qualquer um já teria desistido. Os boatos iam de chave de cadeia para demoniozinho mancomunado com o diabo – as senhoras idosas que o digam.

Sair à noite, ser abordada pela polícia e faltar às aulas, era como respirar para ela. Seus pais? Sem paradeiro. Parentes próximos? Nem sombra. Faltava o quê? Violet ser uma traficante?

– Toma. – entreguei a casquinha de baunilha para o moreno.

– Ótimo! – a tomou da minha mão, sem nem um “obrigado otário” – Agora, por que você não me ligou Evan? Eu te levaria pra reconhecer Hove de boa!

– Eu não queria que você me levasse Ian. – apoiei minha cabeça nas mãos.

– Claro! Violet errada Trent é uma guia bem melhor que eu.

– Para com isso cara! É só um passeio.

– Que depois vai repercutir de um modo errado. Evan eu te disse para ficar longe dela, nem devia ter a ajudado outro dia.

– Então eu deveria deixar Violet Trent lá? Desmaiada toda machucada? Por favor, Ian eu não faria isso.

– Eu sei, mas depois você vai se meter em confusão cara. – suspirou – Você é teimoso.

– Sou, – admiti – E chave de cadeia não é lá um argumento muito bom, para convencer uma pessoa a ficar longe de outra.

Levantei, já estava quase na hora de busca-la. Tudo bem era só um tour pela chata Hove, mas mesmo assim que poderia descobrir mais sobre Violet Trent.

– Caso você seja preso ou jogado de uma pedra, eu vou ficar com o seu PC ok?

– Nossa falando desse modo, me fez até repensar no passeio. – dei de ombros – Tchau Ian!

Sai do parque antes que meu tão estimado amigo tivesse mais alguma brilhante ideia, de como estragar meu encontro com a Violet. Ok, não era bem um encontro, estava mais para um tour pela cidadezinha do capeta.

E sim, era realmente isso que era.

Definitivamente Violet Trent era intrigante e ao mesmo tempo uma caixinha de surpresas, eu sem sombra de dúvida queria desvendar cada uma delas. Devia fazer isso, porque era uma boa tese para a faculdade, - fora que eu estaria aprendendo a lidar com mentes psicóticas - e bem, depois que eu a deixei em casa alguma coisa aconteceu e eu estava decidido a salvá-la.

Pare de bancar o herói Evan, se ela quer se foder é sua obrigação deixar!

Não, não era minha obrigação cuidar dela, mas eu não poderia deixa-la jogar tudo pela janela, e simplesmente ficar olhando como um completo babaca.

Encare os fatos Evan, não é salvando a menina problemática que você vai se sentir melhor por ter falhado no passado.

Eu não falhei! Era apenas um garoto e eu não poderia ter feito nada, eu não podia salvá-la, mas agora eu posso e vou. Vou salvar Violet Trent dela mesma, nem que isso custe a minha dignidade e sanidade.

Estacionei a Harley próximo ao portão da casa dela. A residência dos Trent não era aquela casa de filmes de terror, pelo contrário era uma casa bonita. Ok, muito bonita para uma monstrinha.

– Sattle pare de viajar e vamos logo! – eu esperava um oi, mas me contive com isso.

– Oi para você também Violet. – lhe entreguei o capacete.

– Anda garoto! – ela me empurrou para trás e sentou na minha moto.

– Ei, você vai atrás. Eu piloto! – falei como uma criança birrenta.

– Menos Sattle. – ela deu a partida – Agora fica quietinho e eu não bato com a sua motinha, ok?

Assenti muito inconformado, nem Ian que era o meu melhor amigo dirigiu a minha Harley, por que ela se achou no direito de fazer isso? E pior, por que eu não disse 'não' e a chutei da moto?

Você não faria isso Evan, ela é especial demais lembra?

Ah claro, a chata e irritante da minha consciência me lembrando de que no momento era eu que precisava dela e não o contrário.

Ok, eu tinha que admitir até que o monstrinho pilotava bem, dentro dos padrões. Só avançou uns cinco sinais amarelos e dois vermelhos, nada muito fora do que eu já esperava.

Depois de muitos borrões se passarem, sim borrões porque eu apostava a minha jaqueta, que Violet Trent deveria estar no mínimo a cem quilômetros por hora.

Aventura e adrenalina, a combinação perfeita para a minha tão sonhada liberdade.

Afinal esse era o meu intuído principal: liberdade. Poder sair sem dar explicações a ninguém e principalmente, não ter que ser a cópia fiel do meu pai.

– Chegamos. – disse estacionando a moto no meio fio.

– Violet, – arrumei minha jaqueta – Você tem carteira de motorista?

– Ah, não Sattle. – falou com naturalidade.

Estávamos em um tipo de chapada, não sei distinguir muito bem. Era alto e como um penhasco, podia ouvir o som das ondas quebrando nas pedras abaixo. Violet se sentou na beirada do penhasco.

Seus pés balançavam num ritmo de vai e vem constante, era irritante e ao mesmo tempo infantil. Seus cabelos violetas ricocheteavam de acordo com o vento que soprava. Agachei-me e sentei ao seu lado, em uma distância que eu considerei segura para o meu próprio bem estar.

– Quem te ensinou a dirigir?

– Sua mãe não te ensinou que é feio fazer muitas perguntas? – rebateu.

– Ensinou só que eu faço questão de ignorar. – sorri de canto.

Ela bufou. Sim, Violet Trent bufou e logo em seguida deu um meio sorriso. Tipo aqueles que a pessoa não solta há muito tempo e ela nem lembra como se faz isso.

– Você deveria fazer isso mais vezes. – olhei fixamente para seus lábios.

– Isso o quê? Dar uma de guia turístico? – indagou, olhando nos meus olhos.

Azul gelo no azul celeste.

– Você devia sorrir Violet. – tirei alguns fios de cabelo, que insistiam em cair em seu rosto.

– Sattle o que está...

Maldito celular! Tinha que tocar agora?

Violet se afastou e levantou, atendendo o aparelho que tocava sem parar uma música, que pelo meu vasto conhecimento músical era Eyes Set To Kill.

Alô? – ela disse, arrumando os cabelos.

Nesse momento eu daria tudo para ser uma mosquinha, não que eu estive curioso. Ok, não posso mentir, eu estava muito curioso para saber com quem Violet estava falando que nem me importei com o que quase aconteceu aqui.

Mas agora? Eu estou acompanhada e não, ele não é dessas. – suspirou e me fitou – Está bem porra, chego ai em vinte minutos!

Desligou o celular e o colocou dentro do bolso de sua calça jeans.

– Sattle, acho que nosso tour vai ter que esperar. – disse pegando um dos capacetes.

– O que houve? – perguntei, tentando parecer indiferente.

– Nada que você tenha que saber. – subiu na moto – Vem, você vai me deixar em um lugar e vai embora, ok?

– Por que eu te obedeceria Trent? – subi na garupa da minha Harley.

Eu sei que não era boa coisa confrontar Violet Trent, mas era algo inevitável e que de certo modo me animava muito.

– Faça o que eu digo Sattle. – deu a partida – Se eu mandar você ir embora, você vai.

É agora mesmo que eu não vou embora! Posso até dizer que vou, mas Violet não precisa saber que eu pretendo ficar para, digamos, conhecer as pessoas com quem ela socializa.

Pare de se enganar Evan! Você quer é saber o que ela apronta, admita você se sente responsável por ela.

E minha consciência não poderia estar mais errada.

Eu acho.


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Notas finais do capítulo

Bom eu senti falta de alguns (muitos) leitores no último capítulo, queria saber se a estória está ruim. É isso? Porque se vocês não estiverem gostando eu paro...
O próximo capítulo que ira decidir onde a Violet esta indo são vocês! Isso mesmo o review com a ideia mais criativa ganha ok? Espero pelo menos uns 15 review, mesmo que seja um "oi". Poxa são 95 leitores.