Violet Hill [HIATUS INDEFINIDAMENTE] escrita por Black


Capítulo 7
Ódio Iminente


Notas iniciais do capítulo

Oi*-* Bom eu andei sumida nér? Peço desculpas a todas.
Parabéns a Reet pelo namoro e espero que ela seja feliz.
Novamente, capítulo betado pela linda da Say do NC!



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Eu estava perdido entre as lembranças de uma vida não tão feliz. Eu a via e quase que esticando bem meus braços poderia pegá-la. Não existia rio, nem pedras, muito menos os gritos de terror.

Éramos só nós, eu e ela.

E me recordava desse dia, por mais que tentasse esquecê-lo, ele sempre estaria ali para me lembrar do quão inútil eu fui, porque não consegui salvá-la.

Fraco, covarde, medroso...

Era isso que eu era? Um fraco por ter falhado, um covarde por tê-la deixado e um medroso por não ter conseguido para-la a tempo?

– Sattle chegamos. – só pude despertar com a voz de Violet, me dizendo que tínhamos chegado.

– Mas onde é “isso”? – apontei para o chão.

– Isso Evan, – deu uma rodadinha – é o meu mundo, então pegue sua Harley e dê meia volta daqui.

Cogitei a ideia e obedecê-la, mas se eu o fizesse, como poderia descobrir mais sobre o pequenino ser psicótico a minha frente? Não, definitivamente eu não poderia ir para casa jogar Super Mário com o Ian, sabendo que ela estaria fazendo algo que é de meu interesse.

– E se eu quiser ficar Violet? – sorri.

– Caso queira ficar, o que não vai acontecer, eu vou... – sua fala foi cortada.

– Trent sua piranha, é você?

Ela bufou e se virou, como se já esperasse por aquela interrupção. E eu me perguntava como naquele breu ela conseguiu enxergar alguém.

– Sky, sua bêbada já vou! Estou resolvendo um “assunto pendente”. – Violet se virou para mim – Sério Evan, volte para a sua casa.

– Não! – passei o braço por seus ombros – Ah, ânimo Violet! Vou conhecer seus amigos.

– Eu não tenho amigos, – disse se afastando – Mas não importa.

– O que não importa? – mirei seus olhos.

– Quando isso acabar, você vai me odiar mesmo.

Acredite Violet, eu queria muito poder odiar você.

Mas algo no meu intimo deixou bem claro que eu não posso fazê-lo, eu não posso odiá-la porque eu tenho que te salvar.

Evan, Evan que palavreado é esse? Está parecendo uma garotinha!

Suspirei seguindo-a, definitivamente eu nunca tinha estado naquele lugar. Como eu nunca percebi um galpão abandonado em Hove? Logo eu, tão curioso e observador. A porta de ferro rangeu, causando em mim a tão conhecida sensação de abandono.

O cheiro de mofo e as partículas de poeira se mesclavam no ar, proporcionando aquele local um ar mais fantasmagórico. - como se isso fosse possível – Violet parecia conhecer aquele local como a palma de sua mão.

Seguia a tal de Sky pelos corredores velhos e mal iluminados, sem vacilar ou errar o caminho uma única vez. Estava tentado a perguntar quantas vezes ela já tinha vindo aqui.

Paramos de súbito. Uma porta se encontrava a nossa frente, essa diferente da primeira, não tinha tanta poeira e fracos feixes de luz se esgueiravam pela fresta da porta. Sky abriu, Violet entrou e a loira ficou me olhando pelo canto dos olhos.

– Quer um convite formal para entrar garoto? – me perguntou.

– Não. – disse ríspido e entrei.

Grande erro.

Numa roda ao chão se encontravam algumas pessoas, cada uma com roupas em tons escuros como as da Violet. Será que isso era algum tipo de seita?

– Trent, já estava sumida. – um garoto, que não aparentava seus 19 anos, se levantou – Achei que tinha sido pega.

– Dix quando eu for pega novamente, – sorriu para o mesmo – Você vai saber.

– Quem é o engomadinho, Vi? – outro loiro, que estava mais retirado perguntou.

– Sou Evan Sattle – me pronunciei – Sou amigo da... – o monstrinho me interrompeu.

– Apenas um cara, é isso que ele é. – Violet respondeu.

Apenas um cara? Como um qualquer que você passa a noite, e depois nem tem a dignidade de olhar na cara dele? Era isso que eu era para ela?

Um cara, como outro qualquer.

– Ele é bonito – Sky chegou por trás, sussurrando em meu ouvido – Me liga mais tarde, gatinho.

Ignorando o comentário da loira, nós sentamos. Confesso que fiquei um pouco deslocado, todos ali com certeza deveriam ter algum tipo de passagem pela polícia ou alguma internação em clínicas psiquiátricas.

Ora Evan, por que tanto espanto? Você achou o quê? Que Violet Trent, a coisinha do cabelo roxo se reunia que pessoas desse tipo para tomar chá dentro de um galpão abandonado?

Sinceramente chá não, mas meu subconsciente queria acreditar que Violet não era tão maluca ao ponto de sair com esse tipo de gente. Afinal a quem eu quero enganar? Era obvio isso, Ian me avisou.

Ela era Violet Trent a garota problema, o monstrinho ambulante, a menina que provavelmente não ia nem ligar se eu morresse hoje ou amanhã. Ela era o errado, e mesmo com todas essas características ruins minha vontade de desvendá-la só aumentava.

– Quer um pouco Sattle? – o garoto que Violet chamou por Dix, me estendeu um copo.

– Charteris ele não é dessas! – o repreendeu.

– E porque você está andando com um engomadinho desse?

– Ele só me deu uma carona, ok? – bufou e tomou um gole de seu próprio copo – Para de encher meu saco Dix!

– Eu me preocupo com você Vi, – segurou o braço do monstrinho – Caso você não tenha percebido isso.

Eles travavam uma batalha por olhares, eu sabia disso. Os olhos estavam conectados e eles me pareceram muito mais que simples amigos. Meu maxilar travou, não que eu estive com ciúmes do monstrinho – nem sei o porquê dessa hipótese ter passado pela minha mente - me intrigava o fato desse tal Dix saber algo do passado da Violet ou ser alguém do passado dela.

– Solta ela. – me levantei.

– Ora, arrumou um guarda costas Vi? – riu debochando – Que lindo!

– Para Dix, me solta. – me olhou – Sério Evan, vai pra casa. Por favor!

Por um momento, acho que mesmo de relance os olhos dela marejaram. Não que eu estivesse esperando por isso, mas seria que Violet Trent choraria ali? Na minha frente?

– Isso Evan, – Charteris frisou meu nome – Vai pra casa, deixa que com a Violet eu me entendo.

– Você é um babaca cara, larga ela! Anda Violet, eu não vou deixar você aqui. – disse decidido.

– Você não contou pra ele, não é? – perguntou a Trent – Você não falou o que você a fez.

– Dix, para! – pediu com um fio de voz.

– Você não presta mesmo Trent. – se voltou para mim – Espero que você não se surpreenda muito quando descobrir, ela é podre cara. Tanto por fora quanto por dentro.

Sai daquele galpão, nem eu nem Violet precisávamos ouvir aqueles desaforos. Tudo bem, eu não sabia direito quem ela era muito menos o que fazia, mas em hipótese alguma eu sairia a julgando como ele fez.

Montei em minha Harley, dessa vez eu pilotaria. Olhei de relance para Violet, pálida e cabisbaixa.

– Você não deveria ficar assim pelas coisas que ele disse. – falei.

– Não Evan, Dix está certo.– suspirou – Eu sou podre.

– Não Violet você só é meio maluca. – tentei melhorar o clima de tensão que se alastrou entre nós.

– Me leva pra casa Evan? – pediu enquanto subia na garupa da moto, e passava os braços por mim – Eu só quero ir pra casa.

– Pra minha casa? – dei a partida.

– Só me tira desse lugar, por favor.

E foi naquele momento que eu percebi, Violet poderia aparentar tudo, poderia ser rebelde, beber e mandar em tudo e todos a sua volta. Mas no fim, ela sempre seria uma garotinha indefesa a qual eu daria a minha vida para proteger.

Eu só não tinha consciência disso, ainda.


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Notas finais do capítulo

Tenho sentido a falta de algumas - muitas - leitoras. Poxa vocês são 125 e menos da metade deixam reviews, a fic está ruim é isso? Bom uma meta para o próximo capítulo: 20 comentários ou uma recomendação.PS: o próximo já foi escrito.
Até



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