My Father. escrita por Anne Laurentino


Capítulo 7
Você?


Notas iniciais do capítulo

Agradeço todos os comentários, mesmo! Espero que gostem de mais esse capítulo. Desfrutem.



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— Minha nossa senhora, assim vai ficar difícil. – Dissera negando com a cabeça. – Mais não será impossível, agora vamos voltar lá pra dentro. Ainda quero que conheça meu noivo. – Fatinha apenas assentiu. E voltaram ao consultório da medica. Que estava vazio. E a medica estranhou. – Ué, era pra ele estar aqui. Não sei aonde pode estar. Bom, vamos esperar-lo. – Ficaram conversando sobre outras coisas a medica tentava a todo custo animar Fatinha ora funcionava, ora era em vão. Havia se tornado amigas, depois daquela conversa? Desabafo de Fatinha, na verdade...
— Amor fui tentar ver a garotinha que esta... – Bruno se calou assim que viu uma cabeleira conhecida na sala. E essa não era de sua noiva. – Fatinha? Maria de Fátima dos Prazeres, é você? – perguntou absolutamente assustado com aquela situação. Tê-la em sua frente de novo após anos. Só poderia ser mentira... Fatinha virou de uma vez e foi como se uma onda a arrastasse por milhas. Ela caiu pálida na cadeira. Não podia ser ele não podia ser tem estava pensando. 
— O que aconteceu Fatinha? – Andréa perguntou assustada. E voltou a olhar para Bruno que permanecia parado na porta da sala. E tudo voltou em sua cabeça, a garotinha a lembrava alguém. Certo alguém que naquele dado momento não havia se recordado quem poderia ser. Os cabelos escuros, os olhos firmes. – Não! – Oh meu Deus! Isso não pode ser verdade. Não pode ser. – colocou as duas mãos na boca espantada. – Fatinha não é ele, é? Fala Fatinha, me diz que não é ele. Fala! – Fatinha continuou absorta em seu mundo, tentando digerir o que estava acontecendo.
— Não sou eu o que, Déa? Porque esta dessa maneira me responda! – Olhou-a mais voltou à mirada para a direção em que Fatinha estava. – E você? É Fatinha não é? – Ela assentiu sem se mover – E o que faz aqui? – Voltou o olhar para Andréa – Diz Déa, o que essa mulher faz aqui?

— Ela é a mãe da menina do coma. Bruno! Fatinha é aquela mãe que eu tanto queria ajudar! – Andréa começou a chorar, assustando a Bruno. Que quando foi abraça - lá ouviu um grito proferido por Fatinha. 
— Não! Por favor, não a abrace. Não faça isso na minha frente, isso dói! E eu já estou sofrendo tanto Bruno, não faça isso! – A mesma também começou a chorar e saiu correndo dali. 
— Vá atrás dela Bruno, eu vou saber ficar bem. Agora vá atrás dela e a escute! 
— Mais... Você, Déa...
— Vai logo! Sem mais, por favor. Antes que eu me arrependa! 

Bruno saiu em disparada pelos corredores atrás de Fatinha, e a encontrou na capela, ela chorava alto. E falava algumas coisas na direção do altar. Ele foi chegando perto e sentou-se ao lado dela. Que quanto sentiu a presença dele deu um pulo do banco. Se assustando. 
— Se acalma eu estou aqui. Não sei o que esta acontecendo, mais vou ficar aqui, com você! – abraçou-a pelos ombros. E seu choro se fez mais forte. 
— Você precisa saber, precisa salva-lá! Te imploro. – Olhou nos olhos deles. Com um olhar de suplica. 
— O que eu preciso saber? Salvar quem? Me conta. Esta me deixando aflito. 
— A menininha, que você foi tentar ver hoje! Que esta em coma, e precisando de sangue. Essa mesma garotinha que um cara me deu de presente há alguns anos atrás. Sofia de quarto anos. Esta entre a vida e a morte e você sabe quem é o único que pode salva-lá? – Falou segurando o choro. Tentando se controlar. 
— Andréa me contou que só o pai pode... – No mesmo instante ele parou de falar e pareceu entender tudo. – Santo Deus, eu não sou o pai dela. Sou Fatinha? – Ela não respondeu apenas gritou, parecendo sentir dor. – Diga de uma vez Fatinha. Não tente mentir, anos se passaram mais eu ainda te conheço como a palma da minha mão! 
— Sim!

— Sim? Seja mais clara Fatinha! Diga, Sofia é ou não é minha filha? 
— Sim. Ela é sua filha, Bruno sua filha que nunca te viu mais te ama de uma maneira que me inveja. Na ultima vez que ela chamou por você. Ela disse que não me amava que só amava a você e que queria ficar com você pra sempre. E eu tive que gritar para que ela entendesse que você não existia pra ela. Que você não sabia dela, e que não ia aparecer! E sabe o que ela disse Bruno? – Ele negou atônito – Ela disse que ia morrer. Minha filha, que mal conhece a vida disse que ia morrer e olhe aonde ela esta agora. Numa sala fria, cheia de fios pelo corpo. Com a pele pálida... E eu estou me sentindo uma incapaz, por que sou a mãe e não fui boa o suficiente nem pra doar o sangue que a minha garotinha necessita. E quem vai salva-lá e tira - lá de cima daquela cama é você Bruno, esta me ouvindo? Eu te ordeno que saia daqui e vá doar o sangue que a minha filha precisa. Entendeu? – Sacudiu-o pela gola da camisa. - Sua obrigação e devolver a vida para ela, e você têm que fazer isso querendo ou não. Eu não tenho mais ninguém nesse mundo, só a ela e então vá já salva-lá. – Soltou outro grito e Bruno vendo seu descontrole. Abraçou-a num ato desesperado. Fatinha estava fora de si. – Traga ela de volta pra mim, por favor! Traga. – pediu já mais calma. Olhando nos olhos dele.
— Shiu, eu vou salvar nossa filha Fatinha! Te prometo. Vou salvar nossa a Sofia. 

Bruno tomou algumas providencias. Para certificar aos demais, que era realmente pai de Sofia. Um exame igual ao que foi feito com Fatinha, foi feito com ele. E o resultado era o que todos já imaginavam Bruno realmente era do mesmo tipo sangüíneo que sua filha. Sem mais delongas o sangue necessário fora doado. E agora só ia depender de Sofia, aceitar ou não o sangue e os medicamentos. Andréa evitava contato com Fatinha e Bruno, falava somente coisas de cunho profissional. Eles estavam mais unidos, esperando uma recuperação da filha. E Andréa resolveu terminar seu relacionamento com Bruno, amigavelmente. Fatinha o amava. E o que ele sentia por ela não era diferente. Terminaram, mais para Andréa não era fácil ver seu ex-noivo que ela amava andando de um lado para o outro com a mãe da sua filha. 


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