My Father. escrita por Anne Laurentino


Capítulo 3
Viagem e Consequência.




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O dia seguinte havia chegado e eu não tinha conseguido pregar o olho. Fui para o banheiro tomar meu banho e me arrumar. Estava frio naquela manha e eu vesti um sobre tudo cinza chumbo, uma calça jeans e uma bota de salto nos pés. Arrumei o cabelo num rabo-de-cavalo alto peguei a mala e posicionei na porta. Voltei e fui ate o quarto de Sofia, ela dormia com uma expressão tristonha. Que denunciava todo o choro da noite anterior. Dei um beijo sobre a sua cabeça e me retirei do quarto. Na sala Isis, já me esperava, com um sorriso nos lábios ela me desejou boa viagem e eu parti. Fui de carro até a empresa e lá, peguei um jatinho particular. Não sei quantas horas ao certo demorei pra chegar, pois fui o trajeto todo dormindo, e só acordei com o comandante me chamando, pra avisar que chegamos. Lá já havia um carro da empresa para a qual eu estava indo, fui direito para o escritório, deixando então minha mala no carro. Fizemos aquele primeiro contato e logo após eu disse que precisaria ir até o hotel em que ia ficar hospedada, pois precisaria ligar para minha casa. Sem obter objeções eu segui ate um dos hotéis da rede Starwood. Fui muito bem tratada na chegada, me levaram a um tapete vermelho, clássico de clientes vips. Acompanharam-me até a entrada de meu dormitório e de lá logo disquei o numero de casa. Estava preocupada com a reação de Sofia, ao acordar e não me ver. 

— Isis, como estão às coisas? Liguei pra avisar que cheguei bem, e Sofia onde esta? Foi ao colégio? – Bombardeei a pobre de perguntas. Não sei por que estava exaltada com uma preocupação estranha. 
— Senhora, esta tudo bem. A menina chorou um pouco quando viu que a senhora não estava aqui, mais eu fiz tudo certinho e a levei pro colégio normalmente. A senhorita Lia, ligou dizendo que a buscaria mais tarde. E que a levaria para passear, eu deixei fiz mal? 
— Não de maneira alguma. Assim é bom, que ela se distrai. Olhe por ela direitinho, sim? Cuidado com a janela. Ela esta muito arisca ultimamente, não desgrude dela. Quando estiver em casa! – Pedi enquanto abria a minha mala. Para pegar uma peça de roupa pra trocar. 
— Sim senhora, pode deixar que eu faço tudo direitinho. Mais alguma coisa?
— Não por enquanto é só, qualquer coisa me ligue. Estou no celular ou nesse numero, que é o do hotel. Ok? Agora preciso desligar. Tenho uma reunião. Dê um beijo nela por mim! 
— Pode deixar senhora! Tchau. – Desligamos. E eu fui tomar um banho, pra tentar descansar mais um pouco, em meia hora teria outra reunião. 

O primeiro dia de negociações foi fabuloso. Ponto pra mim, um contrato já havia sido assinado. A reunião do dia seguinte serviria apenas para um acerto de tudo. Eu estava feliz, mais uma conquista da empresa. A noite chegou e com ela, meu esgotamento físico também apareceu. Desci até o bar do hotel, a fim de tomar algo forte, que me pusesse para dormir. Era o que eu precisava uma bela noite de sono.

Em manhattan...

— Vamos Sofia, você precisar ir à aula. Tem que se levantar! – Isis chamava a menina com insistência. Mais a mesma parecia não ouvir à senhora, estava calada apenas de olhos abertos olhava fixada para o teto de seu quarto.
— Não quero ir... Tia por favor, não quero ir hoje! – Falava secamente, ainda com a expressão seria e o olhar fixo no teto. 
— Você precisa ir minha flor. Hoje tem aulinha de piscina, não lembra? Aquela que você tanto gosta. Venha vamos levantar. – Isis tocou nos bracinhos da menina e se assustou. Ela ardia em febre. – Oh meu Deus, você esta com febre Sofia. O que será que aconteceu? O que você comeu ontem, com a madrinha Lia? – A menina mais uma vez não disse nada. Já estava sentada na cama, mais ainda tinha o olhar fixo, dessa vez nas paredes lilás de seu quarto.
— Eu quero a minha mamãe! Cadê a minha mamãe, tia Sissi? – a menina perguntou sem mover um dedo do lugar onde estava. E Isis, ficou ainda mais assustada. 
— Eu vou ligar pra ela, minha querida. Só um minuto que eu vou buscar o telefone, pra falarmos com ela. – Assim que Isis saiu do quarto a menina se levantou e foi caminhando até o banheiro do cômodo. Calmamente, ela queria subir no banquinho que usara pra escovar os dentes. Postou um pé no utensílio de madeira, porém quando fora colocar o outro o mesmo banquinho se virou, fazendo escorregar e cair batendo com a cabeça no chão de azulejo. Um grito fora escutado por Isis, que voltou ao quarto procurando a menina, e não a encontrou assim que seguiu para o banheiro viu o rastro de sangue empossado no chão e uma poça ensangüentando todo o corpo da garotinha. E mesma deu um grito de espanto.

Grito este que parecia ter sido ouvido por Fatinha, do outro lado da cidade. Que na mesma hora sentiu alto como uma faca comprimir seu tórax. Sofia a mesma pensou. Algo aconteceu com Sofia. 

— Desculpem-me senhores mais eu preciso ir. Aconteceu alguma coisa com minha filha! – Disse enquanto se levantava apressada. Parando a reunião.
— E como a senhora pode saber? – Um dos homens perguntou-lhe. Espantado. 
— Eu apenas sei, sou mãe! Com licença. – E saiu às pressas do local. 

Isis, já estava com Lia e Dinho no hospital. Estavam desesperados, ambos choravam descontroladamente. A menina já estava ali há algumas horas e ninguém vinha dar nenhuma noticia. Aquilo era torturante demais. 

— Por Deus, o que vai acontecer com ela, senhora? O que a Fatinha vai fazer comigo? Eu tive culpa, ela me pediu pra não deixar a menina sozinha. E eu disse que ia cumprir esse pedido. – Isis chorava enquanto falava com Lia, que estava da mesma forma. 
— Fique calma, Isis. Não vai acontecer nada de mal com a Sof, confie em Deus. E você não teve culpa, foi coisa de criança. Se acalme. – Dinho tentou confortá-la.

— Amor, Fatinha precisa saber. Ela vai ficar arrasada. Temos que contar logo a ela vai ligue de uma vez! – Lia pediu a Dinho. Que na mesma hora retirou o celular to bolso de sua calça, assim que ia discar o número da amiga. O mesmo toca, e quando ele viu quem era no identificador, ficou ainda mais desnorteado. – É ela! O que eu faço meu Deus? – mostrou o aparelho para a namorada, que chorou mais forte.

— Atenda senhor, temos que contar a ela. Vá atenda! – Isis pediu. 
— Esta certa... – atendeu o mesmo, tentando controlar a voz – Oi amiga... 
— Dinho, por favor. Me diz o que aconteceu com Sofia, me diz o que houve com minha filha. Pelo amor de Deus. Fala logo. Eu sei que aconteceu algo. Eu senti. Conte-me, por favor. – Num vacilo sua voz recuou iniciando um choro. E feito isto, Dinho também caiu no choro. 
— Fatinha, por favor, venha pra casa! – Só conseguiu falar isso. E Lia, pegou o celular – amiga, se acalma! Venha logo. Estamos te esperando!
— Lia, me diz o que aconteceu de uma vez, por favor. Eu to sentindo que ela não esta bem. 
— Fatinha pára, vem logo! E me liga assim que chegar aqui. – Desligou. E voltou a chorar se abraçando ao namorado. 
 


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Notas finais do capítulo

E ai? O que será que vai rolar com a Sof? Hmmm mistério! hushuhus então galeura, a fic já esta terminada então eu vou parar por aqui. Senão sou capaz de postar tudo hoje e vai perder toda a graça, né não? Então é isso, comentem se quiserem e beijos.