O Destino escrita por Gabriela Duarte


Capítulo 42
Adeus...




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Pov. Bianca

- Você está bem?- Amy está encostada no batente da porta, eu estou sentada no chão do meu quarto vendo algumas fotos quando eu estava no ensino médio. Respirei fundo.

- Não, estou me sentindo uma idiota... Culpada de alguma forma. – murmuro, Amy senta ao meu lado, ela pega uma foto onde está eu, ela e Ever no festival de inverno. Ever estava com orelhas do Mickey, foi um dia muito engraçado.

- Eu estou sentindo a mesma coisa, ela era a nossa amiga... – ela esboça um sorriso triste.

- O que vamos fazer?- ela olha para mim, eu olho para as outras fotos o seu sorriso sempre foi bonito, mas os seus olhos sempre tiveram uma pequena tristeza. Quando eu tinha dezesseis anos e perdia minha mãe eu sempre pensava que quando as pessoas sorriam, no fundo elas escondiam uma dor... E eu ainda acredito nisso.

- O que é preciso ser feito, vamos fazer um funeral decente para ela. – respondo. Nick entra no quarto, ele franze a testa quando nós vê no chão com fotos espalhadas a nossa frente.

- E então?- olho para ele.

Nick abaixa a cabeça. – Descobri mais alguma coisa... Ela estava grávida. – Amy e eu nos encaramos, eu fecho os meus olhos e conto até dez.

- Grávida?- Amy sussurra.

- Vamos encontra a pessoa que fez isso a ela. – Amy e Nick olham para mim espantados, eu nunca falei com tanta raiva, eu apoio na poltrona atrás de mim e me levanto. – Agora vamos fazer o que sempre fazemos nessas horas, ligar para amigos e parente, espalhar fotos pelo local. E rezar para que ela encontre um bom lugar. – eu saio do quarto sem olhar para trás.

Já são duas horas da tarde, eu visto um vestido branco que vai até abaixo dos joelhos ele e folgado o meu guarda roupa está um pouco limitado, as minhas roupas fúnebres não cabem mais em mim. Eu liguei para os amigos, e postei no Facebook o local e à hora do funeral, todos estavam preocupados comigo eles estão esperando que eu caísse em desespero, mais eu não vou. Pela minha filha, e ela que está me dando forças.

- Bianca?- Meu pai entra no quarto, ele está de terno e gravata.

- Pai eu não vou pirar, para de ficar olhando como se eu fosse uma boneca quebrada. – Digo colocando meus brincos.

- Eu sei que você não é uma boneca quebrada, mais todos estão preocupados com você. – ele diz todo paternal.

- Não quer desabafar?- ele cruza os braços, eu olho para o espelho e penteio os meus cabelos. Ele espera a minha resposta.

- Não, eu quero ficar quieta no meu canto. – olho para ele, seus lindos olhos verdes estão preocupados, ele sempre fica assim quando eu perco alguém eu já perdi muitas pessoas.

- Vamos descer, já está quase na hora. – eu dou mais uma olhada no espelho e pego a minha carteira branca, com documentos, celulares e coisas necessárias. Meu pai oferece o braço e vamos para a sala.

- Todos estão prontos?- Mason pergunta, todos os homens estão usando roupa social. Amy está usando um vestido azul marinho escuro na altura dos joelhos, e a Claire está com um vestido preto elegante.

- Sim. – todos dizem.

No meu carro está o meu pai, Nicolas e Amy e no outro carro Mason, Claire e Austin. O lugar que eu escolhi foi capela muito bonita, nada muito mórbido o lugar do enterro vai ser no mesmo lugar se não fosse a linda capela ninguém pensava que era um cemitério ali. Ninguém falou nada durante o caminho para a capela, eu estava sentada atrás com a Amy, ela segurava a minha mão e sua cabeça estava encostada no vidro.

- Chegamos. – Nicolas virou para trás, ele estava preocupado comigo e isso já estava me dando nos nervos, eu não vou pari agora. Eu saio do carro e fiquei ao lado de Amy, Nick estava atrás de mim, ainda não tinha muitas pessoas.

- Eu vou ali resolver uns papeis, já volto. – Nick sai com o pai, o caixão está em cima do altar e um pequeno palco está um pouco mais a frente, o local estava decorado com flores brancas e azuis, fotos estavam em alguns lugares e objetos que demos a ela estava em seu caixão. Decidimos optar pelo caixão fechado, não e justo ter a lembrança dela fria e sem vida, Amy foi cumprimentar alguns amigos eu fui falar com o Brian que estava vendo o mural, onde colocamos fotos e objetos dela como os fones de ouvido que ela sempre amou seu cd do Kiss e outras coisas.

- Oi.

- Olá. – ele sorri, e coloca uma rosa branca no mural. – Tudo bem com você?- ele olha para a minha barriga.

- Ela está bem, mais eu não. – ele balança a cabeça e me da um abraço, eu coloco a minha cabeça em seu peito ele beija a minha testa e acaricia as minhas costas.

- Ela está em um lugar muito melhor que esse. – ele diz, eu sinto as lágrimas queimarem.

- Mais não e certo, ela não merecia isso. – balbucio.

- A vida ela e traiçoeira. – ele diz mais para si mesmo.

- Onde está a sua esposa?- eu me afasto para olhá-lo.

- Ali está ela- ele aponta para a mulher com vestido azul escuro, ela está conversando com o Nicolas, a sua barriga está enorme também. Ela acena.

- Vou falar com ela.

- Olá. – eu digo, Brian coloca o braço em volta da sua cintura. Caroline sorri.

- Tudo bem? Eu sei que não e um momento legal... –Nick coloca o braço em volta da minha cintura, ele beija os meus cabelos.

- Pois é mais apesar de tudo estou bem. E pra quando é?- eu gesticulo para a sua barriga, ela afaga.

- Três meses, pelo tamanho da sua barriga está perto não é?

Assenti: - Mês que vem.

- Meu deus, como você consegue eu estou com seis meses e não agüento mais. – ela brinca, eu dou de ombros.

- Nem eu sei.

Ficamos conversando por um tempo, até que chegaram mais pessoas e eu fui falar com elas e nesse tempo todo Nicolas não saio de perto de mim, nem por um segundo quando eu fui ao banheiro ele foi comigo, esperou do lado de fora é claro. Já estava na hora do enterro, então um padre fez uma missa bacana.

- Alguém quer falar alguma coisa?- ele pergunta, eu me levanto.

- Eu quero. – Nicolas olha para mim, então ele sorri.

Eu pensei que não iam vim muitas pessoas mais eu me enganei, a capela estava cheia eu respirei fundo, nunca gostei de falar em publico mais eu preciso dizer o que sinto.

- Boa tarde a todos, e obrigada por terem vindo- eu olho para o Nicolas, ele está me encorajando. – Eu perdi muitas pessoas que eu amei, começando pela a minha mãe há seis anos e quando ela morreu e depois a família se separou, então quando a minha avó estava na beira da morte eu sempre pensei que a dor seria menor, já que eu nunca pensei que sofreria tanto quando eu perdi a pessoa que eu mais amei. – olhei para o meu pai que estava sorrindo para mim. Então continuei:

“Só que eu me enganei, a dor e a saudade sempre vai ficar não importa quando tempo passe e com a morte da Ever, a minha amiga eu queria que essa dor não tivesse aqui- eu coloco a mão em meu peito. – Eu me sinto culpada de nunca ter ido pedi desculpas por uma briga de colegial idiota, eu não queria dizer o quanto eu a amo aqui depois que ela morreu, mais eu a sinto tão perto de mim agora. Eu sinto muito de que a vida dela acabasse assim, ninguém merece isso então é isso... Obrigada”

As pessoas se levantam e aplaude, Amy está chorando e meu pai está com a mão em seu ombro, no final das cadeiras eu vejo uma mulher... E a mãe da Ever, eu desço as escadas e vou ao encontro dela, ela já está fora da capela.

- Senhora De La Torre!- eu a chamo, ela para e olha para mim ela esta usando um vestido preto até os joelhos, e usando óculos escuros.

- Obrigada Bianca, eu sei que eu sou uma péssima mãe... E eu vou carregar uma culpa pelo resto da minha vida- ela olha para a capela e vai embora sem olhar para trás.

- Bianca?- Nick coloca a mão em meu ombro, eu ainda fico olhado para o portão. – Era a mãe da Ever, Nick será que eu vou ser uma boa mãe?- Ele pega o meu braço e eu olho para ele.

- Vai ser uma ótima mãe para a nossa Christine. – ele me beija.

Eu não consegui conter as minhas lágrimas na hora do enterro, braços fortes me envolveram me senti mais segura e mais amada. Ele não disse nada, só ficou comigo o tempo todo, nada que ele falasse ia me ajudar eu só preciso dele aqui comigo, só preciso estar em seus braços nesse momento.


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Notas finais do capítulo

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