Acordei.

O teto estranhamente estava mais alto, eu pulei da cama para o chão e senti uma dorzinha e um choque no meu joelho, comecei a andar para a sala até passar por um espelho, eu vi um reflexo de um menino de seis anos nele...

Voltei andando de ré até o espelho e tomei um susto quando me reconheci no reflexo daquele menininho.

Estava pequeno, muito pequeno, mesmo para o meu tamanho de antes. Então me virei diretamente para o espelho e comecei a fazer movimentos de abrir e fechar a mão, mostrar a língua, e quando eu percebi que era eu mesmo gritei e comecei a andar para trás até tropeçar em um pote de Lamen e cair de bunda no chão.

— Não, não, não. – Repetia para mim mesmo sem acreditar e tentando me lembrar do que aquele velho sábio tinha dito.

Então me levantei e tentei fazer o rasengan...

Mas foi uma tentativa falha.

Tentei novamente e novamente...

Tentei forçar ao máximo, mas eu não consegui.

Quando a compreensão do que o roku-jiji deve ter falado, eu me paralisei e fiz a única coisa possível numa situação destas!

— NÃOOOOOOOOOOOOOO!

(...)

— Espera ai, o que mesmo aquele velho disse?! – Eu perguntei para mim mesmo.

— Não ele só pode estar brincando comigo. Não! Não! Não! Eu não terei que aprender aqueles jutsus complexos, não é?! – Eu estava desesperado, eu tinha perdido meus jutsus de uma hora para outra...Isso era LOUCURAAAAAAAAAA!!!

— Kukuku...

Escutei Kurama gargalhar com o meu desespero. Eu me concentrei e pude ver Kurama na minha frente.

— Você terá que reaprender todos os Jutsus que sabia gaki, afinal seu corpo atual não passou por nenhum dos seus treinamentos, não é?! – E voltou a gargalhar de minha situação.

— Não, você só pode estar brincando comigo. Nãaaaaaao! – Gritei mentalmente, eu acho que se eu não estivesse gritando em minha própria mente, poderiam escutar meu grito lá em Suna.

— Sim. Você terá!– Escutei Kurama falando novamente — Mas será mais fácil com o grandalhão ali atrás, olha! – Disse ela apontando com aquela garra imensa para algum lugar. Quando me virei me deparei com uma cena realmente chocante:

Tinha uma cela mil vezes maior do que a de Kurama. Dentro habitava o demônio de dez caudas. As caudas, seus braços e suas pernas estavam imobilizados por grandes dragões de madeira que estavam com vários Kanjis dizendo “Sugar”. Essa deveria ser sua forma imperfeita porque, segundo o Kurama, ele tinha uma forma totalmente humanoide, com dez braços de cada lado do corpo que representava os números de caudas. — Mas veja por outro lado...  –continuou Kurama chamando minha atenção — Você tem o Sharingan até o nível do Rinnegan, vai ser moleza aprender aqueles Jutsus com esses seus olhos, por mais complexos que eles sejam. E depois que o dominar totalmente poderá começar a controlar aquele outro doujutsu que voce criou... E gaki...

— Jamais mexa ou retire esse selo da cela do Juubi, pois se você retira-lo nós três morreremos e esse demônio ira renascer em cem anos, mas ele renascera com sua forma perfeita.–Isso me deu calafrios — E, se isso acontecer, temo que esse mundo ira entrar em um caos sem fim! – Quando ela terminou de falar eu engoli em seco.

“Tudo bem jamais mexer nesse selo” – Eu repetia comigo mesmo para memorizar.

—Está bem, mas eu vou retirar você dessa jaula então. – disse apontando para jaula enquanto andava em direção da mesma.

— Jamais faça isso, gaki! – escutei a voz rouca de Kurama falando — Quero dizer jamais faça isso com esse seu estado físico, meu chakra iria te torrar vivo. Porque, quando o Velho sábio reviveu você e a mim, minha parte “Yin” voltou para mim através da sua alma me completando novamente.

— Então seu poder é simplesmente... Magnífico! – Disse mais para mim do que para ela. Ao perceber algo que deveria ter saltado aos meus olhos de cara: Kurama estava umas dez vezes maior que antes.

— Sim meu poder e magnifico! – Disse se vangloriando Kurama – Você não achou que aquilo era todo o meu potencial não é gaki?! – Disse ela novamente.

— Sim eu achei – Disse sinceramente.

— Tsc. Com aquele corpo gordurento e sem vitaminas você não suportaria nem 50% de todo o meu Chakra – Disse zombando de mim de quando eu era bebe, e logo após deu aquele sorriso de raposa que só ela sabe fazer.

— Então você ira me ajudar a treinar não é?! – Perguntei para ela e como resposta ela somente se limitou a balançar a cabeça afirmando.

— Eu enviarei pequenas quantias de Chakra para você todos os dias desde já, para você fazer Bunshins e se acostumar a ele, e cada vez eu irei aumentar a quantidade de Chakra para que você o suporte totalmente até o dia que você finalmente retirar esse selo.

— Tudo bem e quando começa o nosso treinamento? – Perguntei para ela.

— Daqui a duas semanas você deverá ir para a floresta da morte para que comecemos a primeira parte do nosso treinamento, e você também terá que Clonar o pergaminho do Shodaime para aprender as Técnicas do Mokuton, e também aprender a controlar o Sharingan e o Rinnegan para que ninguém veja os seus olhos. – Disse ela com aquela voz rosnada.

— Tudo bem, mas eu começo com o quê? E por que só daqui ha duas semanas? – Perguntei para ela, por que eu não sabia o que fazer sinceramente.

— Primeiro você terá que tentar canalizar Chakra para os seus olhos para ativar o Sharingan, depois passar para o Mangekyou Sharingan, o Fuumetsu Mangekyou Sharingan e finalmente o Rinnegan, assim quanto mais avançado estiver no controle de qualquer desses doujutsus mais rápido será meu treinamento e voce não sentirá tanto ele.

—E com o controle do rinnegan voce terá uma pequena quantia do poder do Juubi e poderá transformar o chakra dele em energia física e mental; quando fizer isso você poderá, finalmente, me libertar dessa jaula maldita – Disse com aquela voz rosnada novamente— Quanto a aquelas duas semanas...Bem, precisarei delas para me reacostumar com a minha outra metade.

— Tudo bem.— Eu disse — Vou embora agora, estou escutando meu estomago roncando daqui de dentro – Disse para ela.

Quando estava me concentrando para sair dali eu escutei Kurama me chamar novamente.

— O que é agora Kurama? – Perguntei irritado.

— Eu sei que ainda não posso sair dessa cela, mas você PODERIA MUDAR A PORRA DA PAISAGEM DESSE LUGAR?! Já não aguento mais esse cheiro dessa AGUA PÚTRIDA!! – Ela disse igualmente irritada.

— Está bem – Me limitei a dizer.

Fechei meus olhos e comecei a me concentrar.

Eu estava pensando em uma campina verdejante com um grande lago que mais parecia o mar, em grandes e poucas arvores, mas é claro que não podia faltar o sol e nem a lua.

No final de tudo, eu fiz uma floresta que tinha o tamanho do país do fogo, o dia ali dentro passava como o dia no mundo real. Quando abri meus olhos eu estava naquele lugar que eu pensei, o grande mar, a floresta, a campina verdejante, tudo, tudo mesmo.

— Obrigado, gaki. – disse ela fechando os olhos — Vou tirar uma pequena soneca, não me incomode mais, só me acorde quando for segunda da semana de treinamento– Disse ela ainda de olhos fechados e apoiando sua cabeça em suas patas frontais.

“Humm, uma pequena soneca?! Hoje é domingo ainda, e ele fala “uma pequena soneca”?! Vai entender os bijuus!” – Eu pensei.

– Tudo bem! — Fechei os olhos novamente e quando eu os abri eu estava no mesmo lugar do meu quarto.

Aprontei-me e comecei a andar para a saída de casa para ir comer.

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Já estava caminhando pela vila em direção do meu lugar favorito e recebendo os mesmos olhares de ódio no passado, mas eu já nem me importava mais com esses olhares.

Que se fodam eles, o meu único objetivo era matar Madara ou eu deveria dizer Obito?! E impedir que eles revivessem o Juubi. — Mesmo que eu não entendesse como isso seria possível com ele selado em mim! — E também acabar com a raça do Orochimaru e evitar um monte de coisas ruins que ele fez ou vai fazer! Além de um monte de outras coisas (NA: Naruto e muito articulado com as palavras, não e?).

Já estava na Barraca de Lamen. — Ayame e seu pai eram um dos poucos que entendiam que eu era apenas um Jinchuuriki, não um Bijuu ou demônio como o povo costumava dizer. — Pedi um lamen de porco, meu preferido. Em poucos minutos Ayame voltou da cozinha.

— Aqui esta, Naruto-kun – Disse ela alegremente como sempre. Muito fofa com os seu treze ou quatorze anos.

— Obrigado, Ayama-chan! — Disse no mesmo tom que ela antes de gritar — ITADAKIMASU! — E começar a devorar o pote de lamen que foi esvaziado em questão de segundos.

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Quando estava voltando para casa, ia recebendo aqueles mesmos olhares de sempre. — Que coisa chata! Esse povo não tem mais o que fazer? — Sentia meu corpo muito pesado esse era o preço a ser pago por comer onze potes de lamen. Então percebo uns caras na esquina com a clara intenção de extravasar o que somente os olhos dos outros queriam fazer comigo...

(...)

Cheguei a casa, fui diretamente para o banheiro, eu estava muito suado.

Não era para menos, tentaram me surrar mais uma vez. Eram aqueles caras que eu tinha visto na esquina. Ainda bem que consegui despista-los.

Comecei a me despir tirando toda a roupa e já ia para o banho quando parei, bufei um pouco e fui recolhendo a roupa do chão e colocando no cesto de roupa suja. – Afinal, um bom ninja sabe cuidar bem de si mesmo e das suas coisas! – Andei até o outro lado do boxe liguei o registro do chuveiro e senti a agua fria cair em meu corpo.

“Maldito seja quem cortou a energia do chuveiro.”– pensei com raiva e tremendo de frio. O baka que fez isso quer com certeza se “vingar” de mim, “o garoto demônio”.

Depois do meu rápido banho eu peguei uma toalha e me enxuguei depois a enrolei em minha cintura e fui caminhando até meu quarto e fui até um pequeno armário que ficava do lado direito da cama, peguei para me vestir: uma cueca preta, um short branco com duas listras laterais laranjas e pequenos símbolos Uzumaki no final de cada lado e uma camisa laranja com detalhes de um laranja mais escuro e o símbolo do fogo atrás.Depois comecei a andar para o pequeno Deck que o meu apartamento tinha, escorei meus braços na grade de proteção e comecei a fitar o horizonte.  – enrolando para não encarar a bagunça do meu apartamento. – Já estava quase anoitecendo e eu estava ali, o tempo passou voando e eu nem mesmo percebi.

Entrei novamente e fui até a cozinha, peguei um pote de lamen instantâneo do armário de baixo do balcão. E com manobras dignas de um equilibrista de primeira. Pois, com o tamanhinho que tenho agora, tive que improvisar com cadeiras da cozinha para alcançar com segurança o fogão e a pia. – Eu não podia ficar descendo e subindo da cadeira para arrasta la de lá para cá.– Eu coloquei a água para ferver na panela mediana com o lámen dentro e para deixar aqueles intermináveis 3 minutos passaram mais rápido resolvi recolher os potes, pratos, vasilhas e pacotes variados jogados no chão. Depois dos três minutos parei a arrumação, pois o lamen estava pronto, o levei para a pequena mesa que tinha na cozinha e me sentei a mesa para comer. Com os meus pés sem alcançar o chão. (NA: acho ele tão fofinho nessa imagem!)

Já tinha acabado de fazer minha refeição e também já tinha escovado os meus dentes, então continuei a limpeza do meu apartamento... Relembrando a vez que voltei a Konoha com o ero-sennin depois do nosso treinamento de três anos. Tudo aquilo estava mais do que empoeirado, parecia que uma tempestade de areia havia acontecido ali.

Ri um pouco daquela lembrança, pois essa arrumação não era nada melhor do que aquela que fiz ou farei no apartamento. É incrível a bagunça que uma criança de seis anos é capaz de fazer.

Terminado tudo, tive que tomar banho de novo e fui pra cama. Deitado, com os braços atrás da cabeça e fitando o teto, virei para o lado esquerdo onde tinha uma pequena cômoda que estava com um abajur em cima, desliguei-o acabando assim com a fraca luz que iluminava o quarto.

Amanhã começaria o meu treinamento de concentração e controle de chakra.

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Acordei com uma imensa dor nas costas. O colchão em que eu dormia parecia um pedaço de pedra de tão duro, mas fazer o quê? Não era pior do que o chão duro que servia de cama para mim e meus companheiros durante as missões.

Desci da cama e fiquei um minuto sentando sobre a mesma para tentar despertar da minha sonolência, comecei a andar até bater o meu pé em alguma coisa que eu não sei o que era só sei que era muito duro. - provavelmente me esqueci de guardar alguma coisa durante a arrumação. – Karma é uma droga! –Comecei a pular de uma perna só e fiquei massageando o meu dedo mindinho.

Depois de aquela dor infernal passar, comecei a andar ainda um pouco manco, até a cozinha. Lá, como sempre, peguei um pote de lamen e fui prepara-lo, – eu deixei as cadeiras no mesmo lugar desde ontem – depois de preparado coloquei a mesa e comi tudo.

Aí sim, acordei.

—Sim, sou muito lerdo pela manhã! Vai encarar!?(cara de homicida!)

Fui até o banheiro, escovei os dentes e nesse momento eu me encaminhava para o meu quarto para me sentar na cama em uma posição de concentração.

(...)

Finalmente, depois de um bom tempo me concentrando, encontrei a fonte do meu Chakra. –Coisa que era quase impossível para aqueles não são chamados de “Gênio”. – Comecei a canalizar meu chakra para uma região especifica: Os olhos. Enviei pequenas quantias de chakra para eles. Não foi muito, mas não foi pouco também.

Enviar muito é arriscado, eu poderia sofrer cegueira ou alguma coisa do tipo. E enviar de menos demoraria muito ou nem faria qualquer efeito. Nunca fui bom em concentrar chakra!

Fiquei me concentrando e enviando chakra para os meus olhos por horas. Não sei quantas, mas foi o suficiente para barriga roncar. Iria ficar só mais um pouco treinando o controle de Chakra e depois iria para o Ichiraku lamen...

Abri meus olhos, desci da cama e caminhei para frente do espelho, me sentei e entrei na mesma posição que a anterior: Fechei meus olhos e me concentrei. Quando eu os abri eu fiquei surpreso. Meus olhos brilhavam em um tom vermelho. Eu havia conseguido despertar somente o primeiro estagio do Sharingan.

“Tá muito bom para algumas horas de concentração!” –pensei meio presunçoso.

Quando, num estalo, lembrei-me dos clones das sombras. “Eu sou um baka muuuito grande!” – pensei revoltado comigo, esqueci-me do outro treinamento com o Kakashi-sensei: Do Fuuton rasengan shuriken.

Depois de ficar muito tempo me amaldiçoando por não ter pensado nisso antes, – para ir mais rápido com o despertar e o controle do sharingan – parei de me xingar...E comecei a me retreinar a ter o equilíbrio do chakra e dividi-lo em partes iguais para conseguir fazer patéticos quatro clones – isso com a ajuda do chakra do Kurama. – Deixei dois clones cuidando da arrumação da casa e lavar as minhas roupas– só tinha mais um conjunto limpo, o resto só para ir pro lixo! – Um ficou treinando controle de chakra comigo, e o último deixei treinando percepção de chakra. – nunca fui bom em rastrear chakra a não ser nos modos sennin e bijuu, mas soube pela minha mãe que tinha uma Uzumaki, esposa do Shodaime e uma jinchuuriki, que era uma perfeita sensora de chakra. (NA: O Naruto não sabe que a Karin também faz isso!)

“Se ela podia, eu também posso. Não sei como, mas posso!” – pensei me encarando no espelho e vendo a minha determinação nos meus olhos.

— Mais tarde – quando já tiver mais controle de chakra e ter despertado o poder do rinnegan e do sharingan – vou pedir pra Kurama me ensinar isso, Dattebayo! Talvez ela saiba como a Mito fazia. Afinal ela esteve dentro dela por décadas! Se até lá não tiver descoberto como fazer isso, tebayo!

—Talvez ela me ajude a fazer aquelas correntes da mamãe! – falei empolgado com um sorriso enorme na cara. – O papai me disse como era para fazer, só preciso de treino!

— E por falar em treino, como vou fazer para treinar o mokuton? Não posso, simplesmente, aparecer pro Yamato-taicho e pedir que ele me ensine, hum!

— E tem o meu elemento: Fuuton. Que eu saiba só o Asuma tinha esse elemento!

—Talvez se eu conseguir liberar o Rinnegan eu consiga usar o elemento Suiton. E se isso acontecer posso criar o Hyouton como o Haku!

— Há tanto pra fazer e aprender... – falei alto, e pensei:

“Eu não podia contar pra ninguém sobre mim. E, também não podia esperar até a academia pra ser abordado por aquele traidor do Mizuki e ele me dizer como roubar o pergaminho do primeiro!”

—Peraí, será que o pergaminho ainda tá naquele lugar? Ou melhor dizendo, será que já tá lá?

“E como vou pegá-lo do jeito que estou, tebayo!?” – perguntava entre animado e descrente, com a histeria correndo por fora e ganhando de ambos.– Paro de pensar nisso quando escuto meu estômago roncar mais alto ainda.

Tá aí a desvantagem dos clones: Você gasta mais energia!

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Já estava na rua, caminhava pensando em como roubar o pergaminho do “Primeiro” para conseguir aumentar consideravelmente minha força, enquanto nem percebi que já estava na frente da barraca do Tio do lamen.

— Yo, Teuchi-ossan, Ayame-chan – Disse gritando-os.

— Yo, Naruto-kun – escutei Ayame falando- O mesmo de sempre? – ela me perguntou educadamente.

Limitei-me a assentir e fiquei fitando o povo andando lá fora de um lado para o outro, enquanto esperava o meu precioso lamen, até escutar o velho Teuchi dizendo:

— Aqui está seu lamen Naruto-kun e bom apetite!

—ITADAKIMASU! – grito antes de começar a comer minha refeição favorita.

Depois de comer o primeiro pote de lamen pedi mais um, mais um e mais um... Até o décimo quarto pote.

Quando terminei peguei minha carteira com o formato de um sapo verde, ela estava bem “gorda”, mas infelizmente nem tudo é como a gente quer... Ao terminar de pagar ao velho Teuchi, tudo o que tinha na minha pobre e humilde carteira era vento e pó.

(...)

Já estava no caminho de volta para minha casa. Era sempre assim: De casa para o Ichiraku do Ichiraku para casa, essa rotina não mudava nunca, a não ser quando eu ia pegar minha mesada no fim do mês no Prédio do Jiji. (NA: é como o Naruto se refere ao Hokage Sarutobi)

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Já estava em casa e já estava escurecendo, então só tomei um banho, mas dessa vez a agua estava quente.

“O Jiji deve ter mandado alguém aqui para consertar”- pensei.

Coloquei a toalha na minha cintura prendendo-a, caminhei lentamente até o meu quarto, parei no armário peguei uma cueca e um short preto e uma camisa da mesma cor, antes de ir dormir eu me sentei na cama eu fiquei mais algumas horas acordado em uma posição de concentração com mais quatro clones que fiz, enviando dessa vez uma quantia bem maior de chakra para meus olhos.

Eu iria fazer isso todo o santo dia até obter o Rinnegan.

Quando me cansei de ficar fazendo absolutamente nada a não ser enviar chakra para os meus olhos e me concentrar, eu decidi me deitar. Desfiz os clones e me aconcheguei melhor na cama, puxei o edredom até a altura do pescoço deixando somente minha cabeça para fora, desliguei o abajur e dormi exausto. A minha cabeça estourando pelo tanto de chakra que meus clones depositaram nos próprios olhos.

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Acordei novamente com aquela maldita dor nas costas. – definitivamente eu devia trocar o meu colchão e iria fazer isso quando o Jiji me desse a minha mesada. – Levantei e fiz tudo aquilo que sempre faço todos os dias.

Teve somente uma coisa diferente, eu vi o “Emo” e viado do Sasuke passando pela rua, com todo aquele ar de indiferença e todas as pessoas principalmente as garotas babando por ele, e ele não fazia nada!

“Definitivamente ele joga no outro time! Dattebayo!”

Pensando nisso, fazia dias que eu não dava as caras no parquinho. Se me lembro bem, foi ali que conheci o Kiba, o Shikamaru, o Choji, até a Ino e a Sakura.

— A Hinata eu conheci faz, se não tô enganado, um mês. Quando aqueles moleques a atacaram!

Dou-me conta que a conheci antes de todos os outros. Então, lembro-me daquela vez que o Nagato atacou Konoha e me prendeu no chão com aquelas barras de metal condutores de chakra... Ele não me deixava controlar o meu próprio chakra, eu estava indefeso e a Hinata surgiu lutando sozinha contra Nagato pra me defender.

Fiquei chocado com ela e perguntei por que ela estava se arriscando assim, ela não sabia que o Pain era mais forte?! E a resposta dela me surpreendeu mais do que qualquer coisa na minha vida!

“—Naruto-kun... eu protegerei o Naruto-kun, porque eu o amo!”

Vou ter que verificar como todos estão, principalmente a Hinata! Eu não vou ser o otário que fica atrás da Sakura enquanto esta corre atrás do biba-emo-Sasuke! Não desta vez!

E ainda há a Tenten, a Temari, as gostosas da Kurenai, Shizune e a sádica da Anko! Decisões, decisões. Quem vou “pegar” primeiro? Hehehe!

— Não pensem besteira, vou apenas verificar qual delas terei a chance de conhecer e, talvez, fazer amizade!

—Se tiver que “pegar” alguém será a Hinata-hime!

“Peraí, só tenho seis anos! Shikusho!!!!”...

(NA: Muitas lágrimas e maldições nessa hora e nas próximas duas horas– tudo contra o Rikudou tê-lo mandado de volta com seis anos!)

Já era oito horas da noite, eu já havia jantado e também já tinha tomado banho, fui para meu quarto dormir.

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Passei os dias anteriores treinando assim:

Enquanto ficava na cama do meu quarto treinando o envio de chakra para meus olhos com dois clones, mando um ou dois para a mata treinar o Kanenobori (subir em árvores), o Mizunokinobori (andar na água) e até o jutso de desamarrar cordas e o henge.

Minha rotina de treino não diferenciava muito do que foi na outra vez, quer dizer, na parte em que me fodo todo depois de exagerar nos exercícios físicos e fico apagado no chão da floresta.

Claro que, agora com minha experiência, posso pular várias partes chatas como estudar os pergaminhos (com a língua, os números, os jutsos básicos) que eu pegava na biblioteca ou pedia para o hokage-Jiji só para me tornar shinobi antes dos outros. Claro que esse plano não deu certo naquela época... Ou hoje... Ou que seja... (Isso de viajem no tempo é problemático, como diria ou diz ou dirá o Shikamaru! – Não disse que é difícil?). Eu não conseguia entender como colocar em prática aquilo que eu lia. Ficava logo frustrado e deixava de lado os pergaminhos – isso não quer dizer que sou preguiçoso, só que não tinha ninguém para esclarecer as coisas de modo que eu entendesse!

—E não sou burro! Sou hiperativo!-(olhando com cara de homicida) Vai encarar, hum? —Continuando...

Eu aproveito os clones para aprender várias coisas ao mesmo tempo e a cada dia consigo mais controle de chakra. Já fiz, até aqui, seis clones.(NA: Se passaram seis dias desde que Naruto começou a treinar)

E agora posso fazer que apenas um fique comigo aqui em casa, treinando o envio de chakra para os olhos.Outros dois ficam praticando o Mizunokinobori e o Kanenobori na mata nos limites da floresta da morte.E os outros dois ficam lendo sobre história e geografia na biblioteca do povoado e do Jiji.

— Não quero continuar sendo um tapado sobre os outros países, e eu não disse que havia me livrado de TODAS as coisas chatas, mesmo que durante a guerra eu tenha conhecido várias lendas e mitos históricos “ao vivo” (os caras revividos pelo Edo Tensei) eu não fiquei sabendo de todos os detalhes das histórias deles e nem de todas as histórias das grandes vilas.

Outro clone meu ficou indo para o parquinho estes últimos três dias para ser visto e interagir com o Kiba, Shino, Shikamaru, Chouji e as meninas. – Não posso mudar tão drasticamente assim as coisas do passado que deram inicio a minha amizade com os outros, incluindo a Ino e a Sakura. (Mesmo que elas sejam bakas demais para correr atrás do emo-viado-Sasuke no meu tempo).

E, também, serve para cobrir meus treinos aqui, na mata – seria muito difícil explicar como eu sei fazer clones das sombras – se por que dessem falta de mim e viessem me procurar e encontrassem os meus clones nos vários lugares em que os deixei.

Quando chego a casa no final do dia, depois de eu mesmo ir para a mata, tô morto! – É conhecimento acumulado dos pergaminhos, dos treinos com controle de chakra, e envio de chakra para os olhos. 

As brincadeiras com os garotos são a parte mais legal dessa multi vida. A outra parte desse gasto de energia todo é ruim: Eu fico com muita fome, por isso tenho gastado muito com comida.

—Logo o tio do Lamen vai expandir os negócios só com os lucros que ele tem comigo! Dattebayo!

(...)

Ontem, enquanto meu clone brincava com o Kiba e o Shino. – este mais olhava e fazia comentários estranhos do que realmente brincava. O Shino é assim desde que nasceu, acho. – O clone observou quando uns garotos brincavam de ninja, e ele só reparou neles porque o Chouji estava entre aqueles moleques, mas sem o Shikamaru.

O clone parou de observa los porque dois daqueles garotos eram os mesmos que tinham me espancado quando defendi a Hinata algumas semanas atrás. Alem do que brincar de ninja só e divertido quando tem garotos legais na brincadeira!

Por isso meu clone evitou aquela brincadeira ou ele seria capaz de dar uma surra naqueles delinquentes.

(NA: E o Naruto nem se toca que ele próprio era um delinquente nessa época! Na outra vez. É o mesmo que o sujo falar do mau lavado!)

Eu não quero chamar muita atenção para os meus progressos que pareceriam súbitos demais para os meus vigias.– Eu os despisto sempre com os clones e o henge!

Estes dias, o clone tem brincado com os garotos separadamente, por isso não notei que eles não estão juntos: Kiba e Shino; Chouji e Shikamaru.

As únicas que já são amigas são a Ino e a Sakura.

Alias, estas duas nem são aquelas rivais ainda. Parece que o Sasuke ainda não chamou a atenção delas.

Ele fica agarrado com o Itachi a maior parte do tempo.

“Ele não é só uma bicha enrustida como é, também, um pervertido apaixonado pelo irmão” – eu pensei quando os vi juntos pela memória do meu clone. (NA: Sasuke espirra no cangote do Itachi). – E sendo assim, aquela frieza toda que ele transmite só é imitação dele do que o Itachi faz.

(NA: O massacre Uchiha não ocorreu ainda)

— Ele não tem motivo algum para ser frio.

E vou ter que evitar o massacre que senão o Itachi – cara que eu admiro – vai se tornar um nukenin e carregará um peso enorme na consciência.

Fora o fato de que aquele merda do Danzou vai ter todos aqueles olhos dos Uchiha.

Fiquei pensando nisso hoje e em como ficar mais forte o mais rápido possível para evitar tudo isso até chegar a noite e descansar.

(...)

Agora, já passou nove dias desde que vim do futuro com Kurama. Estou em casa me aprontando para por meu plano em prática: O de roubar o pergaminho do Shodaime.

Visto, já em meu quarto, uma roupa toda preta para não dar na vista. – Mas como achar uma blusa e uma calça sem nenhum detalhe colorido foi impossível, tive que sair e compra las ontem.

—Daqui para o fim de semana vou estar falido, dattebayo! – digo deprimido.

Libero os outros clones para saber quem esta me vigiando e onde estão. – Infelizmente ainda não desenvolvi a técnica de sensor da Uzumaki Mito – Recebo as lembranças dos outros oito... Tem dois Anbu: Um em cima do telhado do terceiro prédio em frente do meu quarto pensando que estou dormindo – coloquei um clone meu deitado na cama; O outro esta na arvore do prédio em frente da minha porta. Esse vai ser muito fácil despistar, mas o outro pode ser que não, mesmo ele estando desatento.

Crio dois clones que se disfarçam do mesmo gato com o henge no jutso, eles vão chamar a atenção do Anbu, enquanto eu vou para o prédio do hokage.

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Chego perto do prédio e já percebo seis ninjas vigiando, no mínimo deve haver o triplo do que estou vendo e aqueles ali são o chamariz! Ainda bem que ha aquela entrada que o –futuro fodido – Mizuki me mostrou da outra vez.

— A entrada dele é num beco aqui perto, tenho certeza. – penso alto e olho ao redor. — Ah, achei, tebayo!

Abro com o máximo de cuidado para não fazer barulho. Não demoro muito para percorrer a extensão do corredor da entrada secreta e já cheguei à saleta que tem as portas dos arquivos dos kages. Fico imaginando quem fez essa entrada que sequer tem armadilhas para impedir espiões de entrar num lugar tão importante?

A única resposta que me vem a cabeça é Danzou, pois escuto que tem dois guardas do lado de fora dessa saleta. Se o hokage soubesse dessa entrada os poria aqui dentro, no mínimo seriam Anbu de elite, e encheria de armadilhas o corredor.

Lembro que a porta que entrei da outra vez tinha uma armadilha escondida na maçaneta e o Mizuki me ensinou como desfaze la, mas agora me pergunto: Será que era a única, ele não desfez os outros para facilitar a minha entrada?

Ainda bem que consegui despertar anteontem o sharingan nível três. Eu não seria doido de invadir esse lugar sem ter pelo menos isso!

(NA: Ele se esquece que aos doze ele invadiu o mesmo lugar sem saber fazer um simples bushin no jutso e ser péssimo em todas as áreas shinobis! Se isso não o classifica como lunático, no mínimo ele é o maior retardado-ingênuo e baka do mundo!)

Ativo o sharingan nível três, para não ser pego de surpresa, e já encontro outras armadilhas. As desfaço e entro naquela sala que sei que tem o pergaminho do Shodaime, mas ha tantos pergaminhos interessantes aqui!

Fico feliz de ter tido a ideia de trazer uns vinte pergaminhos em branco comigo – esqueci-me de contar que além do Kage Bushin, do Henge, também já sei fazer o jutso de copiar e invocar pergaminhos, o jutso de substituição e o de liberação de cordas (nunca mais fico no tronco ou amarrado por inimigos), todos copiados dos treinos da academia com o sharingan e comigo retreinando várias destas habilidades. – Começo a tirar copias de todos os pergaminhos mais interessantes e mando outros cinco clones fazerem o mesmo nas salas restantes.

(...)

Talvez eu volte outro dia para pegar mais, pois meus pergaminhos acabaram.

Quando estiver satisfeito arranjo uma grande confusão, invado este lugar e “sem querer” descubro esta entrada secreta, hehehe!

Libero os meus clones e guardo num só pergaminho todos os que copiei. Sair e chegar próximo do meu apartamento é muito fácil, tenho que fazer o mesmo que fiz para sair.

(...)

Depois que entro em casa, ainda segurando a risada por ter feito um jogo da velha na mascara daquele Anbu, faço meu ultimo clone que tava deitado na cama se levantar em direção ao banheiro cuja porta fica longe da janela e onde estou encostado esperando para trocar a roupa com meu clone e finalmente dormir.

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