Heroes High School escrita por Sparky


Capítulo 9
Capítulo 8 - Explosão


Notas iniciais do capítulo

Eeeee mais um capítulo aí pra vocês...



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- Você... como... como...? – ela parecia mais confusa do que Peter jamais vira – Takeo... Fuumetsu...?

O rapaz loiro apenas sorriu.

- Rarussamy... há quanto tempo.

Os olhos de Rarussamy procuraram a irmã e, quando a encontraram, pôde-se ver um pequeno brilho irado.

- MEY LIN! – ela gritou, assustando Edward – QUE MERDA É ESSA?

- Ahhh, você viu, eu achei ele... – ela agia como se a irmã estivesse adorando aquilo – Não é demais?

- DEMAIS É O TEU C... – ela cortou o palavrão no meio, notando que todos no lugar olhavam para ela – Ãhn... O que você esta fazendo aqui, Fuumetsu?

- Achei que nunca fosse perguntar – ele se levantou, alto e esguio, olhando para ela – eu segui vocês.

- Não, jura? – ironizou Rarussamy – Por quê?

- Gente, licença... – interrompeu, Sylar, completamente perdido ali – Mas o nome dele não era Jack? E ele não era um mendigo? E que diabos é fumetissu?

- Eu respondo – adiantou-se Mey Lin para a irmã e o homem – Primeiro: não, o nome dele nunca foi Jack, e sim Takeo. Foi um nome que nós inventamos pra esconder a identidade dele, e estava funcionando... bom, até agora. Segundo: não, isso a gente inventou também. Terceiro: não é fumetissu, é Fuumetsu, significa “eterno”; é como a Rarussamy o chama, é um apelido.

- E por que você está “ajudando” ele, se sua irmã é expressamente uma inimiga dele? – perguntou Nathan, que nunca fora com a cara daquelas duas.

- Inimiga nada – respondeu Mey Lin, com uma risada – Eles são amigos demais, esse é o problema.

- Eu segui vocês por ordem do Hokage – disse Takeo, em resposta à pergunta de Rarussamy.

[N/A: para quem não sabe, Hokage é o líder da Vila Oculta da Folha, de Naruto.]

- Mas por que é que aquele velho tem que se meter... – suspirou Rarussamy, dando um tapa na própria testa.

- Haaaa brincadeira! – retrucou o homem, sumindo e aparecendo atrás da garota, assustando a todos – Na verdade eu vim por que recebi uma oferta muito boa de emprego. Vocês sabem o que eu fazia lá no Japão. Uma empresa me contratou, estavam precisando de mim... e de meus serviços. E, como bônus, tive a oportunidade de te dar um susto.

- Aff, seu... SEU IDIOTA!

Ele e Rarussamy começaram a se bater ali no meio, uma briga realmente violenta, levando em conta que era só Rarussamy quem batia e Takeo apenas desviava. Mey Lin assistia como se fosse um filme de comédia, enquanto as lideres de torcida (Claire incluída) gritavam como loucas, horrorizadas. Peter ficou meio surpreso também, mas não interferiu. Rarussamy levantou a mão, assim como ela tinha feito para Mey Lin no primeiro dia de aula, e quando abriu a boca para gritar, Kristen se levantou e disse numa voz calma, porém forte:

- Agora já chega.

Rarussamy e Takeo pararam na hora. A japonesa olhou para a outra com uma expressão de superioridade, como se duvidasse que alguém como ela pudesse impedi-la de fazer qualquer coisa.

- Você não pensa nas conseqüências mesmo, não é? – Kristen disse, surpreendentemente, em japonês – Se você soltasse suas “garras retalhadoras de almas”, não ia só destruir o lugar como ia matar duas pessoas. Além de revelar seu segredo a todos.

- Você fala japonês desde quando? – Rarussamy pareceu confusa – E como você pode saber o que poderia acontecer?

- Isso não vem ao caso – todos olhavam para elas, e apenas Mey Lin, Takeo, Hiro e Ando compreendiam a conversa.

- O que é você? – a japonesa perguntou, logo depois fazendo uma cara de concentração, focando seu olhar no rosto de Kristen. Um segundo depois, foi como se ela tivesse levado uma pancada. Sacudiu a cabeça, parecendo atordoada, e olhou para a outra com dúvida.

- Nem tente ler minha mente – ela aconselhou, sorrindo – Não vai dar certo.

- Como você sabe que eu posso ler mentes?

- Acredite: eu sei muitas coisas.

Fez-se silêncio por um momento.

- Cara, isso foi muito bizarro – comentou Mey Lin para Takeo.

- Er... gente... desculpa, mas... o que tá acontecendo?

Todos olharam para as duas pessoas atrás de Takeo. Eram duas garotas não muito altas, uma com longos e espessos cabelos castanhos presos num rabo de cavalo, que fora quem fizera a pergunta, e a outra com cabelos crespos negros. Pareciam ser irmãs.

- Nada que você possa compreender... – explicou Rarussamy, misteriosamente.

- Que...? – a mesma garota disse, parecendo meio confusa.

- Esquece – Mey Lin interrompeu, num tom zombeteiro – Ela não fala coisa com coisa.

- Sua besta, isso é tudo culpa sua – retrucou Rarussamy, se aproximando da irmã.

- Se é – provocou Mey Lin, fazendo uma careta.

- Nossa, você vai ver agora – ela disparou atrás da irmã, que fugiu pela porta – VOLTA AQUI, PESTE! – elas começaram a brigar do lado de fora, correndo pela rua. Só era possível ouvir os gritos furiosos de Rarussamy e as risadas de Mey Lin.

- Nunca vou entender... – suspirou Takeo, virando-se para as duas garotas – Sorte de vocês que ela parou nossa briga.

- É, foi meio estranho... a gente tava acompanhando a conversa. Ou melhor, tentando – comentou a garota de cabelos negros.

- Estava meio difícil de ignorar, sabe? – brincou a outra garota, sorrindo.

- Como vocês se chamam? – perguntou um Edward que fora totalmente esquecido ali num canto e quase tinha virado emo.

- Ah, eu sou Sookie, e essa é minha irmã, Nicole – apresentou-se a garota de cabelos castanhos.

Sookie, que nome estranho, pensou Peter, olhando para a dita cuja, será que é apelido?

- Que nome estranho! – gritou Jason, pulando de sua cadeira – É seu apelido?

Peter olhou para ele com uma cara estranha, como se o garotinho tivesse materializado seus pensamentos.

- Eu sei que é diferente... mas é nome, mesmo. Sookie Peggy.

- Nussa! É muito esquisito – continuou o garotinho.

- É, as pessoas falam... – ela comentou, sem graça.

- Muuuuuito esquisito... – ele repetiu, com o olhar perdido – muuuuito...

- Jason, acho que já chega, né? – ordenou Kristen, olhando para Sookie – então seu nome é Sookie... Muito prazer!

Ela estendeu a mão para a outra com um sorriso muito engraçado (para não dizer bizarro) na cara.

- Ah... sim... prazer... – dava para ver pelo rosto dela que ela estava achando Kristen uma pessoa muito anormal quando elas apertaram as mãos.

- E você é Nicole! – ela apertou a mão de Nicole, e os únicos adjetivos para defini-la no momento eram “serelepe” e “saltitante” – Que esplêndido conhecê-las!

- Esplêndido... que... legal... – Nicole sussurrou, meio sem entender o que diabos estava acontecendo.

Peter só ficou olhando, o que, aliás, era a única coisa que ele fazia diante de situações esquisitas. Ele percebeu que Elle também observava aquilo com uma cara meio engraçada e confusa. Geralmente, era assim que as pessoas olhavam para Kristen.

- Que emoção! – exclamou Kristen, com os olhos brilhando – Fazer amigos é uma coisa tão maravilhosa!

- O que é que deu nela? – murmurou Elle para Peter, após chamar a atenção do garoto com um puxão na manga de sua blusa.

- Sei lá – ele respondeu – Normalmente ela tá sempre com aquele ar de sabe-tudo, mas pela primeira vez, ela está parecendo... confusa.

Ele pode perceber os olhos de Elle se estreitarem, desconfiados, enquanto ela observava a garota. Então subitamente, Kristen parou de rir e olhou para os dois, com uma expressão de terror quase indescritível (e também meio engraçada).

- Não me olhe assim! – ela virou seu olhar para a porta – Tenho que falar com Rarussamy e Mey Lin! – ela olhou para o irmão – Jason! Vem comigo!

O garoto pulou de sua cadeira e seguiu a irmã mais velha; os dois saíram pela porta e logo o som de Rarussamy esbravejando e Mey Lin gargalhando cessou. Elle tinha uma sobrancelha levantada e o olhar fixo na porta; Peter tinha seus olhos no mesmo lugar, pensativo, enquanto Candice se levantara atrás dos dois e os fitava como se eles estivessem fazendo algo do qual ela não estava gostando muito.

- Que vocês dois tanto conversam? – perguntou a garota, com a voz um tanto quanto alterada.

- Ah... nada! – respondeu Elle, com um sorriso amarelo. Ela provavelmente sabia que Candice gostava de Peter, e não queria desapontar a amiga.

- Eu só comentei que essa garota, a Kristen, é meio estranha – disse Peter, com certo receio sobre Candice. Parecia que ela estava prestes a jogar uma cadeira em alguém.

- É bom, porque... – até aquele momento era possível ver uma fúria ciumenta em seus olhos, porém subitamente ela retomou o semblante alegre e afetado de sempre, olhando para Elle – Ah, você sabe, né, best*!

[* “best” de “best friend”]

- Sei, sei... – respondeu Elle, com meio sorriso no rosto, fitando o chão.

Peter só observava.

Até sentir aquilo.

Luz, muita luz.

Um clarão encobriu sua visão por um momento.

Era como se ele estivesse absorvendo dez poderes de uma vez só.

A pressão em sua cabeça era imensa.

Ele levou a mão à testa, sentindo dor. Percebeu uma mão em seu ombro, e uma voz distante perguntando “Peter, você está bem?”. Quando ele reabriu os olhos, viu muitos rostos cercando-o, e o de Elle se destacando entre eles, estando muito próximo do seu. Ele percebeu um sorriso aliviado surgir em seus lábios ao ver que ele estava bem. Ele corou violentamente com a proximidade dela, e ela também.

- Gente, ele está bem, dêem espaço para ele respirar – ela gaguejou, com o rosto ruborizado.

- Peter! – exclamou Claire, com uma expressão muito falsa de preocupação, bem característica de líderes de torcida – Meu amorzinho, você tem certeza que está tudo bem?

- Sim, estou bem... – ele respondeu, ajeitando o cabelo. Foi quando ele percebeu uma olhadela de Claire para West. E mesmo que quisesse negar isso do fundo de sua alma, ainda sentia ciúmes de Claire.

- Sério mesmo que você tá legal? – indagou Candice, e esta realmente parecia preocupada.

- Sério... – ele repetiu, ainda meio confuso.

Repentinamente, ele sentiu suas mãos ficarem muito quentes, como se estivessem pegando fogo. Ele discretamente olhou para elas.

Estavam brilhando.

Um brilho vermelho incandescente, que ele julgaria ser radioativo. Ele olhou em volta, checando se ninguém estava olhando para ele. Levantou-se o mais silenciosamente que pode e se dirigiu ao banheiro, ainda fitando suas mãos, preocupado. Entrou na pequena sala e se olhou no espelho. Pode perceber que não eram apenas suas mãos que queimava, mas todo o seu corpo. Seu rosto brilhava mais do que nunca. Ele apoiou-se na pia, tentando conter aquela energia. Percebeu que estava abaixando lentamente, e quando olhou para o granito da pia, viu que ele estava derretendo. Ele estava derretendo granito!

Então era assim que tudo iria acabar? Todos iriam morrer por causa dele? Ele, que sempre quisera ser um herói, vai acabar sendo o culpado por tantas mortes, talvez incluindo sua própria? Não, não posso deixar isso acontecer, disse a si mesmo, controle-se! Você consegue!  Ele cerrou os punhos, concentrando toda a sua força em impedir que aquela energia saísse. Por que... eu não... consigo...

- Peter! – gritou Kristen, irrompendo pela porta.

- Kristen! O que você tá fazendo no banheiro masculino?

- Você tá explodindo e vai se preocupar com essas coisas?

- Como você sabe...?

- Agüenta, só mais um pouco! Você não pode explodir agora... – ela segurava a porta aberta, como se esperasse que alguém aparecesse para salvá-lo.

- Do que você tá falan-- AH! – ele caiu de joelhos, sendo consumido por seu poder.

- Escuta, pela primeira vez na minha vida, eu não sei – ela respondeu, olhando para fora mais uma vez – Só sei que existem duas possibilidades: ou você explode e todos morrem, ou aparece alguém e te pára.

Nessa mesma hora, Sookie entrou no banheiro, com uma expressão confusa no rosto. Ao ver Peter lutando para se por de pé, e conseguindo com muita dificuldade, ela tapou a boca, horrorizada.

- Meu deus... – ela sussurrou, apenas.

- Se você puder pará-lo, faça alguma coisa, mas se não puder, corra o máximo que você conseguir! – ordenou Kristen, com a expressão fechada.

Ela não pensou duas vezes. Correu para perto de Peter, cerrou o punho e disse:

- Desculpa por isso!

E acertou um belo soco no rosto dele.

Ele caiu para trás, inconsciente.

Aos poucos, seu corpo incandescente foi voltando ao normal.

- Nossa – falou Kristen, surpreendentemente surpresa.

[N/A: “surpreendentemente surpresa”... essa foi tosca xD... mas faz sentido. Eu explico mais pra frente.]

- Eu não achei que fosse funcionar! – exclamou Sookie, com cara de boba alegre – Que legal! Pensava que meu poder era inútil, mas acho que eu acabei de salvar um monte de gente, não é?

- É... – Kristen franziu a testa, com um sorriso esquisito no rosto – Que droga... por que... por que eu não sei nada sobre você? Qual seu poder?

- Ah... Eu...

- Que vocês duas estão fazendo no banheiro dos meninos... Peter! – assustou-se Elle, que acabara de chegar ali – O que aconteceu com ele? – acrescentou ela, correndo na direção do garoto e se ajoelhando ao lado dele.

- Ele absorveu algum tipo de poder radioativo, e não estava conseguindo controlá-lo – explicou Kristen, coçando a cabeça – Ai a Sookie deu um murro nele, e agora ele tá aí.

- Ei, como você vai falando assim dos poderes pra ela? – indagou Sookie, apontando para Elle.

- Eu sei o que eu tô fazendo – respondeu Kristen, virando os olhos - Ela tem poderes também, não se preocupe.

E saiu, deixando as duas lá, com cara de quem comeu e não gostou.

- Ah... – suspirou Elle, olhando para Peter - Me ajuda a levá-lo para lá? Não podemos deixar ele aqui.

- Claro – concordou Sookie, aproximando-se da loira a ajudando-a a levantar o garoto inerte.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!
Reviews, please?? *_*
Beijos!



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