Heroes High School escrita por Sparky


Capítulo 10
Capítulo 9 - Dúvidas


Notas iniciais do capítulo

Aqui tá mais um capitulo
Espero que vocês estejam gostando, porque eu to me empenhando muito nessa fic, sério!!
Beijos pra todo mundo!!



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- Peter, Peter!

Sua visão estava embaçada quando ele abriu os olhos.

- Olha, ele acordou!

- Peter, você tá legal?

- Acho que você devia levá-lo pra casa, Nathan!

- Sério que ele tava desmaiado no banheiro?

- Que é que ele tava fazendo lá, se drogando?

- Sei lá, devia estar cortando os pulsos, com essa franja emo que ele tem...

- O que você tem contra emos?

- Nada, ué, eles são uns veadinhos e eu respeito isso.

- Meu, você só fala merda.

- Ei, ei, ei, que muvuca é essa? Dá pra vocês saírem de cima dele?

Era Nathan quem tirava a multidão de cima de Peter. Ele gravou mentalmente esse ato para que se lembrasse de agradecer ao irmão depois, enquanto tentava distinguir a imagem das pessoas que se amontoavam sobre ele. O que acontecera? As imagens dos momentos anteriores a seu desmaio giravam confusas em sua mente. Ele piscou uma, duas, três vezes, tentando colocar os pensamentos em ordem. Fogo, calor... explosão? Sim, sim... agora tudo estava fazendo sentido... ele estava no banheiro... derretera a pia de granito... e... desmaiara com o soco de uma garota? Como assim?

- Aah... – ele gemeu, apertando a testa para se livrar da tontura – Estou bem... caramba... – ele mexeu no queixo, e sentiu-o dolorido – que mão pesada...

- Peter! – chamou Sookie, que estava acima da multidão que o cercava – Me desculpe! Era o único jeito!

- Tudo... tudo bem... – ele repetiu, acenando para ela – Eu estou legal...

- Você não parece muito bem – disse Elle, que estava atrás de Sylar – Eu realmente acho que você devia ir para casa.

- É – concordou o amigo, que era quem estava mais próximo de Peter – Você não tá legal mesmo; melhor não arriscar que isso aconteça de novo, não é?

- Não, eu... – ele começou, mas a garota o interrompeu de novo.

- Vá para casa Peter. Eu sei como é não estar sob controle... é terrível. Volte para casa, deite um pouco, descanse. Aí sim você estará bem.

Ele sorriu diante do olhar sincero da garota. Ela sabia do que estava falando. E isso, de certa forma, fez com que ele sentisse um carinho enorme por ela. Imaginou pelo que ela deveria ter passado... será que ela já alguma vez machucara alguém sem intenção? Será que ela já causara a morte de alguém? O olhar dela não revelaria nada disso, porém se ele conseguisse entrar em seus pensamentos...

Tente não parecer tão preocupada... Droga, droga, sua burra! Não sorria! Ele não pode nem pensar que você gosta dele! E você nem pode pensar em gostar dele! Concentração! Ele... ele tá me encarando? Não, não, claro que não, sua besta... Para de olhar pra ele! Se você ficar assim, o que vai acontecer quando você for embora?

Ir embora? Porque ela iria embora? Ele olhou curioso para ela, a qual pareceu não entender a reação dele. Ele tratou de disfarçar, se levantando, já que ele estivera sentado no chão aquele tempo todo. Ao se por de pé, sentiu um pouco de tontura, mas logo já estava se sentido normal. Sylar e Elle o acompanharam até a porta, onde Nathan o esperava para levá-lo de carro.

- Cara, nossa casa é três quadras daqui. Eu posso muito bem ir a pé – protestou o rapaz, parando diante do irmão.

- Nem pense nisso – retrucou o outro – Você não tá legal.

Esse Nathan, pensou Peter, sorrindo para si, finge que não liga, mas é o que mais se preocupa...

- Espera!

Ele se virou e deu de cara com Rarussamy e Mey Lin [N/A: são sempre elas] segurando Jason pelos ombros, uma de cada lado, sorrindo estranhamente. O garotinho estava com uma cara de “me-larguem-suas-loucas”, e elas riam insanamente até que Peter interrompeu, irritado:

- Que foi?

- Nossa, estava tão empolgada com a risada que até esqueci – comentou Mey Lin, divertida – Olha bem para ele – ela apontou para Jason, quase enfiando o dedo no olho dele – Não é a cara do Neji?

- Quem? – metade da turma perguntou.

- Takeo, você sabe quem é! – exclamou Rarussamy para o rapaz – Não é igualzinho?

- Ahn... Não? – Takeo respondeu, coçando a cabeça.

- Claro que é! – discordou Mey Lin com uma voz esganiçada, pegando um guardanapo na mesa – Presta atenção – ela rasgou mal e porcamente dois círculos meio ovais de papel, enfiou por trás das lentes dos óculos do garoto e apontou triunfantemente para ele – Byakugan!

- Qual é seu problema comigo? – ele perguntou tristonho e irritadiço, batendo na mão dela e fazendo-a soltar um histérico “KYAH!”.

- Nenhum, Neji-Júnior... – Rarussamy respondeu pela irmã, logo depois tendo um surto por sua própria descoberta e gritando – NEJI-JÚNIOR!

- NEJI-JÚNIOR! – Mey Lin repetiu, estática – NJ!

Então as duas começaram a pular e gritar “NJ!” que nem umas loucas, consequentemente não percebendo a saída de Peter e Nathan. Os dois ficaram assustados com o surto das duas – também, não era para menos – enquanto desciam as escadas e se dirigiam para o carro de Nathan.

- Sério, assim que eu fizer dezoito anos eu vou embora – o irmão mais velho falou, entrando no veículo – Já estive pensando nisso há um tempo, mas depois que essas duas apareceram...

- Entendo sua situação – concordou Peter, também adentrando o carro – Elas são doidas mesmo, e ficam falando japonês e surtando toda hora, que coisa louca...

- Peter, falando sério agora – Nathan mudou de assunto – O que aconteceu lá dentro?

Peter hesitou um pouco, porém sabia que não ia conseguir esconder nada do irmão.

- Eu absorvi um poder estranho, algo como radioatividade, e não consegui controlar. Eu teria explodido, se não fosse... – ele pausou, ponderando se deveria falar sobre Sookie para o irmão – Bom, eu não lembro exatamente o que aconteceu, só sei que levei um soco de alguém e desmaiei.

- Isso é muito estranho – sussurrou Nathan, franzindo o cenho – Ter absorvido esse poder significa que alguém que estava lá também tinha, não é?

- Exato. Mas eu acho que não foi só esse poder que eu copiei.

Nathan parou o carro na frente da casa dos Petrelli.

- Vai descansar. Depois a gente fala sobre isso.

- A mãe vai ter um treco – os dois riram, e Peter deixou o carro.

Peter seguiu sozinho e entrou, antes dando uma olhadela para trás e vendo seu irmão ir embora. Fechou cuidadosamente a porta atrás de si, tentando fazer o menor barulho possível, e começou a subir as escadas. Os degraus de madeira rangiam sob seus pés até ele atingir o segundo andar. Estava tudo escuro, ele foi tateando as paredes até achar a porta de seu quarto. Quando estava prestes a abri-la, uma mão segurou seu ombro com força.

Ele olhou para trás e percebeu uma silhueta negra, assustadora naquele momento.

- CARALH... – ele começou a gritar, mas a dona da silhueta deu-lhe um belo tapa no braço – Mãe! Quer me matar do coração?

- Que boca suja! – Angela bronqueou, dando-lhe as costas – Por que todo esse teatro para entrar em casa? Não são nem dez horas!

- Não é nada, só não queria te deixar preocupada – ele respondeu, entrando no quarto.

Ele sentou-se em sua cama e afundou o rosto nas mãos. Pense pelo lado bom, ele disse a si mesmo, pelo menos agora você e a Elle voltaram a se dar bem...

Ele sorriu para o nada ao pensar isso. Se bem que ele estava se sentindo um pouco mal pelo fato de ter ficado com ciúme de Claire, o que causara sua “quase explosão”. Ele agora só queria estar lá para ver o que aconteceria entre ela e West enquanto ele não estava presente. Não por que ele ainda gostava de Claire; era uma questão de honra.

Foi aí que ele se lembrou de uma coisa que na hora pareceu completamente sem sentido, mas agora era completamente útil: o poder de enxergar através das paredes! Ele pulou da cama, virou-se para o lado em que ficava a lanchonete e se concentrou. Fechou os olhos com força e, depois de alguns segundos, abriu-os.

Se ele tivesse labirinto sensível, com certeza ele já tinha capotado e vomitado de tontura. A velocidade com que seu olhar deu um zoom, atravessando as paredes, pessoas e o que quer que existisse no caminho, foi tão intensa que ele até cambaleou um pouco. Depois de alguns segundos ele conseguiu focar a lanchonete, ainda com alguma dificuldade, e procurou seus colegas. Viu Mey Lin e Rarussamy ainda surtando com o pobre do Jason – aparentemente agora elas o perseguiam, correndo pelo estabelecimento – e também viu Nathan entrando. Kristen e Sookie conversavam; a primeira parecia um tanto quanto estonteada, como se algo bem grande e pesado tivesse atingido sua cabeça [N/A: ADORO essa comparação], porém a outra estava animada. Nicole falava com Takeo, o que ele julgou meio estranho, mas nem prestou muita atenção porque viu Elle se aproximando de seu irmão e perguntando-lhe alguma coisa; ele respondeu rapidamente, dando-lhe as costas, e ela deu um sorriso aliviado. Peter assumiu que a pergunta fora sobre ele e ficou feliz de ver que ela estava feliz.

Então ele se deparou com algo que ele definitivamente não esperava: Ashley, a loira que também possuía o poder da “visão extrema”, o encarava, curiosa. Ele não desviou o olhar; pelo contrário, manteve seus olhos fixos nos dela, esperando alguma reação. Percebeu os lábios dela se movendo, formando palavras.

Você também está me vendo?

Ele acenou que sim com a cabeça, e a expressão curiosa dela se intensificou mais.

Desde quando você sabe fazer isso?, ela perguntou.

Ele então disse:

- Desde que te conheci.

Ele esperava que a pergunta fosse esclarecer as coisas, mas ela apenas ficou mais desconfiada. Ele sorriu, vendo que ela não estava entendendo, e então explicou:

- Copiei seu poder.

Ela levantou as sobrancelhas de surpresa. Mas não teve tempo de responder, pois Jason correu para se esconder atrás dela e as gêmeas pularam em cima da garota. Peter não conseguiu não rir da cena. Era patético demais para não dar risada. O coitado fugia das duas como o diabo foge da cruz, e elas atropelavam tudo em seu caminho para alcançá-lo, incluindo seres vivos respirantes como Ashley. Ele dobrou-se de tanto rir, mas tratou de disfarçar quando sua mãe subitamente apareceu na porta do quarto.

- Enlouqueceu de vez? – ela indagou – Fica aí rindo sozinho, do nada?

- Eu só lembrei de uma coisa engraçada que aconteceu – ele respondeu, enxugando uma lágrima. Estava chorando de rir? – Não é nada.

- Você é realmente estranho, filho – ela falou, retirando-se em seguida.

- Também te amo, mãe – ele suspirou, largando-se na cama.

Iria dormir daquele jeito mesmo.


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Notas finais do capítulo

Bom, espero que tenham gostado!!
Reviews?? *---*

E, gente, se tem alguem se confundindo quanto aos personagens (eu sei que eu criei toneladas de pessoas, perdão --'), desculpa, mas eu não posso fazer nada, realmente. Os nomes dos personagens originais agora estão nas notas iniciais da fic, mas quanto aos poderes, eu não vou falar nada =x Qualquer coisa, manda MP pra mim que eu esclareço qualquer dúvida, ok??

Beijos, gente!!



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