"É poder mostrar o que você sente. Sem ter vergonha." disse Isa.

"É saber que sou amada." disse Alessa.

"É ter alguém com quem contar, e partilhar as coisas." Tessa falou.

Isso é ter um relacionamento. Não é uma coisa sem graça, como eu imaginava que fosse. É algo... feliz. E poxa, realmente deve ser legal você poder demonstrar carinho, você se sentir amado e querido, você saber que é alguém especial para aquela pessoa. Você saber que tem alguém pensando em você.

Eu consegui escrever o primeiro beijo de meu livro. Eu descrevi como eletricidade - é assim que imagino que seja. Sentir ondas elétricas percorrendo todo o corpo, até a nuca. O coração palpitando, parecendo que vai sair do peito. Um simples toque, já causa esse efeito em mim, quando se trata dela.

Porque sim, eu acho que eu gosto dela.

E eu sei que ela não gosta de mim, e isso é o pior. Até minha cria está chegando num relacionamento. Bom, vou explicar quem é minha cria.

1 - Ela não gosta de ser chamada de cria. Mas ela é minha cria, ela tem que aceitar.

2 - O nome dela não é cria. É Elisa.

3 - Ela é a melhor amiga que alguém pode ter.

Veja bem, fui filho único até os oito anos. E Elisa é tipo quem eu escolheria para ser minha irmã. Ela é aquela pessoa em quem você confia, e que você quer que tudo de bom ocorra. E (que emoção) ela tá se arranjando.

Olha, se eu não fosse feio... Eu era filho de Afrodite. Porque não tem ninguém pra gostar mais de romance do que eu.

Bom, Elisa não gosta de tocar no assunto, então shhhh. Ela não imagina o quão contente eu estou por ela! Só espero que ela não me esqueça por que eu tenho...

Não é ciúmes. É uma coisa chamada 'amor exclusivo. E, meu bem, você não quer ter a doença do amor exclusivo. É terrível.

Porque, veja bem, eu amo todos eles. Mas não diz, porque não são a todos os meus amigos que eu digo que amo. Mas eu amo todos e cada, do jeitinho que são. Então eles tem que me amar também! Eles tem que notar que eu estou ali, e dizer o quanto eu sou um escritor/poeta/ator maravilhoso, e como eu sou um amigo tão bom (apesar de publicar a história de seus primeiros beijos num site de fanfic). Eles tem que me notar, porque...

Eu simplesmente nasci para ser notado!

E não é só isso. Além de eles me notarem, a garota retardada que eu gosto tem que notar que eu gosto dela também, porque me poupe. Mas, por outro lado, eu tenho medo. Eu gosto dela faz 3 anos, legal. Mas eu tenho medo de que ela não goste de mim (e isso é bem possível). E eu não quero que fique uma coisa chata, como foi quando eu queria que Tito e Elisa ficassem juntos.

Assim, Tito já gostou de Elisa... há um tempo. E eles são simplesmente tão fofos juntos! Mas, claro, era só brincadeira. Por causa da história de amor exclusivo, eu não quero nehum deles namorando. Mas, de alguns meses pra cá, tem nascido uma vontade cupidesca (essa palavra não existe) de ser... E eu resolvi ajudar Tito.

Como eu já disse, Elisa e eu somos muito amigos, então, sempre que eu podia ela conversava sobre o assunto. E, um dia, ela me disse que simplesmente não gostava de Tito, e que isso estava ficando chato.

E, poxa, e se ficar chato pra ela também? Porque minha amiga vai acabar virando um eu, e eu serei Tito, e então essa garota vai ficar como Elisa...

E a história vai se repetir.

Então, não quero que as coisas fiquem forçadas. Eu só quero saber se é hora de desistir. Porque já até recebi um depoimento de uma garota que tem um amigo que vive a pedindo em namoro, e ela simplesmente não quer!

Então, eu acho que isso tudo que eu ando fazendo é só pra me convencer que devo esperar. Que tenho que ter calma... que as coisas vão acontecer com o tempo.

E minha paranóia com primeiros beijos está passando... Menos pelo fato de minha cria ter se arranjado. Estou de olho, Elisa. Mas está tudo indo bem, e quem sabe esteja na hora de isso aqui acabar... eu não sei.