Minha auto-estima está meio baixa. De vez em quando acontece, mas hoje está pior, eu acho. Cada vez parece ser a pior. 

Mas o problema dessa vez é que eu não sei que porcaria escrever. Talvez eu deva falar quem é ela. Bom, eu simplesmente gosto dela demais para lhe dar um nome fictício, então irei chamá-la de 'ela'. 

Primeiro, ela é irônica. E baixinha. E eu simplesmente adoro gente pequena. Ela parece frágil, porém é bem crítica. Não haveria ninguém melhor para participar de um debate, se ela não fosse tão tímida. 

E muitas vezes eu tenho vontade de falar o que sinto para ela. Afinal, eu sou muito fofo e romântico, como todos já sabem (sem querer ofender). Mas eu não tenho coragem, porque:

1 - Ela não dá bola pra mim. 

2 - Ela não liga pra essas coisas. 

3 - Ela provavelmente já sabe, mas finge não saber. 

Desde que comecei a escrever aqui, eu tinha uma certa vontade de falar com ela. Eu até cheguei a imaginar que ela já gostou de mim, mas… Foi engano. 

Então, eu estou aqui, com minha auto-estima baixa (esse é o nome mais estranho que já vi), tagarelando sobre uma garota que não gosta de mim. 

E, poxa, as pessoas nos shippam. (E, caham, eu nos shippo). Essa é a parte mais estranha/engraçada de todas. Pois ela parece não se incomodar. E eu não sei o que isso significa. 

Ela é uma daquelas pessoas que gostam do que eu produzo, mas para por aí. Ela gosta, principalmente, de meus poemas. O que me deixou meio ofendido, claro, pois minha especialidade são os textos (acho). 

Estou viciado em parênteses ( '( )'). 

Então eu comecei a escrever poemas com mais freqüência. Todos para ela. Mas ela não notou, e isso foi tão irritante que eu escrevi um poema sobre ela não ter notado. E ela não notou (e mais uma vez, acho. Eu acho muitas coisas, e não tenho certeza de nada. Hora de fechar parênteses). 

Então, Ela, se você estiver lendo esta droga, perdendo um pedaço de seu precioso tempo para ler minhas babaquices, me mande um sinal, para que eu saiba que (finalmente!) você notou. Porque, ainda que você não goste de mim (o que é bem provável), pelo menos eu sei que você sabe. E eu posso parar de chamar sua atenção. 

Eu só não queria ser um parênteses, um apêndice, na sua vida. Eu só queria ser a sua frase, que você lembra quando vê beijos técnicos em novelas. Eu queria ser o seu bordão. 

Apenas queria poder te esquecer. 

Não é possível. 

Afinal, gostar é isso. Você é meu lembrete.