Shiroi Yama escrita por Yato


Capítulo 7
Capítulo VI: Senhor Insensível


Notas iniciais do capítulo

A partir deste capítulo começam as lembranças dos gazeboys e do Meevs, por isso, se ficar confuso. Pergunte, sim?

Neste capítulo serão apresentados os poderes citados no capítulo 5 ("Por Quê?"), vou tentar deixar o menos confuso possível, então, o uso dos poderes ficará entre colchetes ~[ ]~.

Por alguma razão desconhecida o Nyah! não deixa a configuração correta do texto DD:

Espero que isso não afete a leitura de vocês, vou tentar arrumar isso mais tarde...

Eu voltei! 8D *se joga* Sem mais delongas! Saudades, gentem! *-* *agarra*

P.S.: Capítulos de flashback NÃO tem POV's.



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"Shiroi Yama"

 

 

Capítulo VI: Senhor Insensível

 


:: 19 de Março – 10 anos atrás ::

 

 

Takashima Kouyou sempre fora um garoto frio e calculista. Talvez, por isso, tivesse decidido seguir a carreira de detetive.

           

 

O loiro parou em frente ao prédio mais alto da redondeza, olhou-se no reflexo da porta de vidro. A camiseta branca e a gravata negra eram cobertas por uma jaqueta de couro de mesmo tom que ele logo tratou de tirar. Mirou as calças escuras e os sapatos pretos. Retirou os óculos escuros e entrou.

 

 

O interior da construção camuflada de vidros era incrivelmente grande. Deletou de sua mente astuta o fato de que aquele lugar se parecia mais com um hall de hotel do que um prédio policial. Algumas poltronas e vasos de plantas eram espalhados pelo salão bem iluminado; havia até uma cafeteria! Kouyou estava indignado.

 

 

Caminhou a passos largos em direção a uma pequena mesa onde viu uma figura miúda de cabeleira vermelha.

 

 

Ohayou. Sua voz soara mais grave do que imaginara. 

 

 

Ohayou! Em que posso ajudá-lo? Ele inquiriu, sorridente.

 

 

Eu vim para... 

 

 

Ruki! Sem dúvidas, Takashima odiava ser interrompido. A atenção do pequenino – que constatou ser Ruki – se voltou para um moreno, alguns centímetros mais baixo que o loiro, que caminhava arfante na direção de ambos.

 

 

Com licença, só um instante. Takanori pediu, saiu de trás da mesa e Kouyou viu como o ruivo era pequeno. O menor sinalizou para o outro, seguindo para um canto um pouco afastado de onde estavam. Takashima viu o moreno de lábios carnudos se desculpar ao levar um sermão, em seguida os dois se afastaram; Ruki caminhava de volta para sua mesa, e Aoi sumiu ao entrar no elevador e o mesmo fechar as portas.

 

 

Gomen. Matsumoto abriu um sorriso pequeno. O senhor veio para...?

 

 

Vim para o teste.

 


Ah, sim. Claro. Por aqui. Saiu novamente de trás de sua escrivaninha bem arrumada indicando o caminho para Kouyou.

 


Entraram em uma sala onde haviam três homens que o loiro desconhecia, já o quarto, era o mesmo que tomara um sermão do secretário. O quarteto conversava e nem sequer reparara na presença dos dois intrusos. Ruki bateu delicadamente os nós dos dedos contra a porta de vidro embaçada, chamando a atenção dos outros.

 

 


Shiroyama-san, Suzuki-san, Takahashi-san, Kobayashi-san...


 

Ruki! Akira que estava sentado entre Aoi e Yune repreendeu o pequeno. Nossos nomes devem permanecer em completo sigilo!



Desculpe, Reita-san. Isso não se repetirá. O ruivo abaixou o olhar constrangido. Kouyou só observava.

 


É brincadeira, Taka! O loiro riu diante do constrangimento do menor.



H-hai... Sua face ficara do tom de seus cabelos tingidos.

  

 

Pode se retirar. O homem que estava sentado ao lado de Eiji, na ponta da mesa, se manifestou, duro.



Com licença. Takanori saiu da sala ainda de cabeça baixa, a face rubra.

 


A sala mergulhou em silêncio. Kobayashi Hajime era realmente uma pessoa difícil de se lidar. Os outros três usavam roupas totalmente informais e pareciam não levar aquilo à sério, o oposto do amargo Hajime que usava um terno impecável e encarava Takashima como se este fosse uma aberração.


 

Você é...? O homem vestido de preto inquiriu.


 

Takashima Kouyou.


 

Errado! Hajime bradou, socando a mesa e assustando seus colegas e primo. Você é...?

 


Uruwashi-kun?! Akira se levantou de supetão ao reconhecer o rosto do outro, derrubando a cadeira no ato. E recebendo uma fuzilada furiosa de seu colega amargo.


 

Era assim que me chamavam na escola... Kouyou disse, desinteressado. Eu acho...


 

"Que apelido fofinho!" Aoi riu em pensamentos.

 


Suzuki Akira. Reita sorriu. Os outros três apenas observavam, em silêncio.


 

Prazer.


 

Não, não. Ele riu, sem graça. Você não se lembra de mim?

 


"Uruwashi-kun" ergueu os olhos, tinha impressão de que conhecia aquele rosto antes, só não se lembrava daquela faixa no nariz do outro. Mas ele não conseguia raciocinar direito, a imagem do piercing de Aoi sendo mordiscado pelo mesmo não lhe saía da cabeça. Ele com certeza não estava em seu juízo perfeito. Não naquele dia.


 

Ah, o macaco preto! Reita enrubesceu. Seu passado era definitivamente negro, ele não seria esquecido tão facilmente. Mas, mudando de assunto... Qual o teste?

 


Ao perceber que o assunto sobre os antigos tempos era uma "banalidade", Suzuki pegou sua cadeira e sentou-se novamente.


 

Takahashi Eiji indicou uma poltrona com a mão, fazendo um gesto leve, como se acariciasse o ar. Takashima sentou-se.


 

Antes de mais nada... O moreno entrelaçou as mãos sobre a mesa de madeira, sorrindo amarelo. Qual seu nome, rapaz? Era óbvio que Eiji já soubesse a resposta, o garoto falara o nome a apenas minutos atrás. Aquilo seria o começo do teste.


 

Eu já disse, Takahashi-san. Meu nome é Takashima Kouyou.


 

"Humph! Que moleque prepotente!"    Kobayashi insultou o loiro em pensamentos. Quem ele achava que era pra falar daquele jeito com seu primo?!



"Wow! Ele respondeu para o Yune!" Aoi riu, alegre, consigo mesmo.


 

"Não começou muito bem, Kou. Já irritou Hajime..."      Akira lamentou pelo amigo. Caso fosse aceito, sofreria nas garras do mais velho.


 

Bem observado, Takashima-san, já sabe quem sou então? Eiji sorriu. Você é esperto. Agora, por favor, nos diga o seu poder, menino.


 

Oh, aquele homem só poderia estar de brincadeira! Não sabia com quem estava lidando. Kouyou não levaria aquele desaforo para casa, oh, não! Aquilo fora a gota d'água para ele, fora chamado de menino na frente de terceiros e o pior de tudo, na frente de um ex-colega de classe. Sorriu maligno, um olhar sinistro percorreu sua face bem cuidada. Ato que não pôde ser notado pois sua franja lhe cobria o rosto.


 

Vamos, moleque! Não temos o dia inteiro! Bradou o homem vestido de preto.


 

Poderiam me trazer... Uma cobaia...? Ergueu a face, um sorriso falso nos lábios.


 

Claro. Eiji respondeu, bondoso. Yuu, por favor... Gesticulou levemente, Aoi meneou a cabeça e logo estava saindo da sala.

 


Minutos depois, vozes eram ouvidas no corredor que antes estava silencioso, aliás, uma voz era ouvida.


 

— Nah, Aoi-san, por que eu?! — Ouviram a risada curta de Shiroyama e logo após ele e Ruki adentravam o local.

 


Obrigado por vir, Ruki-kun. Agradeceu o anfitrião.


 

Doita...


 

Qual seu nome? Esse seria o troco pela interrupção daquela hora, se bem que não fora ele. Mas, não importa!


 

Matsumoto Takanori. O ruivo respondeu com um "quê" de interrogação, as sobrancelhas erguidas.

 


"Sonhe com os anjos, Matsumoto Takanori." Takashima amaldiçoou.


 

Mas pra q...? Logo o pequeno parara de falar, ao mesmo tempo em que seus olhos perderam o brilho, ficaram vidrados. Ele assumiu a pose de uma estátua. Não se mexia.


 

Ah, então você é um Ilusionista*? Aoi perguntou, interessado. Já de volta a seu lugar.


 

O moreno não obteve resposta por parte do loiro. Apenas um sorriso desenhou-se na face alva.

 


Takanori, parado como uma estátua, apenas via as coisas ao seu redor acontecerem, não podia se mover. Estava ficando agoniado. Ouviu a voz do garoto a sua frente ecoar no fundo de sua mente.

 


 

De fato, aquele garoto não é flor que se cheire. O tom de voz zombeteiro fez com que os pelos da nuca do menor se arrepiassem. Seu segredo mais íntimo seria revelado?


 

~[ Sentiu-se ser envolvido por uma leve brisa carregada de más intenções, fechou os olhos automaticamente e ao abri-los, espantou-se. Já não estava mais na sala de comando. Estava parado em uma estrada de cascalho, com temperatura levemente fria. Viu o sol sob a montanha alta, coberta de gelo. Ouviu o som de água corrente, e ao se virar viu um pequeno riacho. Talvez estivesse alucinando. ]~



~[ Caminhou até o riacho e olhou dentro d'água. Mas não pode ver seu reflexo. Ouviu vozes ao longe, virou-se. Viu a si mesmo e mais uma pessoa. Era Reita. Seu coração falhou uma batida. E estavam tão próximos, conversando. Ruki correu em direção a si mesmo e a imagem de seu amor platônico. ]~


 


~[ Mas por mais que corresse, nunca os alcançava. O ruivo corria e corria, gritava para ser ouvido, mas nada acontecia. Logo se cansou, decidi parar o ato que se tornou tão improdutivo e insignificante, talvez esse fosse o seu futuro. Ficar longe da pessoa que mais amava nesse mundo tão cruel. Pegou uma pedra da estrada de cascalho, e apertou-a fortemente, talvez pudesse descarregar sua frustração naquele objeto inanimado. Silenciou-se de modo que pode ouvir a si mesmo falando com Suzuki. ]~


 

Aishiteru... Suzuki Akira. O pequeno via, tristemente, seu eu movendo os lábios, proferindo palavras que ele próprio não teria coragem de dizer. Não teria coragem de se declarar a quem amava. Mas estava enganado.


 

Outra brisa, só que dessa vez, carregada de alívio, uma aura boa era transmitida.



Permitiu-se abrir os olhos mais uma vez, e viu-se novamente na sala. Olhos espantados miravam Matsumoto, em especial o loiro da faixa. Olhou espantando para o lado onde viu o sorriso maroto de Kouyou. Não estava entendendo nada.

 


Wow, Ruki! Aoi exclamou, embasbacado. O ruivo arqueou as sobrancelhas e pode jurar que havia um enorme ponto de interrogação pairando sobre sua cabeça avermelhada.


 

Ele não se lembra de nada. Takashima disse, como se aquilo esclarecesse tudo.

 


Então ele não se lembra que... Shiroyama arregalou os olhos ainda mais, afinal, comparado a Kouyou que conseguia controlar os sentimentos alheios, controlar o gelo não seria de grande eficiência, seria?


 

Absolutamente nada. Ruki ora mirava o moreno, ora mirava o loiro, abria a boca, mas nenhum som era emitido. Olhou de esguela para o da faixa, e arrependeu-se. Viu o outro mirá-lo incansavelmente, quase não piscava os olhos. Também não seria exagero dizer que se abrisse mais um pouco sua boca, seu queixo tocaria o solo frio.


 

"Então o secretariozinho desconhece o fato de que acabou de se declarar para Suzuki. Isso não é de grande eficiência." Hajime menosprezou e cuspiu suas palavras venenosas sobre sentimentos tão puros de um jovem adulto que ainda estava descobrindo como era se sentir apaixonado. Que criatura insignificante Kobayashi era.


 

Ja, Takashima-kun. Já que ainda não tem um "nome", por que não escolhe um? Afinal, vai precisar. Eiji que até então se mantinha calado, manifestou-se subitamente. Deixando um Hajime perplexo e furioso; um moreno idiotamente feliz, já que poderia voltar mais cedo para casa; dois japoneses de cabelos tingidos continuavam alheios a tudo e a todos, e sustentavam olhares contra o chão, como se aquilo fosse a coisa mais interessante do mundo, juntamente com suas faces avermelhadas de vergonha; e um loiro de cabelos cor de mel extremamente convencido e cheio de si deixar que um sorriso formasse nos lábios tão bem desenhados.



Que tal... "Uruha"?


 

[ ~ OooOooO ~ ]


 

Uruwashi – Bonito, lindo.

 


Ah, eu volteiiiiiii!!!! *-* *esmaga todo mundo*

Natal era terrível! Por quê? Porque era QUENTE! DD: x.x *apanha*


 

Obrigada por serem pacientes e esperarem por mim!! *0* *rola*

Então, o que acharam do capítulo? :D *medo*


 

 

Não esqueça do review!!!! Seu dedo não cai se você escrever um comentário de 4 linhas. Mas, se cair, relax, a gente costura! ;D soupobrenãotenhocola.oi

Mentchéra, não sei costurar Y-Y Mentira nojenta! /comofaz? D:

 


Nee, lembrando: Shiroi Yama atualizada a cada 2 semanas agora, hein. Gomen! Y-Y *se joga do penhasco*


 

Chega de lenga-lenga

 

Kissu

 


Postado em: 30/10/2009

(Feliz aniversário atrasado, Kai!!) 


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