Matemática Do Amor escrita por Lady Salvatore


Capítulo 75
- Nobody say it was easy.


Notas iniciais do capítulo

oi meninas, estava sem computador esse tempo todo, só com celular. Mas consegui um hoje. Prometo terminar antes mesmo do fim de tvd, juro.



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ALGUNS MESES DEPOIS

 

Para seu alivio a decoração tornou-se o topico principal da mesa. Elogiavam as flores, as cores em rosa e branco, os cristais e as estatuas de gelo. Só agora que Elena realmente prestava atenção no designer ao redor. Quando adentrou ao carro resolveu desligar seu cerebro por completo já que as farpas e grossserias entre Isobel e Miranda não cessavam-se um minuto sequer. Pelo silencio de John, ele provavelmente deve ter feito o mesmo enquanto dirigia.
Cada mesa era destinada para um formando e seus convidados, normalmente da família. Não imaginava que passaria sua formatura, um dos dias mais importantes de sua vida em desanimo e quase que sem palavras. A verdade era que a presença de sua mãe ainda era um tanto incomoda. Miranda então, a incomodava ao dobre. Já seu pai era diferente, as coisas melhoravam diariamente, apesar de não ser mais a mesma coisa. Talvez nunca mais seria.
Mas iria tentar, afinal o perdão também era parte de seus planos. A única parte realmente boa daquela noite, até o momento, era o belissimo Vera Wang cinza que cobria seu corpo, e os olhares que recebeu das pessoas ao adentrar ao salão lhe provavam isso.
— Então, Elena quando vai para a Jamaíca?. - Miranda questionou, sendo perceptivel o veneno em sua voz.
Revirou os olhos antes de responder.
— Em duas semanas, assim que meu curso de costura acabar. - Limitou-se em falar o básico.
Miranda deu uma pequena gargalhada.
— Acho tudo isso tão rústico e minhas amigas do clube também. Uma recém formada, rica, bonita e com tanto futuro, abdicando da vida pra ajudar uns pobres diabos em um país subdesenvolvido. - Riu ainda mais alto. - Mas pelo visto é a moda de agora né, fazer caridade. Bom pra você, eu apoio.
— É bom que apoie. Afinal com a caridade que meu pai faz por você há anos é ótimo que seja a favor que eu faça por alguém também. - Ironizou na mesma moeda, recebendo um olhar fatal da madrasta e de John em troca. Silêncio. Elena aproveitou-se para virar para sua mãe. - Quero que os meus irmãos venham para cá no próximo fim de semana, preciso me despedir deles e será meu último aqui.
Isobel assentiu com medo em sua expressão.
— Tem certeza mesmo que é isso que você quer? É um país diferente, filha, sem luxos, é uma vida nova.
— E não era isso que você queria para mim? Uma vida nova. - Disse com firmeza. - Eu não vou discutir minha decisão mãe, ela já está feita. Se quiser me dar seu apoio, fico feliz. Se não quiser, é escolha sua. - Bebericou um pouco da água em uma cara taça de vidro e levantou-se calmamente. - Vou ver as meninas. Daqui a pouco é a entrega dos diplomas e preciso cumprimentar os pais delas direito. - Sem mais explicações, afastou-se da mesa.
—---x----
O campus era maior do que imaginava que fosse, arejado, de estrutura antiga e forte e principalmente recheado. Teria muito trabalho, tinha que admitir mas agora que passeava melhor pelo local via que não teria muitos problemas de adaptação.
O pessoal até agora havia sido indiferente. Nem tão receptivo, nem tão grosseiro. Na maioria do tempo, Damon gostava disso apesar de que as vezes a vontade por companhia batesse. Apenas para falar. Quando isso acontecia, apelava para as tecnologias. Stefan e sua mãe em Nova Iorque ou então Rose, Alaric e Meredith em Mystic Falls.
Rose havia prometido visitá-lo no próximo mês e a ideia de poder da ao menos um abraço em alguém lhe confortava.
Como estava apenas há dois dias no novo emprego, o caminho até as salas era dificil de decorar. Quando conseguiu, dirigiu-se ao seu lugar e apanhou um livro em espera dos alunos. Não era uma sala de aula como a que se acostumou ao longo dos anos, essa era uma universitaria na qual em nada parecia as do colegial. Mas não iria reclamar da mudança.
Conseguir esse emprego foi o melhor acontecimento desde que saiu da reabilitação. Rose lhe informou que a universidade da Flórida procurava por um professor de matemática que desse aulas de reforço para alunos com problemas de notas no curso de finanças. Era o trabalho perfeito. Não possuía chances alguma para leciona em escolas após o processo que enfrentou e para universidades pensava que era impossivel pois para ensinar em um lugar assim precisaria de doutorado e ele mal possuía pós gradução.
Mas para o cargo de professor de reforço, a universidade resolveu prestar um concurso ao invés do metódo de entrevistas. O que para ele foi o ideal, já que seu antecedente poderia prejudicá-lo. Foram três provas, na qual conseguiu o primeiro lugar em cada uma.
Até ser contratado.
A vida parecia estar lhe dando finalmente uma chance.
—--x----
— Licença, posso me sentar com você? - Uma moça perguntou um tanto timida. - É que não tem mais lugar.
A principio, responderia um simples sim e continuaria garfando seu alimento, mas ao levantar o rosto para olhar quem lhe falava. Paralisou por um breve segundo.
Não poderia dizer que era tão bela quanto ela ou que fosse a perfeita cópia. Mas parecia, parecia até demais e isso não era bom para sua mente desconectar do que tinha que esquecer, ao menos que brevemente.
— Claro. - Disse Damon gaguejando.
Olhou em volta rapidamente pelo refeitório, na ansia de que encontrasse outro lugar vazio para ela. Mas realmente não havia.
— Eu sou Rayna. Rayna Cruz. Você é novo por aqui, não é? Nunca te vi. - A timidez parecia ter ido, dado lugar a uma garota comunicativa.
— Sim. Eu sou Damon Salvatore, estou dando aula de reforço em matemática. Muito prazer. - Tentou disfarçar seu desconforto e não encará-la muito. Mas quanto mais olhava mais parecida parecia ficar.
— Prazer é meu. - Estendeu a mão e apertaram rapidamente. - Acho que eu ouvi falar de você Damon. Foi você o cara que gabaritou as três provas do concurso, né? Muita gente da diretoria ficou impressionada por aqui.
— Você trabalha aqui? Parece jovem para ser professora. - Impressionou-se.
Rayna sorriu, já ouvira isso muito.
— Estudei aqui, me formei há quatro anos e agora trabalho no centro de pesquisa da universidade. Mas não leciono, fiz neurobiologia e em breve termino meu mestrado. Já tenho vinte e nove.
— Parece uma menina, não querendo ofender lógico. É inclusive, um ano mais velha que eu e eu devo parecer ter o dobro da sua idade. - Falou após engolir um pedaço de vitela.
— De onde você é? Tem um pouco de sotaque sulista na sua voz?
— Virginia. - Disse desanimado, o que não passou batido para Rayna. Mudou de assunto. - Você é daqui? - Ela assentiu em seguida, mastigando. - Dá pra ver pela maneira de falar, as pessoas daqui são bem alegres.
Como não possuía mais turma pelo resto do dia e Rayna também não parecia ter pressa, não perceberam o assunto prolongando-se. Falaram primeiramente sobre suas profissões e ela lhe contou sobre os melhores lugares da cidade que ele ainda não conhecia, oferecendo sua ajuda caso precisasse de qualquer coisa.
Para Damon a comparaçao parecia inevitável. Mas apenas fisicamente, os minutos que passaram em conversa já foi o bastante para perceber que Rayna Cruz e Elena Gilbert eram de certa forma, bem distintas. O que foi um alivio para sua mente descansar, mas ainda sim quando a observava, principalmente nas pausas que faziam para mastigar, ficava impossível não ver ou não lembrar.
Droga. Pensou frustrado.
— Então você ainda não tem pós? - Perguntou Rayna com um tanto de choque.
— Porque a surpresa?
Ela deu uma pausa, escolhendo suas palavras.
— Não me leva a mal Damon, mas você se formou em uma faculdade um tanto quanto mediocre, sem uma pós ou nada especial, começou a dar aula em uma escola mais ou menos da sua cidade e vem e gabarita em três provas de uma das universidades mais renomadas do país, provas dificeis. Isso é grande, você deve ser muito inteligente e acho que devia focar nisso, crescer mais, tem muito potencial.
Houve uma curta pausa. Apesar de lisonjeado, Damon não soube como agir ou o que dizer após o que ouviu.
— O que acha que eu devo fazer? - Disse um tanto confuso.
Rayna ponderou novamente.
— Como eu falei antes, acho que a diretoria deve tá bem impressionada com você e deve tá de olho no seu trabalho, se apresentar um resultado a cima do esperado em pelo menos seis meses, tenho certeza que o reitor te deixa fazer uma pós de graça. Mas tem que mostrar resultados, ser tão impressionantes quanto sua prova.
Damon quis gargalhar, mas não o fez. Seria deselegante de sua parte.
— Olha, Rayna você me desculpa mas eu tenho certeza que não...
— Damon - O interrompeu. - Eu tenho certeza. Eu conheço o Douglas, o reitor. Sou uma das melhores amigas da filha dele, ela estudou comigo. Ele é um homem muito sensível, muito simpático. Tenho certeza do que falo. - Diante a segurança dela em sua, ele calou-se. - E mais... Vou te ajudar. - Disse ela enquanto apanhava sua bolsa. Retirou de lá um papel e uma caneta, na qual lhe entregou após escrever algo. - Esse é meu número. Eu tenho que ir agora, mas gostei de você e quero ajudar. Pode me ligar se quiser, podemos marcar algo por aí, um jantar, um cinema. O que acha?
Ele assentiu.
— Tudo bem. - Sua voz saiu baixa e timida.
— Ótimo. - Rayna sorriu animada. Caminhou até ele e pregou um beijo de despedida na bochecha direita. - Foi um prazer, nos vemos.
Ainda atonito, Damon encarou os números a sua frente no papel.
Isso não vai da certo. Foi o que pensou antes de salvar o telefone em sua agenda.
—--x----
— Eu não acredito que você queria levar um salto de quinze centimentros para ser voluntária em um acampamento de desabrigados. - Denise gargalhou após finalmente terminarem as bagagens. Olhou em volta, o quarto estava uma bagunça. - Foi menos do que eu pensei. - Surpreendeu-se, couberam tudo em duas malas.
— Eu tive que fazer compras em uma lojinha de um bairro carente. Não tinha condição de levar o que eu tinha.
— Até porque seria um pecado. - Denise respondeu ainda em risos.
Elena olhou em volta com vontade de chorar.
— Adeus maquiagem, adeus cremes importados... - Choramingou, olhando para sua estante. - Pecado é deixar tudo isso aqui. Só to levando hidratante, protetor solar e batom. Isso é um desastre.
— Se arrependeu?
— Nunca. - Respondeu de imediato. - Estou feliz. É triste, mas estou feliz. - Com a conclusão sem sentido de suas palavras, ambas caíram em risadas outra vez. Haviam se tornado muito próximas nesse meio tempo.
Elena gostava da companhia de Denise, ela lhe mostrava um lado muito duro da vida e lhe fazia amadurecer pela sua realidade. Já Denise gostava de Elena pela esperança e descontração que ela tinha, aprendendo que nem tudo tem que ser tão sério em uma história tão trágica, até então.
Exaustas, cairam no tapete felpudo de milhares de doláres no quarto da adolescente rica.
— Mas sério, você vai conhecer ótimas pessoas, vai gostar muito. Tenho certeza e vai aprender também. - Denise apanhou sua mão, com segurança.
— Minha família já aceitou melhor. Minha mãe tá aqui há três dias, dormindo em um hotel. Ela e meu pai querem me levar até o aeroporto. A Vicky e a Hayley vão junto e acho que vai ser bom.
— Tenho certeza. Você tem meu endereço, quero que me envie cartas. Lá o sinal de internet é quase nulo. - Avisou.
A menina choramingou outra vez.
— Três anos sem internet, meu deus. Me ajuda. - Fingiu um desespero, que por uma parte era uma brincadeira e por outra era tão sério que a fazia pensar se conseguiria. Apesar do questionamento, ansiava por tentar.
— Tenho que ir agora. - Denise levantou-se. Tinha que buscar seu filho na crechê. - Estou orgulhosa de você, Elena.
A amiga sorriu e abraçaram-se demoradamente. Seria aquela a última vez que se veriam em um bom tempo já que Denise não poderia ir até o aeroporto no dia seguinte.
— Você foi uma ótima amiga nesse tempo, de verdade. - Elena soltou umas lágrimas sem querer de seus olhos, não esperaria que elas viessem agora.
Despediram-se com mais palavras de adeus, até Denise ir-se. Quis chorar outra vez ao subir de volta para sua cama, dessa vez não por sua família ou amigos, essa noite jantaria com Stefan, Tessa e Grace, onde também falaria seus tchaus. Só não podia fazer o mesmo com ele. Justo quem mais ansiava por um abraço.
—--x---
Já sabia que seria assim, logo que a decolagem aconteceu desprendeu as águas que manteve em terra. Enquanto Vicky, Hayley, John e Isobel debulhavam-se ela esteve com mais firmeza do que nunca. Tanta que poderia ser facilmente confundida com frieza. As palavras das meninas foram curtas.
'' Amamos você''
'' Manda carta''
'' Fica bem''
'' Vou sentir saudades''
Correspondeu a cada uma delas com apertados abraços e continuou empolgada.
Deixou os pais por último. Deduziu que seria rápido, mas não foi. Cada palavra ainda ecoava dentro de si e provavelmente continuaria assim até chegar ao seu destino.  


Flashback


— Queremos pedir desculpas. - Disse John em lagrimas. Elena o olhou surpreso. - Por um lado deviamos sim ter te apoiado, mas também achamos que você tem que seguir sua vida por um tempo.
— Só queriamos que fosse aqui, Elena. - Isobel interviu, também em lágrimas.
Elena não julgou, ou responder ou questionou. Sabia que eles precisavam ter um momento para falar o que sentiam e libertar. Talvez fosse agora.
— Só que não vamos mais cometer o mesmo erro ok?. - John tentou dar um sorriso, mas falhou. Seu choro ainda era mais forte. - Iremos te apoiar nisso que você quer e desejar boa sorte. Agora não dá pra pedir desculpas por tudo Elena, porque um lado meu como pai e alguém que te ama não se arrepende do que fez. Eu fiz por você, porque eu te amo e eu errei, mas se agora você tá disposta a viver a sua vida, a amadurecer, a crescer, eu tenho minha parte nisso e não posso me arrepender totalmente do que aconteceu. Nem a sua mãe, então não a culpe mais. Chega. - Disse o pai, com a dor perceptível em cada letra que formava. - Só quero que as coisas se resolvam agora pra todos nós. Por mais torto que seja, somos seus pais e você é nossa filha e esse laço é pra sempre. Por mais apaixonada que você esteja a única garantia que você tem em vida é que seremos pra sempre os seus pais. Não da pra saber se o Damon vai ser seu namorado até o fim ou o que seja, mas nós... Sim, nós seremos seus pais até o último dia.
Houve uma longa pausa, onde nesse meio eles livraram-se ainda mais do que os olhos prendia e Elena mirava o chão querendo ser forte para conter as suas.
Antes que pudesse dizer algo, o voo foi anunciado para sua última chamada.
— Eu sei disso. - Sua voz saiu engasgada.- E apesar do que aconteceu, eu também não trocaria de família se pudesse.
Resolveu que aquilo seria tudo que falaria, não poderia deixar-se desistir caso fraquejasse. Abraçou-os. Talvez pela primeira vez em muito tempo e talvez pela primeira vez com real amor e sinceridade familiar.
— Se cuida. - Isobel alertou de maneira maternal. - Não esquece de passar protetor, eu coloquei um repelente na sua mala. Cuidado. - Carinhosamente, beijou a testa da filha. - Eu amo você. - Sussurrou ao pé do ouvido da filha.
Elena preferiu não reagir, faria apenas quando estivesse longe.
Mandou um tchau com as mãos pela última vez e se afastou indo para o portão de embarque. Vicky e Hayley que se afastaram quando a conversa da família ficou pesada, voltaram para próximo de John e Isobel e jogaram seu aceno também.
Após o fim da lembrança, bebericou uma água que pediu a aeromoça, para acalmar a palpitação que prendia seu peito. Teria uma longa viagem.
—--x----
Somente em pisar naquele aeroporto para o desembarque, a sensação era distinta. Não só pelo calor que estava em brasa, tipico do país também. Mas sim por toda a energia que atravessava seu corpo sempre que se chega em um lugar novo.
Andou pelo aeroporto por breves minutos. Haviam avisado que um dos administradores da ong viriam buscá-la e que teria uma placa com seu nome em mãos.
Não demorou muito para avistar o '' Elena Karen Gilbert'' segurado por um homem surpreendentemente jovem. O mesmo vagava o olhar ao redor, perguntando-se onde ela estaria.
— Oi. - Ela chamou, em um tom baixo. Assim que o garoto a olhou, estendeu a mão para ele. - Sou a Elena. Muito prazer, como se chama?
Uau. Ele pensou impressionado. Não esperaria nunca que se tratasse de alguém tão jovem e lindissima, principalmente tão bonita. Um tanto encantado, apertou a mão da menina delicadamente.
— Me chamo Kai. Como foi seu voo? Está bem?
Ela sorriu animada.
— Foi ótimo, estou bem sim. Mas não esperava que fosse alguém tão jovem aqui, afinal me disseram que viria alguém da administração.
— Ah sim. - Ele riu. - Meu pai é militar e ele veio pra cá em missão depois do terremoto. Uns anos depois eu vim com ele, me interessei em ajudar e acabou que fiquei. Mas sim, to com vinte e três e sou o mais jovem da administração. Trabalho lá há cinco.
Cinco anos. Pensou Elena, entao ele provavelmente não deve saber quem eu sou. Já teria a reconhecido.
— E o que vai acontecer agora? - Perguntou, enquanto eles caminhavam para fora do aeroporto. Onde uma vã os esperavam.
— Agora eu vou te levar para uma pousada aqui onde você vai ter que ficar em isolamento por dois dias, mas faz parte não se preocupe. Você vai dormir, tomar banho, comer e ai sim, a vã vai te buscar pra te levar pro acampamento.
— E como é lá? - Sua voz saiu com um pouco de medo dessa vez.
— Olha Elena, não vou mentir é difícil. Moramos todos em barracas de acampamento mesmo, isso a gente né, ficamos do lado de fora. O desabrigados moram em um barracão que era um centro de convenções. Lá, eles colocam os colchões deles e dividem-se em espaços pequenos pra cada um. Tem mais de cem famílias. Os banheiros são químicos, banhos e roupas pra lavar são feitos em um rio perto, precisa caminhar bem pra chegar. No quintal do lugar, além das nossas barracas tem as tendas onde é uma cozinha improvisada e uma enfermaria também bem improvisado, já que pelas condições tem algumas crianças desnutridas e se pega doença fácil. Você tomou todas as vacinas pedidas antes de vim né?
Assustada, Elena assentiu após uns segundos sem reação. Apenas pela descrição de Kai, sua mente já imaginou o que lhe esperava. Seria mais difícil do que imaginava, bem mais.
O resto do caminho fizeram calados, onde ela tentava assimilar o que lhe esperava e Kai, disfarçadamente, admirava a beleza da garota.


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Notas finais do capítulo

Não tive tempo de arrumar erros.