Taylor empurrou o homem que imediatamente apontou a faca que tinha em mãos em seu pescoço.

_Quero que me leve até sua casa. - o homem ordenou.

_Por favor... Não faz isso... - ela dizia tentando conter as lágrimas. Ele se afastou da garota.

_Acha que quero transar com você? - A garota se calou - Não seja tola. Agora vamos.

Taylor andava junto do homem pelas ruas. A brisa fina tampava parcialmente sua visão que tentava se concentrar nos movimentos dele. Na porta de casa o homem guardou a faca e mandou que ela entrasse. Assim ela fez e ficou de pé vendo o homem se acomodar em seu sofá. Ele retirou o celular do bolso e começou a ler algo que, aos olhos de Taylor, não tinha tanta importância. Vendo sua distração ela tentou correr até seu quarto esbarrando em tudo enquanto via o homem se aproximar. Ela conseguiu chegar até seu quarto e trancou a porta. De frente para o homem agora via-o esfaquear-la com raiva e em silêncio. Ela pegou seu telefone ao lado da cama e tentou comunicar a polícia. O telefone não funcionava, o fio estava cortado. Parecia que a casa tinha sido invadida antes que chegassem. 

_Droga... - sussurrou a garota enquanto via o homem fazer um pequeno buraco na porta.

_Não pode se esconder pra sempre, imbecil. - ele disse vendo a menina ao lado da cama tentando abrir a janela que se localizava no segundo andar. - A janela está trancada por fora. Mesmo se conseguir abri-la não terá coragem de pular.

A garota parou de tentar abri-la e passou a analisar o quarto. Tentou distrair o homem que agora estava distante da porta.

_Quem é você? Como se chama? - ela dizia empurrando a cama até a porta.

_Um assassino não diz seu nome. Vamos lá, essa cama não vai me impedir de entrar. - ele disse rindo.

_O que quer comigo? - Taylor perguntou arrastando a poltrona até cama. Ele bufou.

_Estou te guardando para uma outra pessoa. - a garota ficou paralisada e se sentou no chão.

_Outra pessoa? Quem?

_Abre essa porta...

_Quem é a outra pessoa?

_TAYLOR ABRE ESSA MERDA AGORA!

Ela se rastejou até um canto do quarto quando o viu olhando pelo buraco na porta. Ele começou a dar socos e pela madeira ser oca conseguiu quebrar mais um pedaço. Ela se encolheu no canto e começou a chorar. Agora em silêncio o homem parou de quebrá-la. Ela se voltou para a porta que tinha um buraco enorme e ficou de pé pensando que ele tivesse ido embora. De uma vez só, as mãos do homem empurraram a porta que agora estava solta porém foi impedido de entrar pela cama e a poltrona. Ela gritou, gritou muito alto mas na região onde a casa estava não existia uma alma viva. Ela pegou sua luminária e quebrou o vidro da janela que fez um corte enorme em seu braço. Com um espaço para poder passar pela janela, ela encarou a distância entre a rua e o segundo andar. Muito alto, ela poderia morrer se pulasse, não havia escapatória e agora ele entrava no quarto com cuidado até ficar a metros da menina que mantinha os pés no chão.

_É alto não é? - ele disse baixo encarando a menina. Ela pegou a luminária que estava no chão e jogou em direção ao homem. A lampada se quebrou e a garota gritou novamente tentando passar pela porta e sujando a parede com seu sangue - SUA VADIA! - ele gritou agarrando sua cintura e jogando a no chão. Com o impacto de sua cabeça ela acabou desmaiando pondo um fim naquela situação.

Ele retirou a poltrona e a cama da frente da porta e arrastou o corpo de Taylor pelo corredor até chegar na escada onde passou a carregá-la colocando-a no sofá. Seu sangue escorria em grande quantidade e poderia fazer com que ela desmaiasse com mais facilidade e morresse. Taylor não podia morrer, não agora. O homem pegou um pano na cozinha e amarrou em seu braço limpando-o em seguida. Aos poucos o sangue parou de escorrer e Taylor que estava pálida começou a ficar com o rosto rosado enquanto acordava. 

Ele amarrou os braços e as pernas da garota para evitar que ela fugisse novamente e se sentou ao seu lado no sofá esperando que ela recuperasse a consciência.