Quem é o Pai da Minha Filha? escrita por Jessica_94


Capítulo 10
O remédio milagroso da Monique


Notas iniciais do capítulo

Gente, talvez eu poste o próximo no domingo, porque descobri que passarei o final de semana em casa e com internet.
Aproveitem o capítulo!



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– Se eu não encontrar Monique, a Mônica me mata! - Cebola estava tão desesperado que mal conseguia prestar atenção nas ruas e nas buzinas dos carros - Minha nossa senhora da Quelupita.

cebola tentou atravessar a rua mas quase foi atropelado por um carro buzinando alto, o pegando totalmente de surpresa.

– Ela passou de patins por aqui? Se ela tiver de ir para o hospital o próprio vai ganhar um novo esqueleto tamanho Cebola. - Cebola ainda pensava nas formas de tortura da Mônica quando avistou uma velhinha.

– Com licença, senhora. A senhora por acaso viu uma menininha de dois anos andando de patins por aí?

Foi a partir daí que Cebola aprendeu que quando se perde uma criança de dois anos, numa rua completamente movimentada por carros e de patins, não deve confessar isso a uma senhora armada com um guarda-chuva.

– Calma, calma! - Cebola tentava se desviar das pancadas - Não fui eu que coloquei os patins nela, eu juro!

Quando cebola finalmente conseguiu se afastar da idosa, encontrou com a única pessoa que poderia tornar seu dia ainda pior. Essa pessoa não poderia ser nada mais nada menos do que o loiro irritante da marca de nascença: Tony.

– Ei, troca-letras, cadê a minha filha?

Fora a gota d'água.

– NÃO, ELA NÃO TEM A SUA MALDITA MARCA DE NASCENÇA! E ELA NÃO É SUA FILHA!!!

Cebola andou pisando duro e com mais raiva, ignorando os olhares e a atenção que chamou, até se esqueceu do que Mônica o faria se o visse sem a Monique. Precisava encontrá-la antes que se machucasse com aqueles malditos patins.

Seu medo maior era que Mônica descobrisse do desaparecimento de Monique antes mesmo que pudesse encontrá-la. Sabia que os instintos maternos de Mônica já estavam aflorados, tanto, que no dia anterior ela correu de encontro à Monique sem saber que esta estava chorando.

– Ei, cebola! - estava de sacanagem com ele, não era possível.

– Não, você também não!

Quem o Cebola encontrou surpreende tanto que ninguém esperava, mas também, ninguém espera uma aparição surpresa de um personagem secundário.

– Ela não é a sua filha, Xaveco!

– Mas eu não disse nada...

– Ainda bem, por que eu já estou por aqui com essa história. A propósito, quem foi que te contou?

– A Denise.

– Era só o que me faltava, então já correu por todo a turma.

– Nem vem com essa, Cebola. Eu posso ser personagem secundário mas não sou desenformado, se quer saber, eu fui um dos primeiros a saber, já que foi a própria Denise que começou o boato. Eu até duvidei no começo, mas como ela citou a máquina do tempo...

– Denise? Mas eu achava que foi o Cascão.

– Cascão é ótimo em estragar planos, mas não é com boatos, tem diferença sabia?

– Como ela soube?

– Parece que o Franja confessou para a Marina, a Denise ouviu, então...

– Quem mais sabe?

– Todo a turma e mais alguém, ela postou no blog dela, tem até uma enquete com os garotos que podem ser o pai da Monique.

– Mas será possível, não tem mais nada que aconteça que possa tornar este dia pior!

– Na verdade tem sim, se você visse as pontuações na enquete...

– Obrigado, xaveco, obrigado mesmo por esclarecer as coisas. Agora, tem alguma coisa que torne o meu dia melhor? - Cebola perguntou ironicamente.

– Bem, eu vi a Monique andando de patins descendo por ali - Xaveco apontou uma descida da rua - Aliás é um perigo colocar patins em uma criança que mal aprendeu a andar, não sabe não?

– Mas você não sabe onde ela foi parar?

– Sei sim, e você também saberá quando chegar lá - Xaveco fez tom filosófico.

– Ok, vou deixar por isso mesmo.

A ideia era deixar o recinto, mas Cebola permaneceu no mesmo lugar olhando para a cara do Xaveco.

– O que foi?

– Em que página do blog você viu a enquete...?

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– ... Você saberá quando chegar lá... Você saberá quando chegar lá... - Cebola repetia as palavras do Xaveco enquanto descia a rua -... Você saberá quando chegar lá... E se eu não saber é porque eu não cheguei?

Cebola parou em frente a uma casa de sobrado, toda colorida.

– A casa do Do Contra? - é, ele soube quando chegou.

Cebola entrou sem pedir licença, e se deparou, não com do Contra e Monique, mas com Nimbus e Monique.

– Então princesinha - Nimbus estava com a sua cartola no colo - sabe o que tem aqui dentro da cartola?

Monique fez que não com a cabeça, com um sorriso de curiosidade nos lábios. ela não estava mais usando os patins, mas não parecia se importar com os pezinhos descalços.

– Ponha a mãozinha aqui dentro.

Monique pôs a mão dentro da cartola, embora acanhada, sua curiosidade falava mais alto. Gostava do moço bonito que fazia coisas legais aparecerem, lembrava as historinhas que a mamãe contava antes de dormir. Quando tirou a mão, um passarinho apareceu nela, e voo logo em seguida.

– Gostou, princesa?

Monique fez que sim com a cabeça, com um sorriso ainda maior que o anterior.

– E você, também pensa que é pai dela? - Cebola se fez presente.

– Pai não; tio.

– Seu filho da...

– Olha a Monique aqui, Cebola!

Monque olhou para o homem doente e viu que ainda espalhava o mau humor, não queria que o moço bonito que fazia coisas de historinha ficasse doente também. Mas fazer o que? Não tinha encontrado a mamãe para dar o remédio milagroso dela para curar o moço do mal humor. o jeito seria ela mesma dar o remédio, mas será que o remédio da Monique funciona como o remédio da mamãe?

– ...E tem mais! - Nimbus mostrou o mini par de patins - Ela estava usando essa coisas, você não sabe que é perigoso para uma menina andar de patins quando mal sabe andar...

– EU SEI, EU SEI. Agora eu tenho que pegar a Monijque e...

Cebola se surpreendeu ao ver Monique descer do sofá e andar nas pontinhas dos pés descalços até ele e se segurar em suas roupas. Por instinto, Cebola abaixou na altura de Monique, enquanto esta lhe envolvia com os bracinhos e lhe dava um beijo na bochecha.

– Ainda bem, que está bem - Cebola falou com a voz mais doce - Vamos ver a sua mãe.

Monique sorriu, Cebola pensou que era pela menção da mãe, mas não era, era porque o remédio da Monique funcionou.


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Notas finais do capítulo

Está de mau humor? Siga o conselho da Monique e tome esse remédio milagroso. Não está? Então comenta.