Quem é o Pai da Minha Filha? escrita por Jessica_94
– Bom dia, Monica!
– Não!
– Mas eu...
– Cebola, você já saiu dois dias seguidos com a Monique, chega!
Mônica não estava - necessariamente - apenas implicando com o Cebola, ela sentia falta da filha, e sabia que a máquina do tempo em breve estaria pronta. O tempo era curto, e ela precisava aproveitá-lo o máximo.
– Você já passou tempo demais com Monique, eu mal tive tempo com ela.
– Mas qual o problema...?
– Cebola, eu não vou deixar você sair com a Monique hoje!
Embora não quisesse admitir, cebola sabia que Mônica estava com a razão, não era justo tirar o pouco tempo que Mônica tinha com a filha. Mas Cebola sempre teve conhecimento de seus defeitos, entre eles, o egoísmo que falava mais alto naquele instante.
Uma prova, era tudo que precisava para mostrar que Monique era sua filha. já tinha se afeiçoado demais a ela, para que não fosse sua. E mais, aquela prova faria Mônica estar ligada a ele para sempre, era tudo, e mais, que ele queria.
– Olha, você sabe que eu cuido bem dela.
– Não foi isso que o Felipe, o Xaveco e o Nimbus me disseram sobre o passeio de ontem.
Cebola tremeu, sabia que vinha chumbo grosso à moda Mônica, e que sua proteção era de vidro.
– Felipe disse que você perdeu a Monique.
– Peraí, foi ele que me distraiu, ele estava se metendo!
– Xaveco disse que você deixou ela andar de patins quando mal sabia andar e a fez deslizar por uma rua super movimentada.
– Mas foi o Felipe que colocou os patins nela, e o Xaveco não parou ela porque não quis.
– Nimbus disse que você falou palavrão na frente dela.
– Eu não falei, ia falar, mas não falei. O que eu posso fazer se ele é um filho da...
– De novo? - Mônica estava visivelmente zangada - quando soube de tudo isso tive vontade de te deixar com cinco fios de novo, você foi irresponsável, isso só mantem a minha decisão de não deixar mais você ficar com Monique.
– Mônica, vamos fazer um acordo, você sabe que Monique gosta de mim. Vamos fazer um acordo.
Mônica não teve como contestar, sabia que Monique gostava do cebola, e ele dela.
– Que acordo?
– Eu não saio com Monique, fico com ela na minha casa.
– Já é um começo.
– Ligo para você de quinze em quinze minutos.
– Hum... Tenho uma ideia melhor - Mônica tinha um sorriso de desafio no rosto -, vamos fazer assim: se você precisar de mim para qualquer coisa, se for obrigado a me chamar, a Monique passar o dia comigo e todos os outros.
– E se não...?
– Combinaremos os horários para você ficar com ela.
– Fechado!
Cebola apertou a mão da Monica, sabia que metade da batalha estava ganha, pois nunca foi de implorar nada para ela.
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– Eu não acredito nisso - Cebola falava olhando para a tela do computador enquanto Monique permanecia em seu colo - o Titi teve maior pontuação do que eu!
A página que estava aberta no computador era do site da Denise, mais especificamente o da enquete com o título "quem é o pai da filha da Mônica?". do Contra estava na frente, depois Tony, em seguida Felipe, Tikara e Titi quase empatando, e em seguida o Cebola, que só não estava perdendo para o Xaveco.
Mandaria um e-mail para Denise exigindo recontagem de votos!
– Vamos ver os comentários - o plural foi feito como se referisse a ele e a Monique, embora a pequena não entendesse de computador, parecia muito interessada nas imagens coloridas deste.
Enquanto passava os comentários, Cebola só encontrava mais motivos para se irritar:
Cascão: Eu não acredito que o Cebola está ganhando do Xaveco de raspão.
Cascuda: Eu não acredito que escondeu isso de mim, Cascão!
Marina: Eu acho que o Cebola é mesmo um tanto imaturo para ser pai de uma garotinha tão saudável psicologicamente.
Magali: O Tony quase ganhando não está um tanto puxado não?
Xaveco: Eu estou na enquete :D
Carmem: Acho que ela é filha do Titi, cara de um focinho do outro.
Titi: Eu sou pai? Ainda nem me formei!
Denise Absoluta: Como dona do blog, tenho que dizer que o Do Contra é o que tem maiores chances.
Depois desse último comentário, Cebola fechou o Notebook, não queria se irritar ainda mais. Todos os seus amigos, ninguém botando fé nele, era estressante.
Sentiu Monique se remexer em seu colo, e achou que seria uma boa forma de ocupar a sua mente, dando atenção à baixinha.
– O que você quer, Monique - Cebola estava pronto a atender qualquer pedido dela.
– Mama - menos este.
– Não precisa da mamãe agora, é só pedir para mim. o que você quer?
– Mama.
– Monique, eu já falei, sua mãe está descansando, o que ela vai pensar se eu chamar ela quando...
– MAMA! - dessa vez Monique gritou.
– Está bem Monique, você venceu! - Cebola colocou Monique na cama e pegou o Celular - Mas saiba que não é do meu feitio correr atrás da sua mãe sempre que a situação fica feia.
– MAMA!!! - Monique lançou o Sansão no cebola, não doeu, mas pôde perceber o talento da força e pontaria herdada pela mãe.
– Já estou indo.
A ligação foi rápida, no começo Mônica parecia se deliciar com a aposta vencida, mas depois se pôs a se preocupar. Quando chegou no quarto do Cebola, seu rosto pareceu incrédulo ao ouvir:
– Mama - a menina estava quase chorando.
Mônica passou a remexer a sua bolsa, enquanto Cebola falava:
– Eu não sei o que ela quer, Mônica, ela não me diz, ela... - Cebola parou ao ver a Mônica retirar uma mamadeira da bolsa e dar para Monique, que começou a sugar com força.
– Ma-ma - Cebola disse lentamente - Ah!
– Ela só queria mamar, Cebola, deixa de drama.
– Eu não sabia, pensei que ela estava te chamando.
– É difícil se comunicar com uma criança, principalmente quando elas estão começando a aprender a falar, é preciso ter paciência.
– Então... Perdi a aposta.
– Não era uma aposta de todo, foi um teste, queria que você me ligase, confiasse em mim quando a situação ficasse feia. Hoje você passa o dia com a Monique, depois combinamos os horários.
– Você vale ouro.
E o dia seguiu, Mônica já tinha ido para casa quando Cebola conversava, ou tentava conversar, com Monique.
– Eu sei que deve ser difícil ser criança, querer uma coisa e ninguém saber o que você quer - cebola falava enquanto Monique brincava com Sansão e ignorava todos os outro brinquedos em volta - Mas você não sabe o quanto gostaria de ser chamado de pai por você, nem precisa ser pai, porde ser papai, ou até mesmo...
– Papa.
– Como? - cebola mal pôde acreditar no que ouviu.
– Papa.
– Você disse...
– PAPA! - disse com mais força.
– Eu não acredito. Mônica, Mônica! - Cebola chamou enquanto saia porta a fora.
É claro que se Cebola demorasse mais, veria Monique chorando esticando os bracinhos para a escrivaninha, onde tinha um pote de papinha.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Moral do capítulo: Nunca tire conclusões precipitadas.
Beijos.