A Nova Geração De Semideuses escrita por Little Right Mandy


Capítulo 9
Capítulo 9




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Estava no oceano, em um castelo subaquático imenso, para ser mais exato. Além de ser imenso, era muito bonito e havia vários seres marinhos, tanto mágicos quanto normais – normais que eu digo é que não é nenhum um ser mitológico – nadando de lá para cá, então me virei para trás e vi uma enorme estátua e reconheci na hora quem estava ali esculpido: Poseidon, meu pai divino.

_Pai..._ murmurei baixo e quando já ia me afastando uma Náiade (ninfa do mar) veio em minha direção. Ela era linda, curvilínea e com traços belos e delicados no rosto, cabelos compridos e usava o que me parecia um vestido bem longo, pois não cheguei a ver seus pés (se ela tiver).

_Olá Noah, filho de meu senhor, Poseidon. Sabe que está apenas em um sonho, certo?_ confirmei com a cabeça e ela prosseguiu_ Só a sua mente está aqui, seu pai mandou-lhe um recado. Disse que estão no caminho certo, vão para São Francisco e lá com certeza encontrarão mais pistas, tomem muito cuidado, pois lá é um lugar traiçoeiro, principalmente para um semideus de um dos três grandes, que emana poder mais do que os outros e em sua turma há três, filhos de cada um deles. Usem a mente e o coração, não se tornem um deus. Aqui está um saco cheio de dracmas e uma espada especial, um presente de seu pai para você, Noah.

_Já tenho uma espada._ falei, seco e direto.

_Essa espada é poderosa e só serve para um filho do mar, garoto. Deixe de lado esse seu rancor que tem pelos seus superiores e principalmente pelo seu pai e aceite o presente. Pode ser muito útil nas batalhas.

_O que ela tem de especial? Só por que é um presente de um deus?_perguntei, meio arrogante e ela sorriu.

_Teimoso como os oceanos, lembra muito o Percy, você tem muito dele em si, Noah. Também o encontrei em sua primeira aventura, tão novo! Você já tem 16, espero que tenha a mente formada, por ora. Mas o especial dela, você só descobrirá se utilizá-la._ “Droga” pensei.

Após me entregar os presentes de meu pai - que de repente decidiu se fazer de presente, mas falhou, e muito, já que mandou outra pessoa no lugar – ela ia se retirando, quando perguntei:
       _Por que ele não veio pessoalmente me dar esse recado e me entregar essas coisas?

_São presentes, garoto, seja mais grato com o seu pai, e ele não podia te ver pessoalmente, está muito ocupado com os problemas de seu reino._ e logo depois de me responder, ela saiu.

Não se passaram nem 5 segundos desde que a ninfa tinha sumido e meu sonho mudou. Agora estava aqui no acampamento e vi Silena e Beckendorf, que estava lutando com um... Ciclope? Espera, não estávamos no acampamento e sim em outra floresta. Era por isso eles estavam sumidos! Tinham saído do acampamento, mas por quê? Lutavam ferozmente, até mesmo Silena – ela é bem corajosa e habilidosa com sua adaga, que adquiriu na segunda vez que se tornou campista, não se enganem só porque ela é filha de Afrodite – mas pareciam estar em dificuldades. Tentei ajudá-los, mas nada aconteceu: eles não me viram e minha mão transpassava tudo que eu tentava tocar, então, a única coisa que eu podia fazer era assistir a cena.

_Vocês virão comigo! Meu senhor quer vocês!_gritou o ciclope. Hum... Então ele trabalha para o mesmo cara que o garoto ruivo e a gêmea da Louise, a Diana.

_NUNCA!_gritou os dois ao mesmo, e Silena investiu contra ele em um ponto crucial, e com isso, o ciclope começou a gritar de dor e caiu, e Beckendorf começou a atacá-lo bravamente, desferindo nele vários cortes com a espada e então, subiu em sua cabeça e enfiou no único olho que a criatura tinha, fazendo-a dar um último – e alto – berro e se desfazer em pó dourado.

_Não vamos conseguir ficar muito tempo assim, Lena._ disse Beckendorf, que, após arfar de cansaço e alívio e limpar o suor de sua testa, passou o braço no ombro de sua companheira, Silena.

_Temos que agir mais rápido, amor, se não um desses monstros que estão atrás de nós conseguirão finalmente nos pegar e entregar ao senhor deles, seja ele quem for.

_Exato. Vamos, temos que seguir o seu conselho, minha filha de Afrodite. Sabe, você é tão doce como mel, tão delicada como uma rosa e tão forte como pedra._falou ele, sorrindo para sua amada

_Aposto que foi por isso que te conquistei, ferreiro._ falou ela, se eninhando mais nos braços escuros e fortes de Charles.

_Com certeza, você se destaca entre aquelas frescas de seu chalé, que só pensam em beleza e compras._disse ele, rindo.

_Eu também gosto disso._disse Silena.

_Mas sabe manejar uma arma._argumentou ele, ainda rindo e ela riu junto. Então, de repente, eles saíram correndo e tudo ficou escuro.


Estou em meu quarto, ainda de madrugada. Acabei de acordar, suando frio por causa do meu sonho, ainda podia ouvir o grito de dor do ciclope. Ao lado da minha cama, avistei o saco com dracmas e uma espada sem lâmina. Analisei-a mais de perto, e vi que tinha o desenho em relevo de um tridente e vi uma espécie de botão, apertei-o:

_Uou!_exclamei, surpreso. Ela era linda, era toda azul meio esverdeada, como as águas do mar e era de um brilho estupendo, parecia feita de cristal, mas era de um tipo de metal que nunca tinha visto antes. Tinha nela, também, algo escrito: “υδάτων πεισματάρης”

_Águas teimosas, feita para mim._ pensei alto, rindo. Como todo semideus, sei grego antigo. Então a manejei por uns instantes e percebi que ela era realmente feita para mim, ela se movia com uma beleza no ar aos meus comandos, era leve em minhas mãos – apesar de que eu sabia que era feita de um metal letal e pesado - e se encaixavam perfeitamente nas minhas.

_São feitas de bronze celestial, revestidas por uma mágica que só provém dos oceanos, foi ela quem concedeu a esta espada este brilho e cor._falou uma voz masculina em minha mente, era Poseidon, quem mais seria?

_Pai?_chamei-o mas depois nada aconteceu._ Droga, sempre desaparece quando dá um sinal de vida, né Poseidon?!_ continuei, angustiado_ Se acha que me trazer um presente vai fazer de você o pai perfeito, está muito enganado!
Expirei e inspirei, tenso. Apertei o botão da espada novamente e a lâmina sumiu e, novamente, eu segurava apenas o punho dela. Relutante, guardei-a em minha mochila, mas deixei minha velha espada lá dentro. Voltei a dormir, tentei pelo menos, não consegui de forma alguma, então, o jeito foi esperar dar a hora de sair em missão.


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