Give Your Heart A Break escrita por Tess Ruskin


Capítulo 3
"Everyone knows how this old story goes.."


Notas iniciais do capítulo

Be there - Howie Day.
Enjoy! :3



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POV' Taylor

Eu, Tess e Beck saímos da sala juntas, jogando conversa fora e nos dirigindo a saída. No caminho, encontramos Abby.

Ela, apesar de um ano mais nova, parece que tem nossa idade. A Tess a conhece desde que ambas usavam fraldas e ao apresenta-la pra mim e pra as meninas, nos demos bem logo de cara!

Abs começou a pular toda empolgada falando do novo garoto que tinha conhecido. Rimos muito e cumprimentamos as amigas delas (que no geral são fofinhas, mas tem umas que não gosto).

– Mas e vocês, contem a novas! – Ela disse, animada.

– Tudo na mesma, Abs

– Poxinha. E o Aaron, Beck?

– Tamo aí, né... – Respondeu a pequena Becks, envergonhada – Ele veio até falar comigo hoje!

– Mentira! Sério? Deus, porque vocês não casam log... AI MEU DEUS MEU TRANSPORTE! TCHAU MENINAS! – Abby disse e saiu correndo segundos depois, nos fazendo ter uma pequena crise de riso. Nos despedimos das amigas dela e continuamos andando.

Desde que me mudei pra cá, há quase 9 anos, moro praticamente ao lado do colégio. Minhas amigas geralmente iam pra lá depois da aula pra a gente brincar e só iam embora a noite, depois de comer muito e rirmos muito também.

Bom, as coisas não mudaram muito.

Só que agora, ao invés de brincarmos, a gente canta no karaoke, resenha, ficamos perturbando umas as outras, escrevemos, comemos brigadeiro... E, ta, admito, as vezes brincamos também, mas não com taaaanta freqüência.

E não , não somos retardadas e infantis (mentira, somos), a gente só gosta de voltar a ser criança de vez em quando, não nos julguem.

Enfim, hoje não foi diferente. Beck e Tess decidiram vir aqui pra casa depois da aula. Como estudamos de manhã, isso não costuma ser problema pros pais delas, que até preferem busca-las aqui depois do trabalho.

Elas compraram um sanduíche (que serviu de almoço) numa lanchonete que fica no caminho e chegamos em poucos minutos.

– Sentem aí em qualquer lugar, vocês sabem que a casa é de vocês. Vou pegar algo pra comer e já venho.

Tess se jogou na minha cama e ficou mexendo no ipod enquanto Beck voou no meu computador e ligou o som.

– Cadê a Meg? - Ouvi Beck perguntar do quarto.

– Hoje ela tem aula de dança, só chega mais tarde.

Meg é minha irmã mais nova. Ela tem 9 anos e, apesar de as vezes parecer fofa, é uma peste.

Coloquei uma lasanha congelada no micro-ondas e sentei na mesa da sala.

– VENHAM CÁ PRA A GENTE RESENHAR SUAS PESTES! - gritei.

As meninas logo vieram e sentaram na mesa, me encarando.

– Que? - Perguntei, estranhando.

– Pode começar a falar - Tess disse, me lançando aquele maldito olhar de "eu sei exatamente no que você está pensando".

Ela realmente parecia ter esse dom. Suspirei.

– Já disse que não sei, Tessie. Sério.

– Porque será que não acreditamos em você? – Foi a vez de Beck interferir.

– Vai me obrigar mesmo a dizer?

– Vá em frente – Eu disse, cruzando os braços.

E ela foi.

– Você está apaixonada pelo Will há 3 anos, mas vocês vivem nessa de “a gente se odeia” e você está cansada. Enquanto isso, o Tim te trata super bem e está obviamente louco por você. A escolha parece óbvia, mas, apesar de tudo isso, é do Will que você gosta.

As vezes eu odiava a Tess.

– E isso te deixa com raiva e faz você “odiá-lo” – Beck imitou as aspas com os dedos – ainda mais.

E a Beck também.

– Não estou apaixonada pelo Will. Já tive lá minhas quedas por ele, mas isso é passado. - Me defendi – E o Tim não é louco por mim, por favor, isso é viagem.

– Você sempre gostou do Will, Tay. Não ache que está enganando a gente com essa história.

– E o Tim praticamente já disse que gosta de você, então seus argumentos são totalmente inválidos.

– Mesmo que fossem, e não são, o Will não gosta de mim e eu não gosto do Tim, o que não levaria a lugar nenhum.

– QUEM DISSE que o Will não gosta de você?

– Bom, pra mim é óbvio.

– Sim, é óbvio que ele TE AMA né?

– Claro que não! Tudo que esse menino faz é me provocar e brigar comigo, desde sempre!

– E nunca passou pela sua cabeça que ele esteja querendo chamar sua atenção?

– Se isso fosse verdade, ele tentou durante 3 anos e isso só me deixou com raiva dele, então porque não mudar de tática? Isso seria ridiculamente infantil da parte dele.

– Tay, ele é infantil.

– Eu sei, mas isso é tão segunda série! Na nossa idade, os meninos vão lá e pedem pra ficar com a garota na cara de pau. Três anos, quase quatro, e ele nem sequer pareceu cogitar se aproximar de mim desse jeito!

– Bom, eu acho que ele ainda não se tocou que gosta de você e faz isso inconscientemente pra chamar sua atenção. E, bom, funcionou.

– O que?

– Concordo com a Tess.

– Supondo que vocês estão certas, como ele não teria se tocado? Meninas, eu vou repetir, são quase QUATRO ANOS!

– E você também ainda não admitiu que esteve apaixonada por ele durante todo esse tempo! Vê como adolescentes podem ser idiotas?

– Você está em negação a quase quatro anos, Tay. Ele também pode estar. É bem provável, na verdade, levando em conta que ele não tem amigas que nem a gente pra fazê-lo se tocar.

– Talvez porque NÃO TENHA do que se tocar.

– E todas as coisas fofas que ele já fez, dona Taylor? Como você explica?

– Não sei do que vocês estão falando – Eu disse, indo em direção da cozinha ao ouvir o micro-ondas indicar que a lasanha estava pronta.

– Vai me fazer repetir tudo em voz alta também? – Tess ameaçou, erguendo uma sobrancelha.

As “coisas fofas” as quais a Tess se referia eram coisas que o Will fazia comigo sem motivo, do nada mesmo, mas que acabavam arrancando muitos “awns” das meninas e me deixando algumas noites sem dormir direito pensando no que deabos aquele menino quis dizer com aquilo. Coisas como me abraçar na véspera de uma viagem (levando em conta que o menino diz me odiar, vocês tem que admitir que é estranho), segurar minha mão (mais estranho ainda) ou odiar cada menino por qual eu mostrava um mínimo de interesse (geralmente acompanhado por um comentário – homofóbico, vale ressaltar - do tipo “ele é gay”).

– Não, não vou. Mas a explicação é simples: ele é bipolar! Explica tudo, não acha?

– Não, não acho. Bipolaridade é uma doença séria, você não devia brincar com isso. Agora pare de fugir do assunto e confesse que cada coisinha dessa mexeu com você, e não foi pouco.

– Adooooooro quando a Tess faz isso! – Beck disse, animada com a minha desgraça.

Olhei pra baixo, evitando-a.

– Porque mexeria ué?

– Olhando em meus olhos, Taylor.

– Pxiiii chamou de Taylor a coisa ficou séria! – Beck dizia, colocando lenha na fogueira só pra variar.

– Quieta Rebecca – Eu disse e encarei a Tess. – Não... Ah, Teresa, isso é muito injusto!

Não sei como, mas só com o olhar, a Tess consegue arrancar a verdade de metade da população mundial, 99% das vezes. É muito difícil mentir encarando aqueles malditos olhos castanho-claros. Ela parece fofinha quando você olha de longe, mas experimente ser pressionada por essa garota...

– Porque você simplesmente não admite? Não é como se fossemos contar pra ninguém, somos suas melhores amigas!

– Eu não gosto dele, ok? Ele só mexe um pouco comigo as vezes, mas nada que eu não possa controlar.

– Se pudesse controlar, ele não mexeria com você.

– PARA COM ISSO! – Eu disse, colocando o prato na mesa com uma certa força, quase derrubando o copo de coca. – Eu não estou apaixonada, nem vou me apaixonar por ele, esqueçam essa história! Agora sentem aí, escolham outro assunto pra falar e me deixem comer em paz!

Beck sentou-se, enfezada com meu mau-humor repentino, mas Tess não se deixou intimidar.

– Mais tarde terminamos essa conversa, mocinha. Nem pense que escapou de mim.


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Notas finais do capítulo

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