Juntos Somos Mais Fortes escrita por Well Number 8


Capítulo 17
CAPITULO 12 – A CARTA


Notas iniciais do capítulo

Esse capitulo está cheio de revelações nós finalmente saberemos o que está na Carta de Crayton, saberemos que é Caya e tbm saberemos a missão que Cinco recebeu de Thomaz. Espero que gostem XD

PS. Quero que vcs saibam que eu AINDA não li a carta original do Livro Oficial, mas escutei alguns spoilers muito interessantes, mas decidi não coloca-los nessa carta, então para alguns que já leram por favor leiam com a mente aberta e lembre-se que isso é uma FANFIC e não precisa ficar igual a história original.



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John

        

         Estou deitado em minha cama na casa dos Greeters e uma pergunta não sai na minha cabeça.

         Como foi que tudo deu errado tão rápido?    

         Estávamos todos cheios de esperança em finalmente encontrar a Numero Cinco e nos tornar mais fortes, que ao vê-la ao lado dos Mogs despedaçou nossas esperanças de vencer a guerra. Como se não bastasse os Mogs e o FBI, agora teríamos que lutar com um dos nossos, ninguém esperava por isso. O que Henri faria? Como ele reagiria?

         Ao lembrar de Henri, lembro da pergunta que fiz a Numero Cinco sobre o Cepan dela, ela ficou muito abalada. Será que ele morreu? Será que ele a abandonou ou não a preparou como a Cepan da Marina? São varias perguntas que faço a mim mesmo e não encontro um motivo plausível para estar do lado dos Mogs, a não ser que ela esteja lá contra sua vontade. Talvez os Mogs sequestraram o Cepan dela e a estão obrigando a fazer isso. Não, talvez não, por mais que ame Henri, se ele fosse sequestrado eu acho que jamais me aliaria aos Mogs. Tem algo errado nessa história.

         Me sento na cama e vejo Bernie Kosar deitado aos meus pés.

         - Bom dia. – Digo por telepatia animal.

         - Bom dia – Responde BK subindo pelas cobertas e lambendo meu rosto.

         - Onde estão os outros?

         - Alguns estão dormindo ainda, outros estão comendo e Marina e Ella estão lá fora.

         - Pode chamar o Nove pra mim?- Digo e BK salta da cama e late.

         Alguns minutos depois Nove entra no quarto sem camisa, apenas de short.

         - Que foi Johnny. – Diz Nove sonolento – Eu estava dormindo.

         - Eu sei, mas precisamos conversar.

         Nove vem em direção a minha cama e se joga nela.

         - Fala. – ele diz sem interesse.

         - Eu quase não consegui dormir.

         - Jura?

         - É serio. O que vamos fazer agora?

         - Agora eu vou dormir.

         - Nove são dez da manhã.

         - E você não me deixa dormir.

         - Agora que Cinco está do lado dos Mogs precisaremos de um plano.

         - Eu sou o cara da ação, os planos você resolve com a Seis.

         - Seis... – Suspiro

         - Ela mesma. – Diz Nove entrando em baixo das cobertas e me jogando para fora da cama – Eu a vi quando estava vindo para cá, ela está na sala, vai lá.

         Me levanto do chão e coloco uma camiseta velha e caminho até a sala. Minha ultima conversa com Seis foi um pouco conturbada, eu meio que dei um fora nela e por mais que isso doeu em mim, eu não podia seguir traindo Sarah, não quero que ela sofra por mim. Caminho até a sala e para minha surpresa vejo Sarah e Seis juntas assistindo televisão, quando chego na sala as duas me olham sérias, eu arregalo meus olhos e penso: Como foi que tudo deu errado tão rápido?

         - Oi? – Digo confuso, olhando Sarah e Seis no sofá.

         - Olá – Diz Seis.

         - Bom dia – Diz Sarah com um sorriso perfeito – Dormiu bem?

         - Mais ou menos – digo me sentando em uma cadeira na frente delas – Seis, precisamos de um plano.

         - Eu sei, mas não consigo pensar em nada. – Responde Seis.

         - Não podemos ficar aqui esperando.

         - Talvez eu possa ajudar – Diz Adamus entrando na sala.

         - Já está melhor? – Pergunta Sarah

         - Sim, obrigado. Marina salvou minha vida, duas vezes.

         - Ela é realmente incrível. – concorda Sarah

         - Como você pode nos ajudar? – pergunta Seis

         - Os Mogs estão atrás de mim.

         - Eles estão atrás de todos nós. – digo

         - Marina nas sessões de cura me disse que os Mogs que eles encontraram em Milwaukee, não estavam atrás de vocês e sim atrás de mim.

         - Porque eles estão atrás de você? – pergunta Sarah

         - Eles querem saber como eu consegui o Legado da Numero Um. – Diz Adamus assustado – Eles não vão me matar até descobrirem como replicar o Legado dela.

         - E como você sabe disso? – pergunta Seis

         - Quando eu estive no laboratório do Dr. Zakos eu vi uma pasta que dizia TOP SECRET. Quando abri vi que ele tinha começado um projeto para duplicar os Legados da Numero Um, mas tem um problema.

         - Qual? – pergunto.

         - O corpo da Numero Um não estava em condições para o procedimento, eles precisam de um Garde vivo.

         - Cinco. – Digo

         - Esse é o plano deles? Eles querem nossos Legados? Por isso eles não mataram a Cinco. – Diz Seis

         - E por que ela está contra a gente? – pergunta Sarah

         - Zakos deve ter feito algo com ela.

         - Então precisamos salva-la. – Digo

Marina

         Estou sentada embaixo de uma arvore ao lado de Ella que segura à carta que estava no bolso de Crayton no dia que ele morreu naquela caverna na Índia. Ella parece aflita, ela coloca a carta no peito e me olha com os olhos cheios de lagrimas.

         - Podemos fazer isso outro dia. – Digo.

         - Não, eu quero fazer isso hoje. Só preciso de mais alguns minutos.

         - Quer ficar sozinha?

         - Não Marina, quero que você fique aqui comigo.

         Abraço Ella e ela me da à carta.

         - Pode ler pra mim? – pergunta Ella.

         - Seria uma honra.

         Abro o envelope que diz: “Para Ella” e tiro uma folha de papel.

         - Preparada?

         - Sim – responde Ella respirando fundo.

Querida Ella.

        

         Quando te peguei nos braços pela primeira vez, você era tão pequena e tão frágil. Você nasceu no meio da invasão Mogadoriana. Allen sua mãe, chorava muito quando tive que tirar você dos braços dela. Foi uma das coisas mais difíceis que tive que fazer. Você chorava muito e eu era muito jovem, eu fui escolhido para ser seu Cepan, mas nunca realizamos oficialmente nosso ritual de entrega. Seu pai se chamava Dhor, mas ele nunca chegou a te conhecer, ele ficou do lado fora do hospital usando todos seus Legados para impedir que os Mogadorianos entrassem. Seus pais eram heróis e fizeram de tudo para te salvar. Quando você me chamou de “papai” foi uma grande honra ser chamado assim, mas saiba que seus pais biológicos te amaram muito e deram suas vidas para que você vivesse.

         Sua mãe e seus avos estavam um pouco receosos comigo quando me conheceram por causa da minha idade, eu havia acabado de terminar a escola e estava no meu segundo ano de treinamento de Cepan Mentor na ADL (Academia de Defesa de Lorien) e você seria minha primeira Garde. Ela ficou preocupada com sua formação já que você não é uma Loriena comum. Ella você é uma Aeternus e sua capacidade de mudar de idade é apenas o começo de algo extraordinário que acontecera com você. Os Aeternus são uma raça diferente de Lorienos, eles são os sacerdotes de Lorien, aqueles que estão conectados diretamente com o planeta e são os únicos Lorienos que podem usar magia, assim como o Ancião Loridas fez o feitiço que uniu os nove, você também é capaz de fazer esse tipo de coisas, sem contar que seus Legados serão mais fortes que a media dos Gardes comuns. Por isso você não poderia fazer parte do feitiço que uniu os outros Gardes. Você é uma sacerdotisa. Loridas se sacrificou por você. Você é a ultima Aeternus de Lorien e a única que pode continuar o que Loridas estava fazendo. Loridas era muito sábio e tinha muito conhecimento, ele era meu professor na ADL e no dia da invasão ele me pediu para que depois que você nascesse eu te trouxera para o museu.

         Quando os Dez Gardes nasceram, Lorien reconheceu o espirito forte que vocês têm. Vocês foram escolhidos para assumir o papel dos Dez Anciões e Ella você recebeu uma missão especial para assumir o papel do Ancião Loridas.

         Nossa viagem foi muito perigosa, pois nosso foguete não tinha capacidade para fazer uma viagem tão longa. Graças ao Hurmel piloto da nave e Caya que cuidou dos Chimaeras nós fomos capazes de chegar a Terra. A viagem durou quase dois anos e quando chegamos à Terra desembarcamos no Egito. É lá que está nossa nave, enterrada nas areias no Egito. Ella quero que você encontre Hurmel e Caya eles são Lorienos, Cêpans e nos vão ajudar a vencer essa guerra e voltar para Lorien.

         Dentro desse envelope tem algumas coordenadas geográficas e mostre-as ao Numero Oito, nela está o paradeiro dos Chimaeras e dos outros Cêpans. Também dentro do envelope você encontrara um colar com um pingente, assim como todos os outros Gardes você também tem um colar. Ele pertenceu a Loridas e ele me fez prometer que te entregaria no momento certo, bem... acho que é agora. Use-o com sabedoria.

         Os Mogadorianos não sabiam que você existia até o dia que encontramos Marina no convento em Santa Tereza, agora eles sabem que você é decima Garde de Lorien e você precisa tomar cuidado, treine e não fique muito ansiosa por seus Legados eles aparecerão no momento certo e não se separe dos outros.

         Ella eu te amo muito, te amo como minha filha. Se você está lendo isso quer dizer que não fui capaz de te ajudar até o fim, mas confio em você e sei que você pode salvar a Terra e restaurar Lorien.

         Te amo com todas minhas forças.

        

         Com amor,

         Seu Cepan e “pai”

         Crayton

        

         Ao terminar Ella está em prantos e pega o colar dentro do envelope, ele é igual ao nosso, mas o símbolo é diferente, tem uma lua minguante no centro cercada por vários círculos, ela pega a carta da minha mão e começa a reler.

         - Allen e Dhor, eram os nomes dos meus pais. – Diz Ella chorando.

         Começo a chorar também, Adelina nunca me disse nada sobre meus pais e como era a vida em Lorien, sinto raiva, mas ao mesmo tempo sei que Adelina me amava por que é impossível me esquecer daquela cena, ela na minha frente com uma faca de cozinha na mão diante de um Mogadoriano, ela correndo até ele para me proteger. Adelina tinha seus defeitos, mas ela se redimiu comigo ao fazer isso.

         Abraço Ella e ficamos ali, sentadas por um longo tempo.

Cinco

         Estou em uma reunião de guerra. O transmissor que coloquei no Numero Nove aponta que eles estão na pequena cidade de Sullivan no interior do estado de Wisconsin. Estou sentada na enorme mesa onde um grande mapa da cidade está aberto. Todos os Mogadorianos se concentraram nessa cidade, eles estão monitorando todas as câmeras de segurança, de transito e até câmeras de celular e de Notebooks.

         - Temos que cercar a cidade, precisamos de bloqueios nas estradas e precisamos de helicópteros. – Diz o General

         - Peça para a Walker ajudar com isso. – Diz Setrákus Ra que está sentado na ponta da mesa, escutando o plano de ataque.

         Não posso permitir isso, não posso deixar eles atacarem a Garde. Me concentro e tento entrar outra vez em meu chip, a força estava em 90% e com muito esforço consigo diminuir para 75%, agora sou capaz de sentir meus braços e pernas, mas tenho dificuldade para move-los.

         - Que faremos com Adamus? – pergunta o General

         - Eu o quero vivo. – Diz Setrákus

         - E a garota?

         - Eu quero que ela mate os Gardes. – Diz Setrákus com sorriso podre.

         - Não! – grito e todos olham assustados para mim. Droga! – Não só os matarei, mas como também vou trazer seus pingentes para meu Lorde. – tento disfarçar.

         Todos começam a gargalhar, menos o tenente que me encara serio. Será que ele percebeu algo?

         - Senhor, permissão para falar.

         - Prossiga tenente Markkus – Diz Setrákus

         - Peço permissão para supervisionar a Loriena.

         - Algum problema tenente? – Diz o General

         - Não senhor, mas ela é uma deles e um Mogadoriano jamais confiara numa raça desprezível como a dela.

         Olho para Setrákus e vejo que ele aperta suas mãos, como se não tivesse gostado do que o tenente disse. No dia que em Thomaz e eu nos separamos ele falou no meu ouvido para ficar de olho em Setrákus, pois ele tinha um segredo que poderia acabar com a guerra, a missão que meu Cepan me foi essa: Descobrir o segredo de Setrákus.

         - Perfeito. – Diz Setrákus – Qualquer suspeita quero ser o primeiro a ser avisado.

         - Com certeza senhor.

         O tenente me encara outra vez, tenho que ser mais cuidadosa com ele.

         - Preparem tudo. Em dois dias colocaremos um fim nessa guerra. – Diz o General.


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Notas finais do capítulo

Finalmente a Garde está começando a suspeitar que Cinco não está do lado dos Mogs :D E entao? Gostaram da Carta? Como assim Ella é uma sacerdotisa? O que ela será capaz de fazer? Sera que o que Ella fez para restaurar os Legados da Garde na batalha contra Setrakus Ra tem haver com isso? E o pingente? O que acontecera quando Ella coloca-lo? kkkkk eu sei os mistérios voltaram, mas pelo menos revelei quem é Caya e a missão da número Cinco que levanta mais perguntas. Qual é o segredo de Setrakus? Cinco sera descoberta pelo Tenente Markkus? Será que os Mogs vão conseguir encontrar a Garde na casa dos Greeters?

Por favor deixem seu Review comentando o que achou e aos leitores fantasmas por favor deixem sua opinião não sejam tímidos ;) Mutio Obrigado por lerem e até semana que vem com o próximo capitulo:

Trecho do Próximo Capitulo:

CAPITULO 13 RUMOS DIFERENTES
Faço um esforço muito grande para que esse maldito chip não me entregue e não o permito terminar sua frase.
— Perdendo o que? Diz o Dr. preocupado
— O controle. Diz o Tenente Markkus entrando no laboratório acompanhado da Dra. Shu-Ellen.



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