Os Imortais escrita por Luna Kiara


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

God Reading!
Yoi dokusho!
Boa Leitura!



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Anjos.

A quem diga que somos imortais, mas isto só e uma meia verdade. Um dia iremos sim morrer, nosso corpo é apenas mais durável, que um corpo humano. Mas há de chegar um dia, lutando ou envelhecendo, que iremos perecer Há apenas dois destinos viáveis para anjos como eu, quando finalmente chegar nossa hora de morrer.

Nosso corpo morre e nossa alma, pode ficar vagando pelo plano térreo eternamente. Há riscos muito grandes caso isso aconteça, como há demônios, podemos ser simplesmente devorados, sem ter nenhuma chance de lutar.

E o segundo caso é apenas o Limbo. Ou o purgatório, como muitos chamam. Não é um lugar ruim. Lá a alma poderá viver em paz até que Deus tenha piedade e escolha sua alma para renascer. Isso pode ser de imediato ou pode demorar centenas de milhares de anos, até que aconteça.

Não se engane se acha que o purgatório é um lugar cheio de paz, como fiz parecer. Pode não ser um lugar ruim, mas é um lugar onde o céu e inferno está ligado por uma linha tênue. Demônios estão sempre à espreita por lá, esperando uma alma desavisada.

Mas porque simplesmente não voltamos para o céu?

São as regras.

Um Anjo caído jamais retornará para o paraíso, mesmo que esteja arrependido. Os únicos que tem permissão para isso são os arcanjos e serafins, os anjos mais próximos de Deus, em questão de poder, estão no alto da hierarquia. Os Serafins, não são muito amigáveis e não gostam muito de anjos caídos derrubam qualquer um que tenta se aproximar dos portões dourados sem permissão, de todos os anjos, são os únicos que possuem uma aura dourada. Os Arcanjos já são mais agradáveis, estão sempre tentando guiar os humanos. Você já ouviu falar de algo parecido em algum momento. O mais conhecido deles é Gabriel.

Mas pra mim, só há um Arcanjo, a quem devo minha total lealdade. Este arcanjo, infelizmente já morreu.

Se me perguntassem qual a forma que eu escolheria para minha morte... Eu não saberia responder.

Nunca pensei verdadeiramente nisso...

Mas se eu pudesse escolher uma forma, eu diria lutando.

Lutar...

Está é a ultima coisa que eu me lembro de estar fazendo.

[...]

“Até quando pretende ficar ai?”

–...

“Sabia que as pessoas lá embaixo podem ver você, e pensar que está prestes a cometer suicídio? Já imaginou a confusão que isso causaria?“

Hikari... Eles não conseguem me ver... – disse monótona – Estão presos demais ao seu próprio mundo para ver alguma coisa além de si própria.

“Você os subestima de mais” – Hikari – “Humanos são os primeiros a perceber que há alguma coisa de errado...”.

Quando essa alguma coisa os atinge, você quer dizer...

“Geo...”

–...



Essa é a primeira cidade que visito desde que deixei as ruinas do clã. Ruinas... É tudo o que sobrou da nossa glória.

Suspiro.

Tenho observado os humanos desde que cheguei. Estão sempre ocupados, trabalhando que nem percebem que não são os únicos seres que vivem nesta terra, ao menos sabem que no meio de sua sociedade há pessoas como eu, misturadas e vivendo escondidas.

É um pouco frustrante ver que eles estão aqui, vivendo totalmente imersos em sua paz enquanto, há guerras acontecendo em lugares remotos do mundo inteiro.

– Ryujin! – chamei – Já encontrou alguma coisa

“Nada, nenhum sinal.”

­– Tem alguma coisa errada... Já deveríamos ter sentindo o atual dono...

“Talvez não esteja nesta cidade”

“Onee-sama, eu consigo sentir mesmo que de forma fraca que está aqui”

“Yami!” – Hikari – “Este é o mais alto arranha-céu desta cidade humana, Geo não consegue sentir nada.”.

­– Não comecem...

Ryujin, Hikari e Yami, são meus guardiões, mas estão sempre a discordar uns com os outros.

[...]

Geo bloqueou seus pensamentos para não ter que ouvir outra discussão inútil, e voltou a observar as pessoas lá em baixo.

Conseguia ver todos, sejam humanos, ou seres disfarçados de humanos. Perguntava-se por que viviam entre eles... Não era mais fácil se afastar e viver como ela tinha vivido até agora? Isolada do resto do mundo, em um lugar de difícil acesso onde só aqueles que sabiam a localização podiam chegar sem serem mortos pelos espíritos e armadilhas pelo caminho, ou aqueles que seriam corajosos e valorosos o suficiente para chegar ao coração do labirinto e ser capaz de ver o magnifico castelo que agora jazia solitário.

Por que viver em uma sociedade ignorante que não aceita e julga o diferente?

Geo, não chegou a obter uma resposta. Antes de chegar a uma conclusão, um abalo sísmico fez com que o prédio inteiro começasse a cair.

Pânico se espalhou por toda a parte. Pessoas gritavam horrorizadas e corriam por suas vidas, outras simplesmente estavam paralisadas de medo e terror. Geo já podia sentir cheiro de sangue, enquanto se mantia indiferente ao fato de também estar em queda livre.

– Veja que belo espécime temos aqui... – uma voz masculina soou das sombras, quando Geo chegou ao chão.

–...

– Não vai salvar estas pessoas?

– Salvar? – Geo repetiu franzindo o cenho – Estas pessoas não são problema meu

– Hahahaha, interessante – o homem saiu das sombras – Então que tal se juntar a mim? E claro que depois de serem realizados alguns estudos sobre você...

– Não tenho interesse algum em qualquer que seja estes “estudos” – Geo respondeu seria – Mas você tem algo que eu quero...

– Tenho? - O homem indagou – Hahaha, já sei o que procura Tenshi, mas este é um objeto que não irei lhe ceder, não sem algo em troca...

– A única coisa que terá em troca e uma morte prematura – Geo murmurou.

– A minha ou a sua? - O homem riu antes de atacar.

“Ele é rápido!” – Geo por pouco conseguiu se esquivar de um ataque direto, ao mesmo tempo em que agarrava o braço de seu adversário e o lançava no que restou do arranha-céu, levantando muita poeira no ato.

A luta continuou, sem nenhum conseguir ferir gravemente seu adversário. Geo já estava ficando irritada com isso, aquele homem já estava com pelo menos duas costelas e um braço quebrado, mas continuava tão rápido como antes. Quando seu adversário finalmente conseguia acerta-la levava uma grande descarga elétrica.

– Você tem uma alta defesa interessante, Tenshi – Disse o homem olhando sua mão soltar uma fumaça com cheiro de carne queimada – Mas não será o suficiente para me matar.

–... – Geo suspirou analisando suas opções, - Water Bullets!

Ao dizer isso, vários projeteis de água se formaram em volta de Geo, que com um único movimento de mão, dispararam em direção do inimigo atingindo-o em cheio em varias partes de seu corpo.

Ainda atordoado pelo impacto, o homem nem viu o que aconteceu em seguida. Partículas de água se formaram ao redor e foram se fechando, até formar uma perfeita cúpula de água, prendendo-o lá dentro.

– Já me cansei de brincar – A garota murmurou se aproximando – Me diga onde está que eu o deixo vivo – O Homem nada disse, Geo suspirou – Deem um jeito nele, e descubram aonde ele escondeu o oraculo. – Geo disse para ninguém em especial – Dark Gemini Zone

A água que aprisionava o homem começou a ficar escura, até não ser mais possível ver nada lá dentro e então desapareceu, não deixando nada no lugar, tudo que se podia ouvir era uma risada feminina horripilante.

– Não o mate até que diga algo... – Geo acrescentou com um suspiro.



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Notas finais do capítulo

E ai como é que ficou?



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