Era um dia de neve na cidade de Inazuma. Tenma Matsukaze estava em seu quarto, sentado, olhando pela janela. Seus olhos refletiam pura nostalgia.

Ele estava olhando um ponto em particular, um ponto que ele nunca esqueceria.

Seus pensamentos foram interrompidos pelo seu namorado, Kyosuke Tsurugui, que entrava no quarto do castanho.

– Kyosuke..... Você ainda lembra daquele dia? – Ele falou, melancólico.

– E como eu poderia esquecer? – Um sorriso se formava em seus lábios.

– Eu me lembro daquele dia como se fosse ontem.... – O castanho percebeu o movimento de seu amado, sentando ao seu lado

– E eu me lembro como se fosse há um ano atrás! – Um sorriso sarcástico se formava.

– Seu bobo. – Um sorriso também se formou nele.

– Ei! Tudo para te fazer sorrir.

– Ou chorar.

– É, mas..... Principalmente chorar. – Matsukaze começou a rir.

– Chorar de rir, só se for.

O castanho moveu sua cabeça para traz, começando a encarar seu amado. Logo suas faces se aproximaram e seus lábios selaram um beijo.

– ...E então, vamos contar a eles essa história?

– Acho que eles merecem.

..................


Era um dia de neve em Inazuma. Kyosuke estava em sua casa com seu irmão mais velho, que estava falando no telefone.

O mais novo tentava descobrir quem tinha ligado para seu irmão. Não tinha mais nada para fazer, então tentou isso. Ele sempre fora bom em adivinhações.

Mal seu irmão desligou o telefone, ele começou a falar.

– Sua namorada!

– Namorado. Seu preconceituoso.

– Só estou comparando a relação de vocês....

– Taiyou disse que terá uma noite de filmes hoje. Ele mandou que nós escolhêssemos os filmes.

– Pode ir ficar com ele logo, deixa que eu escolho os filmes.

– Você não tinha prometido ir para a casa do Tenma hoje?

– Eu posso desmarcar.

– Você não marcou, você prometeu.

– Ei! Eu só prometi isso para ele parar de me encher tá! Aquele retardado, sempre falando sobre coisas idiotas que ninguém liga até ele falar! Aquele Baka..... – E ele continuou a falar mal de seu colega de time.

Seu irmão mais velho ouvia atentamente a tudo, todas as ofensas e histórias, até que ele percebeu....

– Você gosta do Tenma.

– Então, como eu ia dizen..... Perai, o quê você falou?

– É óbvio que você gosta dele.

– Hei! Eu não gosto dele tá.

– A..... Que pena.....

– Como assim... Que pena? – Ele arqueou as sombrançelhas.

– Que pena que você não sinta o mesmo que ele.

– O quê? O Tenma? Gostar de mim?

– Você não percebeu como ele sempre tenta chamar sua atenção?

Ele mal deu tempo para o mais novo responder e disse:

– Tanto faz... Escolha logo os filmes e depois vá para a casa do Taiyou. Estaremos te esperando.

– Tá bom.

Assim que o mais velho foi embora ele começou a colocar suas roupas de inverno e começou a escolher os filmes. Pegou 10 filmes, os colocou em sua mochila e saiu de casa.


.....................



A nevasca estava ficando forte. Kyosuke não conseguia ver direito, então teve que confiar em seus instintos para chegar na casa de Taiyou.

Ele estava chegando perto de uma casa familiar.

“Exelente!”

Pela ironia do destino, ele se via na porta da casa de seu colega de time, Tenma.

Vendo que não tinha saída, bateu na porta 3 vezes. Ele ouviu passos cada vez mais perto até que o castanho abriu a porta.

O castanho, vendo o estado de seu ama......amigo, o puxou para dentro de sua casa no instante que ele ia cair no chão de frio.

– Kyosuke! – Ele o abraçou fortemente e o levou para o seu quarto.


............


Kyosuke estava sem forças para dizer ou fazer alguma coisa, mas não estava inconciente.

Ele sentia os braços do castanho o envolvendo, e também sentia um macio, porém grosso, cobertor por cima dele.

Ele sentia a respiração de seu colega próxima de seu ouvido.

Ele sentiu.

E pela primeira vez ele teve que concordar com seu irmão.

Porquê ele percebeu que amava seu colega de time.

Ele percebeu que amava aquele irritante castanho.


............



Aquilo foi uma escolha difícil para o castanho.

Ele estava esperando seu amado colega para chegar na casa dele.

“Esse é o dia!” Ele pensava.

Seu plano para a chegada de seu amigo em casa era: Se revelar e esperar pelo melhor.

Ele tinha ligado para Yuuichi mais cedo, pediu para ele mentir para o seu irmão e para manda-lo para sua casa.

Ele ficou surpreso quando o camisa 10 chegou em sua casa naquele estado deplorável.

Ele o levou para a sua cama e colocou um grosso cobertor por cima dele.

Logo a temperatura dele ficou mais razoável.

Mas ele percebeu que aquilo não era o suficiente.

Logo, ele se via deitado com seu amado, tão vermelho quanto um tomate, abraçando-o.


............

Kyosuke tinha acordado, ele se via no quarto do camisa 8, com um copo de chocolate quente.

Logo, ele se sentou e começou a beber o delicioso chocolate quente.

Ele virou a cabeça para um lado, depois para o outro, tentando encontrar seu amado.

Antes dele tomar o segundo gole daquele chocolate quente ele viu o castanho entrando no quarto com a sua mochila em suas mãos.

Ele deu um grande gole naquele chocolate quente e começou a falar:

– Jogue a mochila.

– Grosso. – Ele jogou a mochila na direção do camisa 10.

Logo ele abriu a mochila e percebeu que 1 dos 10 filmes que ele escolheu estava faltando.

– Eu coloquei o filme para nós vermos, já que não dá para sair da casa agora.

– Valeu... – Um silêncio se formou entre eles.

– Então..... Vamos ver o filme. – Ele se sentou na cama junto com seu amado. – Mas..... Antes.... Eu queria te contar uma coisa... – Ele foi interrompido pela mão gelada de seu amado no seu queixo, movendo sua face para começar a encarar o seu amado.

– Qual foi o filme que você colocou?

– Marley e eu..... – Ele tinha corado violentamente com a ação do seu amado - Nunca tinha visto esse filme.

– Chííííííí.....

– O quê?

– Pegue uns lenços então, porquê emotivo do jeito que você é.....

– Eu acho que eu aguento um filme sobre um cão.

....................

O castanho chorava na blusa do amigo, encharcando-a.

– E-ei! Tenma! Para com isso!

Mas ele não conseguia, só uma coisa que o deixasse feliz ou com raiva faria o parar de chorar.

Felizmente, o camisa 10 conseguiu perceber isso.

Percebendo que era tarde demais para tentar irritar seu amigo, resolver fazer do outro jeito....

Ele colocou suas mãos debaixo do queixo do castanho, puxando ele para perto de sí.

– O-o quê você está fazendo? – Perguntava o castanho, corado com a ação do seu amado.

Um silêncio se formou entre eles.

Suas orbes fitavam uma a do outro.

O castanho fitava as orbes âmbar de seu amado, e percebeu uma coisa.

O ambâr é usado para conservar coisas, assim como ele conservava um amor secreto pelo seu colega.

– Rezando para que meu irmão esteja certo. – ele puxou o castanho para perto de sí, beijando-o de leve.

O mais novo, não acostumado com a reação, corou mais ainda. Depois de um tempo ele fechou seus olhos, tentando aproveitar o máximo daquilo.

Acidentalmente, quando puxou o mais velho para perto dele, ele o fez cair em cima dele.

“Toc-toc-toc” Alguém batia na porta

O camisa 10 saiu rapidamente de cima dele, tirando o filme do aparelho e o guardando-o eu sua mochila.

Aki abriu a porta lentamente, curiosa para saber o quê estava acontecendo.

– Oi kiosuke.

– Tchau.

– Já vai? – O castanho perguntou.

– Bem..... Acho que dá tempo para uma guerra de neve, como eu te prometi.

E, assim como no prometido, eles fizeram uma longa e duradoura guerra de neve.

Na verdade. Foram várias delas, porquê o castanho sempre perdia para o mais velho e sempre pedia uma revanche.

Depois disso o castanho ensinou o camisa 10 a fazer anjos de neve.

E, quando ele voltou para seu quarto, ele encarou aquele anjo, da mesma forma que ele fazia nesse exato momento, 1 ano depois.

Um anjo perdido.

Seu anjo perdido.