[Bella]

“E ele olhou em seus olhos uma ultima vez, deixando que a lágrima presa á tanto tempo finalmente rolasse. O grito que estava preso na garganta da menina foi abafado pelo desespero. Os dois sabiam que era o último olhar, que depois daquilo nunca mais se veriam. Ela mordeu os lábios com força, e a única coisa que conseguia sentir era raiva. Raiva do próprio destino por não permitir que eles ficassem juntos.

Alguma coisa no interior dos dois dizia que era tudo o que eles podiam fazer. Continuar suas vidas, distantes um do outro. Mas por que nenhum se sentia seguro para partir naquele momento? Ele fechou os olhos com força, contraindo a mandíbula com força. Ela deu um passo á frente, como se assim pudesse acabar com a tortura que ele sentia. Ela sorriu timidamente, esperando que ele abrisse os olhos e a olhasse.

-eu te amo, e vou amar sempre. Mas não posso viver vendo você dessa forma. Eu não serei feliz longe de você e sei disso, mas me tortura saber que você não está feliz assim. –e então ele não tentou mais reprimir as lágrimas.

-isso é o fim? –ela assentiu.

-até que aprendemos a lidar com isso, sim. –ela olhou para o chão, tentando não pensar no tempo que viria a seguir.

-eu...

-Adeus, Ethan. –ela beijou seus lábios rapidamente, tentando eternizar sua textura em sua memória.

E então ela correu, fugindo de todas as lembranças e de todos os planos que não seriam realizados. As lágrimas corriam por seu rosto, deixando um rastro por onde ela passava. Ele não mexeu um músculo, apenas ficou parado olhando-a se distanciar. E por último ele caiu de joelhos no chão, aguardando um pequeno estimulo para se levantar e deixar aquele local.

Ele olhou em volta, lembrando de todos os momentos vividos ali ao lado DELA. Sempre ela. Em todas as lembranças, suspiros, olhares e pensamentos. Sempre seria ela o impulso, o motivo e simplesmente o ar. Ele olhou para o céu, implorando por apenas mais uma chance de prová-la que eles poderiam ser felizes juntos. E foi esse pensamento que o fez levantar. Ele não poderia fazer nada ali, e nem naquele momento.

-eu te amo, para sempre. –as palavras saíram atrasadas, mas ainda tinham o verdadeiro sentido. As mesmas palavras que ela sempre sonhou em ouvir, agora ditas da forma mais pura de todas.

E foi com esses pensamentos que ele partiu. Se ela fosse ser feliz daquela forma, então valeria a pena se afastar. Se ela fosse verdadeiramente feliz, e tivesse todos seus sonhos realizados. Isso bastaria para fazê-lo acordar todos os dias e simplesmente agradecer por apenas existir. ”

 

Eu já tinha mandando o livro para a editora e estava aguardando a resposta. Eu estava duplamente ansiosa. Em pouco tempo eu saberia se meu livro havia sido aceito ou não, e logo eu teria noticias de Edward sobre como havia sido com a esposa do homem que compôs a música. Eu passei o dia inteiro com o celular na mão e sempre lendo o final do meu livro. Alice, Rose, Edward e até mesmo Emmett tinham lido o final.

Bem, o baterista da banda de Edward agora vivia para cima e para baixo com minha irmã, de uma forma que ele vivia em minha casa também. Rose e Alice haviam ido para o shopping, me deixando sozinha com meu desespero. Eu estava agoniada por noticias de Edward. Isso poderia demorar tanto assim?

Eu andava de um lado para o outro do apartamento, como se isso pudesse fazer o tempo correr mais rápido. Minha empregada já havia trombado comigo milhares de vezes e eu estava sentindo a necessidade de conversar com alguém.  Eu pensei logo em Alice, mas me lembrei rapidamente da conversa com ela e Rose na noite anterior...

----flashback-----

-Bella, confessa que você está gostando dele. –Alice falou, pegando um pedaço de chocolate.

-é claro que eu gosto dele Alice, eu passo mais tempo com ele do que com qualquer outra pessoa. –ela revirou os olhos.

-ela não quis dizer isso Bella. –minha irmã falou mudando o canal da TV.

-então não entendi. –eu franzi a testa para elas.

-eu quero saber se você GOSTA dele. –eu revirei os olhos.

-vocês são doentes. –elas riram.

-Bella, desde que você o conheceu milagrosamente sua inspiração voltou, não percebeu? –eu mataria minha melhor amiga, sério.

-eu comecei a ler mais. –ela revirou os olhos.

-qual é Bella? Você pode contar para nós. –eu fuzilei Rosalie com os olhos.

-Rosalie...

-Bella, nós sabemos que gosta, então não complica. –eu fiquei furiosa.

-vocês são lunáticas. –elas gargalharam e eu franzi a testa.

---- fim de flashback----

Como elas conseguiam ser tão irritantes? Um pequeno som vindo do computador chamou minha atenção. Eu dei um pulo, será que Edward tinha me mandando um e-mail? Eu abri minha caixa de entrada e era da editora... Ah, claro. A editora.

“seu livro será mandado para revisão e logo chegará a gráfica”

Eu sorri sozinha. Era bom saber que tinha dado certo. MAS ONDE ESTAVA EDWARD CULLEN? Se ele não me ligasse em dez minutos eu juro que pegava o carro e ia até onde seria esse teste ou sei lá como chamam. Mas se eu fizesse isso, pode ser que ele ficasse bravo e desse errado e então eu me culparia por ele se culpar pelo resto da vida, de uma forma que eu não suportaria mais olhar para ele e eu não queria deixar de vê-lo... Ele era legal, só isso.

Eu estava quicando em minha cadeira, e já tinha tomado umas cinco xícaras de café. Eu não estava mais agüentando a ansiedade. Nem medi meus atos, apenas peguei o telefone e liguei para minha irmã. Talvez Emmett já tivesse dado noticias para ela. Ah, qual é? Foi muito tempo para que o espanhol de Edward ficasse no mínimo entendível, eu queria saber se meu trabalho tinha valido a pena.

-fala Bella. –ela parecia estranhamente animada. Bem, ela estava fazendo compras não é?

-teve noticias de Emmett? –eu perguntei rápido de mais.

-Emmett? Aah, ainda não. –eu revirei os olhos. Por que eu ainda tentava descobrir alguma coisa por ela? Ah claro, por que eu não queria ligar para Alice.

-ARGH! –Rose começou a falar com alguém.

-Alice mandou falar que não tem ligações suas para ela. –ela falou confusa.

-eu não tentei ligar para ela. –eu revirei os olhos.

-Alice está...

-Eu estou esperando Edward ligar Rose, depois ela me xinga. –eu desliguei o telefone. Não estava disposta a escutar aquele “disse-me-disse”.

Mais algum tempo assim e eu certamente enlouqueceria. Mais xícaras de café, mais trombadas com a empregada e mais cabelos arrancados. Eu comecei a jogar paciência no computador. Eu estava começando a achar que Edward havia se esquecido de me avisar, o que fez com que minha angustia diminuísse. Tudo bem, não diminuiu, apenas aumentou. Eu estava aqui louca para saber como tinha ido e ele tinha se esquecido de mim... Que ótimo.

A campainha tocou e eu caminhei lentamente. Quem poderia ser em uma hora dessas? Será que não dá mais para respeitar a angustia dos outros? Eu estava furiosa com Edward, com a pessoa que tocava a campainha compulsivamente e, principalmente, comigo mesma. Eu abri a porta e estaquei.

[Edward]

A mulher ainda me olhava com cara de nojo. Eu tinha que concordar com Jasper, ela era mesmo uma mocréia. Eu estava quicando no meu lugar, morto de ansiedade, afinal Bella também receberia a resposta sobre seu livro. Ela era uma boa escritora. Eu já tinha lido alguns trechos de seus livros e realmente parecia interessante. E o final realmente... Mas o que eu entendia sobre isso? Nada.

-Então senhor Cullen... –Ela me olhou dos pés a cabeça, fazendo careta. O que ela esperava? Um clone do marido dela? Acho que não!

-eu nunca ouvi uma coisa tão... –horrorosa? Eu pensei, ainda pensando no livro de Bella. –Maravilhosa. Aposto que se meu marido estivesse vivo ele adoraria dar os direitos autorais da música a vocês.

O sotaque estranho nunca pareceu tão... Engraçadinho. Eu sorri animadamente e ela também sorria, mas ainda me analisava. Eu me perguntava se ela teria alguma exigência sobre eu ter que mudar meu estilo ou alguma coisa assim. Mas assim que ela parou seus olhos sobre meu abdômen eu percebi que não era exatamente isso.

-muito obrigada senhora... Willian. –eu quase me esqueci o nome da mulher.

-apenas me chame de Lisa querido. –eu sorri meio indignado. Eu era o cara que cantaria a música do falecido marido dela, qual é?

 -obrigada... É... Lisa. –eu ri franco, e podia ouvir meu primo e Emmett segurarem as gargalhadas.

-tem planos para essa noite Ed? –eu fiz careta.

-na verdade... Tenho sim. –eu falei, fingindo estar decepcionado. Ela sorriu e sacudiu a cabeça.

-eu deveria imaginar que um garoto tão bonito teria namorada e outros compromissos, me perdoe. –eu sorri. Eu não tinha namorada, mas meu coração pertencia a outra pessoa. E eu já tinha me conformado com a idéia.

-obrigada. –eu senti minhas bochechas ficarem vermelhas.

-está tudo bem... Boa sorte meninos. –eu sorri.

Eu sorri para mim mesmo, pensando em minha conquista. Emmett e Jasper pulavam com os braços já no meu pescoço. Mas tinha uma coisa que estava me incomodando. Bella já tinha uma resposta? Eu olhei no celular. Eu queria mais do que qual quer coisa dividir aquilo com ela, por mais que soubesse que ela não sentia o mesmo por mim.

-CARA NÓS CONSEGUIMOS. –Jasper berrava ainda pulando.

-NÓS SOMOS DEMAIS CARA. –o abobado falou. Eu peguei minha guitarra e coloquei nas costas, bati a mão no bolso atrás da chave do carro e corri.

-ELE NEM VAI COMEMORAR COM AGENTE? –eu ouvi Emmett gritar.

-ele tem coisa melhor pra fazer idiota. –e ouvi a voz abafada de Jasper responder.

[Bella]

E lá estava Edward Cullen parado em minha porta, com um olhar distante, e sério. Eu franzi a testa. Aquilo significava que eram más noticias? Eu dei um passo a diante e só então ele olhou para mim. Eu tombei a cabeça para o lado um pouco, esperando pela resposta oficial.

-Edward...

-NÓS CONSEGUIMOS BELLA! –ele berrou e eu pulei.

-CONSEGUIRAM? –ele assentiu. –AAAH, VOCÊS CONSEGUIRAM!

Quando eu vi já estava jogada em seus braços e apertando com força. Ele ria e me girava, ainda na porta do meu apartamento. Eu vi quando minha empregada saiu de fininho e falou coisas como “escândalos”. Quem se importa com escândalos? Eu ainda ria, não sabia ao certo do motivo de me sentir tão bem por aquela noticia, mas era como se eu estivesse realizada. Ele parou subitamente e me olhou.

-e seu livro? –eu arregalei os olhos.

-AH, isso... Está na revisão e logo vai para as gráficas. –eu dei de ombros e ele me olhou com os olhos arregalados.

-COMO ASSIM “AH ISSO?” TÁ LOUCA? –ele me girou novamente, dando beijos em minha bochecha. –estou tão feliz por você. Estava tão ansioso, pensei em ligar varias vezes, mas a mulher não parava de falar, daí ficou meio difícil... Enfim, desculpe não ter dado noticias antes, mas eu precisava ver você de qual quer forma. –eu franzi a testa um pouco, pensando em suas palavras. Sonho? Bem possível.

-eu pensei em te ligar também, mas achei que estragaria tudo e então... –ele sacudiu a cabeça e me levou para dentro do apartamento.

-não estragaria nada. –ele sorriu abertamente.

-acho que suas aulas acabaram então. –eu falei com pesar na voz. Por que doía tanto dizer aquilo?

[Edward]

-acho que suas aulas acabaram então. –ela falou com a testa franzida, sem soltar meu pescoço.

ELA TINHA SURTADO? Minhas aulas NUNCA terminariam. Eu daria um jeito de achar mil músicas em espanhol se fosse necessário para nunca ter que deixar de vê-la todas as tardes. Eu fitei seus olhos, com a testa franzida. Será que ela fazia alguma noção do quando eu gostava dela e do quando ela se tornou essencial em minha vida?

Não, ela não sabia e eu podia ver isso refletido em seus olhos. Será que não estava evidente o suficiente na correntinha que ela carregava sempre no pescoço? Depois que eu a coloquei nela, ela nunca mais havia tirado. Estava sempre ali, presente. Assim como meus pensamentos estavam sempre com ela.

-Bella? –ela me olhou fundo nos olhos.

-sim?

-surto? –ela franziu a testa.

-mas você não precisa mais de mim e então...

-eu vou SEMPRE precisar de você.

[Bella]

-eu vou SEMPRE precisar de você. –eu arregalei os olhos para o que ele disse.

Ele tinha noção do que aquelas palavras significavam para mim? Meu coração corria sérios riscos de sentir esperança e eu sabia que não era exatamente aquilo que ele queria dizer. Eu tinha que concordar com Alice. Eu gostava dele. Mais do que deveria, mas eu gostava. Na verdade gostar era vago demais.

Eu dependia dele, eu precisava da companhia dele, e de ouvir a voz deles todos os dias. E esse era o motivo por eu não ter tirado a correntinha. Eu precisava que ele estivesse sempre por perto, mesmo que fosse apenas para mim. Eu precisava saber que eu era de certa forma importante para ele. Mesmo que não fosse da forma que eu queria que fosse.

-você está quase melhor do que eu já. –eu falei uns dois minutos atrasada.

-hm, nesse caso... Você pode me ensinar hebraico? –eu ergui uma sobrancelha.

-por que diabos você quer aprender hebraico? –ele suspirou.

-Bella... –ele fez uma pausa para outro suspiro. –YO TE AMO, CASPITA! – eu nem me importei com a mistura de espanhol e italiano. O sentido da frase ainda era o mesmo.

Meu coração acelerou de uma forma que eu nunca achei que seria possível. E não era pelo fato de eu ainda estar abraçada a Edward, era por saber que eu era correspondida. Ele olhava profundamente em meus olhos e eu ainda tentava achar alguma coisa para falar.

-Edward? –ele engoliu seco quando eu o soltei.

-Bella, se você não...

-eu te amo.

-se você não me quiser...

-eu te amo.

-eu não vou ficar magoado, mas não me peça para não te ver mais por que isso é tortura e... –meus olhos encheram de lágrimas. Ele era tão... Fofo.

-EU. TE. AMO. –eu falei mais alto. Ele arregalou os olhos.

-você... Me... Ama? –ele falou pausadamente. Eu apenas assenti timidamente. –ELA ME AMA, ELA ME AMA, ELA ME AMA.

Ele pulava até mim, me pegando no colo e me girando novamente. Aquilo deveria ser um sonho, mas por que as coisas pareciam tão certas para mim? Eu nunca me senti tão bem, quanto me sentia agora. Edward finalmente parou de gritar e se aproximou mais de mim.

Meu coração acelerou, minha respiração falhou e meus olhos correram para os dele. Ele olhava fixamente em meus olhos, com os lábios entreabertos. Meus braços se apertaram em seu pescoço, e as mãos que seguravam firmemente minha cintura correram para minhas costas. Eu levantei meus pés, deixando que ficássemos quase na mesma altura. Ele colocou uma mão em meu rosto e colou seus lábios aos meus.

E então não tinha mais chão sob meus pés, eu podia sentir o mundo girar devagar. A língua de Edward pedia passagem e eu a dei. Suas mãos corriam por todo meu corpo, e cada vez mais ele me puxava para si. Minhas mãos puxavam seus cabelos com força e nosso beijo não era mais calmo e cheio de doçura como era antes.

Edward me segurava pela cintura possessivamente, sem soltar os lábios dos meus. Eu não entendia a corrente elétrica que passava pelo meu corpo. Parecia estar vindo de Edward, mas ao invés de me afastar, simplesmente me trazia para mais perto a cada segundo.

Eu sabia que Edward estava ficando sem ar, por que eu também estava. Ele separou lentamente nossos lábios e começou a correr sua boca pelo meu pescoço. Eu me arrepiei inteira com seu toque, fazendo com que ele me puxasse para mais perto. Eu mordi seu lóbulo da orelha com um pouco mais de força do que o necessário, fazendo com que ele gemesse em minha clavícula.

[Edward]

A felicidade que eu sentia por saber que ela me amava também era incontrolável. Estar tão perto dela dessa forma e não precisar reprimir a vontade que eu tinha de beijá-la, tornava as coisas mais perfeitas do que pareciam. Ela me beijava com o mesmo desejo que eu sentia, e eu quase estava me esquecendo de onde eu estava quando ela mordeu minha orelha com força. Eu sabia que não era nenhum aviso, mas me fez pensar no que era importante para ela. Ela merecia alguma coisa especial e não que fosse dessa forma. A forma como me declarei foi a mais atrapalhada possível. Eu consegui misturar tudo o que estava pensando, mas no final ela entendeu o recado.

Eu achei que poderia ter perdido no mesmo momento em que revelei. A angústia, maior do que a que sentia á tarde, tomou conta de todo meu ser. Ela poderia nunca mais querer me ver, só por que eu acabei me apaixonando por ela? Eu entrei em desespero, só em pensar nessa possibilidade. Eu não conseguiria ficar longe dela. Talvez se ela quisesse que fosse assim, eu até me esforçaria, mas duvido que conseguisse ficar longe por muito tempo. Eu estaria sempre por perto, de alguma maneira.

Eu subi meus lábios até os seus, fitando os imensos olhos castanhos que olhavam para o meu rosto. Eu sorri abertamente, percebendo que a distancia entre nós não poderia ser menor. Ela sorriu também, e logo voltou a me beijar.

-Bella, eu amo e quero você. Eu não vou te pressionar a nada agora, o tempo é seu. –eu falei e ela se afastou um pouco assustada.

Ela fitou meus olhos por alguns segundos e depois sorriu. Ela sorria como uma criança no natal. Ela colocou as mãos sobre meus rostos e me beijou rapidamente ainda parecendo estar feliz. Eu não contive o sorriso, por mais que estivesse curiosa por saber o que havia a deixado tão animada.

-obrigada Edward. –eu sorri. Eu estava certo. Não era o momento certo ainda.

Eu a peguei no colo, fazendo com que ela me olhasse surpresa. Pensou que eu teria mudado de idéia talvez? Bem, eu poderia, mas eu queria que fosse perfeito para ela e nunca deixaria que ela se arrependesse de querer estar comigo também.

-vem, vamos assistir TV. – comecei a carregá-la para a sala enquanto ela ria.

[Jasper]

Eu estava começando a me irritar com Emmett. Eu precisava mesmo explicar para onde Edward tinha ido com aquela pressa toda? Será que eu fui o único que reparei nos malditos suspiros e olhares para o celular durante todo o teste? Emmett era burro e eu sabia disso, mas ele estava saindo com a irmã da menina, será que ela não dizia nada sobre isso? Ah, claro que não. Será que eles diziam alguma coisa?

-CARA, NÓS SOMOS DEMAIS! –o abobado berrava ainda pulando e batendo no peito. É, ele era mesmo a encarnação do king Kong.

-sim, Emmett nós somos, mas você poderia parar de pulas? As pessoas estão olhando. –eu olhei em volta, notando todas as pessoas que acompanhavam com a cabeça os pulos de Emmett.

-eu vou ligar para a bonitona. –ele pegou o celular para ligar para a tal modelo. Eu peguei o meu e fiquei pensando.

Será que se eu ligasse para Alice, ela me atenderia? Ela era tão... Fofa, cheia de vida, engraçada, linda e... Em fim, eu peguei o celular sem medo e disquei o número, que incrivelmente já sabia de cor de tanto discar e desligar. Eu estava começando a pular, pensando se ela me atenderia ou simplesmente fingiria que não vira o celular tocar. Um, dois, três toques, até que ela atendeu. Eu dei um pulo, sorrindo. Não que eu estivesse ansioso pela resposta dela, mas... Sabe como é.

-alô. – ela parecia indiferente.

-ALICE? –eu falei um pouco mais alto.

-aah, olá Jasper. –ela riu um pouco. Ótimo, ela não ligava para mim.

-eu... Eu... Acho que liguei para o número errado. –eu ri um pouco também.

-ah, que pena. –isso era decepção na voz dela?

-não, eu to brincando. Hehe. –ela riu.

-e como foi no teste? –ela tava interessada?

-aah, deu tudo certo. Conseguimos. –eu sorri, olhando para Emmett que dava uma risada forçada e passava a mão pelo cabelo.

-CONSEGUIRAM? AAAH MAS ISSO É ÓTIMO. –eu sorri.

-é sim, quer sair? –mordi o lábio inferior.

-CLARO, AONDE VAMOS? –ah, cada dia que passa e eu gosto mais dessa baixinha.

-onde você quiser...

[Bella]

Eu e Edward estávamos jogados no sofá da sala assistindo TV. Eu estava deitada no peito de dele, que ficava alisando meus cabelos e beijando o topo de minha cabeça o tempo inteiro. Já estava um pouco tarde, mas eu não queria que ele fosse embora, e ele não parecia querer ir também. Eu beijei sua mandíbula e ele sorriu, puxado minha cabeça para poder olhar em meus olhos.

-você conseguiria imaginar que as coisas seriam assim? –ele falou passando uma mão em minha bochecha.

-não. –ele sorriu abertamente e me beijou ternamente.

O barulho da porta abrindo atrapalho nosso beijo. Eu grunhi furiosa, e Edward me olhou sem entender. Eu revirei os olhos e voltei a beijá-lo, mas ele logo se assustou com o barulho de passos firmes e de salto batendo no chão. Eu suspirei e olhei em seus olhos, que pareciam me pedir uma explicação.

-Rose. –ele ergueu uma sobrancelha, e logo o barulho de passos cessou.

-EDWARD? –minha irmã falou alto.

-AAH, ENTÃO É PRA CÁ QUE VOCÊ CORREU! SAFADINHO. –eu virei e Emmett e Rose estavam parados na porta nos olhando. Rose com os olhos arregalados e Emmett, com os braços em sua cintura, e o sorriso largo.

-olá Rose, olá Emmett. Querem pipoca? –eu apontei para a vasilha vazia.

-na verdade... –Rose começou.

-quero. –falou Emmett.

-Bem Emmett, sinta-se em casa. Você sabe onde estão as coisas. –eu sorri e ele correu para pegar a vasilha.

Emmett correu para a cozinha, e Rose, nos lançando um ultimo olhar confuso, logo foi atrás dele. Edward ainda parecia meio confuso com a situação, olhando para mim esperando uma explicação. Eu ri e dei de ombros.

-Emmett está praticamente morando aqui. –ele ergueu uma sobrancelha.

-Rosalie? –eu assenti.

-fazer o que? –eu dei de ombros.

-amanha vou atrás de um apartamento. –eu sorri para ele.

-isso é bom. –ele sorriu.

-é, ta na hora de sair do hotel. –eu assenti e ele me beijou outra vez.