As Aventuras de Rin Casaco Marrom escrita por Sem Nome


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Capítulo 11
Queria agradecer à YamiMirror e à Syaunii Chan pelas recomendações :3 Vocês me fizeram muito feliz!!! :D
Esse cap é bem leve (Cap leve, lê-se: cap em que Rin não tem uma experiência de quase morte), porque o próximo vai ter pancadaria de novo.



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Capítulo 11

Aquele com planos, prisões e pães doces.


O rapaz andava olhando para os lados, mas tomando cuidado para não tropeçar em nada, ou para não se distanciar de Rin. Se bem que, com ela iluminado o caminho com seu graveto pontudo brilhante, se perder não era fácil.

Rin era estranha, passava o tempo todo olhando para o chão, de vez em quando se agachando para pegar algo que dizia valer alguma coisa. Ela também ficava olhando para uma coisinha redonda de metal de tempo em tempo.

Ele não entendia porquê ela não olhava para as árvores ao redor, para as flores ou para as estrelas. Com certeza eram mais bonitas do que o chão ou o objeto redondo. Mas ficou calado mesmo assim.

- Rin – chamou, tentando quebrar o gelo –, queria pedir desculpas. Por ter te arranhado. E por ter te socado. E por ter te perseguido...

- Ah, tudo bem – garantiu – E me desculpe por ter te machucado com a lança e... – ela parou de falar por um momento - ... foi só isso que eu fiz?

Ele riu um pouco, e ela também.

- Escute – disse a menina – Nós precisamo criar um nome para você.

- Por que? – ele perguntou, observando uma coruja em um galho de árvore um pouco à frente.

- Ora, todo mundo tem um nome – Rin explicou – Para as pessoas não o ficarem chamando de “ei”.

- É, “ei” é um nome bobo – concordou.

Rin pensou em todos os nomes masculinos que conhecia e que achava que serviriam para ele.

- Que tal “ Urso”? – ela riu baixinho.

- Eu sei o que é um urso, sabia? – o rapaz a encarou com falsa irritação.

Rin se desculpou, com um sorriso no rosto.

- Gosta de Gad? – a menina o fitou por um momento. Ele abraçava a si mesmo, com frio. Ela teria que encontrar um lugar para passar a noite e fazer uma fogueira, com aquelas roupas, seu companheiro de viagem congelaria.

Ele balançou a cabeça em negação. Rin entregou-lhe o pano vermelho sujo e surrado. Não o pouparia do frio, mas impediria que ficasse com dor de garganta no dia seguinte.

- Bruce?

- Não.

Ela suspirou, Bruce não combinava com ele, de qualquer modo. Não que os outros dois combinassem.

- Você vai pensar em algum – a menina garantiu – Seu nome perfeito vai aparecer algum dia. Agora, vamos achar um lugar para dormir, sim?

A fera observou a loura vasculhar a área próxima. Pisava no chão, para testar a maciez, e virava pedras de cabeça para baixo com a ponta da lança, para ter certeza de que não havia cobras.

- Acho que aqui está bom – afirmou, mas pouco depois disso, uivos foram ouvidos não muito longe de lá. Os primeiros foram seguidos por incontáveis outros – Ou talvez devamos continuar andando.

Ele assentiu, cansado demais para gastar energia com cachorrinhos grandes. Fora um dia agitado, e só o que queria era dormir um pouco. Seguia Rin para onde quer que fosse, com a cabeça baixa, olhando apenas seus pés descalços. Até que a menina parou de andar, e ele esbarrou de leve nela.

- Veja! – ela o mostrou um pedaço de papel com desenhos estranhos nele – Tem uma cidade aqui perto! Vila dos Corvos Brancos. Está vendo?

- Estou... – mentiu. Que cidade?

Quando Rin já havia retomado sua caminhada, olhando para frente, ele espiou ao redor, mas não viu nenhuma casa ou pessoa, por mais que forçasse a vista.

Deu de ombros. A humana devia ter uma visão muito boa.


. . .


Meiko sentou-se na borda no colchão duro de sua cela pequena. Uma barata entrou e saiu pela pequenina janela no topo da parede à sua esquerda, nem ela queria ficar ali.

As paredes eram de um verde claro feio, a tinta desbotanto e descascando em vários pontos. O piso era de madeira, cheio de buracos de ratos. No teto, uma lâmpada nua, pendurada apenas pelos fios. Uma mesa de madeira riscada se encontrava no canto, usada apenas para as prisioneiras escreverem cartas para quem quer que fosse.

Não tinha mais companheiras de cárcere. Havia espancado as últimas até elas implorarem para serem transferidas. Mas foram elas que começaram a briga, de qualquer jeito. Parecia que todos naquele lugar queriam puxar briga com quer quer que fosse. Todos estavam irritados e revoltados.

A moça observava com atenção os guardas passando pelas cela, sua mente já havia gravado a constância com que isso acontecia. Já havia prometido a si mesma que escaparia daquele buraco, não importava como.

Sua cabeça e pescoço tinham agora novos curativos, que a relembravam a todo instante da surra que havia levado pouco tempo atrás. Cerrou os punhos, irritada.

Filho de um troll, pensou, fez muito mal em me manter viva, porque eu vou caçá-lo e arrancar sua pele, e depois vou empalhá-lo. E, se você tiver família, farei o mesmo com ela!

Meiko se recostou na parede, tentando controlar suas emoções. Seria obrigada a passar mais alguns dias na cadeia, para memorizar os horários de todos os guardas e as possíveis saídas.

Entretanto, não conseguiria fazer tudo sozinha. Pelo o menos, achava que não. Portanto, era necessário achar outra prisioneira disposta a tentar uma fuga (fácil de achar) e que não fosse passar-lhe a perna no fim (não tão fácil de achar).

Também teria que descobrir onde estava o depósito no qual seus pertences estavam. E onde os pertences de Rin estavam.

Mordeu os lábios, uma sensação estranha, aos poucos, se formava dentro dela. Morta. Àquela altura, Rin já deveria estar morta. Era simples assim.

Meiko Coração de Fogo continuaria a busca sozinha.

Aquele agora era seu dever, e de mais ninguém.

Porque não deixaria nenhum amigo seu morrer em vão.


. . .


Rin olhava ao redor, a Vila dos Corvos Brancos era um lugar aconchegante, principalmente a noite, com suas pequenas feiras cheias de luzes coloridas iluminando as ruas e as pequenas construções.

Os postes pretos e baixos de luz auxiliavam na iluminação, e a cada cem metros, havia um pequeno parque novo. Era um lugar calmo, crianças e idosos ainda andavam pelas ruas e feiras, mesmo sendo relativamente tarde.

A ponta da lança havia sido envolvida com uma manta novamente. Rin e a fera andavam de mãos dadas, tanto para ele não se perder, sendo atraído pelo cheiro de comida ou a confundindo com outra pessoa, tanto para a população ver que ele não era nenhuma ameaça.

Mas os cidadãos não pareciam achá-lo especialmente estranho, só faziam uma careta ou outra devido ao cheiro (ela também não estava cheirando a rosas), mas nunca pareciam estar assustados.

A única explicação encontrada por Rin era que, como a vila era um ponto visado por turistas, eles já deviam ter visto pessoas muito mais estranhas que ele. No máximo deviam achar que eram artistas de rua.

A Vila dos Corvos Brancos era um bom lugar para se visitar, principalmente no final do ano, quando os corvos brancos se reúnem na época do acasalamento, e depois de uma semana, vão embora. Para onde, ninguém sabe.

A menina se perguntou porquê nunca havia visitado a vila antes.

Alguém puxou sua mão de leve, como se para chamar sua atenção. O rapaz a guiou até a vitrine de um lugar em especial, que exibia bolos e tortas açucaradas. Só então ela percebeu o quão faminta estava.

- Tudo bem – cedeu, se deixando levar pela expressão esperançosa do rapaz – Nós compramos alguma coisa para comer, e depois procuramos um lugar para passar a noite. Comida de hotel é cara, mesmo.

A menina entrou na padaria e foi recebida com o cheiro de pães e bolos. Seu estômago automaticamente se manifestou. E isso a fez pensar; se o rapaz foi diretamente para a loja, significava que havia sentido o cheiro do outro lado da rua.

Será que o olfato dele era tão bom assim? Teria que perguntar mais tarde.

Encheu uma sacola de papel com todo o tipo de pães doces, salgados, bolos e tortas. Não sabia quanto um homem do tamanho da fera poderia comer (ou quanto estava acostumado a comer), mas era melhor sobrar do que faltar.

Trocou três giz de cera e duas das castanhas que achara na estrada pelo pacote de comida. Pode até parecer que Rin saiu ganhando nessa troca, mas as castnhas que dera para o caixa são um bocado raras. E ela nunca descobriu isso.

O rapaz carregava a sacola de comida, mais por querer estar perto da comida do que por um ato de cavalheirismo. Não sabia o que mastigava, só sabia que era gostoso.

Rin devorava um pão doce cheio de creme, enquanto olhava nas barracas da feira roupas para ela (sua mala estava com Meiko, sabe-se lá onde, e o vestido que usava teria que ser lavado) e para o rapaz (por motivos mais que óbvios).

As coisas eram muito mais baratas em barracas do que em lojas normais, e ela conseguiu dois vestidos e uma meia calça nova para ela. E um par de botas e calças pretas, duas blusas amarelas e uma jaqueta de tecido nem muito grosso, nem muito fino, para ele.

As horas passavam, e as pessoas voltavam para suas casas. Rin logo encontrou um bom lugar para passar uma noite, perguntando para as pessoas. Foi uma sensação muito boa não receber um olhar maldoso como resposta.

O hotel indicado pela maioria das pessoas era um prédio simples, mas até que bem decorado. Ou talvez ambos estivessem tão cansados que se alguém os oferecesse um colchão velho e rasgado, teriam a impressão de estar dormindo em uma nuvem.

O balconista tentou não fazer careta com o cheiro azedo, mas não pôde evitar. Não foi difícil conseguir um quarto, os empregados estavam tão desesperados para que saíssem do salão principal que eles nem precisaram pagar.

O quarto tinha paredes bege e teto branco, com duas camas de solteiro com lençóis grossos, devido à baixa potência do aquecedor. Dois criados-mudos repousavam ao lado de cada cama e o chão era coberto com um tapete um pouco peludo amarronzado. Nas paredes, havia alguns quadros com fotos da cidade.

Resumindo, um quarto de hotel normal. Nem muito caro, nem muito barato.

- Você pode tomar banho primeiro – ela insistiu, sentando-se na cama – e, se quiser, pode fazer a barba, só para ela não ficar toda desigual. Depois você decide se quer ou não deixar crescer de novo.

Ele trocou o peso de um pé para o outro, já na porta do banheiro.

- Você sabe fazer barba? – perguntou, envergonhado. Ele não gostava da cabeleira em seu rosto (pelo o menos, não tão grande quanto estava), juntava muita sujeira, e insetos adoravam se esconder nela, mas não fazia a menor ideia de como cortá-la (não que ele pudesse fazê-lo na caixa gigante em que passou toda sua vida).

Rin coçou a cabeça, uma das sobrancelhas arqueadas. Claro, ele provavelmente nunca teve um pai para ensiná-lo a fazer esse tipo de coisa.

- Eu até posso cortar seu cabelo – começou –, mas fazer barba... teremos que dar um jeito.

Ele assentiu lentamete, e trancou a porta. Rin suspirou, queria deitar-se na cama e dormir por um milhão de anos, mas estava muito suja, e não queria deixar as moças da limpeza com raiva. Já conhecia o poder que moças da limpeza tinham. E não era pouco.

A vista da pequena janela do quarto não era a mais bela do mundo, apenas as costas de um outro prédio baixo e uma rua com umas poucas lojas já fechadas.

Pensou onde Meiko estaria agora. Deveria estar dormindo em um pedaço de madeira, em uma cela fétida. Mas pelo o menos, com a ajuda do rapaz, não seria tão difícil libertá-la.

Entretanto, outro pensamento invadiu sua mente. Um pensamento desanimador. Seus inimigos ainda deveriam estar atrás do não livro.

Maldição, seria fácil para eles o localizar. Agora teria que ser mais rápida ainda, e nem sabia para onde ir.

Depois de uma mini eternidade, chegou sua vez de tomar banho. Ela não havia apressado a fera, porque ele relamente precisava daquela mini eternidade debaixo de um chuveiro.

Os pijamas da menina estavam dentro da mala que fora levada com Meiko, então teria que dormir usando um dos vestidos novos, muito parecidos com o que já estava usando.

Não havia uma banheira, mas isso não a icomodou, ela boiaria na própria sujeira se tentasse tomar banho em uma, de qualquer modo. Não demorou tanto quanto ele no chuveiro, mas tratou de limpar-se completamente. A última vez que havia tomado banho fora na casa de Meiko.

Vestiu a roupa nova e vasculhou o pequeno armário no banheiro. Como imaginava, lá dentro havia uma tesoura, uma lâmina de bardear e cremes faciais que ela nem sabia para quê serviam.

Cortar o cabelo da fera se mostrou um desafio no final. Rin percebeu que não sabia como deixar o cabelo curto sem ter que raspá-lo ou sem deixar tufos desiguais, então acabou ficando quase do mesmo tamanho que o dela própria. Quando tentou penteá-lo, alguma coisa bateu na escova, e a menina avistou um pequeno par de chifres, quase imperceptíveis escondidos entre os fios grossos de cabelo.

Imaginou para quê serviriam. Eram pequenos demais para oferecer qualquer perigo à um adversário e, quando ela perguntou se eles haviam crescido há pouco tempo, ele disse que sempre estiveram lá, e que sempre foram daquele tamanho.

Quanto a barba, até que se saíram bem. Mas vários curativos foram necessários. “Considere isso uma vingança pelo o que você fez comigo na arena”, brincou a menina, na primeira das várias vezes que cortou o rosto dele sem querer. Ele, por outro lado, não achou a piada tão engraçada assim.

Ele parecia muito mais jovem sem a barba, e seu cabelo, assim como previu Rin, era louro, só um pouco mais escuro que o dela. Não era feio, mesmo com o rosto avermelhado e cortado. Bem, qualquer mulher acostumada com a beleza ordinária poderia dizer que as orelhas eram pontudas demais, ou que o sorriso era acanhado demais, ou que os olhos eram estranhos demais.

Mas Rin percebeu que estava sentindo dificuldades em olhar para qualquer outra coisa. Beleza exótica, era isso que via. E foi preciso seu estômago falar mais alto que seus olhos para ela sair de perto dele e ir até o criado mudo, onde a sacola de pães estava.

Então eles puseram-se a comer o restante de comida que não foi consumida na caminhada até o hotel, cada um sentado em sua cama. A fera monopolizava os bolinhos de banana com canela, enquanto Rin fazia o mesmo com o bolo de laranja. Ela comia examinado o mapa.

Será que levaram Meiko para muito longe?, pensou. Onde quer que a tenham levado, esse lugar precisa ser território da Cidade da Tempestade.

Mas depois lhe ocorreu que talvez a cidade tenha uma aliança com outra, podendo, assim, possuir uma prisão em domínios alheios. Porém descartou a hipótese quando se lembrou que se tratava da Cidade da Tempestade.

O mapa era grande e exibia todo o globo, de leste à oeste. O leste, um pedaço claro e colorido do mapa, onde estavam agora. O oeste, a parte escura e com desenhos de monstrinhos que, de algum modo, pareciam até adoráveis. Mas que não seriam nem um pouco amigáveis na vida real.

Procurou qualquer indicação de que algum lugar pertencia à cidade. Algo como “colônia pertencente à Cidade da Tempestade” ou “território aliado à Cidade da Tempestade”. E em sua busca sem resultados, se deparou com nomes que nunca havia percebido antes, alguns engraçados, outros bonitos e outros estranhos.

Mas o que mais lhe chamou atenção foi uma pequena ilha, rodeada por um mar pintado de azul desbotado mais claro que os outros. “O Lendário Senhor dos Mares”, era o nome dele. Então veio a ideia.

- Lendário Senhor das Feras? – chamou.

- Hm? – ele fez um barulho para indicar que estava ouvindo, mesmo com a boca cheia de pão.

- Gostou desse?

Ele engoliu, mesmo que o pedaço ainda estivesse grande, para poder responder logo.

- Gostei – parecia nome de gente importante, e ele queria ser importante.

Ela sorriu, satisfeita. Afinal, um bom nome realmente surgiu.

- Posso chamá-lo de Len?

O rapaz concordou com a cabeça, bocejando. Rin levantou-se, para organizar as roupas usadas e a sacola, agora com quase nada dentro.

- Melhor irmos dormir – propôs, bocejando pouco tempo depois.

E quando voltou-se para a direção a cama, foi envolvida em um abraço caloroso e apertado, tão apertado que machucava.

- Obrigado – ele apertou mais forte – por me libertar, por me dar comida, por se importar. Por tudo.

- Ah – ela falou com um pouco de dificuldade, e ele afroxou um pouco, para dar-lhe chance de responder – Eu não podia ter deixado você com fome e dormindo no frio, fora do hotel.

Len sorriu um pouco, libertando-a de seu abraço de urso, e caminhou em direção à sua cama. Rin apagou as luzes, e em poucos minutos caiu no sono, exausta.

- Podia, sim – Len falou baixinho, para não acordá-la – Podia, sim.

Nenhum deles percebeu um par de olhos pálidos os observando na janela.


. . .


- Covarde! – o encapado afundou uma de suas lâminas no meio da testa da grande criatura. As menores sibilaram e se afastaram, suas bocas abertas deixando uma trilha de baba por onde passavam.

Estavam no centro da Cidade Fantasma, pois era o lugar perfeito para se estar quando não quer ser icomodado por humanos. E agora que aquelas aberrações transparentes não estavam mais lá, tornava-se ainda mais agradável.

Uma outra figura, mais baixa e também vestindo uma capa, olhava ao redor. Os prédios eram bem bonitos, cinzas com telhados escuros e portas de vidro. Se as janelas não estivessem quebradas, poderia até morar em um deles.

- O que aconteceu? – perguntou, sem interesse. Em suas mãos, um joguinho de lógica, onde era preciso passar uma bolinha de madeira cheia de fios emaranhados nela por uma abertura aparentemente menor.

- Ela está viva – murmurou a figura maior, para depois voltar a gritar – A menina ainda está viva, e este paspalho patético perdeu uma exelente chance de acabar com ela! Só porque temia ser atacado por outro vira-lata infeliz!

- E daí? – o menor interrompeu o jogo – E daí que ela ainda está viva? Só o que ele quer é o não livro. Então vamos parar de perder tempo e ir atrás disso logo.

- Você não entende? Aquele inseto não vai parar de nos irritar enquanto não pisarmos logo nele!

- Você faz uma tempestade em um copo d’água – concluiu, voltando ao jogo – Se quer tanto acabar com ela, faça o seguinte; informe-a onde fica a prisão em que sua amiga está, domine o lugar com seus bichinhos, ache o não livro, mate a menina, o vira-lata infeliz e a moça das espadas. Tudo de uma vez! As criaturas ainda vão se alimentar com a carne dos detentos! Simples, rápido, prático.

Os monstros não muito distantes dali levantaram a cabeça quando a palavra “carne” foi mencionada. A figura encarou a outra, impressionada. Sentou-se ao seu lado no banco velho, caindo aos pedaços. As imagens da cadeia sendo invadida por seus monstros e os mesmos matando todos lá dentro já se formando em sua mente. Um sorriso abriu caminho em seu rosto.

- Sabe – disse, olhando para o outro encapado – estou começando a gostar de você.


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Notas finais do capítulo

Rin, considere-se seduzida pelo Len U-U (droga, não sei escrever românce)
Eu sei que, na verdade, "Len" se pronuncia "Ren". Mas eu não resisti...