Entre Dois Mundos escrita por Quel
Notas iniciais do capítulo
Boa Leitura!!!
Susana fechou seu caderno rapidamente e saiu correndo do quarto, tombando com Pedro e Lucia no corredor. Os três foram até a cozinha, onde estava Helena, Edmundo e um homem alto, cabelos iam até o ombro e estes eram castanhos escuros, quase preto. Este era John Pevensie, general do exercito da Inglaterra.
- Susana, Pedro e Lucia... – John olhou para os três filhos, os olhos escuros passando no rosto de cada, como se estivesse lendo a mente de cada. – Por que toda essa demora? – perguntou, ficando na frente dos três.
- Nos desculpe Senhor. Eu estava acabando de me trocar e Lucia estava comigo. – respondeu Pedro, abaixando a cabeça.
- Me desculpe Senhor. Eu estava escrevendo mais um...
- Nem continue Susana, quantas vezes já lhe falei que escrever não era uma carreira digna de uma Pevensie? – ele olhou para a filha de modo rigoroso, fazendo Susana abaixar os olhos.
- O senhor sabe que gosto de escrever. Apenas falta eu acabar a faculdade e publicarei um livro. – disse Susana, ainda olhando para o chão.
- Deveria estar fazendo medicina igual seu irmão – gesticulou Pedro com a mão. – E não uma faculdade de escrever. – virou as costas para os filhos, olhando para a esposa. – Helena, pensei que você tivesse tirado essa idéia da cabeça de Susana.
- Eu tentei, mas ela esta decidida quanto a isso. – respondeu Helena, encarando Susana como o marido.
- Pois bem, vamos ver como lidará com essa profissão sem futuro. – disse John, voltando seus olhos para Lucia. – E você Lucia? Quais seus planos para o seu grande futuro?
- O senhor sabe, quero ser veterinária. – respondeu Lucia, a voz tremendo um pouco.
- Vocês duas, irão é envergonhar o nome da família. – disse John, olhando para Susana e Lucia. – Escritora e veterinária? Onde essas profissões são dignas? Me respondam? Onde?
As duas nada falaram, apenas abaixaram ainda mais suas cabeças. Edmundo foi para junto dos irmãos, ficando ao lado de Susana.
- Por que vocês duas não podem ser iguais seus irmãos? – perguntou John, andando de um lado para o outro. – Vocês duas vão desistir dessa idéia.
Aquilo pareceu acordar Susana e Lucia, as duas levantaram rapidamente a cabeça e olharam para o pai, as duas confusas.
- Como assim? – perguntou Susana.
- Irão desistir disso, ou, mandarei as duas para longe daqui. – disse John.
- O senhor não pode fazer isso. – disse Pedro, olhando para o pai assustado.
- Ou elas me obedecem e para de sonhar e acordem para a vida real.
- Pai, por favor, o senhor esta pedindo para desistirmos de fazer o que gostamos. – disse Susana.
- Chega, ou desistem ou vão as duas para os Estados Unidos sem passagem de volta.
Susana sentiu seus olhos umedecerem, mas não deixou que nenhuma lágrima caísse.
- Pai, o que o senhor esta pedindo é impossível para mim. – disse Susana. – Já comecei minha faculdade, falta apenas um ano para eu terminá-la. Eu simplesmente não posso desistir e começar tudo de novo.
- Querido, concordo com Susana. Deixa-a terminar a faculdade e veremos o que fazer. – disse Helena.
John olhou firmemente para Susana, como se estivesse analisando e lendo a mente da filha. Como se quisesse saber se tinha algo mais nas palavras da filha.
- Ok. Mas até terminar a faculdade e não quero notas baixas. – disse ele. – Agora, Lucia, você ainda não começou sua faculdade. Irá fazer medicina como Pedro.
- O que? – perguntou Lucia, fora pega de surpresa e quase gritara com o pai, fazendo este lhe lançar um olhar furioso.
- Você me ouviu, ainda é menor de idade e mora sobe o meu teto. Seguirá minhas ordens.
- Papai, por favor, não faça isso comigo. – pediu Lucia.
- Nem mais uma palavra. – bradou John. – Agora os quatro pro quarto.
Pedro, Edmundo, Susana e Lucia saíram na mesma hora, os quatro irmãos foram ao quarto de Pedro, que trancou a porta assim que todos entraram.
- Não acredito que ele ta fazendo isso. – disse Lucia, sentando no chão.
- Nem eu, Lu.
- O papai nunca vai entender nós duas, Su. Ele nunca vai sentir orgulho de nós. – disse Lucia, já com lagrimas nos olhos.
- Não diga isso, Lu. – disse Pedro, sentando ao lado da irmã mais nova. – Papai ama nós todos, apenas não sabe demonstrar isso.
- Para você é fácil falar Pedro, ele acha tudo que você faz perfeito.
- Não, quando eu tinha sua idade, ele me tratava do mesmo jeito que trata você. Apenas agora que ele vê o cara que eu sou.
- Nossa, pensei que papai ia pelo menos dizer que estava com saudades de nós. – disse Edmundo.
- Pois é. – concordou Susana. - Pessoal, mudando de assunto. O que vocês acham que me ajudarem com uma coisa.
- O que? – perguntaram os três irmãos em coro.
- E se fizemos uma peça de teatro para nosso pai, baseando-se em um de meus livros?
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