Os Pevensie são a família de maior respeito de toda a cidade de Londres, todo esse respeito vem mais do pai que é general do exército. John Pevensie era um pai autoritário e na maioria das vezes ausente. Nas cartas que mandava para a família, sempre perguntava como os filhos estavam e o que eles pensavam sobre a carreira. Helena Pevensie sempre obedecia o marido, mesmo este estando longe de casa, era rígida com os filhos, sempre os colocando para estudar e sempre exigindo notas altas na escola.

Pedro Pevensie era o mais velho dos quatro irmãos, está no segundo ano da faculdade de medicina e tem pouco tempo ara se divertir com os irmãos, já que sua mãe sempre o faz ficar trancado no quarto estudando, mesmo quando não era em épocas de provas ou até nas férias. Pedro tem 20 anos, o mais novo da faculdade em que estuda. Dono de beleza natural, cabelos loiros mel, olhos azuis e corpo físico lindo.

Susana Pevensie é a segunda mais velha dos quatro, quando pequena não sabia muito bem o que faria quando crescer, queria se tornar medica como Pedro, mas esse desejo era mais por causa da sua mãe. Com 15 anos descobriu sua paixão pela escrita, sendo que já aos dezoito anos já tinha escrito três livros, mas que ainda não publicou. No primeiro ano da faculdade de literatura, esta escrevendo o quarto livro da serie.

Edmundo Pevensie, é o do meio dos quatro irmãos. No ultimo ano do ensino médio, Edmundo quer ser igual ao pai, lutar pela sua nação. Mas também quer ficar perto da família e esta confuso quando a faculdade que irá fazer. Seu pai havia lhe dito que ele só iria pro exercito só se formasse em uma faculdade.

Lucia Pevensie é a caçula da família, já decidida e animada para entrar na faculdade. Lucia tem um amor incondicional por animais, de todas as espécies e tamanhos, por isso, quando terminar a escola, irá fazer faculdade de veterinária.

De todos os irmãos, John Pevensie se orgulhava mais de Pedro e Edmundo, que escolheram carreiras dignas. Para John, Susana e Lucia deveria ser medicas como Pedro, na mente do pai dos Pevensie, escritora e veterinária eram duas profissões que não eram dignas de existirem.

[...]

O dia amanhecera nublado na grande cidade de Londres, em uma casa no surbubio da cidade, duas jovens morenas acordavam com uma felicidade imensa e isso era devido ao fato de ser...

- Férias. – comemorou Lucia, pulando da cama e olhando no relógio na parede que horas era. – 10:00, perfeito para o primeiro dia de aula.

Foi saltitando até o banheiro, onde tomou um rápido banho, fez a higiene pessoal e se trocou. Saiu do quarto indo até a cozinha, onde sua mãe estava.

 - Bom dia, mamãe. – disse de muito bom humor.

- Bom dia. – respondeu Helena, sem humor algum.

- Onde estão os outros? – perguntou Lucia, pegando uma torrada.

- Ainda não acordaram. – respondeu, Helena se sentou de frente para a filha, a observando tomar o café da manha. – Lucia, seu pai volta hoje.

- Que legal, mamãe e ele vai ficar muito tempo? – Lucia estava realmente animada, seu sorriso era de olheira de olheira.

- Até suas férias acabarem... Filha, você tem realmente certeza de que irá cuidar de animais? – perguntou Helena, fazendo uma pequena careta ao falar “animal”.

- Mamãe, por favor, não vamos falar disso. A senhora sabe que sou fascinada por animais, já fiz minha escolha. – respondeu Lucia.

- Seu pai não quer que você seja uma veterinária.

- Papai não pode tomar minhas decisões.

- Ele não vai ficar nada alegre sabendo que terá uma filha que cuidará de animais, isso não é uma profissão digna de uma Pevensie. – argumentou Helena, elevando um pouco a voz.

- Mamãe, estou tomando meu café, por favor, não quero discutir com a senhora sobre isso. – falou Lucia.

- Você é igual a sua irmã, as duas não trabalhão em coisas dignas...

- Susana já escreveu três livros, apenas não publicou por conta da faculdade.

- Mas ser escritora, ela deveria ser medica como o seu irmão. – disse a contra-gosto Helena.

- Desculpe mamãe, mas a senhora sabe muito bem que o que eu gosto de fazer é escrever. – Susana havia entrado na cozinha e sentando ao lado da irmã.

- Seu pai vai lhe falar o quanto essa profissão de ser escritora é perigosa.

- Perigoso? Perigoso é o papai deixar o Ed ir pro exercito assim que ele acabar a faculdade de direito, perigoso é a senhora e o papai ralharem tanto com Pedro para ele estudar.

- Preste atenção no que você fala, mocinha. Seu pai e eu apenas queremos o melhor para vocês. – Helena disse indignada com a atitude da filha.

Susana apenas se calou e começou a tomar seu café da manha. Não gostava nenhum um pouco do jeito que os pais a tratavam os irmãos, para Susana, seus pais deveriam apoiar o sonho dos filhos e não ficar questionando o tempo inteiro.

- Bom dia. – Pedro e Edmundo entraram na cozinha, ainda de pijamas e com a maior cara de sono.

- Bom dia. – responderam Susana e Lucia sorridentes.

- Ainda de pijama? Os dois tem idéia de horas são? – perguntou Helena, visivelmente zangada, olhando para os filhos que deram de ombros.

- Mãe, estamos de férias. – respondeu Pedro.

- Pedro, você devia ter acordado mais cedo, você sabe que tem que estudar. – disse Helena.

- Mamãe, hoje eu...

- Nada, você vai ficar em seu quarto estudando e você mocinho – disse olhando para Edmundo. – Vai acabar de tomar café, trocar de roupa. Não quero ninguém de pijama há essa hora.

Os quatro acabaram de tomar o café e cada fora pro seu quarto, menos Lucia que acompanhou Pedro até o quarto deste. Susana trancou a porta de seu quarto e pegou logo o seu caderno, folheando até achar a folha em que tinha parado de escrever.

Por que minha mãe não entende que minha vocação é a escrita?

Era disso que gostava Susana, quando estava chateada ou triste, começava a escrever e logo seu humor ia mudando, para felicidade, alegria.

- Os reis e rainhas do passado encontraram o príncipe Caspian em uma grande clareira no meio da floresta... – leu o que tinha escrito na última linha.

Caspian... Que lindo nome. Pensou. Seria ótimo se um dia eu encontrasse um Caspian, inteligente, cavalheiro e que goste de mim.

Os reis e rainhas de Nárnia eram baseados em Susana e seus irmãos, que tinha amado a idéia de participar da história da irmã.

E se a rainha Susana tivesse um pequeno romance com o príncipe Caspian?... Que besteira Susana, um príncipe jamais se apaixonaria por você... Mas a história poderia!

- Uma rápida troca de olhares entre Susana e Caspian passou despercebida por todos ali presentes... – disse enquanto escrevia, um sorriso se formando em seu rosto.

- Susana, saia deste quarto. Seu pai chegou.