http://www.youtube.com/watch?v=i-gyZ35074k#t=179

Damon dirigia enquanto Elena olhava o movimento da cidade pequena pela janela do carro. Depois de oito minutos de viagem Elena percebeu que eles estavam na rodovia, a caminho de Georgia.

– Damon?

– Sim. – Ele perguntou mantendo-se focado na estrada.

– Você tem certeza que esse é o caminho certo? – Elena perguntou um pouco receosa.

– É claro. – Ele falou com descaso. – Por que não seria?

– Por nada, é só que, é um pouco longe de casa não acha? Quero dizer, apenas para uma janta. – Elena estava ficando um pouco nervosa, ela não conhecia nada em Georgia e não entendia porque Damon estava lhe levando até outra cidade apenas para jantar algo e flertar um pouco. Ela mesma sabia que era um medo idiota, como estar com medo de Damon? Ela não sabia, e se odiava cada vez mais por sentir sentimentos por Damon quando ela não sabia o porquê.

– É que eu conheço um lugar muito legal e... – Damon então entendeu que Elena estava nervosa e deixou um sorriso brincalhão escapar. – Está com medo de sair comigo srta. Gilbert? Se a resposta for sim devo alertar que deve temer mesmo, eu amo convidar ex-cunhadas iguais a minha falecida mulher para jantar comigo em uma cidade vizinha da qual eu moro, então eu as levo ao meu esconderijo secreto e lhes roubo os órgãos. Amo. – Ele falou com seu sorriso de canto, o que causou uma risada de Elena, que aos ouvidos de Damon soava como música. Ele, no entanto odiava sentir-se bem ao lado de Elena, sentir-se de uma maneira como ele não se sentia há anos.

Rapidamente o silêncio se instalou novamente no recinto, a música que tocava no rádio era o único som que havia no carro e que também agradava Elena, que começou a cantarolar no ritmo e bater os dedos no painel do carro seguindo a batida, mas apesar do silêncio o momento não era tenso, ao contrário, era confortante, Damon seguia dirigindo e apreciando a simples companhia de Elena, ele não pensava em mais nada, apenas sentia, e após mais alguns minutos, quando a noite já havia tomado conta do céu, ele pronunciou-se.

– Chegamos. – Ele saiu do carro e caminhou até a porta do passageiro, onde abriu a mesma.

– Damon você tem certeza que é aqui? – Elena perguntou rindo, ela não via nada a não serem os postes de luz que de vez em quando piscavam.

Sua resposta foi um sorriso de canto e uma piscadela. Ele então virou para traz o que fez Elena também virar, e a sua reação foi maravilhada. Era o parque de Georgia, mas que naquela noite, devido à véspera de natal, estava mais encantador. As luzes piscavam e as árvores estavam com neve em cima de seus galhos. Elena não parava de sorrir.

– Isso é... É lindo Damon. – Ela falou encarando Damon.

– Eu? Eu sei que sou. – Ele falou com um sorriso convencido, e Elena lhe deu um tapa em seu braço.

– Vem. – Ele falou entrando no parque.

– Onde vamos? – Elena perguntou.

– Jantar.

– Okay. – Elena falou dando de ombros e seguindo Damon.

Eles caminharam pelo parque e encontraram famílias com suas crianças, casais namorando e grupos de amigos se divertindo. Elena não saia para um encontro há anos, e aquilo, aquelas luzes, a alegria que se sentia apenas ao andar lá, Elena estava verdadeiramente feliz. Quando ela menos percebeu eles estavam em frente ao restaurante, o qual se localizava no outro lado do parque. Eles entraram e Damon pediu uma mesa para dois, cuja foi rapidamente providenciada.

– Eu gostaria de uma porção de Bruschettas e um Polpettone, por favor.

– Claro senhor, e a bebida?

Damon olhou para Elena e ela pronunciou-se.

– Uma garrafa de vinho.

– Irei lhes trazer o melhor, só um instante. – E o garçom retirou-se.

Damon e Elena começaram a conversar, de assuntos variados e supérfluos até política, matéria que nem Damon ou Elena gostava, apenas o fato de conversarem um com o outro era bom o bastante.

– Damon isso esta maravilhoso. – Elena falou provando uma garfada do Polpettone.

– Eu sabia que você ia gostar. – Ele falou convencido.

– Então é aqui que você traz garotas quando quer impressioná-las? – Elena perguntou rindo.

– Na verdade você é a primeira que eu trago aqui. – Ele falou banalmente, o que deixou Elena paralisada.

– Você nunca trouxe ninguém aqui, nem mesmo... A Kath? – Elena perguntou tentando manter o tom normal.

– Não, Elena, entenda uma coisa, por mais que você seja parecida com a Katherine, eu nunca irei lhe tratar como eu a tratava, ou fazer as mesmas coisas com você, para mim, você é Elena, não a irmã da minha falecida mulher, apenas Elena. – Ele falou olhando nos olhos dela, e percebeu como eles possuíam um brilho, um brilho nunca visto por ele, “eles realmente são mais claros que os de Katherine” ele pensou.

Elena apenas sorriu.

Quando perceberam era 23:45, e Elena precisava voltar para casa, devido a ter que acordar cedo no outro dia. Damon e Elena dividiram a conta, após Elena discutir com Damon sobre a sociedade machista e seus conceitos, e como se esperava, ela ganhou a discussão.

Eles caminhavam pelo parque de braços dados, enquanto Elena falava.

– Eu acho que eu bebi um pouco de mais.

– Por quê? – Damon perguntou curioso.

– Acredite Damon, eu não sou tão divertida e legal quando sóbria. – Ela falou rindo causando também a risada de Damon.

– Eu acho que você é sempre “legal” – Ele falou com seu típico sorriso.

Enquanto eles caminhavam Elena desiquilibrou-se, devido ao gelo derretido no chão e então ela caiu, com Damon por cima dela. Ela começou a rir histericamente, e Damon também, ambos pareciam criança.

– Agora você acredita que eu bebi demais? – Ela perguntou tentando assoprar os cabelos que estavam em seu rosto.

–Talvez. – Ele falou passando seus dedos pelo macio rosto de Elena, e tirando as mechas de cabelo que tanto lhe incomodavam.

– Você se considera um pouco sóbria? – Damon pergutou.

– Me considero. – Elena falou respondendo, mas soou mais como uma pergunta, o que fez Damon erguer as sobrancelhas. – Sim, me considero. – Ela falou agora convicta.

– Ótimo, é bom que você se lembre disso.

E ele a beijou.

Fora um beijo longo porem calmo, suas bocas já eram conhecidas, eles já haviam se beijado uma vez, na festa. Mas Elena considerou aquele seu primeiro beijo com ele, pois ele estava beijando “apenas Elena”, não uma garota que se passava por Katherine. Quando se separaram o silencio predominou, durante a ida até o carro até a chegada ao apartamento de Elena. Eles se despediram, e quando ela estava entrando na recepção ela parou, virou-se e falou.

– Eu vou me lembrar Damon.