Elena POV

Fiquei com Damon até umas nove da noite, enquanto estávamos em silencio vendo o filme, as coisas pareciam não ter mudado, mas quando tentávamos conversar eu via como tudo era diferente agora.

Abri a porta de casa, minha mãe e meu pai estavam na sala vendo TV, me joguei no sofá.

–Como está Damon?- minha mãe perguntou.

–Na mesma.

Eu tentei me concentrar no programa, mas minha mente viajava.

–Elena? – minha mãe me chamou.

–Sim?- me virei para ela.

–Você está bem? Te chamei três vezes.

–É só estou um pouco distraída- nesse momento minha barriga roncou- e com fome.

–Nós já jantamos, não sabíamos se ia demorar, quer que eu te prepare um lanche?

–Não tudo bem, eu mesma preparo.

Me levantei e fui para cozinha abri a geladeira peguei uma latinha de Coca, achei mais fácil comer algo pronto, olhei no armário e tinha um saco de Doritos do grande, perfeito.

Subi para meu quarto pela escada da cozinha mesmo, liguei meu notebook e entrei no facebook, chequei minha atualizações, vi algumas coisas, falei com uns colegas de escola, até meu celular tocar, era Lucas, ainda estava brava com ele mas atendi.

–Elena amor, me desculpa. Eu fui um grosso com você no telefone mais cedo.

–Tudo bem.

–Vai ter uma festa na casa do Dough, vamos?

–Em plena segunda à noite? Você só pode estar brincando.

–Ah qual é amor, vai ser divertido, vamos?

–Não vai dar Lucas, tenho uma prova de química amanha. – o que era mentira, mas ele não iria saber, não estávamos na mesma serie, eu estava no segundo e ele no terceiro- mas você pode ir, só não apronte.

–Pode confiar, te vejo amanha de manha, beijo.

–Até amanha. Beijo.

Continuei lá na minha cama comendo Doritos sozinha, enquanto meu namorado ia a uma festa. Desde que começamos a namorar sempre íamos a essas festinhas no meio da semana, eu até gostava, mas fazia um tempinho já que eu não estava mais curtindo essa de chegar tarde casa e ir para a escola cedo no dia seguinte, isso quando eu não chegava tomava um banho e já ia pra escola. A ultima festa dessas que eu fui, foi na quarta, um dia antes do acidente de Damon, no dia seguinte teria outra, mas neste dia preferi não ir, foi então que o telefone tocou no meio da madrugada.

“Acordei assustada com o barulho do telefone de casa, minha mãe atendeu pela extensão de seu quarto, minutos depois ela foi ao meu quarto e disse que era Linda no telefone avisando que Damon havia sido atropelado de Skate. Entrei em pânico nesse momento, apesar de não estar falando com ele fiquei preocupada e não consegui dormir o resto da noite aguardando que a mãe dele ligasse de novo com noticias.

Já era mais de quatro da manha quando o telefone tocou novamente, deixei que minha mãe atendesse, não queria que Damon soubesse que estava preocupada com ele.

Peguei o telefone e ouvi a conversa das duas pela extensão do meu quarto.

–E então como ele está?- perguntou minha mãe.

–Quebrou um braço, uma perna, sua mão direita está bem machucada, e uns arranhões no braço.

–Oh Deus, e ele já vai para casa?

–Não, ele ficara em observação até de manha.

–Diga a ele que estou rezando para que se recupere logo, irei vê-lo assim que tiver alta.

Nessa hora tive vontade de dizer que eu iria também, mas não o fiz.

–Obrigada pelo apoio Miranda, ele ficara feliz em vê-la.

–E vocês já sabem quem o atropelou?

–Não era um morador daqui, ele mesmo trouxe Damon ao hospital e disse que ira pagar pelas despesas e tratamentos necessários.

–Ah, que bom, se precisarem de algo sabe que pode me dizer Lin.

Ouvi Damon com uma voz fraca bem no fundo.

–Diga a ela que mandei um beijo.

Aquilo me partiu o coração.

–Muito obrigada mais uma vez, assim que chegarmos em casa eu te ligo avisando. Damon mandou um beijo. Tenho que desligar. Boa noite.

–T a bom tchau.

Assim que desligou minha mãe correu me dizer como ele estava, eu ouvi tudo com atenção, mas tentei não demonstrar muita emoção.

–Elena, o que houve com você e Damon?

–Não houve nada, mãe. Só vivemos em mundos diferentes agora.

–Vou vê-lo amanha você vem?

–Acho melhor dar um pouco de espaço a ele, com certeza vão ter muitas pessoas o enchendo nos próximos dias, assim que diminuir eu vou.

A quem eu queria enganar? Estava louca para ir, por mim ia agora mesmo, mas queria evitar me magoar de novo com ele, então apenas continuaria adiando.”

E foi o que eu fiz, até hoje.

Resolvi dormir e tirar essas lembranças da cabeça, não demorei a pegar no sono não tinha dormido muito bem desde que soube de Damon, mas essa noite foi diferente eu simplesmente apaguei.

Acordei disposta no dia seguinte, parecia que tinha tirado um grande peso das costas.

Lucas passou em casa para irmos juntos. Ele buzinou e eu desci, dei um beijo na minha mãe e meu pai, e sai.

Lá estava meu namorado, com os cabelos claros pouco bagunçados, óculos escuros, uma camisa branca e uma jaqueta de couro preta, em seu carro.

Eram seis e quarenta da manha, tínhamos de estar na escola as sete, tempo suficiente para chegarmos.

Entrei e pus o sinto, e antes que ele desse a partida no carro lhe dei um selinho rápido.

–Como foi a festa?- perguntei.

–Divertida, fui embora cedo.

–Por quê? -Estava surpresa isso nunca aconteceu antes. Lucas nunca ia embora cedo de uma festa.

–Porque nada tem graça sem você.

Okay, o que ele aprontou? Homens só dizem coisas bonitinhas pra uma garota quando faz algo errado ou quando quer leva-la para cama.

–Não vamos transar, pode tirar seu cavalinho da chuva porque essas frases fofinhas não colam, não comigo.

Já vi Damon fazer isso com varias meninas.

–Ah que droga Elena! Eu tento ser romântico e você vem me cortando. Não venha reclamar que eu não tento depois.

–Ah que fofo, serio mesmo isso que acabou de dizer?

Ele parou no sinal, me olhou e depois voltou os olhos para frente.

–Me desculpa Lu.

Ele me olhou nos olhos.

–Não Elena, você acha que eu só quero transar, mas eu realmente gosto de você.

–Eu também gosto de você, Lucas, me desculpa?

O sinal abriu e ele voltou a olhar para frente. Duas quadras depois estávamos em frente a escola, Lucas estacionou n vaga de sempre, eu tirei o sinto mas não desci, ele fez o mesmo.

–Tudo bem, Elena.

Eu sorri e o beijei, descemos do carro e encontramos nossos amigos em uma das mesas do lado de fora da escola esperando o sinal bater. Stefan estava em pé com a mão na cintura de Lexi, Matt estava sentado na beira da mesa e Rebekah estava em pé ao seu lado, ela estava a fim dele, desde que chegou em Mystic Falls, Klaus, Kol e Tyler também estavam sentados em cima da mesa, Caroline estava sentada no banco ao lado de Bonnie, Anna e Rose, eu e Lucas ficamos em pé após cumprimenta-los.

Lucas estava todo fofo comigo, me abraçava toda hora, beijava meu rosto essas coisas.

–Nossa que melação! – disse Caroline, ela estava bem próxima a nós.

Fazia um tempo já que ela estava sem namorado, o que não era o normal dela, não que ela fosse uma vadia, mas ela nunca estava sozinha.

–Ah Car, para de ser chata. – eu disse e ela revirou os olhos.

–Okay, mas vocês podiam ser menos melosos? Isso é tipo Bullying contra a minha pessoa e o resto do pessoal solteiro aqui.

Todos a nossa volta riram.

–Esta sozinha por que quer. – a voz de Klaus dizendo isso fez todos nós ficarmos em silencio, Caroline corou, o sinal bateu e ela saiu em disparada para dentro da escola.

–Te vejo depois amor. - disse dando um selinho em Lucas.

Puxei Bonnie para que encontrássemos Caroline.

Nós todos estávamos na mesma sala, menos Klaus, Rose, Lucas, Ric e Tyler, falando em Ric não o vi hoje ainda. Nos afastamos um pouco depois que eu e Damon brigamos.

Matt e Tyler se conheciam dos treinos e ele acabou virando nosso amigo também, ele quem me apresentou Lucas.

Encontramos Caroline fechando seu armário.

–Ah meu Deus! Klaus te deu uma indireta bem direta. – eu disse e Bonnie concordou.

–Será?

Nós assentimos, e um sorriso enorme surgiu no rosto dela.

–Temos que juntar vocês. – eu disse e então o segundo sinal tocou, hora de ir para sala.

Era aula de historia, a professora era chata, não gostava de ouvir conversinhas na aula, nem celulares, por isso trocávamos papeizinhos.

“É a sua chance, Car. É agora ou nunca.”

Escrevi no papel amassei e passei discretamente para trás, onde Caroline estava.

Não demorou muito e ela me devolveu.

“Ele não quis quando eu quis, por que agora?”

A professora explicava a matéria e caminhava na sala, ela passou pela nossa fileira, voltou para frente da sala e começou a escrever no quadro, então respondi.

“Não sei por que agora, mas não deixe a chance passar.”

Car não pode responder, a professora nos passou uma atividade para nota.

O sinal tocou.

–Tudo bem pessoal, me tragam isso pronto na semana que vem, não esqueçam.

Arrumei minhas coisas e fomos para nossos armários.

–ai meninas, eu não sei o que fazer. – disse Caroline a mim e Bonnie.

–Bom primeiro de tudo espere Caroline- começou Bonnie- ele pode apenas ter comentado aquilo. Se ele realmente quiser vai falar direto pra você, conhece o Klaus, quando ele está afim de uma menina não fica mandando indiretas ou recadinhos ele mesmo fala.

–Bonnie tem razão, Car. Espere. – e tinha mesmo, quando Klaus estava a fim de alguém ele mesmo chegava à menina e falava, sem contar que não desistia até conseguir.

– É isso que eu vou fazer.

–Mudando de assunto, Damon me ligou ontem.

–Oh meu Deus! Isso é serio Elena? – Bonnie me perguntou.

Eu assenti.

–E o que ele disse? – dessa vez foi Caroline.

–Que sentia minha falta.

–Afinal de contas porque vocês pararam de se falar? Você nunca nos contou o porquê.

–Longa historia, mas basicamente discutimos e dissemos coisas que não queríamos dizer.

–Elena Gilbert você não me engana. – disse Bonnie.

–Okay, vocês querem saber o resto ou não? – tive que mudar o foco da conversa, não queria falar sobre nossa briga, até hoje eu ainda não entendia muito bem o porquê de ele ter dito aquelas coisas.

–Continua. – disse Caroline.

–Eu não ia atender, mas eu sabia que ele estava sozinho e pensei que, sei lá, podia ter acontecido alguma coisa, ai ele me disse que estava bem, se desculpou, disse que senti minha falta e por ultimo me pediu para ir lá.

–E você foi? – perguntou Caroline.

–Fui.

–Lucas sabe disso?- Bonnie como sempre querendo que as coisas fossem direitas perguntou.

–Claro. Ele ligou mas estávamos vendo filme e eu nem percebi quando o celular tocou, só depois eu vi e retornei, ele ficou um pouco bravo e acabamos brigando, e a noite ele me ligou e pediu desculpas por ter sido grosso, me chamou para ir a festa do Dough, mas eu não fui.

–Mas e Damon?

–Braço e perna engessados e a mão enfaixada.

–Okay, disso eu já sabia, quero saber o que vocês conversaram.

–Não conversamos muito Car, só vimos uns filmes, tomamos sorvete. Enquanto estávamos vendo o filme parecia que era tudo como antes, nada tinha mudado, mas quando tentávamos conversar era estranho.

Quando terminei de falar o sinal tocou novamente, fomos para o laboratório de química, eu até gostava da aula de química, as experiências eram legais, mas eu não entendia as porcarias das formulas.

Bonnie era minha parceira de laboratório, Caroline estava com Matt, o par de Matt era Damon, a parceira de Caroline havia faltado e o professor mandou que se sentassem juntos.

Nossa terceira aula foi de Inglês, que não parece ter demorado muito para passar, o sinal do intervalo bateu e fomos para cantina.

Alguns dos nossos amigos já estavam lá, Kol, Rebekah, Klaus, Rose, Anna, Ric, Tyler, Stefan, Lexi, e Lucas, sentei ao lado dele, lhe dei um beijo rápido.

Eu não estava a fim de comer nada, só tomei uma Coca.

Eles só falavam do quanto à festa estava legal noite passada, não aguentava mais ouvi-los falar disso, serio estava ficando muito chato, eu, Bonnie, Caroline e Matt não fomos aposto que eles estavam se sentindo como eu, irritados, o sinal finalmente tocou, me despedi de Lucas e fui para sala ter duas entediantes aulas de Física.

A aula parecia não ter fim, daqui a pouco dava três da tarde, mas não dava meio dia e meio.

–Nossa, terça é o pior dia da semana, só tem aula chata- reclamou Caroline enquanto guardávamos nosso livros no armário.

–Concordo- disso Bonnie.

–Eu também.

–Meninas o que vocês acham de irmos ao Shopping? – Car estava toda animada ela adorava ir ao Shopping.

–Porque não? – disse Bonnie dando de ombros- não tenho nada melhor pra fazer mesmo.

–Passo. - eu disse.

–Ah Elena vamos- insistiu ela.

–Não posso, mesmo.

–Não pode por quê?

–Damon, me pediu para levar a matéria para ele.

–Isso você não tinha nos contado.

–Porque não deu tempo, tínhamos que ir para sala. Sabem muito bem que o Professor Carlos não tolera atrasos na aula dele.

Já estávamos do lado de fora da escola.

–Tudo bem, a gente se vê amanha então.

–Dei um beijo no rosto das duas e comecei a andar para atravessar o estacionamento e encontrar Lucas. Mal tinha me afastado e Caroline gritou:

–Dê um abraço nele por nós e diga que desejamos melhoras.

Me virei, sorri e fiz um sinal de positivo pra ela.

Lucas estava encostado na lateral do carro.

–Caroline estava falando de quem?- perguntou assim que me aproximei.

–Damon. Vou a casa dele mais tarde.

–De novo?

–Ele me pediu para levar as matérias para ele, eu não podia dizer não.

–Sim, você podia não gosto da ideia de você ficar indo ver ele.

–Awwn, que fofo, ta com ciúme?

–Não.

– Ah, ta sim.

–Não to.

– Ta bom, não precisa admitir eu sei que está, mas não se preocupe, Damon é penas um amigo, só estou fazendo um favor.

Pus minha bolsa em cima do capô do carro e parei na frente dele, lhe dei um selinho, e tentei me virar para dar a volta no carro e entrar, mas ele me segurou firme pela cintura e me deu um beijo que me deixou sem ar, estava de olhos fechados, mas tinha certeza de que todos que passaram por nós ficaram nos encarando. Ele soltou um pouco os braços ao redor da minha cintura e com a mão direita acariciou meu rosto, sorrindo.

–É eu tenho ciúmes de você, boba.

Eu sorri peguei minha bolsa e dei a volta no carro. O caminho até minha casa foi em silencio, não aquele silencio constrangedor, mas um silencio confortável, como se nada que disséssemos pudesse ser melhor que o silencio. Não sei explicar.

Ele me deixou em casa e voltou para a escola porque tinha treino.

Meu pai era contador, e estava trabalho, minha mãe havia deixado um bilhete na geladeira dizendo que foi ao supermercado e que tinha lasanha no forno.

Ainda estava bem quente, Comi um pouco e subi pro meu quarto tomei um banho rápido e pus uma roupa mais quente, estava um pouco frio, o tempo estava nublado.

Joguei meu celular dentro da bolsa e sai para casa de Damon. Estava quase chegando quando uma chuva forte veio do nada e me ensopou.

Cheguei à casa de Damon super molhada, eu ia tocar a campainha, mas imaginei que Lin já tivesse voltado ao trabalho, à porta não estava trancada, entrei e subi.

–Ah meu Deus Elena, porque não esperou a chuva passar?

–Porque eu já estava quase aqui quando começou.

Ainda bem que a agua não penetrou na bolsam ou iria molhar meu cadernos.

Tirei minha blusa de frio e deixei no encosto da cadeira que estava no quarto, à blusinha que eu usava por baixo não estava muito molhada, só um pouco úmida.

–Você vai acabar pegando um resfriado por minha causa. Pega uma camisa minha.

–Não Damon, não precisa.

–Na porta do meio, e não diga não.

Resolvi não discutir, porque ele até tinha razão eu podia ficar doente. Abri a porta do guarda-roupa e vi em uma prateleira na parte de cima, um porta retrato com uma foto de nós dois, na foto ele me dava um beijo no rosto. Peguei o porta retrato nas mãos. Me lembrei que a foto foi tirada duas semanas antes de entrarmos no primeiro ano, no mesmo dia que conhecemos Klaus e seus irmãos no boliche. Ric tinha tirado a foto, estávamos jogando menina contra menino, quem perdesse pagava a pizza. Coloquei a foto de volta e peguei a primeira camisa que vi uma cinza com três botões em cima, me virei de costas pra Damon e tirei a minha molhada e coloquei a dele, quando me virei Damon estava me olhando.

–Está me encarando- eu disse rindo.

– Me desculpe. - ele corou um pouco.

Damon, corar era novidade.

–Okay, vamos à matéria.

Expliquei tudo a ele e copiei também, ele tinha que ter as anotações e não podia copiar.

Quando terminamos já eram seis da tarde, a chuva havia finalmente parado.

– Acho melhor eu ir, aproveitar que a chuva passou- eu disse- devolvo sua camisa amanha.

–Pega uma blusa, você não pode por a sua molhada.

Mais uma vez ele tinha razão, peguei a blusa onde ele disse que estava, às roupas dele tinha um cheiro bom, um cheiro que tantas vezes eu senti quando Damon me abraçava, eu não tinha percebido o quanto eu sentia falta dele, e o quanto ele era importante pra mim, e agora que voltamos a nos falar eu não pretendia para de novo, mas caso ele pisasse na bola outra vez, seria definitivo, fim da amizade.

–Obrigada por vir Elena.

–Não foi nada.

Peguei minhas coisas e fui para casa. O carro de Lucas estava estacionado próximo a calçada. Ele desceu do carro assim que me viu, me deu um selinho e um abraço.

–Que perfume é esse? Que roupa é essa?

–Ah é a blusa de Damon, a minha molhou com a chuva e ele me emprestou.

Lucas serrou os dentes. Respirou fundo.

–Eu vim te chamar pra irmos ao cinema, você não retornou minhas ligações.

–Ah me desculpe o celular ficou na bolsa e estava no silencioso.

–Tudo bem, Mas e ai? Nós vamos ou não?

–Claro, só vou trocar de roupa, volto em dez minutos.

Corri para dentro e me troquei, meu cabelo estava uma coisa depois de tomar aquela chuva, mas eu não tinha tempo para arruma-lo, só penteei e fiz um coque, avisei minha mãe e fui.