Bonnie´s POV.

Acordei com alguém beijando meu rosto, abri os olhos direito para ver quem era.

- Marshall!!

Gritei animada enquanto agarrava seu pescoço  beijava sua boca.

- Bonnie, eu estava com tanta saudade!

- Eu também estava morrendo  de saudade! E ai, como foi ficar sozinho no seu apartamento?

-  Foi um saco, eu passei todos esses 3 dias comendo pizza e sanduíche, eu sou um horror cozinhando.

Ele fez uma cara envergonhada e sorri.

- Por que não foi em algum restaurante?

- Odeio comer fora de casa....

- Entendi...

- E você, como foi ficar aqui sem mim?

- Huum.... foi meio chato, mas Finn me fez companhia.

- Ah.. o Finn, me diga oque ele fez com você, que eu vou lá dar um jeito nele agora!

- Não não, ele não fez nada.

Preferi mentir para evitar confusões.

- Ah bem...

Ele suspirou e abriu a mala, tirou um monte de roupas de lá e enfiou na gaveta, jogou a mala em baixo da cama e se deitou ao meu lado.

- E a Marceline não se importou de ele passar o tempo todo com você?

- Não... Na verdade, eles terminaram.

- Terminaram? 

- Sim, são apenas amigos agora.

- Mas....Não foi bem isso que eu vi quando fui lá atras do colégio para me aliviar...

- Credo Marshall! Tem banheiros dentro do colégio. Parece cachorro...

- Eu estava realmente muito apertado, era mais fácil ir lá.

Ele sorriu e corou ao mesmo tempo.

- Mas então, o que você viu lá?

- Bom, Finn e Marceline estavam se beijando encostados em uma das arvores, quando eu cheguei lá Marceline me xingou de todos os palavões que você possa imaginar....

- Oque? Se beijando?

- É, que eu saiba amigos não costumam fazer isso.

- Tem certeza de que era Finn?

- Bonnie, eu reconheceria aquele cabelo de palha em qualquer lugar.

- Argh

- Por que o "Argh"?

- Nada...

Me levantei meio perturbada, tirei minha camisola e vesti um vestido cor de rosa que ia até o joelho. Entrei no banheiro e tranquei a porta. 

Não era possível que Finn esteja namorando ela, como? Ele me disse que havia terminado com ela.... Mas até que.... tudo isso faz sentido, ele falando o nome dela enquanto dorme, defende-la daquele jeito durante a aula.... não é normal...

De repente, lágrimas desceram dos meus olhos e eu me sentei no chão. Por que ele fizera isso comigo? 

- Bonnie? Você está chorando? Está tudo bem?

Disse Marshall preocupado do lado de fora, limpei minhas lágrimas e me levantei.

- Sim, está tudo bem, eu só cortei meu dedo.

- Ah... nossa, destranque a porta deixe eu ver isso, se for muito profundo eu te levo até a enfermaria.

- Não está tudo bem..

- Abre Bonnie!

Caramba! Ele ia dar um jeito de abrir a porta.

Peguei um gilete dentro do armário e cortei meu próprio dedo, o sangue pingou na pia e eu abri a porta. Mostrei o dedo e ele arregalou os olhos.

- Nossa, está mesmo sangrando muito. É melhor nos irmos na enfermaria pegar um remédio para isso.

- Argh... está bem

Ele pegou minha mão e abriu a porta, descemos as escadas, e quando chegamos no refeitório, vi Finn sentado em um dos bancos com Marceline, eles sorriam e faziam caricia entre si. De repente, algo tomou conta de mim, uma fúria. Me livrei da mão de Marshall que segurava meu pulso, andei até eles e gritei:

- Finn!

Ele se virou rapidamente e arregalou os olhos.

- Bonnie, eu..

- Marshall me contou o que viu! Como teve coragem de fazer isso comigo?! Depois de tudo!

- Tudo oque?!

Falou Marceline e Marshall ao mesmo tempo se dirigindo até eu e Finn que estávamos em pé um na frente do outro.

- Não se metam!

Falou Finn.

- Finn! Me explique isso!

Falou Marceline.

- Cala a boca garota!

Falei furiosa.

- O que? Cala a boca você! Quem você pensa que é? O Finn é meu! Se toca! Você não é tão perfeita como pensa que é! Não pode ter todos para você!

- Marceline você não sabe o que está falando! Eu não quero o Finn! Quero satisfações! Ele me iludiu e me falou um monte de coisas, e agora, está com você!

- Não é bem assim Bonnie! Vamos conversar outra hora, em um lugar mais reservado onde eu possa explicar tudo!

- Não Finn, você me iludiu!

As lágrimas desceram dos meus olhos.

- Vamos Bonnie, depois você me explica esse chilique.

Falou Marshall segurando meu braço.

- Não!

Resisti.

- Vamos Bonnie, você só vai sofrer mais se ficar aqui.

Insistiu ele. Pensei, e resolvi ir.

Fomos andando para a enfermaria, Marshall não dizia uma só palavra.

- Como soube que eu estava sofrendo por ele?

- Bonnie, eu sei o que aconteceu.

- Que? Como assim?

- Quando eu fui lá no fundo do prédio quando cheguei, eu e Finn meio que, discutimos, ele jogou na minha cara tudo que os dois fizeram.

- Mas, nós não fizemos nada.

- Nada mesmo... apenas se beijaram e quase transaram.

- Mas eu...

- Eu sei que você resistiu, ele me contou isso também, obrigada por isso.

- De nada...

Eu estava vermelha, constrangida por Marshall saber o que nós quase fizemos e que nos beijamos.

- E você não esta bravo por isso?

- Não muito.... Eu entendi que você foi iludida enquanto eu estava fora.... foi aproveitada por aquele....

- Obrigada por entender Marshall...

- Resolvi esquecer, e fingir que não ouvi o que aquele filho da puta falou. 

- Eu não acredito no que ele fez comigo.... 

Ele passou o braço atras do meu pescoço e encostou minha cabeça em seu peito, beijou meus cabelos e suspirou.

- Vai passar.

Ele parecia arrasado, de certa forma ele não havia aceitado, aquilo estava cutucando ele por dentro, e ele estava resistindo para não brigar comigo.

- Vou conversar com a minha prima por você, vou pedir explicações, para saber como tudo aconteceu.

- Obrigada Marshall, mas não precisa, eu mesma falou com Finn.

- Não... eu não quero vê-la chorar por ele de novo, ele não merece suas lágrimas.

- Obrigada Marsh...

As lágrimas jorravam de meus olhos. 

Quando chegamos na enfermaria, Marshall falou para a enfermeira, ela colocou um curativo no meu corte proposital e me deu uma caixinha de curativos para eu usar quando aquele saísse do meu dedo. Marshall me levou para o quarto novamente, beijou minha testa e me abraçou, ele era perfeito, eu me arrependia de ter ficado com Finn por aqueles 3 dias. 

Mas eu ainda não havia ouvido a versão de Finn, não sabia o que havia acontecido, eu ainda tinha que ouvi-lo para saber o que aconteceu antes de julga-lo.... Vou falar com ele, vou sair escondida do quarto e falar com ele.