Amor e Guerra escrita por Daniel Guimarães, Amanda Ribeiro


Capítulo 4
Devastação




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Enquanto ela descansava nos meus braços fiquei me perguntando o que tinha acabado de acontecer. Ela se mexeu parecendo confusa.

– Onde estou? – perguntou

– Estamos na mata ainda, não sei que lugar é este. Consegue se levantar? Ou andar? – perguntei

– Acho que sim - respondeu enquanto tentava se colocar em pé sem muito sucesso.

– Você deve estar fraca por causa do que ocorreu agora pouco. Você quer um pouco de san...

Nem terminei de falar e ela agarrou o meu pescoço e cravou os seus dentes e solveu o meu sangue, deixei que tomasse a quantia que quisesse já que estava necessitada.

Seus olhos pareciam duas brasas quando me olhou, mas logo se apagaram demonstrando que já tinha terminado a sua “refeição”. Dava pra notar que já estava mais consciente.

– Acho que agora consigo ir até a lua. - disse como se o sangue trouxesse de volta o seu humor

Ri e a beijei, senti um leve gosto de sangue nos seus lábios, o que me fez beija-la mais e acabei mordendo o seu lábio e solvendo um pouco do seu sangue, sangue doce e quente.

– Devemos sair desse lugar antes que amanheça. – disse, mas ainda segurava suas mãos.

Começamos a andar para o norte, andamos por mais ou menos meia hora até nos depararmos com um pequeno grupo do exército espanhol passando na estrada. Nos escondemos atrás de uma moita e ficamos ouvindo o que diziam.

– Desgraçada daquela mulher, ou sei lá que bicho era! Matou todos os homens com aquela maldita espada. – disse um cara alto e forte.

– Calma, chefe, nós iremos aniquilar com aqueles dois. Mas fique tranquilo, que hoje Lisboa conhecerá quem é o maior. Portugal será dominado por nós. - disse um cara baixinho.

Os demais homens levantaram suas espadas e gritaram: “Portugal será dos espanhóis!!”. E continuaram rumo a capital.

Amanda me olhou com ar de preocupada, tínhamos que voltar logo, mas como? Vi que tinha dois capangas distraídos e seus cavalos pastando na grama ao lado deles. Me aproximei sem fazer ruído e tapei a boca de um dos homens e enfiei um punhal no seu coração, quando o outro reparou que seu amigo tinha sido morto tratou de gritar, mas antes que gritasse o agarrei e o soquei no peito. Com a força que fiz acabei perfurando o seu tórax e arranquei seu coração. Amanda vendo que eu tinha me livrado deles, correu em minha direção e montou em um dos cavalos e me esperou fazer o mesmo.

Cavalgamos até chegarmos a Lisboa e encontramos a cidade toda destruída, fogo por toda parte, prantos de mães que perderam seus bebês por causa daqueles malditos espanhóis. Eles não deveriam ter acendido a ira de um rei vampiro!

Desci do cavalo com os olhos queimando, queria arrancar a cabeça do maldito rei Bertazzo, queria ver o seu sangue escorrendo pelas minhas mãos. Não deixaria barato isso que ele fez comigo e com o meu reino.

Amanda veio para o meu lado, parecia disposta a lutar também. Mas eu não quero que ela se machuque, já gastou energia demais me salvando.

– Você não vai comigo, isso é uma coisa entre eu e o Bertazzo. – disse eu com ódio pela que estava acontecendo.

– Eu vou sim, também quero ajudar o meu povo, eu vou e pronto, não adianta protestar. - disse ela firme, deixando bem claro que nada a faria mudar de ideia.

Cedi e deixei que fosse comigo, mas com uma condição: que ficasse atrás de mim e ajudasse as mulheres.

Sentia que uma hora ou outra teria de usar meus poderes, e essa hora era agora. Fui caminhando lentamente com a minha amada ao meu lado. Fomos até o castelo, pedi que Amanda ficasse do lado de fora enquanto eu verificava se tinha alguém lá dentro. Ela assentiu com a cabeça e permaneceu ali, atenta a tudo a sua volta.

Havia muitos corpos no chão. Meu povo, meu exército, todos mortos! Meu coração pulsava de raiva. Eu vou matar aquele Bertazzo, aquele maldito “anjo”!


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