Butterfly On Your Right Shoulder escrita por Tomoito


Capítulo 8
Capítulo 8 - Eu te persigo então fujo de você


Notas iniciais do capítulo

Nome completo do capítulo: "Eu te persigo então fujo de você, então me persiga mais"

Obrigado pelos últimos reviews! Percebo que muita gente adora o Len! Todo mundo torcendo pra casal ficar junto *----*
Ok, esse é um capítulo meio tenso. Boa leitura~



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Não troquei uma palavra com Len no dia seguinte, não tive nem coragem de olhar na cara dele, e era obvio que ele também não se fazia a mínima questão de se aproximar de mim. No horário do almoço Miku veio falar comigo com uma expressão séria.

-Aconteceu alguma coisa? Ontem você foi conversar com Len no horário de almoço e ele não voltou para o restante das aulas...

-Sinto muito por te preocupar, mas não posso falar nada.

-Por que não? -perguntou segurando minha mão- Você pode me pedir ajuda para tudo...

-Mas o problema não é meu, -digo olhando em seus olhos, fazendo-a entender o que quero dizer- é algo que diz respeito a Len... Algo que eu nem deveria ter ficado sabendo...

-Rin... Se precisar de alguém, é só me chamar. Esta bem?

-Não se preocupe, eu irei.

Os dois dias seguintes foram assim. Eu não tinha animo para conversar com ninguém, nem mesmo com a Miku. E Len não apareceu mais na árvore perto da janela do clube de pintura... Também não tinha criatividade para pintar. Só ficava olhando para a tela em branco, com um lápis na mão, sem idéia ou motivação alguma para pintar.

Ter descoberto que eu gostava dele não estava mais me ajudando, me fazia sofrer e chorar no escuro do quarto enquanto tentava dormir. Ele se tornou inatingível pelos meus sentimentos.

Eu fui atrás dele tão profundamente que encontrei coisas que não deveria ter descoberto... E agora eu fujo dele com todas as minhas forças, ao mesmo tempo que eu desejo que ele me persiga e conheça-me assim como fiz com ele... Estava tudo tão contraditório...

Aquela semana se passou lentamente, no almoço de sábado as meninas da sala vieram até mim.

-Oi Kagamine. -disse a Gumi sentando-se a meu lado- Hum... a gente vai sair pra um goukon num karaokê hoje depois da aula.Uma menina que ia desmarcou em cima da hora e precisávamos de alguém pra completar, será que você gostaria de ir? Sei que não esta muito bem esses dias, mas...

-Não. Tudo bem, eu vou. -digo com um meio sorriso- Preciso de distrair, então é uma boa chance,não é?

-Ah! -disse Gumi meio surpresa- Então a gente vai juntas pro goukon depois!

-Sim, sim. Vejo vocês lá.

~//~

No fim da aula fui com a Gumi e mais quatro outras garotas da minha sala até a entrada da escola; os garotos que foram conosco eram de outra sala do mesmo ano que a gente. Tenho certeza que se eu estivesse menos deprimida teria me divertido, todos cantaram bastante, conversamos sobre diversos assuntos e teve até um garoto que se mostrou interessado em mim, mas acabei dispensando ele quando tentou algo, é claro. Tudo não passou de uma perda de tempo para mim. Relaxei um pouco e me distrai por um tempo, mas assim que acabou o nosso horário aquele sentimento ruim dentro de mim voltou.

-Tudo bem você ir sozinha, Kagamine? Você é a única que vai em direção a escola, não quer que a gente te acompanhe até a sua casa?

-Não, não. Se forem comigo ficar mais perigoso para vocês quando estiverem indo para suas casas! Podem deixar, eu conheço os caminhos seguros! -digo para acalmar Gumi.

-Bem, então esta bem...

-Bye bye!

-Tchauzinho...

Vou solitária pelas ruas, evitando qualquer rota mais perigosa vou pela avenida de compras pelo maior trecho que eu consegui; mas no fim não havia jeito, deixei a rua principal e comecei a entrar na área residencial. É bem mais deserta e tinha poucas lojas, um lugar perigoso para uma garota andar sozinha.

“Tem certeza que vai sozinha?! Ouvi falar que tem um cara estranho andando por lá, pode ser muito perigoso!”

Foi isso que a Gumi disse, mas eu preferi não dar muito ouvidos para ela, não é de hoje que ali não é seguro durante a noite de forma que eu não me preocuparia só por um cara. Nunca mais aconteceria comigo, certo?

Ouço um estalido atrás de mim, olho brevemente para trás e vejo um homem saindo do parquinho, até ai é normal, todo muno corta caminho pelo parquinho. O homem segue no mesmo caminho que eu, silenciosamente; nervosa eu aperto o passo e o homem continua a me acompanhar.

Respira Rin, respira. Você pode despista-lo. Pensava tentando me acalmar Se você correr naquela esquina você pode virar a próxima rapidamente e despista-lo! Confiança, ele não vai te alcançar!

Assim que começo a correr o homem me segue na mesma velocidade, mas quando eu virei a esquina bati de frente com algo... com alguém. O segundo homem me empurrou contra a parede e tapou minha boca, impedindo-me de gritar. Minha bolsa, junto de meu celular, já havia caído no chão, impedindo-me de tentar me comunicar com alguém; estava a três quarteirões de casa, achei que conseguiria correr até lá...

-E ai, gatinha? -disse o primeiro homem, na penumbra da noite, aquela rua com pouca iluminação, eu só conseguia ver que ambos usavam bonés para tapar a maior parte do rosto e de seus cabelos- Tá afim de brincar cm a gente?

Eu me debatia com todas as minhas forças, cravei firmemente minha unhas no homem que me segurava, arranhei ele, mas ele parecia acostumado com minha resistência.

-Essa daqui é das bravas, vai dar um pouco de trabalho até doma-la. -disse o segundo homem, pude perceber o sorriso torto que dava enquanto falava.

Tentei resistir ao primeiro homem que veio e amarrou minhas mãos as costas e também me amordaçava, a cada segundo que se passava mais eu tentava fugir; mesmo que eu tentasse gritar ninguém conseguia me ouvir com pano amarrado em minha boca. Mais rápido do que eu mesma raciocinava eu estava no chão com um enorme peso meu quadril.

-Vamos ver como seu corpo é bonito? -disse o segundo homem.

Pude sentir a mão dele entrando por debaixo da minha camisa, subindo. Sentia as lágrimas saírem de meus olhos enquanto eu tentava desesperadamente sair daquele problema. Eu não queria que aquilo acontecesse, não queria que alguém me tocasse dessa forma, era para que eu fosse tocada por só uma pessoa e mais ninguém... Não por aqueles homens pervertidos, sujos.

A exaustão começava a me dominar, eu não conseguia mais lutar contra eles... De repente senti o peso sair de cima de mim e logo depois um barulho de algo batendo contra as latas de lixo. Quando abri meus olhos vi um par de olhos azuis, lindos como eu já os conhecia, Len não disse nada, só tirou a mordaça da minha boca e começou a tentar desatar o nó das minhas mãos quando os homens se recuperaram do susto e vieram atrás dele.

Len foi brigar com eles enquanto eu continuei no chão, sem saber o que fazer. Antes que a briga ficasse mais grave eu comecei a gritar.

-FOGO!!! FOGO!!! SOCORRO!!! FOGO!!! -eu gritei tão desesperadamente que um segundo depois eu comecei a ver as janelas sendo abertas, com varias pessoas procurando o tal fogo- FOGO!!! SOCORRO!!! SOCORRO!!! SOCORRO!!!

Assim que as pessoas começaram a perceber o que realmente estava acontecendo os homens começaram a correr para longe, mesmo Len tentando segurar um deles, ambos fugiram com medo de serem presos. Len voltou e começou a soltar minhas mãos, sem dizer uma palavra. As pessoas que moravam nas casas mais próximas saíram e foram nos ajudar.

-Vocês estão bem? -perguntava uma senhora- Se machucaram?

-Meu Deus, o que estava acontecendo aqui? -perguntava um homem

-Mas que diabos...? -dizia uma voz masculina enquanto vinha ver o que estava acontecendo- Rin-chan?!

Ao me virar vejo o senhor Yamato com seu terno preto de risca. Yamato trabalha com meu pai na empresa e sempre foi um grande amigo da família, tem dois filhos que moram fora, pois estudam em faculdades distantes. Assim que eu o vejo sinto as lágrimas saírem com ainda mais força, não consigo me levantar nem pensar em algo que não fosse o chocolate quente que Yamato sempre fazia para mim. Alguns segundos depois eu já estava chorando como um bebê, inconsolável, impossível de fazer parar.

-Esta tudo bem agora... -disse ele me abraçando- Esta tudo bem... Vamos para a minha casa, lá você me conta o que aconteceu, esta bem?

Podia sentir ele me levantando e me carregando no colo enquanto eu enterrava meu rosto em meus braços que seguravam fortemente seu pescoço.

-Ei garoto, -disse ele a Len- pode pegar a mala dela? Venha para dentro também, quero explicações do que aconteceu.

-Sim senhor. -disse Len.

Seguimos para a casa de Yamato, eu continuava chorando e Len permanecia em silêncio.


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Notas finais do capítulo

Dó da Rin 3
Por favor, não me matem por fazer ela sofrer assim, também senti dor no coração ao fazer isso ;---;

Próximo capítulo é com a narração do Len o/

Curiosidade: Todos os títulos dos capítulos são frases da música e seguem a ordem exata em que a Rin canta.



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