Annabeth e Penélope se mudaram para o meu chalé.

  Não era bom que Penélope, sendo tão novinha, ficasse num chalé cheio de gente, que não esta muito preocupado com o mundo a volta e sim com um livro ou projeto químico, o que definitivamente não era seguro.Um chalé vazio era o ideal.

  Como alimentar Penélope?

  Você não vai acreditar o que pode brotar daqueles copos mágicos do refeitório. Eu quase não acreditei que de lá podia sair leite materno.Como é possível?Não quero nem pensar!Mas tínhamos resolvido mais este problema bem rápido, o que realmente me deu uma dor de cabeça foi o berço. Assim que eu voltei, junto com Annabeth, do chalé de Atena segurando as coisas dela para levar pra o meu chalé, vi um berço feito de corais que aparentemente tinha brotado do solo do meu chalé.

  Até o meu pai estava metido nessa?Isso não estava me cheirando... bem?

--Annabeth, a fralda de Penélope esta suja?—perguntei a ela que já estava colocando Penélope no berço--Hum...—Annabeth olhou dentro da fralda—Sim,e você vai troca-la.

   Eu, o Grande Perseus Jackson, filho de Poseidon, líder do Acampamento Meio-sangue, o ladrão de raios, herói da Grade Profecia, assassino de Cronos... também troco fraldas.

  E sinceramente, não sei o que Atena deu para aquela criança enquanto estava com ela, mas não deveria ser bom.Meus deuses!

  Annabeth tinha saído para pegar o suprimentos que faltavam para Penélope, e felizmente, ainda havia uma fralda que nos tinham dado no chalé de Atena, (porque tinha uma fralda lá?Nem quero saber)e depois de diversas tentativas eu consegui colocar aquela bendita fralda em Penélope.

  Ela não fazia muito barulho nem sacudia as pernas como minha mãe dizia que eu fazia (ah cara!),ela era bem quietinha e me observou o tempo todo enquanto eu a trocava.Quando enfim parei para admirar meu mais novo grande feito,ela sorriu para mim.Eu quase explodi de felicidade.Peguei ela no colo com cuidado e tentei fazê-la dormir, embalando ela com uma canção que minha mãe cantava para mim quando era pequeno.Ela falava sobre as ondas que iam e vinham do mar.

  Quando Annabeth voltou me viu em pé com Penélope já adormecida em meus braços. Annabeth parou na porta, admirando a cena.Ela parecia encantada com aquilo, tive que fazer um sinal para ela vir até mim, fazendo ela notar que na verdade, aquilo era real.Eu estava segurando nossa filha.

--Ela parece um anjo.—Annabeth disse a obsevando

  Eu fiz uma careta:

--Não acreditamos em anjos.

--Mas se acreditássemos, Penélope seria a prova viva de sua existência.

  Fiquei encantado com aquela observação, e olhei em seus olhos. Estávamos em pé, sussurrando para não acordar nossa anjinha, tão perto um do outro que pude notar que nós éramos uma família. Uma família que nem eu e Annabeth tivemos.Uma família completa e unida, que zelava pelo bem do outro, tão pequeno e frágil.Uma família que se amava mais do que tudo.

--Eu amo vocês. —Disse para Annabeth, e Penélope que ainda dormia em meus braços —Amo muito vocês.

--E nós também te amamos, Percy--Annabeth respondeu passando a mão no meu cabelo— tenha certeza disso