Lindsay corre para chamar Emma, e quando abre a porta vê Graham sendo agarrado por Eva.

– Dra. Swan, por favor entre – Lindsay a pega pela a mão e a arrasta para o quarto.

– O que foi ? – Emma pergunta ao ir até Chris.

– Ele não está respirando, o que eu faço ? – Chris fala baixo para Serena não escutar.

– Dá licença – Emma começa a examinar Elijah – Vamos, respire, vamos Elijah – ela começa a fazer massagem cardíaca no bebê – Pega a máscara de oxigênio.

Chris vai até o outro lado da sala e pega a máscara, Serena vê aquilo e entra em pânico.

– O que aconteceu com ele ? Por que precisa da máscara ? – Serena tenta se levantar da maca.

– Calma, estamos cuidando dele – disse Lindsay segurando ela na maca.

– Chris segure a mascara no rosto dele, vou continuar a fazer a massagem.

– Por favor, não deixem ele morrer, por favor – Serena gritava.

Graham estava do lado de fora chorando no ombro de Eva.

– Me deixa entra lá, Eva, por favor.

– Não posso fazer isso, Graham, fica calmo, vamos resolver isso, Emma sabe o que está fazendo.

Durante alguns minutos Emma faz a massagem em Elijah que começou a responder, mas Chris não parou com a mascara.

– Isso, continue assim – dizia Emma para Chris – Vamos Elijah, sua mãe quer ver como você é – ela conversa com o menino.

– Emma por que ele não chora ? – perguntou Chris.

– Também gostaria de saber disso – Emma levanta a sobrancelha.

O bebê começa a chorar, o casal de médicos respiram aliviados, Lindsay sorri e Serena chora ao escutar o bebê. Graham para de se debater ao escutar o choro do bebê, Eva conseguiu suspirar.

– Ai graças a deus – disse Emma.

– Que susto – Chris passa a mão no rosto.

– Emma, Emma, eu quero ver ele, trás o meu bebê para cá – pediu Serena.

– É pra já – Emma enrola o bebê em um lençol pequeno e o leva para a mãe ver – Serena, diga olá para o Elijah – ela o coloca sobre o colo da mãe.

Chris se encosta na parede e Lindsay se afasta um pouco, Emma também dá três ou quatro passos para trás. Serena sorriu e derramou algumas lagrimas.

– Oi, bebê... oi amor, como você é lindo – ela brinca com a mãozinha do filho – eu sou a sua mamãe.

Alguém bate na porta, era Eva.

– O pai do bebê, pode entrar agora ? – perguntou a morena.

– Claro – disse Emma – nós vamos dar um momento para eles, vem gente.

Graham entra no quarto e espera todos saírem, ele caminha até a maca, ele sorri ao ver que Serena estava bem, e sorri mais ainda ao ver o filho.

– Olha Graham, o nosso bebê – disse Serena.

– Ele é lindo – disse Graham admirando o filho – é parecido com você.

– Segura ele – Serena diz.

– Não, ele é muito pequeno, não sei se eu consigo.

– Ele é o seu pequeno Elijah, você não vai machucar ele, vamos – Serena insiste.

– Ok – Graham cria coragem, ele se senta na maca nos pés de Serena e pega o bebê nos braços.

– Viu só, ele sabe quem é o papai dele – disse Serena.

Graham olha para o bebê, o homem beija o pequeno na testa e deixa uma lagrima cair de seu olho direito, Elijah parecia estar calmo nos braços do pai.

– Eu nunca vou deixar você sozinho – ele disse para o filho – nem você e nem a sua mãe, sempre que precisar eu estarei por perto, vamos ser melhores amigos.

Do lado de fora do quarto, Eva estava sendo acalmado por Emma que respondeu todas as perguntas da morena.

– Ele ainda vai precisar ficar internado – disse Emma – Pois é de sete meses e sabe como é, todo cuidado é pouco.

– Mas a Serena está bem ? – pergunta Eva ainda preocupada.

– Está, mas por precaução ela deve ficar de cama também.

– Obrigada, Emma – Eva poem a mão no colar.

– Não me agradeça, Chris e Lindsay, eles souberam exatamente o que fazer.

– Vou me lembrar disso no relatório.

– Olha gente, eu só fiz o que eu aprendi – disse Chris.

– Precisamos voltar ao trabalho – Lindsay não quis entrar muito em detalhes – o hospital está cheio.

– É verdade, vamos voltar ao trabalho, eu ainda tenho contas a acertar com o Jake – Eva iria realmente acertar as coisas com o medico.

A morena desce volta para a recepção e deu graças a deus pois encontrou Jake por lá, ela dispensou os seguranças.

– Todos de volta ao trabalho – disse ela com autoridade.

– Eu não vou libe...

– Eu não quero saber se você vai ou não liberar eles, pois eles assim como você estão trabalhando neste hospital, que é dirigido por mim, então quando eu digo que ele vão voltar para a rotina e salvar vidas, eles vão voltar a salvar vidas, a menos que queiram ser demitidos e exonerados do cargo. Coisa que eu sei bem que ninguém quer, então voltem ao trabalho, agora !

Eva olhou em volta e todos os internos de Jake voltaram ao trabalho, a morena caminhou até o rival.

– Eu quero você na minha sala antes de você ir embora e nem pense que vai conseguir me amedrontar, sou mais jovem que você, mas não fica no meu caminho – ela tira raiva em seu olhar.

Eva caminhou de voltar para o quarto onde Serena foi movida.

– Posso entrar ? – perguntou ela depois que bateu na porta.

– Claro – disse Serena.

– Ah que coisa fofa – disse ela ao olhar Elijah que dormia na incubadora ao lado de cama da mãe – parabéns, para os dois.

– Obrigado – disse Graham abraçando a irmã.

– Agora é correr contra o tempo para arrumar o quarto dele.

– Já está pronto – disse Serena.

– Eu sei querida, estou falando o quarto da mansão – disse Eva – ou você realmente achou que você iria fugir com o pequeno príncipe ?

– Sobre isso, eu preciso falar com a mãe – disse Graham.

– O que foi ?

– Eu comprei uma casa perto do apartamento dela, assim eu vou poder ficar perto dela e do bebê.

– Legal, vai sair de casa – disse Eva – dou total apoio.

– Quero escutar isso da mãe e do pai – disse Graham – mas acho que eles vão entender.

– Com tanto que você leve o Elijah para eles verem toda semana, não vai ter problema.

Depois de paparicar o sobrinho por mais alguns minutos, Eva teve que voltar para o trabalho. A morena tratou de fazer um relatório perfeitamente escrito em favor de Chris e Lindsay, e outro sobre o problema que passou com Jake. Ela não percebeu que já apontava 22:42 da noite, só parou quando escutou alguém bater na porta.

– Entre – ela tira os óculos.

– Zambrano – disse Jake – queria me ver ?

– Sim, sente-se – ela aponta para a cadeira, Jake se senta e espera Eva falar – Dr. Green o senhor deve saber o motivo na qual que queria falar com o senhor – Eva se levanta da cadeira.

– Posso ter uma ideia – disse ele em tom de desprezo.

– Então deixe eu clarear a sua mente, o senhor está aqui pois impediu uma equipe de internos de trabalhar. Fez arruaça na recepção e causou um pandemônio hoje pela manhã.

– Não, eu estava exercendo os meus direitos como médico.

– E para isso precisou monopolizar uma equipe inteira ?

– Não monopolizei ninguém, eles foram porque queria me apoiar.

– Entendo, mas não acho que todos que estavam ali estavam por livre e espontânea vontade, o que o senhor fez hoje foi e é inaceitável, eu esperava mais de sua pessoa.

– Torno a dizer que fiz valer os meus direitos.

– O senhor tem noção dos problemas que causou hoje ? – Eva se senta na quina da mesa.

– Não seja dramática, não fiz nada que abalou o hospital.

– Ah não ? Então acho que o senhor não foi informado do que ocorreu hoje, deixe, terei o prazer de lhe dizer tudo o que aconteceu. Logo depois que eu entrei na minha sala preenchi vários papeis com várias ações legais que foram movidas contra este hospital, fiz relatórios sobre os custos dos medicamentes, e foram desde pequenos curativos até as ferramentas de cirurgias, e olha só – ela aponta para um outra ilha de papéis – não pude terminar tudo, pois fui chamada na recepção, o recepcionista me disse que o senhor estava fazendo um pequeno manifesto, agora sejamos claros e adultos, foi por um motivo banal.

– Alto lá – ele levanta o dedo – banal não, seus internos não estavam trabalhando de maneira correta, então achei que os meus poderia fazer o mesmo mas de uma maneira inteligente.

– Ah não estavam trabalhando ? Dr. Green o senhor sabe onde meus internos estavam naquela hora ? – Eva pergunta com toda paciência.

– Com certeza de braços cruzados.

– O senhor precisa ter mais atenção com as coisas que acontecem ao seu redor – ela ri sarcástica – A Dra. Swan estava em cirurgia, o Dr. Tucker estava socorrendo vitimas de um acidente de transito, a Dra. Alex estava a caminho para salvar uma garotinha que caiu de uma altura de 5 metros que convulsionou, o Dr. Christopher estava atendendo os pacientes da emergência e a Dra. Lindsay estava preparando os leitos, mas esses dois últimos Dr's precisaram parar o que estavam fazendo pois a Dra. Serena entrou em trabalho de parto, e por pouco, por muito pouco mesmo o pior não aconteceu com ela e o bebê, e tudo isso ocorreu enquanto senhor estava fazendo uma manifestação em prol do desconhecimento... vamos chamar assim.

– Eu não sabia de nada disso – disse Green agora com o corpo rígido.

– Pois é, e sabe o que é o mais engraçado de tudo isso ? É que o senhor... permita-me eu lhe chamar de senhor, não pega bem eu lhe chamar de você, já que é mais velho do que eu. O senhor negou ajudar, uma infração grave no manual de conduta hospitalar... ou humana, não é ? e o senhor não só negou ajuda como também impediu que os seus internos ajudassem, outro delito grave.

– Dra Zambrano, eu...

– Deixe eu terminar, também tive que usufruir da ajuda dos seguranças, colocando a vida de terceiros em risco, pois o senhor conhece bem o histórico de atentados deste hospital, e sabe também que eu não poderia ter feito aquilo, mas fiz por sua negligencia. Agora Senhor Doutor Jake Green, o que acha que eu devo fazer em relação ao seu péssimo comportamento ? Diga o que faria se estivesse em meu lugar ? Faria de conta que não viu ou aconteceu nada ou faria um relatório de emergência e mandaria para o seu superior ?

Jake não soube o que responder, apenas abaixou a cabeça.

– Foi o que eu pensei – disse Eva – Fiz um relatório descrevendo o problema que tivemos hoje, e infelizmente, pode achar que fiz porque quis, mas infelizmente tive que sitar todos do grupo de manifestantes, e infelizmente cada um deles, inclusive o senhor, terá a punição que merece, não serei eu que darei, pois acho que pegaria leve demais, então vou esperar até a resposta do Senhor Thomas sair, por enquanto é só isso, pode se retirar. – Eva já estava de porta aperta quando terminou a frase.

Green não disse mais nada, sabia que estava ferrado e que ele mesmo foi o culpado. Eva respirou fundo precisou de muita calma para não bater no senhor que estava em sua frente, por culpa dele Elijah e Serena passaram por situações difíceis. Depois de terminar de arrumar as coisas em sua sala, Eva pegou a bolsa e foi embora, chegando em casa pode sentir o cheiro de macarrão, David estava na cozinha, Troy estava na sala assistindo o garoto foi logo fazendo perguntas sobre o primo que havia nascido.

– Mamãe, mamãe, como ele é ? eu posso ver ? Quando irei conhecer ele, ele pode dormir aqui ?

– Olá para você também, Troy – Eva sorri, larga a bolsa em um lugar qualquer e pega o filho no colo.

– Eu posso ver o Elijah ?

– Pode mas não agora, ele ainda está no hospital – ela explica para o filho.

– Por que ? Ele está doente ?

– Não, é porque ele é muito pequeno para vir para casa, dai ele vai ficar lá até crescer um pouco.

– Ah... você tem uma foto dele no seu celular ?

– Não, mas eu prometo que amanhã eu tiro uma e trago só para você ver, tá bom ?

– Tá bom.

– Então me dá um beijo aqui – Eva faz biquinho e Troy a beija – volta a assistir – ela coloca o filho no chão e vai para cozinha – Oi – ela diz encostada no vão da porta.

– Olá, mulher que só quis me usar e nem deixou um bilhete de bom dia – disse David de avental.

– Eu te dei um beijo antes de sair, tá – ela mostra a língua e entra na cozinha.

– Tá bom, acredito – ele a beija – e ai como foi o trabalho ?

– Um inferno – ela disse se sentando na cadeira.

– Nossa é assim que você dá as boas vindas para o seu sobrinho ? Bem vindo ao inferno, Elijah amorzinho – ele brinca.

– Essa foi a única parte que eu gostei do meu dia, teve manifestação, faltou médico a emergência estava lotada, a Serena passou mal e entrou em trabalho de parto, o bebê parou de respirar por alguns segundos que pareciam horas. Olha to exausta.

– É... a vida de um diretor de hospital – disse David – mas o bebê está bem ?

– Tá, a Emma deu conta do recado, ele e a Serena só vão precisar ficar em observação, mas o resto tá de boa, ele é tão lindinho David, não tem cabelo mas é fofo.

– Dá pra ter uma ideia pela sua cara de manteiga derretida. – ele brinca.

– Besta –ela sente o cheiro do molho – um que cheiro bom.

– Ah... é o macarrão. Está tarde eu sei, mas é que eu e o Troy só chegamos agora pouco, fomos ao batalhão reencontrar a galera, depois fomos ao supermercado.

– Tá tarde ? Nem vi que horas são.

– Vai dar 23:00, vai dar não, já é 23:00 – disse David arrumando a mesa.

– Vou tomar um banho, já venho para nós jantarmos.

– Ok.

Depois do banho, Eva se sentou a mesa com o marido e o filho, eles comeram, Troy contou como foi legal passar o dia no batalhão com o pai, Eva reclamou pois Ruby não levou o garoto para a creche, mas depois deu graças a deus por ele não ter ido, Troy já estava começando a cair de sono, David o levou para cama e quando voltou para cozinha viu Eva lavando os pratos.

– Notei que ainda há caixas espalhadas pela casa – disse David.

– Sim, não desembrulhei tudo.

– O que acha de nós fazermos isso... agora ?

– Mas a essa hora ? – ela perguntou secando as mãos.

– Sim, você não vai ter tempo para fazer isso amanhã, e eu não quero fazer isso sozinho.

– Tá bom – Eva revira os olhos – mas depois eu quero dormir, eu to morta de cansaço.

David e Eva começaram a desembrulhar as coisas e colocar em seus devidos lugares, o casal terminou tudo por volta das 2:30 da manhã, Eva não aguentou e dormiu no sofá, David depois de alguns tempo percebeu, pegou a morena em seus braços e a levou para a cama.

– Durma bem – ele beija a testa dela.

Vamos ver até quando Eva vai continuar nessa rotina de só ver o marido e o filho durante a noite, e passar o resto do dia resolvendo problemas chatos no hospital.