Finn foi correndo junto de Sam até a barraca onde os dois loiros estavam dormindo. Quinn estava bem calma para a situação, não gritava, apenas estava respirando ofegante.

– Esse espaço é muito pequeno. - Finn disse. - Temos que tirá-la daqui.

Finn e Sam juntos conseguiram tirar Quinn de lá. Mas logo os sobreviventes se aglomeram envolta da loira. O Sol estava forte então levaram Q para debaixo de um carvalho. Finn foi correndo até sua barraca pegar umas toalhas. Rachel estava acordada.

– O que houve? - A morena perguntou.

– Quinn vai ter o bebê. Vamos, vou precisar de uma assistente.

Rachel vestiu suas roupas íntimas e colocou um vestido básico que havia encontrado. Seguiu Finn até a árvore e começaram o trabalho. Enquanto isso Quinn apertava a mão de Sam.

– Estou aqui. - Sam disse. - Como eu prometi.

– Pronto Quinn. - Finn disse. - Força. - Dito isso a loira começou a empurrar e gritar. Nunca havia sentido uma dor assim antes.

– Estou tonta. - Ela disse ainda forçando.

– Tudo bem, para. - Finn disse. Sabia que seria difícil sem anestesia, sem instrumentos adequados, sem o conforto do hospital. - Consegue forçar agora? - Perguntou após um minuto. Quinn apertou a mão de Sam.

– Fica comigo. - Quinn disse antes de voltar a fazer força novamente. Depois de mais dois empurrões todos puderam escutar o choro do bebê. Rachel cortou o cordão umbilical com uma pequena tesoura que havia encontrado e limpado bem com alcool. Quinn estava exausta, respirava com dificuldade.

– Ela vai ficar bem? - Sam perguntou a Finn.

– Vai, o parto foi perfeito. É só ela descansar bem e não fazer muita força por um tempo.

Finn e Rachel estavam sentados embaixo da árvore, orgulhosos do que haviam feito.

– Estou tão orgulhoso de você, pequena. - Disse dando um breve beijo em Rachel.

– Eu não acredito que trouxemos uma vida ao mundo. - Rachel disse radiante.

– Você sonha em ser mãe?

– Claro. E você em ser pai?

– Eu não sei, não muito, eu sempre tive uma péssima relação com meu pai, sempre achei que os pais estragavam a vida dos filhos, e eu nunca quis estragar a vida de ninguém.

– Ei, isso não é verdade, quando meu pai estava vivo, ele era um ótimo pai. Foi o melhor homem que eu já conheci.

– Espero ser assim algum dia.

– Você vai.

~~

Quinn e Sam estavam sentados em sua barraca com a pequena menina.

– Como ela vai se chamar? - Sam perguntou.

– Eu não sei, me diz você.

– Hum... Ela tem cara de... Elizabeth. - Disse o loiro com os olhos brilhantes.

– Elizabeth? Não acha muito formal?

– Então que tal só Beth.

– Beth? Gostei... Beth Fabray.

– Isso significa que vai ficar com ela?

– Bem, uma pessoa me ensinou que temos que curtir cada pedacinho que a vida nos dá.

Flashback On

17 anos atrás...

– Mãe!! - Uma pequena Quinn de 5 anos corria pela casa fugindo de seu pai.

– O que está acontecendo aqui? - Perguntou ao ver Quinn fugindo de Russell.

– Estamos brincando de pega-pega. - O homem disse.

– Não é justo! - Quinn gritou. - O papai corre mais rápido.– Judy e Russell riam histericamente.

A noite caiu e Quinn se virava em sua pequena cama tentando dormir. Foi até os quartos dos pais e ouviu a conversa.

– Russ, não podemos perdê-la.

– Eu sei amor, mas a guarda não é nossa legalmente. Achamos ela quando era bebê na frente da nossa porta.

– E se vierem buscá-la?

– Buscar quem? - A pequena invadiu o quarto dos pais.

– Quinnie. - Russell disse. - Senta no colo do papai, precisamos conversar. - E assim Quinn fez. - Quando você era um bebê, a cegonha estava te levando pra casa, mas você acabou caindo do céu e veio parar aqui, então nós não podíamos te deixar sozinha e te trouxemos pra morar com a gente, daí viramos seus pais. E agora a cegonha está te querendo de volta.

– Por que vocês me pegaram?

– Porque você tem que aproveitar cada pedacinho que a vida te traz. - Judy disse. - E a vida nos trouxe você.

– Eu não quero ir, quero ficar com vocês.

– Iremos fazer o possível pra isso acontecer.

Flashback Off

– E o que aconteceu depois? - Sam perguntou.

– Por sorte os dois conseguiram a minha guarda. E desde então essa pequena frase da minha mãe virou o dilema da minha vida. Eu nunca quis engravidar jovem, mas esse é o pedacinho que a vida me trouxe. - Quinn disse e beijou Sam.

~~

Brittany e Santana estavam sentadas na beira da cachoeira.

– Parece que essa ilha é... Sei lá. Um paraíso pra amar. - Brittany disse.

– Por que?

– Quinn e Sam, Finn e Rachel, Blaine e Kurt...

– Blaine e Kurt? Sério isso? Blaine está com o nosso inimigo?

– É... Mais ou menos isso.

– E agora... Tem eu e você.

– Isso é uma cantada?

– Talvez. Funcionou?

– Talvez. - A loira disse indo pra cima da latina devorando seus lábios. - É funcionou sim.

– Espero que continue a funcionar.

– Ah por favor, você pode até se vestir de dinossauro e falar que coelhos são malignos, vai continuar a me atrair do mesmo jeito.

– Então você é uma garota fácil de se impressionar.

– Não. Você que é uma mulher tão linda, amável, amigável, fiel, divertida, engraçada, que impressiona fácil.

– Isso foi uma cantada? Porque está funcionando, seja lá o que esteja fazendo.

– Não estou fazendo nada demais, apenas dizendo a verdade. Você nunca teve algum namorado ou namorada que te deixasse com frio na barriga? Aquela sensação de que tudo está completo, de que você não precisa se preocupar com nada, que você se sente livre.

– Não. E você?

– Estou sentindo isso agora.