Entre Lobos E Vampiros escrita por mrs montgomery


Capítulo 18
Bailando Com o Perigo


Notas iniciais do capítulo

Heeeey amores do meu heart, ai um capítulo novinho em folha para vocês :3 Quero agradecer a diwa da Wise Girl e a cheroza da Ingred Bezerra pelas recomendações incríveis! Amei muito, viu?

Aproveitem o capítulo e tenham uma boa leitura ;*



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Kathleen virou-se e se deparou com um rapaz de vestimentas negras e exuberantes a encarando com um par de olhos verdes brilhantes. Logo reconheceu o garoto. Elliot. Deu um pequeno sorriso ao saber que ele não tinha a reconhecido e que tudo estava funcionando como planejado.

– Agora, não mais. – Respondeu com delicadeza. – Sabe alguma coisa sobre essa menina que morreu... A tal de Kathleen?

– Ah, sim! – Sorriu. – Sabe, os Sanguinários estão de olho nela faz tempo. Eles perseguem a família dela desde a guerra. Mas agora ela está morta, então...

– Porque perseguem a família dela?

– Porque os Van Gould viviam provocando os Wolff, então depois de roubarem o colar da esposa do patriarca dos Wolff e a guerra acontecer, passaram a persegui-los.

– Claro...

– Bom, eu preciso ir agora, espero que a senhorita não se esqueça de mim.

– Impossível. – Disse, abrindo um sorriso e logo depois o garoto foi embora. – Será impossível esquecer alguém que me fez um corte no braço e tentou me matar. – Disse baixinho, para o nada.

Kathleen continuou percorrendo o salão, um rumo específico. Ela parou no centro do salão e começou a bailar sozinha sem conforme o ritmo agitado da música, sem se importar com o que iriam pensar dela. Quando viu, uma moça de cabelos cor de mel que se juntou a ela com uma máscara vinho. A garota usava um vestido vinho tomara que caia que batia um pouco acima dos joelhos cheio de babados, que começavam do quadril e terminavam armados pouco acima dos joelhos. Kathleen logo reconheceu a menina por seu sorriso, seu jeito animado de dançar loucamente e seus olhos vermelho-azulados que ficaram assim pelo uso contínuo de lentes. Amy.

As duas bailavam juntas sem se importas com o que os outros iriam pensar. Os babados do vestido de Kathleen eram leves e balançavam a cada girada que ela dava. Amy dançava como uma verdadeira bailarina, as sapatilhas ajudavam os seus giros e deixavam tudo mais leve. Um círculo se formou em volta das duas. Pessoas curiosas paravam para olhar o jeito descontraído no qual elas dançavam, meninas invejosas torciam o nariz e rapazes descarados babavam por elas.

Kathleen parou em frente à Amy quando a música acabou e as duas ficaram se olhando e rindo. Kathleen estava com alguns fios soltos para fora do coque de modo despojado e Amy estava com os fios rebeldes, mas incrivelmente vivos e lindos. Logo, aquela roda se desfez e uma música mais formal começou a tocar, e os casais se juntaram e começaram a dançar. As duas garotas caminharam para uma parte menos tumultuada do salão, a parte em que ficava o bufê especificamente, e começaram a conversar.

– Eu sou Amy! – Ela apresentou-se. Será que não tinha reconhecido Kathleen?

– Sou Kath... – Ela pausou, engasgando nas próprias palavras. – Katherine. – Sorriu.

– Katherine... Bem, eu sei quem você é. Venha comigo, Kathleen. – Kathleen ficou em choque, mas seguiu Amy. As duas foram para o jardim que ficava na parte de fora do salão. Por mais que aquele castelo fosse gótico e tudo naquela cidade parecia estar morto e podre, as flores daquele jardim eram coloridas e vivas, todas em vermelho. Havia um pequeno, muito pequeno, lago e acima dele uma ponte. Amy seguiu com Kathleen até a ponte e se virou para a amiga.

– Sua doida! Eu senti sua falta! – Amy tentava parecer brava, mas ela só conseguia sorrir por encontrar a amiga novamente, que também sorria. - Você não pode simplesmente se enfiar na floresta e me deixar preocupada, ouviu? – Elas se abraçaram.

– Desculpa, mas eu tava magoada!

– Eu entendo, mas na próxima vez deixe um bilhete ou algo assim! Eu me matei de preocupação.

– Pode deixar! – Sorriu.

– Amiga, ele está aqui. Não acha que precisam conversar? – Kathleen adquiriu uma expressão entristecida e contou tudo a Amy, desde quando Damon a achou a quando eles fizeram o trato e Kathleen se privou do amor. Algumas lágrimas brotaram nos olhos de Kathleen e Amy abraçou a amiga.

– Eu preciso ir, eles estão me esperando. Encontramos-nos em breve.

– Certo. – Kathleen voltou ao salão e parou na mesa do bufê.

Kathleen pegou uma taça que estava na mesa e serviu-se de uma espécie de ponche, ou coisa parecida, que estava ali. Ela continuou ali, parada olhando os casais apaixonados dançando, desejando que ela estivesse junto a eles com seu par. O garoto de cabelos castanhos desarrumados e olhos profundos como o mar que a fazia suspirar. Fechou os olhos por alguns segundos e desejou que ele estivesse ali com ela, por mais que soubesse que não poderia. Quando uma música mais animada começou a tocar, ela se jogou na pista novamente, dançando consigo mesma sem se importar com nada mais. Abriu um pouco os braços, fechou os olhos e começou a girar. Os babados negros balançavam incansavelmente e seu coque se desfez, soltando seus cachos escuros e longos que esvoaçaram junto com seu vestido.

Do nada, sentiu algo pegar em sua mão e a girar. Abriu os olhos e viu um garoto vestido como um príncipe, usando uma mascara azul escura que deixava seus olhos escuros marcados. Os dois começaram a dançar em um ritmo agitado, o garoto a girava e a segurava pela cintura, mas ela não se importava. Só queria dançar ali, aproveitar aquele momento e ponto. A música parou e ela trombou com o corpo do garoto. O impacto não foi muito forte, só o suficiente para deixar os dois juntos. Ela encarava os olhos castanhos e hipnotizantes do garoto, os cabelos levemente desarrumados caindo nos olhos e um sorriso lindo que ela podia reconhecer em qualquer lugar.

Jack.


–♥-



– Isso não pode ser! – Octavio gritava para si mesmo. Ele, Sarah, Rachel, Elliot, Henry e Joseph estavam na sala principal. Octavio estava de pé, andando de um lado para o outro, nervoso com o que acabara de descobrir. – Ela morreu!


– Octavio, eu reconheceria ela em qualquer lugar! – Elliot argumentou. O plano de Kathleen não deu muito certo e ele a reconheceu de primeira. – Era ela! É ela!

– Aquela garota é mais perigosa do que pensei... Novo plano, crianças. Levem ela e os amiguinhos bestas, incluindo o lobinho e a traidora, a floresta e deixem que os lobisomens façam o resto. Agora.

– Certo. – Joseph disse. – Não vamos demorar.


–♥-



Outra música começou. Dessa vez era mais calma, mas sem perder a agitação, e os dois começaram a dançar novamente. Ele a girava, fazendo com que os cachos negros de sua vampira esvoacem e ela libertasse seu mais lindo sorriso. Ele soltou sua mão e ela abriu os braços e começou a girar como uma verdadeira bailarina. Quando ficou um pouco tonta, parou de girar, mas não de dançar. Ele e pegou pela mão e os dois começaram a bailar juntos. O ritmo da música foi diminuindo e ele a puxou para perto de si, enlaçando os braços em sua cintura. Kathleen recostou sua cabeça no ombro do garoto e colocou os braços em sua nuca.


– Sabe, Kathleen, eu não te entendo. – Ele sussurrou no seu ouvido. – Uma hora você diz que precisa pensar e me deixa, e agora a gente tá aqui de boa. O que está acontecendo?

– Vamos lá para fora. – Ela sussurrou de volta e os dois foram para o jardim e pararam na pequena ponte. Os dois ficaram olhando um nos olhos do outro sem falar nada, afinal, ninguém sabia o que dizer.

– Senti sua falta. – Ele disse, forçando um sorriso. – Muito mesmo.

– Também senti sua falta. – Ela sorriu sem separar os lábios. – Mais do que imagina.

– Vai me explicar o que está acontecendo?

– Depois que eu fui enforcada, Damon me achou e me acolheu, porém que a irmã dele me estabeleceu uma condição: Eu não podia mais te ver. – Ela abaixou a cabeça. - Como eu estava magoada, eu aceitei, mas agora eu vejo que foi a pior coisa que eu fiz. Desculpe-me por ter te deixado.

– Kathleen – Ele levantou seu rosto com uma mão. – Você está aqui agora. Comigo. E aquele idiota também não está aqui para ver. – Colocou uma mão na cintura de Kathleen, puxando a para perto de si, enquanto a outra foi afagar seus cachos negros. – Me perdoa? - Sussurrou em seu ouvido.

– Perdôo. – Então enlaçou a nuca do rapaz com os braços e levou seus lábios aos dele.


–♥-



Amy estava conversando com Carrie e Sam, especificamente contando a elas sobre Kathleen, até que um rapaz lhe convidou para dançar. O garoto tinha cabelos negros, mas brilhantes, e olhos vermelhos que poderiam afogar qualquer um em sua imensidão. Usava vestimentas em um tom vinho, combinando com o vestido de Amy. A garota aceitou e os dois foram para o centro do salão. A música não era muito agitada, então a vampira concordou em ser conduzida pelo garoto, que, de uma forma estranha, lhe parecia... Familiar.



– Você ainda não me disse seu nome. – Disse Amy.


– Ora, Mandy. Não se lembra de mim? – Deu um sorriso maquiavélico e Amy se separou dele, dando um passo para trás, assustada. Só uma pessoa a chamava de Mandy, e ela não via essa pessoa há anos. – Tudo bem que você tenha esquecido os outros, mas eu? – Ela sabia quem ele era.

– Joseph. – Disse, friamente.

– Lembrou-se?

– Infelizmente. O que quer comigo?

– Você e suas amiguinhas, especialmente a Van Gould, vem causando muitos problemas para nós. Então nada melhor do que eliminar os problemas, não acha? – Ela arregalou os olhos e deu outro passo para trás. Ela conhecia muito bem a forma como eles se livravam dos problemas.


–♥-



Os dois estavam abraçados, observando a lua minguante que enfeitava o céu junto às estrelas.


Kathleen não conseguia deixar de demonstrar sua felicidade, ela só sabia sorrir. Por mais que estivesse com medo, ela sabia que com Jack estaria segura, por mais perigoso que ele fosse. Sua mágoa já não existia mais, e, mesmo sabendo que estava proibida de vê-lo, ela sabia que ele a protegeria de qualquer coisa que pudesse lhe causar algum mal.

Jack também estava feliz por ter sua vampira de volta. Ele sabia que ela corria perigo estando com ele, mas estava disposto a defendê-la para o que vier. Estava disposto a mantê-la longe dos Sanguinários e de qualquer perigo, e isso incluía Damon. Ele nunca foi com a cara daquele sujeito, e tinha medo de que ele seduzisse Kathleen, porque ele sabia muito bem quem Damon era.

– Você está com medo dos Sanguinários? – Ele disse, segurando o rosto da vampira com as mãos.

– Um pouco... Não sei do que eles são capazes.

– Relaxa. Eu estou aqui. Nada irá te machucar. – Jack colocou as mãos na cintura da garota, trouxe-a para mais perto ainda de si e a beijou. Foi rápido, mas cheio de intensidade emoção.

– Agora, vamos voltar para o salão? Eu quero dançar! – Ele assentiu com a cabeça e foi de mãos dadas com Kathleen até o salão, pararam no centro do mesmo e começaram a dançar a música lenta que começou a tocar. Ela recostou a cabeça no ombro do garoto e ele enlaçou sua cintura com os braços.

Tudo estava calmo, nada de ruim havia acontecido até agora e todos estavam empolgados e felizes. Uma música mais agitada começou a tocar e Jack e Kathleen começaram a dançar em um ritmo animado, sem nem se importar com o que iriam pensar a respeito daquela dança maluca.

De repente a música parou.

As luzes foram ficando fracas, até que se apagaram. Só não ficou aquele breu total porque as grandes e compridas janelas estavam sem as cortinas, então a luz do luar invadiu o salão, percorrendo cada canto e matando a escuridão.

– Kathleen, relaxa! – Jack sussurrou no ouvido de Kathleen, que estava aninhada nele. Ela odiava admitir, mas estava com medo. Não do escuro, e sim das coisas que acontecem nele. – Ninguém vai te machucar. Estou aqui, esqueceu?

Então a luz da lua foi ficando mais intensa e com isso, clareando cada vez mais o salão. Kathleen foi perdendo o medo e se soltou do abraço de Jack, mas mesmo assim não soltou sua mão nem saiu de perto dele. Ela só queria segurança e proteção, e sabia que com ele iria conseguir isso.

Quando as coisas estavam mais claras, a música foi recomeçada e alguns casais começaram a bailar novamente. Jack foi guiando Kathleen para longe do centro da pista, porque ela ainda estava com um pouco de medo e ele sabia reconhecer isso nela.

Então uma janela foi quebrada, e dela surgiram sombras sinistras que, aos poucos, foram se revelando e todos puderam ver o que eram aquelas coisas. Kathleen sentiu sua respiração começar a acelerar e suas mãos começarem a ficar trêmulas. A rapariga arregalou os olhos de medo quando conseguiu ver com completa nitidez o que eram as sombras.

Híbridos e lobisomens.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? Espero vocês nos reviews ;*