De Volta a Mystic Falls escrita por Hunter Pri Rosen


Capítulo 17
Capítulo 17 - Doppelgänger


Notas iniciais do capítulo

#Tenso



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/384035/chapter/17

Algum tempo depois de Castiel ter se afastado, Mia olhou em volta o procurando. Mas não o encontrou e isso a deixou preocupada. Então se aproximou da mesa onde Dean estava com Sam e sentou com eles antes de perguntar:

– Ei, meninos! Por acaso vocês viram o Cas?

– Da última vez que eu vi, ele estava beijando uma mulher na pista de dança. - brincou Dean se referindo à própria Mia.

– Então, quando é o casamento? - brincou Sam.

– Bem, primeiro eu tenho que encontrar o noivo. - respondeu Mia e depois de olhar em volta, perguntou preocupada - Sério... Vocês o viram?

Sam e Dean se entreolharam percebendo que Mia estava preocupada e o mais novo perguntou:

– O que foi, Mia? Você teve alguma visão?

– Não. Eu não tenho mais aquelas visões desde que... Vocês sabem. - respondeu ela olhando em volta novamente e prestando atenção em cada rosto. - Mas eu estou com um pressentimento ruim sobre esta noite.

– Um pressentimento? - repetiu Dean.

– É. - confirmou ela e olhando para os dois, perguntou - Vocês não acham estranho que Silas ainda não tenha aparecido? Nós estamos aqui há quanto tempo? Quatro horas? E até agora nem sinal dele? E de repente o Cas some? Vocês não acham isso suspeito?

– Você acha que o Silas está por trás disso? - perguntou Sam ficando preocupado também.

– Vai com calma, Mia. - pediu Dean - O Cas é humano agora e humanos têm necessidades. Vai ver o cara só foi no banheiro.

Mia relaxou um pouco ao ouvir a teoria de Dean e continuou:

– Tudo bem. Talvez eu esteja me preocupando à toa. Mas sabe o que me deixaria mais tranquila agora?

– Café? - sugeriu Sam.

– Verbena. - respondeu Mia e como eles pareciam confusos, ela explicou - Não pra mim, gênios. Para o Cas. Vocês deram verbena para ele, certo? Ele tem alguma coisa que contém verbena com ele, não é?

Sam e Dean pensaram um pouco e se entreolharam preocupados. Mia percebeu o que estava acontecendo e encostou as costas na cadeira antes de dizer:

– Oh meu Deus! Por que vocês não deram verbena para ele? Estamos em Mystic Falls, lembram? Filial da Transilvânia?

– Nós lhe demos verbena. - respondeu Sam - Quando ele estava no hotel com a gente, mas depois que ele saiu de lá... Da forma como ele saiu, desconfiando da gente, eu duvido que ele tenha ficado com a pulseira que nós demos pra ele.

Mia olhou para as pulseiras que Sam e Dean usavam, que tinham sido dadas por Meredith da outra vez que eles estiveram na cidade, e disse ainda mais preocupada:

– Ótimo! Temos um vampiro milenar psicopata à solta e um ex-anjo sem nenhum poder e completamente vulnerável. O que pode dar errado?

– Mia... OK, nós erramos, mas a gente nem sabia que o Cas vinha pra festa. - defendeu-se Dean.

– Silas com certeza sabia. Ou pelo menos desconfiava. - respondeu ela com um olhar vazio enquanto sua cabeça fervilhava ao imaginar o que Silas poderia fazer com Castiel - Eles estão sempre um passo a nossa frente. Vocês não percebem?

– Mia... Calma. Nós vamos encontrar o Cas. E você vai ver que nós estamos nos preocupando à toa. - tentou tranquilizar Sam - Talvez o Dean esteja certo. Talvez o Cas esteja no banheiro ou em outro lugar.

– Talvez sim. Quer saber? Eu vou lá procurá-lo!- disse ela se levantando de repente.

Sam e Dean se levantaram também. O mais velho segurou o braço de Mia a impedindo de se afastar e indagou:

– Onde você pensa que vai, mocinha?

– Ao banheiro. - respondeu ela naturalmente.

– Você não pode ir ao banheiro masculino. - lembrou Sam.

– Por que não? - indagou ela sem perceber como a resposta era óbvia.

– Porque você precisa de um certo critério para entrar num banheiro masculino. - tentou explicar Dean percebendo que Mia não estava raciocinando direito.

Ela ficou algum tempo pensando no que ele e Sam tentavam dizer e quando se deu conta do que eles estavam falando revirou os olhos e sugeriu:

– Okay. Então vocês vão. Eu vou procurar na biblioteca.

– Na biblioteca? - estranhou Sam.

– Bem da última vez que ele sumiu durante uma festa, enquanto a gente tentava cuidar do monstro da semana, foi numa biblioteca que eu o encontrei. - lembrou ela - Além disso, eu tenho que começar por algum lugar, não é?

Neste momento, Meredith se aproximou da mesa e perguntou ao ver os três visivelmente tensos:

– Algum problema?

– O Cas foi ao banheiro. - respondeu Dean e como a médica pareceu não entender, ele explicou - Ou foi sequestrado por Silas.

– Eu vou procurar lá fora. Talvez ele só tenha saído um pouco. - sugeriu Meredith prontamente.

Sam a olhou preocupado. Havia um clima estranho entre eles desde a última conversa. Ele queria proteger Meredith e ela queria que Sam confiasse nela e na sua capacidade de lidar com o sobrenatural. E estavam naquele impasse desde então.

– Você não vai a lugar algum sozinha com Silas à solta. - discordou ele.

– Eu agradeço por se preocupar comigo, Sam, mas eu posso cuidar de mim sozinha. Você esqueceu que eu faço parte do Conselho? Eu sei lidar com vampiros. Acredite. - respondeu Meredith um tanto ríspida.

– Silas não é qualquer vampiro. - contrapôs Sam enquanto Mia olhava para Dean sem entender por que o casal estava discutindo aquilo.

– Eu não tenho medo dele. - afirmou a médica - Acredite em mim, Sam Winchester, eu também sei caçar monstros. Isso não é trabalho exclusivo dos irmãos Winchesters.

– Mais um motivo para eu ir com você. - insistiu ele - Quando o encontrarmos, podemos enfrentá-lo juntos.

– Juntos? - repetiu ela incrédula - Você quer cuidar dele sozinho, Sam, porque não acredita que eu sou capaz de fazer isso. Mas você ficaria surpreso se me deixasse mostrar do que eu sou capaz.

– Eu só estou tentando te proteger. - esclareceu ele.

– Eu não preciso da sua proteção, Sam. Eu não quero estar sob a sua proteção, eu quero estar ao seu lado. Como iguais. Do que você tem tanto medo?

– Ok! Chega. - interrompeu Mia ficando entre os dois - Eu não acredito que vocês estão discutindo a relação enquanto o meu anjo está por aí correndo perigo. - e olhando para cada um deles, orientou - Meredith, Sam vai com você. Dean, procure no banheiro. Eu vou checar a biblioteca e avisar os outros.

Após dizer isso, Mia pegou o celular e se afastou da mesa. Dean também se afastou e Sam seguiu Meredith. Então Mia começou a andar entre as pessoas enquanto escrevia o SMS para avisar os outros, mas acabou esbarrando sem querer esbarrou em Caroline. Sem saber o que estava acontecendo, a loira abraçou Mia e comemorou eufórica:

– Eu estou tão feliz por vocês! Isso foi tão romântico... Até que enfim você ouviu as suas amigas!

Mia sorriu, mas em seguida se afastou e tentou explicar:

– Sabe o que não é nada romântico? O Cas sumiu. Sem verbena. E com o Silas à solta.

Caroline a olhou preocupada e murmurou:

– Oh meu Deus...

– Caroline, eu preciso da sua ajuda. Você pode avisar os outros? Eu mal consigo escrever a mensagem... - disse Mia mostrando que suas mãos estavam trêmulas enquanto segurava o celular.

– Calma, Mia. - tentou tranquilizar Caroline - Nós vamos encontrá-lo. Não se preocupe. Silas não tem motivo para envolver o Castiel nisso.

– Assim como ele não tinha motivo para me transformar e mesmo assim ele fez só para se vingar da Elena? - lembrou Mia ficando ainda mais nervosa e preocupada enquanto aquele pressentimento ruim se fortalecia dentro dela - Silas é um monstro capaz de qualquer coisa. Nós temos que detê-lo antes que seja tarde...

Neste momento, Stefan se aproximou das duas e perguntou:

– O que está acontecendo?

– Castiel sumiu. - respondeu Caroline.

Stefan olhou para Mia e percebeu como ela estava nervosa e embora estivesse surpreso com o que Caroline contou tentou tranquilizar a garota dizendo:

– Não se preocupe, Mia. Nós vamos encontrá-lo. Vai ficar tudo bem.

Ela assentiu sem muita confiança e Caroline pediu olhando para o vampiro:

– Stefan, você pode ficar com ela enquanto eu aviso os outros e procuro nas salas de aula? Ela está muito nervosa...

– Eu estou ótima. - mentiu Mia.

– Tudo bem. - respondeu Stefan para Caroline - Eu cuido dela.

Em seguida, a loira se afastou e pegou o celular para avisar os outros. O vampiro olhou para Mia com certa compaixão e tranquilizou colocando a mão em seu ombro:

– Nós vamos encontrá-lo, Mia. Confie em mim. Silas não vai fazer nada com ele. - e depois que a garota se acalmou um pouco, ele perguntou - Por onde vamos começar?

– Biblioteca. Stefan... Eu estou bem. Eu posso procurar sozinha. Você não precisa fazer isso. - respondeu ela enquanto voltava a andar entre as pessoas.

– Claro que eu preciso. - insistiu Stefan a seguindo - Eu sou seu amigo, Mia. Eu vou com você.

Enquanto isso, Dean entrava em um dos banheiros masculinos da escola. Por incrível que possa parecer, o lugar estava completamente vazio. Parece mesmo que ir ao banheiro em festas é típico das mulheres e não dos homens.

A luz estava apagada e Dean permaneceu na porta por alguns instantes antes de acendê-la e chamar:

– Cas? Você está aqui?

Como não teve resposta, Dean resolveu sair de lá e procurar o anjo em outros lugares, mas quando ia dar as costas ouviu uma das portas ranger e voltou.

– Cas? - arriscou ele e como não teve resposta de novo, disse - Cara, por favor, me diz que você está com dor de barriga.

Uma das portas rangeu novamente e Dean pegou a Colt que mantinha escondida com ele e entrou no banheiro. Se não fosse Castiel, aquele barulho podia muito bem ter sido causado por Silas e Dean devia ficar atento ao menor ruído.

Então ele foi caminhando bem devagar pelo banheiro e abrindo cada uma das portas com a Colt pronta para disparar no desgraçado do Silas se ele aparecesse ali.

Quando chegou na última porta, Dean hesitou um pouco. Mas ao ouvir ruídos indecifráveis lá dentro, ele a empurrou com força e mirou a Colt na direção do casal assustado que estava escondido ali. Num clima meio quente e romântico. Dean reconheceu o casal. Era o mesmo que havia incentivado Mia enquanto ela estava no palco pronta para se declarar para Castiel.

– Cara! O que você pensa que está fazendo? - surpreendeu-se o rapaz protegendo a companheira atrás dele.

Os dois estavam vestidos, mas com os botões das roupas abertos. A mulher estava um tanto descabelada e com o batom borrado. Definitivamente Dean havia interrompido um belo de um amasso entre dois.

O casal mantinha os olhos na Colt que Dean segurava e o caçador deu um leve sorriso ao dizer enquanto fechava a porta:

– Por favor, não parem por minha causa.

Em seguida, Dean saiu do banheiro rapidamente e guardou a Colt enquanto ria ao lembrar da cena constrangedora. Mas depois lembrou que ainda precisava checar os banheiros dos outros andares e resolveu esquecer aquele momento embaraçoso.

Enquanto isso, Stefan e Mia chegavam na porta da biblioteca. A garota segurou a maçaneta, mas hesitou com receio do que poderia encontrar lá dentro. Além de livros e traças, é claro.

Mia estava realmente preocupada com o desaparecimento de Castiel. E isso a fez lembrar de quando Crowley o prendeu em uma armadilha para anjos, na biblioteca da Universidade, em San Francisco, há alguns meses, pouco antes de Mia mandar o Rei do Inferno para o andar de baixo. Mas se naquela época tudo terminou bem, agora Mia não tinha certeza de nada. Não queria ser pessimista, mas aquela sensação ruim aumentava a cada instante. Ela sabia que Castiel estava em perigo. Podia sentir isso. Maldita hora em que ela virou vampira e perdeu o dom de prever o futuro! Daria qualquer coisa para saber onde Castiel estava naquele momento. Ele precisava de ajuda. Ela sabia disso. O sangue de demônio ainda estava no seu corpo. Lutando com o sangue de vampira. Fazendo aquele mau pressentimento torturá-la cada vez mais.

A mão de Stefan sobre a sua, na maçaneta, fez Mia voltar a si. Ele a olhou com compaixão e tentou tranquilizá-la de novo:

– Nós vamos encontrá-lo. Eu prometo. Vai ficar tudo bem.

Em seguida, o vampiro ajudou Mia a girar a maçaneta e abriu a porta da biblioteca. Os dois ficaram alguns instantes parados na porta antes de Mia ter coragem para entrar. Stefan acendeu as luzes e a seguiu.

Na festa, Damon e Elena receberam a mensagem de Caroline. Assim como Tyler e Jeremy. Todos ficaram preocupados com o desaparecimento de Castiel e imediatamente se espalharam para procurá-lo. Nem um deles duvidava que Silas estava por trás daquilo e isso era preocupante.

Mia passava por cada corredor da biblioteca procurando Castiel. Antes de olhar para o final de cada corredor, ela sentia um medo aterrador. Não de Silas, mas do que ele podia ter feito com o seu anjo.

Quando verificou o último corredor, não sabia se ficava aliviada ou ainda mais tensa. Logo atrás dela, Stefan começou a falar:

– Posso te perguntar uma coisa? - e como a garota não respondeu, ele arriscou - O que você viu nele?

Mia se virou sem entender o por que daquela pergunta e indagou confusa:

– Como é?

– O que você viu no Castiel, Mia? O que te fez se apaixonar por ele? - perguntou Stefan.

– Por que isso é importante agora? - estranhou a garota - Stefan, nós temos que encontrá-lo, lembra? Além disso, eu já te contei inúmeras vezes como eu me apaixonei por aquele nerd. Por que essa pergunta agora? Vamos! Temos que sair daqui e continuar procurando.

Ao terminar de dizer isso, Mia deu alguns passos a frente pensando em sair daquele corredor. Mas, surpreendentemente, Stefan barrou a sua saída. Mia o olhou sem entender.

– O que você está fazendo? - estranhou ela.

– Por que ele? - indagou o vampiro e depois de alguns instantes, prosseguiu - Você lembra como era antes dele vir para Mystic Falls? Eu e você?

– Stefan... Do que diabos você está falando? - perguntou Mia começando a ficar preocupada com aquela estranha conversa.

– Nós ficamos amigos, Mia. Nós nos aproximamos durante esse tempo que você ficou afogando as mágoas por causa dele. Aliás, foi no meu ombro que você chorou. E você também me ajudou quando eu estava sofrendo por causa da Elena... - recordou o vampiro.

– Porque eu sou sua amiga. - esclareceu Mia - E você é meu amigo também. Mas é só isso, Stefan. O que deu em você?!

Stefan se aproximou e Mia andou pra trás, mas parou quando esbarrou as costas em uma das estantes. O vampiro apoiou as mãos em volta dela encurralando Mia e continuou enquanto a garota entendia cada vez menos o que estava acontecendo:

– Mia, pense um pouco. Você é uma vampira. Eu sou um vampiro. E Castiel é só um humano frágil como todos os humanos... E ele ia ir embora há um mês. Ele ia te deixar, Mia!

– Stefan... Eu não sei o quê você bebeu na festa, e, honestamente, eu não me importo, mas essa conversa termina aqui. - disse a garota e em seguida tentou afastar o vampiro, mas ele a segurou com força pelos ombros a impedindo de se mexer - Me solta! - gritou Mia, mas Stefan era um vampiro muito mais velho do que ela e, por isso, era mais forte também.

– Como você pôde aceitá-lo de volta depois dele ter pensado em te deixar pra sempre? - indagou o vampiro com uma indignação que ela desconhecia.

Mia o olhou ainda mais confusa e perguntou com raiva:

– Que conversa é essa?! O que você está querendo dizer com tudo isso, Stefan? Você foi a pessoa que mais me aconselhou a lutar por ele...

– Eu estava errado! - gritou o vampiro fazendo Mia se assustar e em seguida, continuou mais calmo - Eu estava errado... Agora eu percebo isso, Mia. Quando eu te vi naquele palco, fazendo aquela declaração de amor pra ele, eu percebi que não é mais por Elena que eu sofro...

– Não... - interrompeu ela sem querer ouvir o que Stefan parecia que ia dizer.

– É por você. Mia... Eu me apaixonei por você. - confessou ele deixando Mia sem reação por alguns instantes.

Mia não imaginava que Stefan se sentia assim em relação à ela. E não queria que ele se sentisse assim. Mia gostava muito dele, mas como amigo. Stefan era um ótimo amigo. Um ótimo ombro para afogar as mágoas. Uma ótima companhia. Tinha um coração puro e um caráter que muitos homens nunca teriam. E sim, ela também o ajudou quando ele estava sofrendo por ter perdido Elena para o irmão, mas a relação deles nunca foi além disso. Nunca. Nem mesmo passou pela cabeça dela que eles pudessem ter alguma coisa. Ela só tinha olhos para Castiel. Só ele. E Stefan sabe disso. Mia não conseguia entender por que ele estava agindo daquela forma. Nem parecia ele... Era isso! Aquele não era Stefan. Era Silas! Ao se dar conta disso, Mia ficou ainda mais chocada com a ousadia daquele desgraçado. Mas como se tivesse lido os pensamentos da garota, ele esclareceu:

– Eu não sou o Silas. Sou eu, Mia. Stefan. Eu juro. Eu sei que talvez você prefira acreditar que eu sou ele do que lidar com o fato de que eu estou apaixonado por você. Mas é a verdade. Eu te amo, Mia.

– Não fale assim... - pediu a garota.

– Por que não? Por que eu não posso te amar? E por que você não pode me amar também? - questionou ele.

– Porque eu amo outra pessoa. E porque no fundo você ainda ama Elena... E principalmente, porque nós somos amigos, Stefan. Só amigos. - respondeu ela com cuidado para não magoá-lo.

– Mas você nunca teve curiosidade? - perguntou ele olhando para os lábios de Mia.

– O quê? - não entendeu ela.

– Tudo bem, Mia. Elena ama o Damon e você ama o Castiel. E pra variar, ninguém me ama. Que escolha eu tenho a não ser aceitar isso? Mas você nunca teve curiosidade? - insinuou ele.

– Do que você está falando exatamente? - estranhou ela voltando a ficar confusa.

– Quando nós íamos beber no Mystic Grill e afogar as nossas mágoas, quando a gente ficava conversando até de madrugada sobre Elena e Castiel, ao som de Bon Jovi... Em nenhum momento você teve curiosidade? Em nenhum momento você teve vontade de... - insinuou Stefan novamente.

– Stefan, pare. - pediu Mia tentando se soltar novamente ao perceber aonde ele queria chegar.

– Um beijo. - pediu ele - Um único beijo. E eu prometo que nunca mais vou te perturbar com nada disso. Eu vou te esquecer, Mia. Assim como eu esqueci Elena. Mas eu preciso ter alguma lembrança sua.

– Você tem várias lembranças minhas. - disse ela - Eu morei na sua casa por um mês...

– Não... Não é disso que eu estou falando e você sabe muito bem, Mia. Eu quero um beijo. Eu preciso de um beijo. É só o que eu te peço. - insistiu ele se aproximando mais dela.

– Não! - gritou a garota tentando se livrar dele mais uma vez, porém sem sucesso - Stefan, se você fizer isso, nossa amizade termina aqui, você está entendendo?! Acaba aqui!

O vampiro a olhou um tanto hesitante, mas sem conseguir lutar contra aquilo. Precisava beijar Mia. Então ele a segurou mais forte contra a estante e colou seus lábios nos dela com força enquanto ela esperneava.

Enquanto isso, Caroline checava as salas de aula do primeiro andar da escola procurando por Castiel. Os corredores estavam escuros e havia um silêncio quase absoluto, exceto pela música ao longe que vinha da festa.

Enquanto caminhava por um dos corredores, a vampira teve a impressão de que alguma coisa passou rapidamente atrás dela e então ela se virou assustada. Mas não viu ninguém.

– Castiel? - arriscou ela.

Como não obteve resposta, ela se virou para continuar procurando pelo ex-anjo, mas parou ainda mais sobressaltada ao se deparar com um rosto conhecido que não deveria estar ali.

Stefan tentava a todo custo envolver os lábios de Mia com os seus, mas ela continuava relutando. Chegou a mordê-lo, mas ele não se intimidou. No fundo, Stefan sabia que Mia estava com raiva por ele ter feito aquilo, mas não imaginava o que estava acontecendo exatamente dentro dela. A verdade é que nem Mia sabia direito. Apenas tentava canalizar toda a raiva que sentia e reunir todas as forças que tinha dentro de si. E quando Stefan menos esperava, a garota o empurrou violentamente contra a estante do outro lado do corredor. Ele caiu e bateu a cabeça em uma das prateleiras derrubando vários livros sobre ele. Ficou um tanto zonzo. Não entendia como Mia tinha conseguido fazer aquilo, mas em seguida lembrou que ela ainda tinha sangue de demônio no corpo. Talvez nem ela entendesse como tinha conseguido reunir forças para empurrar um vampiro bem mais velho do que ela.

Então ele se arrastou um pouco, sentou e apoiou as costas na estante enquanto Mia pegava a arma carregada de balas de madeira que havia escondido na meia-calça. E quando Stefan ia levantar, ouviu o barulho do gatilho e Mia ordenar enquanto apontava a arma na direção dele:

– Não se mexa. Silas...

Caroline olhou para o vampiro na sua frente e perguntou confusa e surpresa:

– Stefan, o que você está fazendo aqui? Eu te pedi para ficar com a Mia...

– Do que você está falando? - perguntou ele sem entender o que estava acontecendo - Onde está todo mundo?

Caroline o olhou desconfiada e respondeu:

– Isso, não tem graça, Stefan. Você sabe muito bem o que está acontecendo. E você devia estar com a Mia e ajudando a procurar o Castiel.

– Castiel sumiu? Quando? - perguntou o vampiro e pela surpresa dele, Caroline começou a acreditar que ele realmente não sabia do que ela estava falando.

Mas ao mesmo tempo, ela imaginou que aquele talvez não fosse o verdadeiro Stefan, e sim Silas. E deu um passo pra trás. Ele percebeu e deu um passo a frente enquanto ela dava mais dois pra trás. Então ele parou e esclareceu:

– Eu não sou o Silas, ok? Sou eu, Caroline. Stefan. Eu juro.

Na biblioteca, Mia mantinha a arma apontada na direção do vampiro sentado no chão. Ele olhou confuso para a garota enquanto colocava a mão na cabeça, no local que havia sofrido o maior impacto quando Mia o empurrou, e tentou explicar:

– Eu não sou o Silas, ok? Sou eu, Mia. Stefan. Eu juro.

– O Stefan de verdade nunca faria o que você fez. - disse Mia com raiva.

– Na verdade... Eu posso explicar essa parte. - garantiu ele tentando levantar.

– Eu disse "Não se mexa"! - gritou Mia fazendo o vampiro se sentar de novo.

Diante do outro Stefan, Caroline argumentou:

– Você sabe que isso seria exatamente o que Silas diria, não sabe?

– Caroline... Por favor, você precisa acreditar em mim. Eu não tenho ideia do que está acontecendo aqui. Eu estava na festa, como todo mundo, e de repente todos sumiram e agora você diz que Castiel está desaparecido? Onde está a Mia? - e como a loira continuava desconfiada, ele tentou convencê-la - Você me conhece melhor do que ninguém, Caroline. Sou eu.

Mia observou o outro Stefan e disse sem abaixar a arma:

– Muito bem. Eu estou esperando uma explicação. Por que você agiu desta forma?

Ele pensou um pouco tentando encontrar as palavras certas e explicou:

– Eu não queria te beijar, Mia. E eu sinto muito por ter feito isso. Eu também não quis te dizer aquelas coisas, mas Silas me obrigou.

– Como? - quis saber ela.

– Ele me compeliu. - respondeu Stefan - Eu esbarrei com ele na festa. Ele estava fingindo ser um garçom. Então ele me abordou e me compeliu.

– Por quê? - indagou Mia.

– Eu não sei. Mas eu acho que ele queria te manter distraída por um tempo e me usou para isso. - explicou ele - Provavelmente foi com esse disfarce que ele enganou o Castiel e o levou pra algum lugar.

– Eu não sabia que ele podia compelir outros vampiros. - observou Mia desconfiada daquela explicação.

– Aparentemente ele pode. Assim como os vampiros originais podem. E ele pode fazer muito mais, Mia. Silas pode entrar na nossa mente e fazer a gente ver coisas e sentir outras que não existem de verdade. E usar tudo isso contra nós. É por isso que temos que tomar muito cuidado esta noite, Mia. - respondeu ele.

Ela pensou um pouco e perguntou após alguns instantes:

– Então você não quis me beijar de verdade?

Stefan sorriu e respondeu:

– Não. Silas me obrigou. Não me entenda mal, Mia. Você é uma garota muito especial que faria qualquer homem feliz, mas eu e você sabemos muito bem por quem o seu coração bate mais forte. Nós sabemos que você só tem olhos para um certo anjo.

O outro Stefan deu um passo a frente e perguntou para Caroline:

– Onde está a Mia?

– Por que eu deveria dizer? - indagou a loira ainda desconfiada.

– Porque o verdadeiro Silas ainda está por aí rindo desta nossa conversa conversa esse exato momento. E pelo que eu entendi você pediu pra ele ficar ao lado da Mia, certo? E agora a vida dela corre perigo e Silas conseguiu exatamente o que ele queria. Nos confundir. - respondeu Stefan, mas como a vampira continuava na defensiva, ele insistiu ainda mais preocupado - Por favor, Caroline... Confie em mim. Em nome da nossa amizade, eu estou te pedindo. Onde a Mia foi com aquele psicopata?

A vampira respirou fundo e pensou mais um pouco. Silas não podia imitar alguém tão bem daquele jeito. Aquele era Stefan. E sem querer ela colocou a vida de Mia em perigo ao entregá-la nas mãos do falso Stefan. Sentia-se péssima e percebeu que ele tinha razão. Estavam perdendo tempo e Silas devia estar se divertindo naquele momento. Era tudo o que Silas queria. Despistá-los, confundí-los e acabar com o plano deles. E provavelmente matar todos eles até o fim da noite.

– Ok. Eu acredito em você. Eles foram até a biblioteca. - contou Caroline por fim.

Na biblioteca, o outro Stefan continuou com um leve sorriso:

– Eu gosto de você, Mia. Muito. Mas é só como amigo. Portanto não tenha ilusões... Você não faz o meu tipo. Tudo o que eu quero de você é o seu ombro pra chorar de vez em quando.

Mia o observou por alguns segundos e em seguida sorriu e abaixou a arma.

– Isso você sempre vai ter, Stefan. Minha amizade. Sempre. - afirmou ela.

– Então? - indagou ele.

– Ok. Eu acredito em você. - respondeu ela.

Stefan sorriu aliviado e Mia se aproximou para ajudá-lo a levantar depois de guardar a arma. Ele colocou a mão na cabeça que ainda doía por causa do impacto contra a estante e perguntou:

– Posso saber de onde veio toda aquela força?

– Do sangue de demônio dentro dela. - respondeu o outro Stefan aparecendo no começo do corredor ao lado de Caroline - Você não esperava por isso, não é mesmo, Silas? Que Mia pudesse ser mais forte do que você? Do que todos nós? O seu plano não previa isso, previa?

Os quatro se olharam apreensivos diante dos dois Stefans presentes ali. Foi Caroline que quebrou o silêncio alertando:

– Mia, cuidado! É ele!

– Não! Sou eu, Mia! O verdadeiro Stefan! Você sabe disso! - afirmou o vampiro enquanto segurava Mia pelos ombros.

Ela o olhou confusa e em seguida observou o outro Stefan. E viu um sorriso cínico surgir no rosto do vampiro ao lado de Caroline revelando que era ele o mentiroso. Porém, antes que pudesse alertar a loira, Silas se moveu rapidamente e quebrou o pescoço de Caroline que tombou no chão.

Em seguida, Silas olhou para Stefan e Mia no final do corredor e disse em tom provocativo:

– Desculpe por interromper o momento romântico.

– Não tem nada de romântico aqui, Silas. Mia e eu somos só amigos. - esclareceu Stefan.

– Talvez. Mas eu tenho certeza que você foi bem convincente. Exatamente como eu pedi. No fundo, eu acho até que vocês se divertiram um pouco, não? Oh... O que o pobre Castiel pensaria disso? - provocou Silas.

– Você é nojento. - xingou Stefan o olhando com ódio.

– E você fez um ótimo trabalho, Stefan. Mas agora é a minha vez de assumir o controle. Obrigado por distraí-la. Você foi muito útil. - continuou ele ignorando o que Stefan havia dito.

– Por falar nisso, por que você precisava me manter distraída? - perguntou Mia tentando se manter calma.

Stefan se colocou na frente da garota a protegendo com o próprio corpo a medida que Silas andava lentamente pelo corredor mexendo em alguns livros.

– Não é óbvio? Eu precisava que você ficasse ocupada enquanto eu cuidava daquele anjo. - respondeu Silas friamente.

– O que você fez? - indagou Mia preocupada.

Ele abriu um dos livros e respondeu com sarcasmo olhando para a garota:

– Oh! Não se preocupe. Você vai vê-lo de novo. Aliás, eu preciso que você o veja. Faz parte do plano, querida.

– Que plano? - indagou ela enquanto seus olhos começavam a ficar úmidos ao imaginar o que Silas podia ter feito com Castiel.

– Ele está mentindo, Mia. - tentou tranquilizar Stefan - Ele está dizendo essas coisas só para te torturar e nos confundir ainda mais.

– Eu estou? - indagou Silas com outro sorriso cínico - Eu não apostaria nisso...

– Que plano?! - insistiu Mia enquanto uma lágrima escorreu pelo seu rosto.

– Você vai descobrir. Aos poucos. - respondeu Silas erguendo uma das sobrancelhas - Nós ainda veremos Castiel, não se preocupe. Ele faz parte do ato final. É o meu golpe de mestre.

– O que você fez com ele? Você o machucou? - perguntou Mia ainda mais preocupada.

Silas suspirou, fechou o livro e o guardou na prateleira antes de responder:

– Ok. Você está curiosa e eu entendo. Mas como eu disse, Castiel é o ato final e até lá nós temos um longo caminho pela frente. Então eu sugiro que a gente termine essa conversa e que você venha comigo, Mia.

– Ela não vai com você pra lugar nenhum. - discordou Stefan.

– Vocês sabem que eu posso compelí-los, não sabem? - lembrou Silas.

– Então é melhor você fazer isso porque é a única forma de eu deixar você levá-la daqui. - respondeu Stefan com firmeza.

– Humm... Vejo que você incorporou mesmo o namorado protetor, hein, Romeu?. - zombou Silas - Mas compelir vocês seria tão fácil e entediante... E onde estaria a diversão nisso tudo? Quer saber? Eu concordo com a Mia. Essa festa está muito chata. Falta alguma coisa pra minha noite ser perfeita! Eu só quero me divertir, amigos.

– Por que você está fazendo isso? - indagou Stefan.

Silas riu e deu alguns passos a frente enquanto Stefan e Mia andavam pra trás. Então Silas parou e respondeu:

– É irônico você me perguntar isso porque da última vez que eu ouvi, vocês estavam tramando o meu fim. Eu só estou me defendendo.

Stefan pensou um pouco enquanto continuava protegendo Mia atrás de si e propôs:

– Então vamos encerrar esse assunto, Silas. Nós deixamos você livre e você nos conta onde o Castiel está. E ninguém se machuca esta noite.

Silas o olhou incrédulo e em seguida abriu um sorriso. Se apoiou em uma das prateleiras e começou a gargalhar. Mia e Stefan se olharam sem entender qual era a graça. Não que eles realmente quisessem deixar Silas livre, mas talvez fosse a única opção que tivessem já que não haviam previsto que ele envolveria Castiel naquele misterioso plano e, portanto, estavam em desvantagem. Depois de alguns instantes rindo incontrolavelmente, Silas finalmente conseguiu falar:

– Ninguém se machuca esta noite? Vocês vão me deixar livre? Por favor... Assim vocês me ofendem. É claro, que vocês vão me deixar livre. Mas não por escolha própria ou através de uma trégua, e sim porque pelo o que eu percebi o plano de vocês não é tão bom quanto vocês quiseram que eu acreditasse. Vocês estão desesperados porque perceberam que o meu plano é muito mais audacioso e muito melhor do que o de vocês. E agora vocês querem que eu simplesmente abra mão dele? Só porque vocês estão perdendo e eu estou ganhando? Que falta de espírito competitivo... Além disso, é tarde pra voltar atrás. Castiel que o diga...

Ao ouvir a última parte, Mia se desesperou ainda mais e tomou a frente de Stefan ao perguntar:

– O que você fez com ele, son of a bitch?!

Stefan percebeu que Silas ia caminhar até Mia e se colocou entre eles empurrando o vampiro milenar com força. Silas caiu no corredor logo a frente do que eles estavam antes derrubando uma das estantes. E então, como um efeito dominó, outras estantes que estavam atrás daquela, começaram a cair. Uma a uma.

– Mia, corre! - gritou Stefan para a garota.

Ela hesitou. Não podia deixar Stefan sozinho com aquele monstro. Stefan não podia vencê-lo. Ninguém podia. Talvez a Colt pudesse, mas a arma estava com o Dean. Foi aí que Mia lembrou da arma que mantinha presa à meia-calça. Não era a arma poderosa feita por Samuel Colt, mas tinha balas de madeira. E embora aquilo não fosse matar Silas, pelo menos daria alguma vantagem para Mia e Stefan saírem dali em segurança.

Ao perceber que a garota tentava pegar a arma, Stefan a interrompeu dizendo:

– Mia, corra! Agora! Eu distraio ele.

Distrair ele? Então Stefan queria que Mia encontrasse Dean e trouxesse a Colt enquanto ele ficava ali com Silas? Que plano idiota! Ela ainda pensava nisso quando Stefan abriu o terno e mostrou que tinha uma estaca de madeira escondida com ele. Aquilo não ia matar Silas, mas com certeza podia atrasá-lo.

– Vai! - gritou Stefan e desta vez Mia obedeceu.

Ao sair do corredor, Mia viu Silas se levantar e olhá-la de um jeito maligno. Ela correu em alta velocidade enquanto o vampiro também se movia rapidamente, mas na direção de Stefan. Se jogou em cima dele e os dois caíram no chão derrubando mais estantes e espalhando livros por toda a parte. Se não fosse pelo alto volume da música que tocava na festa, com certeza aquilo teria chamado a atenção. Mas além da biblioteca ficar relativamente longe de onde o evento se concentrava e da música alta, boa parte dos convidados já estavam bem bêbados aquela hora da noite. O que de certa forma era bom, afinal ninguém precisava que eles soubessem o que estava acontecendo nos bastidores.

E enquanto os convidados se divertiam, Stefan tentava acertar Silas com a estaca, mas ele era mil vezes mais forte do que o Salvatore e virou a estaca na direção do peito de Stefan com facilidade. Logo, a madeira começou a perfurar o tórax e Mia parou de correr ao ouvir o grito agoniante do amigo.

Silas sorriu se divertindo com a fraqueza do adversário e Stefan indagou reconhecendo que havia perdido aquela batalha:

– Por que você não mostra a sua verdadeira face, desgraçado? Eu quero ver qual a sua cara antes de morrer...

– É exatamente isso que eu estou fazendo, Stefan. Essa é a minha verdadeira face. - respondeu Silas o olhando profundamente e vendo o espanto crescer nos olhos de Stefan - Sim... Você é o meu Doppelgänger.

Stefan não teve tempo de dizer mais nada. Silas cravou a estaca em seu peito com força e ele se engasgou com o próprio sangue até que de repente não conseguiu mais lutar contra aquilo e fechou os olhos.

Então Silas se levantou e se virou ao mesmo tempo em que Mia apareceu no começo do corredor.

– Não! - gritou ela desesperada.

Silas gostou de ver o choque nos olhos da garota ao ver Stefan no chão. Lágrimas rolaram pelo rosto dela e sem se importar com aquilo, ele perguntou:

– Então, você prefere o jeito fácil ou o difícil?

Mia controlou o desespero que sentia pela morte de Stefan e pelo desaparecimento de Castiel e pegou a arma. Apontou o objeto para Silas com a mão trêmula. Com a outra mão enxugou o rosto rapidamente. Respirou fundo. O olhou com extremo ódio pelo o que ele havia feito. E por tudo que ainda planejava fazer aquela noite.

Silas apenas suspirou demonstrando uma frieza absoluta, passou por cima do corpo do Salvatore e depois por Caroline desacordada no chão enquanto Mia engatilhava a arma e dava alguns passos para trás.

Ele parou, olhou em volta e depois para o chão. Sorriu. Era divertido deixar aquele suspense no ar. Sabia que aquilo estava torturando Mia. Mas de repente, algo aconteceu e quebrou um pouco aquele clima de tensão.

Mia ouviu algo. Ouviu Stefan tossir e olhou para o amigo no chão. Ele havia se mexido um pouco também. Ela sorriu incrédula, mas cheia de esperança e muito aliviada. Stefan estava vivo! Era inacreditável, mas ele estava vivo! No entanto, Silas se aproveitou deste exato momento de distração para se mover rapidamente na direção da garota e a empurrou contra uma das estantes que ainda estava de pé.

Mia caiu no chão, mas não soltou a arma. Então Silas segurou o braço dela e o bateu com força repetidas vezes em uma das prateleiras. Ela gritou de dor quando percebeu que havia quebrado o braço e por fim soltou a arma. Então o vampiro segurou o rosto dela e virou a cabeça de Mia com mais força ainda para o lado quebrando também o seu pescoço.

– Do jeito difícil. Vocês sempre preferem o jeito difícil. - deduziu ele e depois que a pegou no colo e caminhou em direção à saída, resmungou com ironia - Mulheres...

Em seguida, Silas parou na porta e se virou para olhar a biblioteca mais uma vez. Várias estantes derrubadas, livros pelo chão e dois vampiros feridos. Sorriu e apagou a luz antes de sair carregando Mia nos braços.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Acharam que o Stefan tinha morrido, não foi? Por um momento vocês me odiaram por isso? Então respirem, relaxem e não me odeiem porque o Tefinho está bem, gente! AaaaeeeeeeeeeeeFerido, é verdade. A estaca passou pertinho do coração fofo dele, mas o vamp está estável, respirando sem a ajuda de aparelhos e no próximo capítulo vocês terão um boletim médico atualizado.E fiquem aliviados e agradecidos porque eu só ia mostrar ele tossindo e dando sinal de vida no próximo capítulo kkkkkkkk. Ou seja, vocês iam passar alguns dias achando que o vamp fofis tinha mesmo batido as botas e provavelmente me odiando por ter matado o bichinho, sendo que eu não teria matado. Então eu seria acusada por um crime que não cometi e não poderia me defender porque estragaria a surpresa. Vixe!Bem, o fato é que enquanto eu escrevia, eu achei melhor esclarecer este ponto logo porque a verdade é que eu também ficaria agoniada com a agonia de vocês. Eu também me odiaria, entendeu? E eu acabaria chorando pela morte dele mesmo sem tê-lo despachado... Aff meu cérebro deu curto circuito aqui...Bem, sobre o nome do capítulo é bem óbvio, não? Quem assistiu a 4 temporada de TVD sabe que Stefan é o Doppelgänger do Silas e obviamente eu precisava colocar isso na fic também. Ah! E eu também adoro essa palavra. É tão gostoso de pronunciar. Será que é de origem alemã? Doppelgänger, Doppelgänger, Doppelgänger, Doppelgänger kkkkkkkk Ai é uma delícia! Experimenta ae!Prosseguindo... Sobre os dois Stefans que vimos no capítulo, tenho uma confissão a fazer: A princípio, o Stefan que estava com a Mia era para ser o falso, e o que estava com Caroline, seria o verdadeiro. E enquanto eu escrevia, eu mudei de ideia várias vezes, e Stefan e Silas ficaram trocando de lugar na minha cabeça e confundindo os meus neurônios kkkkkkk até que eu finalmente decidi que o Stefan verdadeiro estava com Mia e o Stefan falso (no caso, Silas) estava com Caroline. O beijo de Stefan e Mia foi um jeitinho que eu arranjei de atender uma sugestão da Juje Winchester. Bem, digamos que ela queria ver um beijo entre os dois e eu fiquei pensando nisso desde então.E aí eu pensei: Mia ama Castiel, Castiel ama Mia, Stefan e Mia são amigos. OK. Mas e se Silas forçasse Stefan a beijar Mia com um propósito maligno? Ou vários? Para distraí-la enquanto ele fazia Castiel desaparecer, para fazer Mia e Stefan se sentirem mal com aquilo, para testar a amizade dos dois, para constrangê-los, para se divertir com isso, para Silas mostrar do que é a capaz etc. Ou seja, não foi só um beijo. Foi uma jogada arquitetada pelo grande vilão da história com vários propósitos importantes para o andamento do seu misterioso e maligno plano. Cuma?Além disso, eu tenho que confessar que imaginar a cena com Mia esperneando e Stefan meio tarado foi engraçado kkkkkk. Mas achei lindo eles reafirmando que são só amigos e superando o momento constrangedor. Resumindo: Quando Stefan pergunta se Mia nunca teve curiosidade... Eu acabei ficando curiosa e precisei matar essa curiosidade, entendeu? Ainda mais depois que a Juje falou que às vezes amigos se beijam e que seria legal mostrar um reles beijinho entre eles. Aí pronto! Fiquei com a pulga atrás da orelha e precisei escrever kkkkkk Afinal, quem nunca beijou um amigo acidentalmente? Oi?Mas não se preocupem, como ficou bem claro no capítulo, nesta fic e em todas as outras que eu escrevi, Castiel e Mia foram mesmo feitos um pro outro. E além disso, eu tenho outros planos para Stefan com uma outra mocinha... Oi? Vocês saberão mais sobre isso no próximo capítulo e eu vou querer a opinião de vocês quando eu publicá-lo. Então aguardem e confiem!Well, adorei escrever este capítulo porque descobri que Silas é um vilão muito interessante de se trabalhar. Na série ele ainda é um mistério pra mim. Não consegui mergulhar completamente na sua alma doentia. Mas aqui na fic eu quis mostrá-lo com eu idealizo os vilões fodásticos. Com muito sarcasmo, frieza, mistério e muita, muita, mais muita maldade. Gente, ele quase matou o Tefinho, quebrou o braço da Mia e deu um chá de sumiço no Cas!!! Corram para as colinas!!!Mas se serve de consolo, a coisa toda vai piorar. Oi? Silas ainda vai fazer muita maldade, se passar por muita gente e confundir ainda mais os meus e os vossos neurônios até descobrirmos qual é o famigerado plano dele. Uma curiosidade: Minha intenção era terminar a fic no capítulo 15, aí eu mudei pra 20, e agora eu acho que consigo terminar com 23 capítulos. Praticamente uma temporada da série kkkkkk tô pirando aqui, povo!Eu tinha uma ideia inicial (geralmente eu sei como eu quero terminar cada história) e essa ideia inicial continua firme e forte na minha cachola delirante. Mas, ao mesmo tempo, eu resolvi explorar outros pontos, escrever sem tanta pressa, explorar mais os detalhes, os personagens, as situações e deixar vocês bem agoniados, curiosos e até me odiando talvez kkkkkk Resumindo: o negócio foi ficando tão instigante de escrever que a fic vai acabar quando tiver que acabar, nem cedo, nem tarde, no momento certo. E eu quero surpreender vocês até lá.Estou super feliz também porque novos leitores surgiram, mais reviews e favoritos, e isso me incentiva a me esforçar mais e me superar nessa bagaça aqui!Ah! O lance do sangue de demônio será mais explorado na próxima fic. Mas eu quis insinuar neste capítulo que por mais que Mia tente esquecer esse pequeno detalhe, o sangue de Crowley ainda está lá e ainda tem influência sobre ela. E posso adiantar que isso trará complicações na próxima história...Por falar em próxima história, resolvi que farei várias fanfics durante a 9 temporada, e não mais uma gigante como eu havia sugerido nas notas do outro capítulo. Acho que será mais viável assim, afinal eu fiz isso com a 8 temporada. E uma fanfic gigantesca poderia ficar cansativa e sem começo, meio e fim bem claros. Gente, escrevi tanto que essas notas deviam ser publicadas como um capítulo à parte kkkkk (eu e minhas breves ressalvas). Mas é que realmente eu estou gostando muito desta experiência. E queria dividir isso com vocês. E espero melhorar cada vez mais e encontrar vcs nas próximas fics que com certeza eu vou escrever. Bem, o próximo capítulo será publicado na quinta-feira. Já estou trabalhando nele e tá ficando bem instigante!Não sejam tímidos. Reviews, por favor!Por hoje é só, pessoal! Inté! PS: no próximo capítulo eu posto a imagem do vestido da Mia.