Um Destino A Dois escrita por Laura Marie


Capítulo 8
Reconquista




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Gambit parou a moto em frente ao portão do Instituto. Antes mesmo de ele desligá-la, Vampira soltou de sua garupa, tirando o capacete rapidamente.

- Obrigada pela carona, Gambit! E também por... ter cuidado de mim – Vampira colocou o capacete na garupa e já ia indo embora.

- Hey, chérie! Espere! – Ao ver a pressa de Vampira, ele tirou o seu capacete e desceu da moto.

Além de querer entrar logo na mansão para mostrar a todos que estava bem, Vampira possuía um desejo de fuga. Ela não queria que alguém os visse juntos, não ainda.

- Você já está em casa, chérie. Se acalme! – Gambit se aproximou de Vampira, retirando uma mecha branca sobre o seu rosto.

Vampira se sentia mal por ter que deixá-lo tão depressa. Apesar dos pesares que ocorreram entre eles, ela ainda gostava dele.

- Eu sinto muito, Gambit. Mas eu posso ficar encrencada se alguém nos vir aqui.

Era tarde demais. De repente, ela se assustou com o barulho dos portões se abrindo. Alguém já tinha os visto pelas filmagens das câmeras de segurança. E assim que a portaria foi aberta, Bobby apareceu.

- Vampira, onde você esteve? Todo mundo está te procurando! – De repente Bobby encarou o seu olhar em Gambit. Ele não fazia idéia de quem era. Mas seja quem for, ele não gostou de ver o homem ao lado de sua ex-namorada.

- Eu estou bem! Eu avisei que daria uma volta, mas acabei me distraindo um pouco... – Vampira começou a ficar nervosa. O seu plano de entrar na mansão discretamente foi por água abaixo.

- Um pouco? A noite inteira quer dizer “um pouco”?  - Em seguida, Bobby voltou a encarar o Gambit – E afinal, quem é esse?

Gambit não gostou da maneira que Bobby tratou Vampira, assim como não tinha gostado do tom que ele usou para referi-lo. Gambit começou a sentir raiva, mas antes ele que pudesse o responder à altura, Vampira segurou a sua mão e o puxou para dentro da mansão. Ele, sem entender tal atitude, apenas a deixou que o guiasse.

- Bobby, depois nós conversamos direito!– Disse Vampira enquanto entrava pelo portão com Gambit.

Bobby também não conseguia entender o que aconteceu. Ele apenas observava os dois entrando pela área do instituto. Aliás, quem era aquele homem e por que Vampira estava com ele?

Vampira andava depressa e Gambit mal conseguia acompanhar o seu ritmo.

- Chérie...

- Gambit, espere! – Disse ela, enquanto o puxava pela mão.

Vampira o levou para um jardim do instituto. Lá quase nunca havia ninguém, sendo uma boa opção de lugar para se entenderem.

-Vampira, o que aconteceu ali? – Gambit estava confuso. Não conseguia entender porque aquele garoto exigia satisfações de Vampira. Além disso, ele também não compreendeu esta recente atitude de Vampira, já que, segundos atrás, ela queria fugir dele o mais rápido possível.

- Me desculpe! Eu estava tentando impedir isto! – A resposta de Vampira não atendeu à pergunta anterior de Gambit.

- Sim, mas eu estou falando sobre o que aconteceu com aquele cara. Por que ele exigia satisfações de você? Acho que você já é bem grandinha para tomar as suas próprias decisões, chérie.

- Bobby é um idiota! – Vampira nem se deu conta do que tinha falado. Ela estava furiosa por ter sido pega de surpresa.

- Ele é o seu ex-namorado, não é?

Vampira tinha até se esquecido de que havia falado algo sobre Bobby no dia em que conheceu Gambit.

- Sim... – Ela desviava o olhar.

Agora, Gambit começou a sentir algo que nunca sentira antes em sua vida. Era um sentimento ruim e confuso. Gambit estava com ciúmes. Ao ouvir a confirmação de Vampira, ele deu um sorriso sem graça, e também desviou o olhar.

- Então você me usou para fazer ciúmes naquele cara?

- O quê? – Vampira reparou que Gambit tinha ficado estranho – Eu não sinto mais nada pelo Bobby. Quero dizer, ele meu amigo, mas é apenas isso.

- Então por que me trouxe aqui? Antes de aquele cara aparecer, você parecia que queria se livrar logo de mim.

- Isso não é verdade! – Vampira começou a se preocupar com Gambit – Eu não queria me livrar de você!Eu precisava voltar para casa rápido. Além disso, se todo mundo me visse com você, eles iriam me encher com perguntas idiotas!

De repente, Gambit notou que Vampira começou a ficar chateada. Ela se afastou e ficou de costas para ele.

- Você acha que é fácil ter poderes iguais aos meus? – Disse Vampira, olhando para as suas mãos – Todo mundo iria dizer que eu deveria tomar cuidado, que eu deveria pensar melhor antes de sair com uma pessoa.

Gambit se aproximou novamente e a virou de frente a ele, segurando delicadamente os seus braços.

- Mas você sabe que não pode me ferir, chérie.

- Sim, eu sei. Mas não é fácil sempre ver aqueles olhares preocupados e ouvir os mesmos sermões.

Finalmente Gambit pôde sentir a dimensão dos problemas de Vampira. Devido aos seus poderes, ela se sentia excluída de uma vida social saudável, tendo que aturar comentários infelizes, e também suportar os outros sentindo pena dela. Vampira já tinha sofrido demais, ela não merecia passar por mais aborrecimentos.

Gambit, ao sentir a dor contida nas palavras de Vampira, se aproximou ainda mais dela, e começou acariciar o seu rosto, fazendo com que Vampira voltasse a encará-lo.

- Não se preocupe, chérie. Você tem a mim agora.

Vampira ficou sem fala e pôde sentir os seus olhos lacrimejarem. Ela sentia confiança nas palavras de Gambit, apesar de que nunca imaginou que ouviria palavras tão sinceras de um galanteador como ele.

Era um momento de ternura. Além disso, o cenário era perfeito para um casal de apaixonados. Apesar do Outono, o jardim ainda estava florido, e naquela manhã parecia estar ainda mais vivo com os brilhantes raios de sol. Vampira e Gambit ficaram se olhando por um momento, até que Gambit a puxou levemente, envolvendo-a entre seus braços. Vampira se deixou levar, e quando os seus lábios estavam quase se encostando aos dele, ela sentiu a presença de alguém se aproximando dali, e decidiu recuar.

- Vampira! – Logan ia em direção aos dois, acompanhado por Tempestade.

- Vampira, onde você estava? Estamos te procurando pela manhã inteira! – Tempestade, ao ver o Gambit com a Vampira, deduziu que aquele seria o homem com quem Vampira estava apaixonada.

Mas antes que Vampira pudesse dizer alguma coisa, Logan bateu os seus olhos em Gambit, o reconhecendo imediatamente, e foi na direção dele.

- Você !? O que está fazendo aqui?

- Também é bom te ver de novo, mon ami! – Gambit sorriu levemente.

- Espere! Afinal, o que está acontecendo aqui? – Tempestade parecia confusa. Há poucos dias Vampira estava extremamente magoada por um homem, e agora ela ressurge com ele, após ter passado a noite fora de casa.

- Eu é que pergunto o que está acontecendo aqui! – Logan também estava confuso e zangado – Vampira, o que este cara está fazendo aqui?

Vampira não sabia o que dizer. Ela não queria mentir, mas também não poderia contar a verdade. Apresentar Gambit como o ladrão que a nocauteou noite passada definitivamente não seria uma boa idéia.

- Vamos, Vampira! Estou esperando a sua resposta! – Logan parecia estar cada vez mais furioso.

- Logan, por favor, se acalme! – Tempestade tentava amenizar as coisas – Vampira, nós só estamos preocupados. O Peter nos contou que você tinha ido dar uma volta ontem à noite, mas ninguém te viu voltar. E hoje de manhã, você ainda não tinha voltado, então pensamos que alguma coisa havia acontecido.

- Mas eu estou bem! Desculpe-me pela preocupação, mas eu juro que estou bem mesmo! – Vampira tinha até se esquecido de suas dores pelo corpo.

- Mas o que este cara está fazendo aqui? – Wolverine apontava para Gambit.

Quando Gambit iria intervir na conversar, Vampira passou à frente.

- Eu o encontrei na noite passada e ele me trouxe para cá hoje.

- Então você passou a noite com este cara? - Wolverine já queria ir para cima de Gambit.

- Sim, mas não aconteceu nada! – De certa forma, Vampira estava mentindo. Realmente não havia acontecido nenhuma relação entre eles, mas a luta entre os dois também valia como um acontecimento.

Logan acreditou nas palavras de Vampira. Ele ainda não sabia que Gambit era imune aos poderes dela. Então, devido ao seu bom senso, ele chegou à conclusão de que nada poderia ter acontecido (ou poderia acontecer) entre eles.

- Está bem. Mas eu quero uma melhor explicação depois. E quanto a você, – Logan se aproximou de Gambit – eu vou estar de olho aberto!

Assim que deu o recado, Logan se virou e foi embora daquele lugar. Gambit não se sentiu nem um pouco intimidado pela ameaça. Afinal, ele já o conhecia e sabia que não faria nada. Já a Vampira, assim que Logan se foi, soltou um suspiro, se sentindo aliviada.

- Desculpe pelo Logan, ele só ficou muito preocupado com você, Vampira. Ele realmente se importa muito com você! – Disse Tempestade enquanto se aproximava do casal.

- Tudo bem, Vampira. Eu sei que você já tem idade o suficiente para passar a noite fora com quem quiser. Mas precisa tomar cuidado e também nos avisar! – Tempestade notou no silêncio de Vampira que ela estava intimidada com a sua presença – Bem, eu vou deixar vocês sozinhos. Mas eu também quero conversar com você depois, Vampira!

Pela tristeza e os relatos de Vampira, Ororo imaginou que Gambit não se passaria de um crápula. Então ela não conseguiu entender direito porque Vampira havia decidido encontrá-lo novamente. Mas ela compreendia que Vampira ainda gostava dele, então decidiu deixar os dois se entenderem sozinhos.

Assim que Tempestade foi embora, Vampira se virou envergonhada para Gambit.

- Me desculpe por isso, Gambit!

- Não precisa se desculpar, chérie. Eles realmente se importam muito com você – Gambit se aproximava novamente dela.

- Eu sei, mas às vezes eles se preocupam até demais!

- Eu também não queria ter ficado calado, até porque eu tenho uma certa culpa nisso.

- Não se preocupe,Gambit. Depois eu me entendo melhor com os dois – Vampira voltou a sorrir, e até sentiu vontade de continuar onde havia sido interrompida.

Os dois voltaram a se encarar sorrindo. Mas desta vez, o repertório, infelizmente, não se prosseguiu, conforme o planejado de Vampira.

- Acho melhor eu ir agora, chérie – Gambit, ao dizer isto, pôde sentir uma decepção no rosto de Vampira.

- Tudo bem... – Vampira abaixou levemente a cabeça e se afastou.

- Eu te vejo amanhã?

- Claro! – Vampira levantou a cabeça e o respondeu com animação. Ao perceber a sua reação, ela se retraiu – Quero dizer... será bom ver você de novo, a menos que não seja em um outro roubo, e que também eu sobreviva à bronca do Logan hoje.

Gambit sorriu e reparou que ela havia ficado sem graça e tentava disfarçar isso.

- Eu até gostaria muito de vê-la ainda hoje, mas tenho um assunto a tratar.

- Não me diga que será outro roubo! – Vampira disse sarcasticamente, mas Gambit achou engraçado.

- Não se preocupe, chérie. Eu acho que ainda lhe devo melhores explicações sobre isso – Gambit se aproximou e segurou a mão de Vampira – Posso te buscar aqui amanhã?

Vampira não acreditou que estava marcando um encontro. Mas enfim, ela aceitou o pedido de Gambit, até porque a sua moto ainda precisava de conserto.

- Tudo bem!

Gambit sorriu e beijou a mão de Vampira.

- Au revoir, ma chérie!

Vampira sorriu timidamente. Gambit sabia exatamente como deixá-la sem jeito.

- Tchau!

 

Após se despedirem, Gambit tomou o seu caminho rumo à saída da mansão. Enquanto ele caminhava, ele olhou para trás e sorriu para ela. Vampira ficou tão boba que tinha até esquecido de se oferecer para levá-lo até lá. Aliás, depois de tanto tempo, ela havia marcado um encontro.

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Ao chegar ao seu quarto, ela caiu em si. “Vampira, o que deu em você? Você marcou um encontro com um criminoso!”, pensava ela. Apesar de terem se entendido sobre o desencontro no bar, a história do roubo ainda não havia sido esclarecida. Ela não sabia o que deveria fazer. Afinal, uma X-Men saindo com um ladrão não poderia dar certo? 

Apesar de suas dúvidas, Vampira pensava seriamente em arriscar amanhã. Ela poderia se machucar de novo, mas seria uma oportunidade para descobrir os mistérios do homem com quem estava apaixonada.

De repente, em meio aos seus pensamentos, alguém bateu em sua porta. Era Ororo.

- Vampira, nós podemos conversar agora?

- Sim. Eu também preciso falar com você, Ororo! – Vampira confiava em Tempestade o suficiente para lhe contar sobre o ocorrido da noite passada.

Vampira revelou todos os detalhes. Disse que tinha parado em frente à vitrine de uma joalheria quando percebeu que havia algo errado lá dentro, chegando à conclusão de que estava acontecendo um roubo.

- Mas você ficou louca? Eu sei que você é forte e poderosa, mas o que você fez foi totalmente imprudente e perigoso, Vampira!

- Eu sei, Ororo! Mas eu achei que deveria fazer alguma coisa! – Já que foi interrompida, Vampira decidiu se defender.

- Sim, eu entendo! Mas então você poderia ter chamado a polícia.

- Talvez a polícia não chegasse a tempo. Mas, por favor, Ororo, deixe-me terminar de explicar!

Então, Ororo se acalmou e deixou Vampira prosseguir a sua história. Daí, ela contou que, assim que entrou na loja devidamente mascarada, ela lutou arduamente contra o ladrão até que foi derrotada. E na manhã seguinte, ela descobriu que o criminoso era o Gambit, o homem que ela havia encontrado e se apaixonado no bar. Mas durante a luta, ele não sabia em momento algum que estava lutando contra ela. Então ele a levou para o seu apartamento, a fim de medicá-la.

Assim que a história foi terminada, Tempestade ficou impressionada. Mas antes de dar à Vampira outro sermão, ela simplesmente preferiu perguntar outra coisa.

- Você gosta muito deste rapaz, não é?

Vampira ficou surpresa com a pergunta. Mas já que estava contando toda a verdade para Ororo, ela não viu motivos para esconder o que realmente sentia.

- Eu, eu acho que sim...

- Não, você não acha! Você tem certeza! Eu vi como você olhava para ele hoje no jardim. Nem foi preciso me dizer que aquele cara era quem você tinha conhecido na semana passada.

Os sentimentos de Vampira por Gambit já estavam começando a ficar evidentes.

- E há mais alguma coisa que preciso te contar: eu marquei um encontro com ele para amanhã.

Tempestade sorriu, ela já imaginava que isso poderia acontecer.

- Vampira, eu preciso ser sincera com você. Eu não vou o julgar pelo fato de ser um ladrão. Ele está errado, mas deve ter os seus motivos para isso. Mas eu tenho medo de que ele te magoe novamente.

Vampira considerou o que a sua amiga disse. Afinal, ela ainda não o conhecia direito. Mas ela estava começando a confiar nele, pois suas palavras foram tão doces e sinceras.

- O que você acha que eu devo fazer?

- Eu sinto muito, Vampira. Mas não sou eu quem pode te dizer o que você deve ou não fazer.

Tempestade estava certa. Apenas o coração de Vampira poderia decidir o que seria certo ou errado para ela. Mas Vampira também não tinha certeza se poderia confiar em seu próprio coração.

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Assim que Gambit voltou ao seu apartamento, ele se jogou no sofá. Parecia um pouco exausto, já que tinha passado a noite inteira acordado, cuidando da Vampira. Mas ele estava sorridente.

Finalmente ele conseguiu reencontrar a sua misteriosa garota, apesar de que tal reencontro não foi como planejara, mas não podia fazer contra as forças do destino. Ele sentia que estava conseguindo conquistá-la aos poucos, mas já não podia esperar para chamá-la, enfim, de “minha Vampira”.

“Remy LeBeau, o tipo de cara de uma mulher só. Quem diria!?”, disse ele consigo mesmo. Ele não estava acreditando em sua própria mudança. Nunca havia pensado tanto em uma única mulher, nem se quer havia sentido ciúmes de alguém.

Ele estava apaixonado, isso já não tinha mais dúvidas. Ele sempre pensava nela, quando estava em ação em seu “trabalho”, ou até mesmo quando saía com outras mulheres, antes de reencontrá-la.

Era simplesmente perfeita. Apesar de ela ser 16 anos mais nova que ele, Gambit não se importava com isso. Aliás, Gambit possuía uma aparência bem jovem, assim como Vampira. E além do mais, ela era uma pessoa madura.

Em meio às suas reflexões, Gambit se lembrou de que precisava fazer uma ligação.

- Henri? Sou eu, Remy. Preciso falar com você.

- “Alguma coisa errada, Remy?” – disse a voz do outro lado da linha.

- Mais ou menos. É sobre o meu retorno a Nova Orleães.

- “O que aconteceu?”

- Eu decidi adiar mais um pouco.

- “O que? Remy, todos nós já estamos à sua espera, principalmente a...”

- Sim, eu sei! Eu não posso lhe explicar o porquê de minha escolha agora, mon frère. Mas lhe garanto que não é nada preocupante.

- “Mas a situação pode se tornar preocupante se você continuar fazendo estes rodeios!”

- Henri, eu sempre dou um jeito. Não se preocupe, s'il vous plaît! – Gambit já parecia cansado daquela conversa.

-“Remy, preste atenção no que vou te dizer! Eu vou lhe dar mais um mês. Na verdade, eu vou tentar conseguir isso para você. Mas será apenas um mês. Depois disto você terá que colocar as coisas no lugar sozinho!”

- Merci, mon frère. Eu prometo que vou fazer o meu melhor... Mas agora eu preciso desligar.

Após desligar, Remy jogou o seu telefone de qualquer jeito sobre a mesa ao lado. O fato de ter que voltar à sua terra não era o grande problema. Mas sim como contaria os seus segredos à Vampira. Ele não queria contá-los, mas também não poderia escondê-los.

Ele temia que Vampira não o aceitasse quando soubesse de toda a verdade. O seu passado é um fardo que tem que ser carregado sozinho, enquanto o seu destino, no momento, é lamentavelmente incerto.


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