Havia acabado de sair da minha detenção e como era sábado não teríamos aulas, por isso fui lá fora ver onde estavam meus amigos.

–Tessa! – Era a voz de Lorcan.

–Oi. – respondi e vi ele vindo até mim.

–Vamos conversar?- ele perguntou. Achei aquilo meio suspeito, mas concordei.

–Tá bom. – disse deixando transparecer a minha dúvida.

Estávamos conversando já fazia uns cinco minutos, até que ele é bem legal, apesar de olhar para os lados toda a hora, o que é estranho.

–Você é muito legal Tessa. – disse ele se aproximando de mim.

–Obrigado- disse meio desconfortável com a pouca distância que havia entre nós, antes que eu pudesse fazer alguma coisa para afastá-lo, ele me deu um beijo. UM BEIJO. Não que ele não fosse bonito e tudo mais, mas não acho que estava pronta para meu primeiro beijo.

–O que está fazendo?!

–Estou te beijando – ele respondeu como se não fosse nada demais. Estava com a minha varinha em mãos pronta para amaldiçoa-lo, quando ouvi uma voz que me fez gelar.

–Tessa?! – Era meu pai.

–Pai?

–O que você estava fazendo?!

–Eu não sei... Pai...Ele – Toda frase que eu tentava começar eu não conseguia terminar. Meu pai me olhava com tanta raiva, ele nunca me olhou assim antes.

–Não responda. Eu sei o que você estava fazendo. O que eu não sei era o que você estava pensando! Eu não criei você para ficar beijando por aí! Você é muito nova!

–Pai, ele que me beijou! – Estavam todos olhando para nós agora, inclusive meus amigos.

–E você retribuiu!

–Eu não re...

– Ainda bem que eu recebi aquela carta me mandando vir para Hogwarts urgente! – naquele momento eu entendi tudo! Aquela vaca. Percebi que Lucy estava gargalhando da cena - Primeiro você vai pra Grifinória, depois fica amiga dos Weasley’s! E agora fica se achando grande para sair beijando! Essa é a gota d'água Tessa! Pode arrumar as suas coisas, eu vou falar com a prof. McGonagall, você vai sair de Hogwarts!

–Você não pode fazer isso! – Eu berrei entre meu choro.

– EU SOU SEU PAI. – berrou ele saindo. Vi meu amigos virem correndo até mim, mas eu fui correndo até Lucy.

–Como você pode fazer uma coisa dessas?! – era uma pergunta idiota, mas necessária.

–Como eu pude o que? Como eu pude terminar o que você tinha começado?

–O que eu tinha começado?! Você é completamente louca!

–Por favor, não se faça de idiota! Não venha me culpar por você ser quem é! Não fui eu que te coloquei na Grifinória, não fui eu que te fiz ficar amigo deles! Eu só te dei um empurrãozinho no final. – Eu não acredito que ela teve a cara de pau de falar isso! Mas o que é mais doía, é que ela falou a verdade.

–Vem vamos sair daqui. – disse Lice me puxando e passando o seu braço por me ombro. Rose fez a mesma coisa. Meus amigos me levaram até a porta da Sala Comunal, onde só podiam entrar eu, Lice e Rose. Subimos para o dormitório.

–O que você vai fazer? – perguntou Rose.

–O que você acha que eu vou fazer? Eu tenho alguma escolha? - respondi um pouco grossa, mas ela não pareceu se importar.

Após arrumar tudo, nós descemos. Meu pai me esperava na frente da Sala Comunal, ele e Scorpius brigavam, mas pararam assim que me viram. Eu dei meu malão a meu pai.

–Por favor Sr. Malfoy, deixe ela ficar- pediu Alvo

–E você é quem hein? Mais um garoto que minha filha beijou? – dito isso ele me pegou pelo braço e saiu caminhando. Eu olhei para trás, não tinha dado tempo de me despedir. Foda-se o meu pai. Eu saí correndo e abracei Rose, depois Lice, Alvo, Jason, Lysander e Scorp, eu sei que vou ver ele sempre, mas e daí? Meu pai já estava me alcançando.

–Eu vou voltar, eu prometo. – disse indo em direção a meu pai, que me segurou mais forte dessa vez.

Lembro do que Lucy me disse alguns dias atrás: “Prepara-se porque eu nunca esqueço uma ofensa”, bom, eu também não.

LEIAM AS NOTAS FINAIS.