Death Note: Os Sucessores escrita por Nael


Capítulo 15
Lembranças de Aprendiz


Notas iniciais do capítulo

Antes de se tornarem mestres todos tem um professor. Até mesmo os grandes gênios um dia não passaram de meros alunos.
Mais do passado de Sophie é revelado.

"Vou impedir o mundo todo
Vou impedir o mundo todo
De se transformar em um monstro,
nos devorando vivos
Você jamais se perguntou como sobrevivemos?
Bem, agora que você se foi
O mundo é nosso"
Música: Monster - Paramore



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/383814/chapter/15

Depois de analisar os vídeos de Misa Amante, Sophie preparava tudo para receber Scott Tuner. Seu plano era simples, eles se falariam diretamente, mas com um vidro os separando. Ambos falariam por microfone e Sophie distorceria a voz. Usaria luzes fracas e por garantia um máscara.

Enquanto preparava os equipamentos milhares de pensamentos passavam por sua cabeça. Ela não se conformava por ter deixado algo passar, estava se divertindo tanto em estar num jogo que se esqueceu de jogá-lo pra vencer.

Antigos ensinamentos passavam por sua cabeça. As lembranças voltaram e a atingiram em cheio.

–--------------------------------------

Ela estava sentada num canto da sala. L falava com as crianças do orfanato e ela apenas observava e escutava. Sentava em uma poltrona com uma perna dobrada e na outra ela apoiava o queixo. Quase como Near se sentava.

– L e quem não passar nos testes pra te suceder? – perguntou uma garota. – Quem não for inteligente vai ter que ir embora?

– Claro que não. Além do mais, mesmo que a pessoa tenha talento, se tornar o L um dia dependerá exclusivamente dela. Não posso forçar ninguém a nada. – respondeu a voz vinda do notebook. – E mesmo assim todos sempre poderão contar com a Wammy's House.

– Você disse que vai treinar e manter contato com esses alunos e quanto aos outros? Quer dizer, você vai continuar falando com a gente, não é? – perguntou um garoto.

– Sim. Isso costuma me dar grandes ideias. Eu também aprendo falando com vocês. É uma troca de conhecimentos.

– E algum dia você vai vim nos visitar pessoalmente, L?

– Hum... Está aí, pela primeira vez uma pergunta para a qual não tenho resposta imediata. Talvez sim, talvez não. Por ora não prometo nada. – ele riu.

Sophie se irritava no fundo da sala, parecia visivelmente desconfortável com aquelas perguntas. Ninguém dava muita atenção a ela, mas L conseguia ver seu comportamento.

– L, você tem outro nome? – perguntou uma garota que aparentava ter uns sete anos.

– Francamente. – Sophie resmungou baixo e se levantou disposta a ir embora.

– Sophie. – ela se virou perante a voz. – Aonde vai? – L perguntou.

– Até a biblioteca.

– E por quê?

– Porque isso aqui não me interessa. – as crianças se alvoroçaram com o que ela disse.

– Eu não compreendo. Pode explicar melhor? – insistiu.

– Não que eu discorde que você seja um detetive fantástico, mas acho uma perda de tempo essas perguntas idiotas. Qual seu nome, se vai nos visitar... É óbvio que isso raramente acontecerá, sem falar o quanto é chato. Poderiam está fazendo perguntas mais construtivas e assim você passando algo de útil. – ela voltou a se virar para a porta. – Se você não se incomoda em perder tempo assim tudo bem, mas eu vou procurar algo de interessante para ler.

– Então por que você não me faz uma pergunta? – ele sugeriu e ela voltou a olhar para o notebook. – Deve haver algo que você queira saber.

– Não, não há nada.

– Com certeza você deve ter alguma dúvida.

– É verdade. Tenho muitas, mas prefiro descobrir por mim mesma.

– Então posso lhe fazer uma pergunta?

– Acabou de fazer, L. Mas pode fazer uma segunda. – houve uma pequena pausa.

– Quem é o assassino de Benjamin Blauth? – algumas crianças se assustaram e outras ficaram surpresas. Aquele era o assunto do momento, a morte de um poderoso milionário e que L estava investigando.

– O homem marcado pelo fogo. – as crianças voltaram a se surpreender e Sophie saiu da enorme sala.

L encerrou a sessão de pergunta sob protestos das crianças e o notebook foi fechado. As crianças foram levadas para a sala de jogos e a televisão foi ligada. Alguns minutos depois ouviram sobre o caso de Blauth.

– O Detetive L resolveu o caso de Benjamin Blauth. Segundo a polícia ele apresentou as provas e concluiu a investigação durante a madrugada de hoje. O assassino acabou de ser capturado. Seu nome é Anthony Landon, tem quarenta e dois anos e era caseiro de uma das casas de campo do empresário. O motivo do crime seria por causa de velha rixa da juventude de quando estudaram juntos. Ele também afirmou que o empresário tinha negócios ilegais e mandou um recado para L. – dizia a repórter e uma filmagem do homem apareceu. Ele era moreno, alto e forte.

Ele resistia e tentava se soltar dos policiais gritando atrocidades.

– L seu maldito. Se acha muito bom, prove que é homem e mostre sua cara, infeliz. Seu covarde medroso. Benjamin é que era o criminoso. Eu ainda te pegarei, eu vou te matar.

– E está é mais uma ameaça de morte ao Detetive L.

A imagem voltou a se repetir e foi possível ver no braço do homem uma marca, um sinal marcado a ferro quente formando o desenho de um pentagrama. Sophie assistia tudo do fundo da sala quando percebeu que todos os olhares estavam sobre ela. Todos a encaravam e cochichavam.

– Marcado pelo fogo.

– É ele.

– Como ela sabia?

– Sophie. – o diretor apareceu acompanhado de outro homem, baixo e jovem que vestia um casado. – Por favor, queira acompanhar esse senhor. – ela se levantou e eles saíram da sala sob os olhares de todos.

– O que está acontecendo Diretor Gavin? – ela perguntou olhando para o outro homem.

– Você está indo se encontrar com o L. – respondeu o diretor. – Este é Watari, ele te levará até o L. – eles haviam chegado até o portão onde um carro os aguardava.

Sophie entrou seguida pelo o rapaz de chapéu e o carro deu partida. A garota juntou as mãos e abaixou a cabeça.

– Não precisa ter medo. Não lhe acontecerá nada, mesmo que tenha invadido os computadores do orfanato para resolver esse caso. - Disse o homem.

– Não estou com medo. Estou irritada, mas também um tanto impressionada. – respondeu olhando pela janela, enquanto o orfanato ficava para trás. – Mesmo dirigindo este lugar Ethan Gavin não é muito esperto. – ela se virou para o rapaz. – Desculpe meus modos. Olá L. O que quer falar comigo? Espero que não tenha ficado chateado com minha brincadeira.

O rapaz tirou o chapéu revelando um cabelo rebelde e pálido como a neve. Sorriu para a garota.

– Me chame de Near. – ele estendeu a mão. – É um prazer conhecê-la Sophie.

–--------------------------------------

E aquela foi a primeira vez que se encontraram, o último teste antes de Sophie se tornar aprendiz de Near. Ela se lembrava com amargura e ternura daquele dia enquanto terminava de montar os equipamentos.

Depois subiu até o sótão onde ficavam os equipamentos de L e pegou um telefone já preparado para ser usado por ela. Discou o número.

– Alô. – um homem atendeu do outro lado da linha.

– Senhor Matsuda, aqui é o L. Temos um assunto a resolver.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

"Ryuk: Depois que terminamos de preparar tudo que haviam combinado Maisy começou a agir como Kira e eu a ganhar minhas almas.

Aquilo me deixou mais forte, mais poderoso, mais esperto e eu gostava disso. Estou disposto à voltar ao meu mundo na hora certa e começar a mudar as coisas por lá. Se Maisy tiver sucesso aqui e eu me tornar o novo Rei dos Shinigamis as coisas vão ficar ainda mais interessantes, mas para isso preciso superar o Rei primeiro, preciso acumular mais e mais almas. É verdade que eu tenho apenas um Death Note registrado em meu nome ao passo que o Rei tem todos os outros, porém eu ainda tenho a vantagem, porque eu tenho Kira.

Eu não posso ir contra as leis dos Deuses da Morte, mas contato que não as viole posso ajudar Maisy de outras maneiras. É L, você parece fascinante só que vai cair."

Fani: O jeito de Sophie sentar é quase igual do de Near. É como a posição primeira foto, mas, no caso, com os pés apoiados no chão.http://farm1.staticflickr.com/83/247879537_6fad7e4970_z.jpg?zz=1

Espero que tenham entendido, não soube explicar nem detalhar direito esse jeito de sentar, mas é assim que me sento. =D



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Death Note: Os Sucessores" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.