Death Note: Os Sucessores escrita por Nael


Capítulo 14
Ryuk's Report - Parte 3: A Missão


Notas iniciais do capítulo

Maisy tem um grande estratégia em mente, um plano que vem sendo trabalhado a muito tempo e que acabará com todos os inimigos no caminho.

Ryuk se prepara pra por em prática um deles, algo que mudará seus princípios e revolucionará o mundo dos Shinigamis.

"Então me deixe saber como encarar isto
Você é muito fria
Agora me mostre como antes que me destrua
Você veio aqui para me ver,
Me ver queimar?"
Música: Burn - Three Days Grace



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Poder. De repente isso me pareceu muito tentador. Vai ver Light me influenciou mais do que eu pensei. Aceitei o acordo de Maisy. Ela pegou o Death Note e começou a rabiscar, girar o caderno. Achei aquilo estranho, quem poderia te um nome daquele?

– Aqui está. – ela arrancou a página e me entregou.

– O que é isso? – eu olhei e vi um desenho.

– Isso é um mapa do Mundo dos Shinigamis. Claro que é só uma pequena parte dele.

Eu percebi que era mesmo um tanto familiar. Ela apontou para um circulo no centro da folha.

– Aqui é onde fica a escadaria que dá acesso ao Mundo dos Humanos e também onde vocês podem observar as pessoas. É o centro do Mundo dos Shinigamis, né?

Eu só olhei para ela, não fazia ideia se era verdade. Maisy revirou os olhos.

– Ai, vocês Deuses da Morte... Tá bom. Partindo daqui você sabe como chegar ao Rei?

– Sim. Fica nessa direção. – apontei para a direita onde ela já havia desenhado uma coroa.

– Isso. Para que você possa absorver as almas tem que primeiro impedir que elas cheguem até seu Rei. Aqui... – ela apontou na direção contraria à coroa. – Fica o castelo do Rei...

– Não exatamente. – disse. – Lá é conhecido como Fortaleza de Hinged onde deveria ser a residência dele, mas tudo o que tem lá são ruínas. Pode ser o que vocês chamam de castelo ou palácio só que não é usado assim.

– Claro que não.

– Hein?

– Você já esteve lá Ryuk?

– Uma ou duas vezes enquanto andava pelo meu mundo em busca de algo interessante, mas tudo lá é a mesma coisa, a mesma podridão.

– Ah Ryuk. Se você fosse um pouquinho mais esperto poderia ter se divertido tanto lá. – ela balançou a cabeça negativamente rindo com deboche de mim. – Acontece que o fato do Rei não ficar lá é justamente para não levantar suspeitas. Naquele forte funciona uma espécie de deposito de almas. É de lá que elas vão para o Rei.

– Como?

– Todos os Death Note tem regras, certo? Elas são estabelecidas assim que eles são criados. Então pense que cada caderno é registrado e tem uma espécie de contrato. Assim fica definido que o shinigami que for proprietário do caderno terá o tempo de vida das pessoas que matar. Mas as almas que são mais poderosas vão para o seu Rei.

– Como eu nunca soube disso...

– Outra coisa. É nesse forte também que fica essa espécie de contrato que te falei. Pelo que sei tudo fica gravado em pedras, sendo assim Ryuk, preste muita atenção no que vou te explicar porque se tem algo que eu detesto é ficar repetindo as coisas.

– Certo. – ela me encarou e começou a me contar tudo que sabia e também o seu plano.

Algum tempo depois eu saí e voltei ao meu mundo. Ao chegar lá evitei ser visto por qualquer outro shinigami. Me encaminhei para o forte. Quando cheguei lá como sempre vi só as ruínas.

Siga para leste até o fim do lugar. Lá você deve se deparar com um precipício. Desça cinco metros e meio a parti da pilastra caída com uma parte da ponta no precipício. Ela indica o caminho.

Recordei as palavras de Maisy e desci a parto dali. Lá havia uma enorme pedra redonda. Empurrei ela e entrei no completo breu. Peguei a folha onde tinha feito as anotações de tudo o que ela disse. Eram muitos detalhes. Decorei o que pude e entrei na escuridão.

Siga setenta e oito passos a frente depois vire para a direita e siga mais trinta e quatro e então terá chegado ao deposito das almas.

Contei meus passos exatamente como ela havia me dito, virei a direita e então quando atingi o trigésimo quarto passo o chão afundou. Eu imediatamente abri as assas e então percebi que um buraco havia se formado. Desci por ele.

Lá embaixo estava claro por causa de tochas de fogo, mas o fogo dos shinigamis não é como o dos humanos. Ele tem um tom azul meio esverdeado. Procurei pelas escrituras nas pedras onde deveria reverter o processo.

Eu ainda não usei esse Death Note, então o Rei nunca vai desconfiar. Pode pensar que ninguém o encontrou, que a pessoa está com medo de escrever os nomes, que se perdeu, essas coisas. Então grave seu nome e o local para receber as almas, mas lembre-se: tem que ser na língua dos shinigamis.

Olhei mais um pouco e encontrei as tais escrituras, os registros dos caderno que Maisy tanto falou. Mas não era uma parede ou pedras como ela disse. Na verdade pareciam lapides de túmulos. Estavam todas empilhadas, algumas enfileiradas e outras quebradas.

Ótimo. – pensei. – Como vou achar a lápide que preciso agora.

Achei que teria que tirar e olhar uma por uma. O que era muito trabalho, uma chatice, um tédio. Estava pronto para abandonar aquela ideia, voltar e desfazer o acordo com Maisy, afinal ela não podia me obrigar. Foi quando vi uma lápide perfeitamente limpa e nova a alguns metros. Me aproximei.

– Mas que sorte. – disse e comecei a fazer o trabalho. Coloquei meu nome e o lugar onde deveria receber as almas.

Pode escolher o lugar que quiser e não me conte. Que seja algo seu, um segredo. Considere como um voto de confiança e amizade, Ryuk.

Sai sem ser visto e voltei até Maisy. Era tarde da noite e ela estava deitada na sua cama. Entrei com cuidado no quarto e estava prestes a sair para deixá-la dormir quando ouvi sua voz dizer:

– E então Ryuk? – ela virou para o lado da janela onde eu estava parado.

– Fiz exatamente como você disse. – respondi.

– E teve algum problema? – ela se sentou e me encarou seria. – Algum contra tempo?

– Não. Tomei todas as precauções como me ensinou.

– Ótimo. – ela bocejou. – Então amanha Kira voltará a enlouquecer L. – se deitou novamente. – A diversão vai começar Ryuk.

– É estou ansioso pra isso. Mas Maisy o que acontece se o Rei descobri o que fiz com aquele Death Note? Hã? Maisy... – sem resposta. Ela estava dormindo? Vi uma maçã em cima da escrivaninha e peguei. Fui para cima do telhado come-la enquanto observava a cidade.

Eu escondi a lápide, mas se isso for descoberto sabe-se lá o que vai acontecer comigo. Talvez eu devia ter pensando melhor na situação. Como Light sempre dizia que se deve fazer... Que seja. Agora não tem mais como voltar. Está feito. Que a diversão comece então.


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Notas finais do capítulo

"Maisy: Depois que Ryuk completou sua tarefa eu fiquei aliviada e pude em fim dormi.

Naquela noite tive um sonho com meu pai. Foi a última vez que o vi até então. Eu lhe contei sobre os acontecidos e ele parecia orgulhoso de mim, mas se mostrou preocupado quanto a Ryuk receber tanto poder e o fato de que ele me mataria cedo ou tarde.

Eu respondi que em todo caso as almas dentro dele o matariam. Os Shinigamis tem uma velha lenda de que seu mundo apodrece porque o Rei absorve tudo o que houver de vida, de bom dele, mas a verdade é outra.Ele descarta tudo de ruim e todo o poder que não pode controlar naquela terra infeliz.

Sem saber disso Ryuk acabará sucumbindo as almas e caso isso falhe estando no mundo dos Shinigamis meu pai poderia dar um jeito por lá mesmo. Poderia ver o verdadeiro nome de Ryuk em sua língua e assim eu poderia tentar matá-lo usando o Death Note. Uma teoria um tanto falha, sendo assim, se tudo fracassasse bastaria destruir a lápide dele que ele também seria destruído.

Expus minhas ideias ao meu pai e ele ficou só me escutando e concordou com a cabeça. Disse novamente que me lembrasse de seus ensinamentos e que sempre tivesse em mente que nunca me abandonaria por livre e espontânea vontade. No final acrescentou:

—Um Shinigami morre ao salvar alguém, porque estender o tempo de vida das pessoas viola a principal regra deles. Sendo assim, minha querida, você descobriu como realmente matar um Deus da Morte. Sou o pai mais orgulhoso do mundo.

Depois disso nunca mais o vi ou ouvi Light Yagami... Kira... Meu pai."



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