O Outro Universo escrita por Judeh


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Oi leitores, esse capitulo esta um pouco maior que o outro. prometo que o próximo terá pelo menos mil palavras ^^
Espero que gostem :)



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O outro Universo parte 2

Primeiro dia de aula de novo. Eu estava mais confiante, pois tinha o Cebola do meu lado.

Quando cheguei na escola ele estava diferente. Mais bonito, mais forte, confiante, feliz!

Tentei parecer a mesma coisa. Quando cheguei perto fui falar com ele:

- Oi Cebola! Não nos falamos nas férias... Você esta diferente, cortou o cabelo?

- É da sua conta dentuça? E por que esta falando comigo?

Não tinha entendido nada. Porque será que ele tinha mudado? Qual seria o motivo dele pra ficar com raiva de mim?

Fiquei encarando-o por um tempo. Ele não ia falar nada? Fiquei muito triste, ainda mais quando ele foi falar com “aqueles” meninos. Eles nos zoaram o ano inteiro. O que tinha acontecido enquanto eu estava em São Paulo nas minhas férias?

Eu sabia de uma coisa que tinha acontecido, a Magali tinha terminado com o “Quim”. Graças a Deus. Ela era muito gente boa pra ele. E por falar na Magali, ela era a única que falava comigo e com o Cebola.

Já que estava sozinha resolvi procurar a Magali. Olhei para aquelas meninas nojentas e não vi a Magá. Procurei no banheiro, no refeitório, até na biblioteca. Nada de encontrar a Magali.

Nas férias, ela tinha me dado o telefone dela e então começamos a conversar no What’s App.  Mandei uma mensagem pra ela e logo ela respondeu:

*Conversa no What’s App*

Mônica: Magali?

Magali: Oi Mô, tudo bem aí? As meninas estão na escola?

Mônica: Tudo bem mais ou menos... As meninas estão aqui sim. E você, esta aonde?

Magali: Em casa, só vou na semana que vem. Acabei de chegar de viagem.

Mônica: Ah ta, tchau Magá.

Magali: Tchau Mô J

*Fim da conversa*

Eu fiquei bastante triste. A Magali era a única que podia me ajudar hoje.

Como eu estava com sede fui até o bebedouro. Assim que cheguei várias pessoas estavam me encarando. Olhei no fundo dos olhos de quem estava na frente. A Carmem. Ela me fuzilava com os olhos. Aliás, todos faziam isso. Tentei não ser intimidada, mas é difícil quando tem umas 10 pessoas te encarando.

Depois de um tempo Carmem resolveu falar:

- Vamos Cebola, você não quer andar com a gente? Tem que fazer a iniciação e essa dentuça é perfeita.

Nem considerei o comentário da Carmem, fiquei imaginando qual seria essa iniciação.

Quando eu olhei pra Cebola ele estava com uma latinha de refrigerante mirando os meus pés. A latinha estava aberta e ele jogou todo refri nos meus joelhos até meus pés. Fiquei toda grudenta. Me veio uma vontade de chorar. Ao invés de chorar dei um soco no Cebola. Ele caiu no chão e quando se levantou estava com a boca sangrando e dois dentes caíram. Todos mandaram ele ir para a diretoria.

Fiquei com medo. Eu não podia ser expulsa. Ia ter que voltar pra São Paulo. Tudo bem que lá em São Paulo eu tinha amigos, mas não dos que eu queria. Minha vida lá é um conto de fadas, um conto de fadas que eu me recusava participar. Tudo lá parecia mentira. Eu tinha um closet tão grande que sobrava espaço quando eu ia guardar minhas roupas e sapatos. Eu tinha tudo eletrônico, televisão, Iphone, notebook...

Meu quarto era do tamanho do da minha tia (que é enorme), mais o banheiro e a varanda dela.

Eu realmente não queria voltar. Mas eu ia acabar sendo expulsa. Cebola se controlava pra não chorar e eu notei que ele parecia bravo de verdade comigo. Fiquei com medo dele nunca mais falar comigo.

Denise veio em minha direção e disse:

- Espero que você tenha aprendido. Nunca mecha com agente. Boa expulsão, espero que te recebam de braços abertos em São Paulo.

As lagrimas começaram á descer, fiquei desesperada. Meu coração estava a mil. Nunca eu ia imaginar que o Cebola me denunciaria pra Diretora.

Um tempo depois, já na aula, me chamaram na Diretoria.

Quando cheguei lá tive uma surpresa...


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