Oculto escrita por X Oliveira


Capítulo 5
Capítulo 5 - Filhos dos anjos




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/383447/chapter/5

–Alô? – Como prometeu, ele me ligou a noite.

–Como vai minha negra flor esta noite?

– Vou bem, e você Cok? – nós dois rimos como se não houvéssemos problemas.

–Vou muito bem obrigada. E o que esta fazendo agora?

– Bem, eu estava estudando um pouco.

–Ora, isso é bom. Fico feliz em saber que resolveu estudar – ele ri

–As vezes eu tenho essas febres de Danilo, e estudo um pouco. – rio junto. – Mas, Dã...

–Oi?

– Você não me respondeu o que te perguntei aquele dia.

–Claro que lhe respondi. Disse que não era a hora certa pra te contar. Mas, você tem sentindo algo estranho? Visto algo estranho?

–Não... o que foi isso?

–O que? O que houve?

–Acabei de ver um vulto. Como se tivesse alguém na arvore perto da janela.

– Vem ver. – vou ate a janela com um pouco de receio e tomo um susto. Danilo esta lá. – Oi...

–Mas o que esta fazendo ai ?

– Vim ver você – ele sorri

–Na arvore? Temos porta sabia?

–Entrar pela porta não tem graça. – ele pula pra dentro. Me da um beijo e eu o abraço.

–Fico feliz que esta aqui.

–Fico feliz de você ter me visto antes de sua mãe – rimos – Não pude esperar pra te ver.

–Então foi assim que viu o que aconteceu aqui aquele dia? Subiu na arvore?

–Sim, é muito estranho?

–Muito. Mas eu gostei.

Ficamos ali deitados na minha cama por horas. Eu torcia em silencio para que o cheiro dele ficasse em meus lençóis. Nós riamos, brincávamos e ele me apertada com força. Me mordia eu retribuía, típicos adolescente apaixonados. Sem querer adormecemos.

– Ally... esta na hora de ir pra escola, acorde filha! – Minha grita da sala, eu dou um pulo da cama desesperada, Danilo ainda dormia e estava tão fritos quanto podíamos estar.

–Danilo! Acorde, você tem que ir... AGORA!-Digo balando para que ele acorde.

– Porque não posso ficar? – ele diz rindo.

–Não é hora de ser engraçado. Vá! – eu o empurro janela a fora, assim que fecho, minha mãe entra no quarto.

–Esta atrasada. Vamos logo se vista.

–Desculpe mãe, já estou indo. – Corro pro banheiro. Arrumo-me rápido e mal posso esperar pra chegar na escola e ver Danilo. Fui saltitando pelo caminho. Feliz, feliz, feliz.

Cheguei ao colégio. Danilo voltou a se sentar perto de mim. No fundo, na parede. Passamos a primeira aula de conversa, era final do ano e já estávamos sem lições. Na segunda aula a professora Miranda – que era a única atrasada na matéria, pra variar. – Nós deu prova. Juntamos nossas cadeiras e como não é surpresa, fiquei com Danilo. No meio da prova, a diretora veio ate a sala chamando por meu nome. Assustei-me, afinal, desde que Danilo chegou não tenho mais perdido aula com freqüência nem aprontado.

–Senhorita Alany, temos uma ligação pra você.

–Uma ligação? – Subimos para a direção. – Alô?

–Ally? – era Dona Claudia, Mãe de Agelly. – que bom que pode atender – ela estava com voz fina, tremula e parecia fraca.

–Ola dona Claudia, como vai à senhora?

–Vou mal, lhe tenho uma noticia terrível! – meu coração pulou na hora. Lembre-me do mal estar de Agelly naquele dia. E pensando bem, ela já não vinha a aula a duas semanas... Senti-me horrível por não ter ligado.

–O que aconteceu? Agelly esta bem?

–Não minha criança... Agelly morreu esta noite. – ela chora. Estou paralisada.

–O que?! – meus olhos se enchem de lagrimas, agora eu sabia chorar sozinha. – Como aconteceu?

– Ela estava mal, muito mal. Tive que lhe contar assim que tive um tempo pra chorar. O enterro será esta tarde.

–Meu Deus. Vou estar lá. – eu não sabia o que dizer fazer ou... Eu não sabia nada. Eu queria chorar. Chorei. Eu sentia como se eu fosse à culpada. Não prestei mais atenção nela desde que... Danilo chegou. Que tipo de amiga sou eu? Entrei na sala de aula com os olhos cheios d’água.

–O que houve Ally?- Danilo me pergunta. A sala toda me olha.

–Você esta bem Alany? – Dona Miranda me pergunta já recolhendo as provas.

–Agelly... Agelly morreu – eu desabo. Danilo se levanta pra me abraçar. A sala toda fica inconformada.

–Mas como? Como ? o que aconteceu? – diz Dona Miranda.

–Ela estava doente. Não sei muito bem o que era. A mãe dela só me disse que o enterro é esta tarde.

–Meu Deus – a sala toda esta em choque. – Classe vocês estão dispensados. Orem pela família de Agelly.

Fomos pra casa. Eu não agüentava andar direito. Danilo praticamente me carregava. Chovia muito naquele dia. Quanto mais eu chorava mais chovia.

–Amor, calma respira. – ele tentava me acalmar.

–Não dá! Ela se foi! E eu nem percebi! SOU UM MOSTRO!

–Não você não é Ally! Olhe pra mim! Ela esta num lugar melhor. Esta longe deste mundo agora. Sei que esta triste por ela ter ido. Mas... Ela esta lá em cima de olhando e deve estar mais feliz do que nunca. Ela esta num lugar melhor.

–Você tem razão. Mas dói! Não ter me despedido dela! Dói nem ter... ah Danilo! – choro mais ainda. Ele me leva pra casa. Minha mãe não esta. Ficamos na sala, eu choro muito e Danilo esta como sempre, me acalmando. A tarde mais chuvosa do ano. A natureza também sente falta de Agelly. – eu só queria saber, como ela se foi... o que ela tinha...

–Talvez eu saiba o que...

–Como? Você? – pergunto espantada.

–Eu não queria lhe contar agora... Mas em breve acontecerá com você então...

–Comigo? Eu vou morrer? ACONTECER O QUE?

–Primeiro se acalme. Escute-me – ele respira fundo. – Nós vivemos num mundo onde a natureza esta liga com cada um. Uns nascem com as artes do vento. Outro com as artes do fogo, outros com as artes da água que era o caso de Agelly.

–Não é hora de brincar Danilo!

–Escute-me. – ele continuou- Alguns de nós, quando nascemos... Recebemos a visita de anjos. Esses anjos lêem nossas almas e nós dão o poder que mais combina conosco. Pode parecer estranho. Bom... É estranho. Mas, acredite em mim...

–Se isso é verdade... Porque nunca senti nada? Minha mãe sabe disso?

–Você tem 17anos. E acabou de completá-los, esta perto de acontecer mas... Ainda não. Os pais não sabem. Isso corre só com os adolescentes.

–Mas, minha mãe já foi adolescente.

–Sim, mas, quando atingimos 40anos... Temos o presente que é viver em paz. Não lembramos que um dia tivemos estes poderes. Seu pai ainda tinha quando faleceu.

–Como sabe disso?

–Meu avô... Bom ele é o único que ainda se lembra. Há uns anos atrás ele enfrentou as artes do mal.E para salvar a minha mãe... Ele teve que sacrificar sua vinda de paz. Teve que evoluir seu poder de maneira a qual ele nunca mais conseguiria se livrar. E por isso, ele sabe de tudo o que acontece entre os que têm dons.

–E você? Qual o seu dom, já o conhece?

–Sim, tenho o espírito do fogo.

–Aquele dia... Você estava quente...

–Exato. Você de alguma forma bagunça meu autocontrole. Quando estou com você, faço força redobrada pra não queimar.

–Sou como... Sua fraqueza? Eu lhe faço mal?

–Não! Por favor, não pense isso. Nós somos criados em pares. Cada alma teu sua peça que se encaixa. Você é o meu par.

–Mas... Porque te faço mal?

–Não é mal meu amor... Você só... Atiça minhas chamas. É algo normal. Não é sempre é só... quando nossos beijos tem mais intensidade. Você me entende?

–Entendo. E acredito. Mas... Como saberei qual o meu Don? Quando virá?

–Com base no que aconteceu comigo... Daqui a algumas semanas. Você só saberá quando vir.

–Isso é serio mesmo não é? O que somos? Mutantes?

–Não – ele ri- Somos criados por anjos. Temos dois casais de pais.

–Dois?

–Sim. Os que nós dão a vida, e os que nós dão poder. No dia em que Seus poderes vierem, seus pais anjos vão aparecer pra você.

–Mas, e meu pai? Ele esta no céu não esta?

–Sim esta. A alma dele repousa.

–Ele também vira?

–Não... Eu sinto muito mais ele não é um anjo...

–Tudo bem... – digo conformada – Mas... Isso quer dizer que... Eu ainda tenho um pai?

–Sim você tem. – ele diz sorrindo. – eles sempre cuidaram de você. Aquela noite... Quando seu pai morreu, eles te protegeram. E foram eles que me escolheram pra ser seu, e os meus te escolheram pra ser minha.

–Acertaram em cheio – eu o beijo. – Mas, e se nós não nós gostássemos?

–Isso foi uma indireta?

–Não! Eu amo você, mais e se fosse diferente?

–Bom, as almas que não se encaixam, podem ser escolhidas novamente e ter outros pares. Quando enjoar de mim... Poderá escolher outro cara.

–Pare de ser bobo! Eu amo você.

–Só estou brincando – ele ri e me beija. - Eu não estou preso a você, nem você a mim, então podemos nós amar com mais leveza.

–A vida é mais fácil quando não temos limites.

–Continuando... Existem vários outros poderes, mais do que nós podemos saber. Estou ligado ao sol, somos chamamos de Flamejantes. Os de Vento são chamados de Ventanimos. Os de Água, Aquarimos. Os da eletricidade, Electros. Os da terra, Terrions e os Psíquicos Mentalminos. Claro que existem outros... Quais não sabemos que nomes dar.

–Nossa. Estou pasma. É difícil de acreditar. Você sabe... O que meu pai era?

–Sim, seu pai era um Aquarimo. Era um grande guerreiro da Água. Um mestre.

–Sue avô o conheceu?

–Meu avô ensinou tudo que seu pai sabia.

–Mas, porque temos esses dons? Com o que estamos lidando?

–As artes do mal. São demônios das trevas que roubam os poderes dos novatos assim que os recebem. Eles tentam seqüestrá-los enquanto estão em coma de absorção.

–COMA? SEQUESTRO?

–Fique calma amor. O Coma de Absorção, acontece quando seu poderes estão se libertando dentro de você. Você meio que fica desacordada por duas semanas. Mas não precisa ter medo. Eu vou proteger você.

–Você sozinho? Contra um bando de demônios loucos?

–Não – ele ri – Temos mais de nós. Não são da nossa escola. Mas tenho vários amigos na Sociedade Elemental.

–Sociedade Elemental?

–Eu explico. Sociedade Elemental, é um grupo de príncipes, princesas, generais, sub generais e sargentos representantes de cada elemento. Os outros dominantes são chamamos de cabos.

–Como na guerra. Mas, e você o que?

–Príncipe do fogo.

–Meu namorado é um príncipe?

–E um príncipe quente – ele me morde. E eu rio.

–Então... Vai ser aquela bela historia, O príncipe e a plebéia? Ou melhor... O príncipe e a Cabo.

–Ai é que você se engana. Seu pai era O Rei. Isso afaz de você uma princesa.

– Ta brincando? Eu uma princesa?

–Bom... isso se você tiver os dons da Água.

–Mas... Se meu pai era da Água... Não significa que eu também tenha que ser?

–Não. Sua mãe era uma elétron. Então você também pode ser.

–As família podem se misturar?

– Podem. Mas, isso você pode perguntar a sua mãe, como aconteceu.

–Que surpresa, meus país eram Romeu e Julieta. Mas espera ai... Mesmo se eu for uma elétron, você é um Flamejante, como vamos ficar juntos?

–Lembra dos pares? Não tem nenhuma lei que impressa à gente de ficar junto.

–É um alivio... Então, se um dia tivermos um filho, ele poderá ser um flamejante ou um Aquarimo?

–Sim, um ou outro.

–Nossa... É estranho o jeito com que tudo aconteceu.Você apareceu na escola do nada e... Der repente ta me contando tudo isso.

–Lembra quando eu disse que sempre começava a morrer em uma cidade? – faço que sim com a cabeça- Então, era porque você não estava lá. 17anos, é a idade em que os casais se juntam.

–Entendo. E como eu ainda não tenho meus dons eu não senti nada?

–Na verdade sentiu. Você se sentiu estranha quando eu apareci. Sei por que senti o mesmo. Quando as almas de um par se vêem pela primeira vez, elas se reconhecem. Seus poderes se mechem e você fica confuso.

–Faz tanto sentido a gora... Tudo o que eu sentia. Sentia algo que queria sair e não sabia o que...

–Sua hora ta chegando. Eu não vou deixar ninguém te machucar... Nenhum demônio vai tocar em você. Eu juro por meus pais. Todos os quatro –ele ri.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Oculto" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.