Os rapazes percorreram o castelo em silencio, subiram as escadas principais que davam para o andar dos quartos. Eles podiam ouvir ao ronco de Sophia ao final do corredor que mantinha um eco.
– Essa criatura me da arrepios. - Disse George a passos manhosos.

– Engraçado, ela come como você e ronca como você, é como se você olhasse no espelho. - Disse Danilo apalpando as paredes em busca de alguma passagem secreta.

–Muito engraçado palito de fosforo.

– Quietos. Estamos invisíveis, mas ainda podem nos ouvir. - Mauricio disse. - Certo, vamos pensar, aonde ela poderia esconder Ally ?

– Em algum tipo de cela ou calabouço. - George sugeriu.

– Muito obvio. - Mauricio colocou uma mão no queixo afim de pensar. Nesse momento Danilo senti uma pontada forte em seu coração, e geme de dor. - Ei, Dan, o que houve ?

– Eu não sei, meu peito dói... Ela .... é ela ...

– Ally ? - George o segura.

– Sim, ela esta na minha cabeça... - Os olhos de Danilo tomam um coloração vermelha. - Esta ... Me chamando.

– Tem certeza que não é mais um truque de Carla ? - George tentou conte-lo.

–Não, eu sinto... É Ally. - Ele se soltou de George e começou a correr pelos corredores, Uma força maior o puxava em sua direção. Abriu uma porta de madeira, desceu por longas escadas e se deparou com uma porta sem fechadura ou maçaneta.

–Ela esta ai ? Como entraremos ? - Mauricio encarou a porta.

– Temos que achar um jeito! - Danilo disse aflito. Ele socou a porta algumas vezes.

– Ei calma! Vai acordar alguém! - Mauricio o conteve. - Se não ha guardas aqui... Então esta porta deve estar protegida com algum feitiço. Deixe-me ver ...

– Meu peito doeu outra vez ... - Danilo se abaixou para respirar. - Ela esta ai! Abra! eu a sinto, esta fraca... Posso ouvir seu coração, esta quase parando! Abra logo isso!

– Danilo! acalme-se! Mauricio, tem alguma ideia para abrir logo isso?!

– Já sei! Danilo, Me de o amuleto! - Danilo entregou o Amuleto para Mauricio, ele o encostou na porta, que abriu uma pequena fresta sobre o feitiço. Ele o passou por toda a porta, removendo o encanto roxo que a cobria . - Agora, George, é com você.

–Já tava na hora de eu socar alguma coisa! - George estralou os dedos, e socou a porta com toda a vontade de mundo, Ao ir para trás, Mauricio a segurou com um jato de água, para que não fizesse barulho nenhum quando a porta caísse. Danilo correu para dentro da sala branca, Ally estava Ali na sua frente. Deitada numa redoma de vidro, isolada do mundo. Estava pálida, quase morta. Seu coração ecoava franco nos ouvidos de Danilo, ele tocou o vidro que os separava, e encostou sua testa embaçando um pouco sua visão.

– Temos que tira-la daí! Ela vai morrer! - Disse ele com lagrimas nos olhos.

– Faremos isso, George, procure alguma coisa na sala que abra essa redoma. Eu vou ver o que faço nesse painel.

– Ally ... Pode me ouvir ? - Danilo sussurrava para o vidro. - Estou aqui, eu finalmente te achei meu amor. Ally ... - Ele passava a palma de sua mão no vidro, como se a tocasse.

– Danilo... - Mauricio se abaixou e tocou seu ombro . - Este é apenas o corpo de Ally, sua alma não esta ai.

– Aonde pode estar?!

– Só Carla pode saber ...

– Vamos voltar la pra fora . - O tom de Danilo mudou, seu olhos começaram a tomar a cor de guerra. Ele se levantou e começou a andar para fora do Castelo.

– Vai atacar, agora ?! - George perguntou feliz.

– George ... - Danilo parou de surpresa e se virou para o amigo. - Mate quantos quiser - Ele abriu um meio sorriso malicioso e maligno. George sorriu como uma criança ao ganhar um doce. Eles voltaram a colina, o Sol já estava quase aparecendo por entre as montanhas de gelo. - Acordem todos! Esta na hora. - Os guerreiros se levantaram, todos animados e excitados pela batalha.

Danilo montou em Jake, puxou sua espada das costas, e gritou:

– QUE A VITORIA, COMECE! - A guerra estaria para começar, as tropas desceram colina a baixo, correndo loucos pela luta. Os guardas ao verem, logo tocaram o alarme de invasão. Finalmente havia chegada a hora. Os guardas da bruxa não foram o suficiente para evitar que eles invadissem os portões, a Batalha iriam acontecer nas terras inimigas, como desvantagem, os Elementals tinham mais guerreiros a postos, e o elemento surpresa foi o primeiro passo para se conquistar todo o resto. Vickto correu para avisar sua rainha da invasão. Carla enlouquecida, mandou que as tropas das sombras atacassem imediatamente. Novos exércitos havia chegado para defender o castelo.

George parecia estar em um parque de diversão. Esmagava seus inimigos puxando duas rochas do solo e chocando umas nas outras. Sua dominação estava mais afiada que nunca. Todos os seu clã estava se divertindo muito, arrancando cabeças e esmagando inimigos. Mauricio lutava muito bem, dominava sua água negra fazendo um laço e enforcando os guerreiros reais. Os Hells estavam sugando muitas almas ali, se divertiam e se alimentavam. Danilo era o único que não mantinha um sorriso no rosto. Se permaneceu majestoso, em cima de Jake, nem se movia, deixava que seu tigre tomasse conta dos inimigos sozinho. Mantinha seu olhar fixo na entrada do castelo, a espera de Carla.

Marcelo apareceu na entrada, e logo chamou a atenção de Mauricio, ele tomaria conta do traidor. Ele limpou o sangue de sua espada d'agua com o casaco do inimigo ja morto e sem cabeça, grudou os olhos no alvo, e correu para pega-lo. Marcelo percebeu que estava em sua mira, tentou acerta-lo com raios psíquicos e ordenando para que os guerreiros o parassem, tudo em vão. Mauricio pegou Marcelo pela gola da jaqueta, e o jogou contra as postas do castelo. Ele era rápido e Marcelo nem o via direito, apenas seu vulto se movimentando. Marcelo não podia acerta-lo, por isso mirou no escuto de um guerreiro que estava próximo, o escudo refletiu nas paredes, que fez o raio se dividir em quatro, um deles ferio a perna de Mauricio que caio .

– Pobre rato das sombras ... - Marcelo se aproximou. - Acha que pode vencer o grande rei ?

– Grande rei ? - Mauricio disse de cabeça baixa rindo ironicamente . - Rei de merda você quis dizer. - Mauricio olhou para Marcelo, fazendo com que ele ficasse preso nos fantasmas de seus olhos mortos. Marcelo se viu no inferno, com roedores comendo seu corpo ensanguentado, e sua alma sendo perfurada por formigas assassinas. Ele morria lentamente. Ao voltar para vida real, seus olhos sangraram e sua alma apodreceu, o inferno havia engolido o traidor. Mauricio permanecia ali deitado, recuperando o folego, quando Sophia gritava do fundo do castelo.

– Agora, é minha vez. - George disse subindo as escadas de fora. - Mauricio, você já fez sua parte, já pode recuar.

– Ta de brincadeira né ? - Ele se levantou. - Insetos maiores já me morderam. Posso lutar muito mais. Você cuida de Sophia, vou ajudar o resto do batalhão. - A criatura gritava castelo a dentro, seus passos desengonçados faziam o chão tremer levemente. Quando ela finalmente apareceu na porta de entrada do castelo. George sentiu um calafrio subir pela espinha, e a testosterona de seu corpo subiu mais de cem por cento.

– Então, coisa linda do titio... Ta na hora de trocar a fraldinha. - Ele correu para cima da criatura, e logo acertou quatro sequencias de socos fortes, Sophia logo começou a sangrar pois a força de George era a maior de todas. Ao tentar chutar a barriga da criatura, George foi surpreendido por uma braçada de Sophia, que o fez voar e dar com as costas na parede que logo estremeceu. - Como esta forte, o que comeu no café ? Carneiro e torradas? - Ele se levantou e pulou sobre a cabeça de Sophia, do alto conseguiu ver o simbolo das trevas marcado no alto de sua cabeça, que o fez perceber... - Damn... - George havia percebido que que Sophia Havia criado a Damn, e que eram parte do mesmo ser. Isso fez com que seu coração pegasse fogo de ódio. Nesse momento de distração, a criatura agarrou seu pé, e o jogou de um lado para o outro, o socando no chão. George se sotou dela fazendo uma barreira de pedra entre eles. - Acho que vou precisar de ajuda... Ta hora de chamar reforço. Yin Yang... - Ele assobiou duas vezes, e de uma fumasse branca e brilhante os novos lobos surgiram. Aquilo fez Sophia ficar confusa e meio assustada. Os lobos atacaram a criatura com seus dentes afiados e de força incrível. Arrancaram seus braços e a cegaram com as unhas. Num golpe de misericórdia, George fez com que areia entrasse palas narinas da criatura, ate que explodisse. Foi o fim do bebe de luz das trevas.

Ao lado de fora, Danilo estava ficando impaciente. Carla não davas as caras, e ele estava cada vez mais com medo do coração de Ally parar. Estava cada vez mais fraco ecoando em seus ouvidos. Ele desceu de Jake, e andou ate o castelo, - Aonde vai ? - Disse George tentando para-lo, mas Danilo o ignorou. Continuou andando com olhar obscuro. Ele subiu as escadas que davam para o segundo andar, e continuo subindo ate chegar ao topo do castelo. Ali na parte de cima, ele a vi-o. De costas, em pé assistindo a guerra de camarote.

–Finalmente te achei, bruxa dos infernos. - Carla se virou para Danilo devagar, sem expressar reação.

– Então, nós encontramos de novo, não é amor ?