Oculto escrita por X Oliveira


Capítulo 41
Capítulo 41 - Invisíveis




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As tropas estavam todas reunidas a frente de LazyCity. Um mar de guerreiros preparados e sedentos por vitoria cobria o terreno a frente dos portões da cidade. Danilo estava montado em jake. Os dois vestiam branco, dourado e vermelho fogo. O simbulo do tigre maior estampava sua espada. George estava de branco e ouro, suas luvas eram de couro marrom claro, e suas botas do mesmo tom. Mauricio vestia preto e cinza, sua espada d'agua presa as costas, brilhava conforme o sol batia. Todo o esquadrão estava pronto. Danilo foi a frente da tropa, ficou de pé em cima de Jake para discursar.

– Guerreiros, sei que estão apreensivos, e nervosos para que logo comecemos a chutar os traseiros. Mas, o nosso plano é simples e é preciso que cada um de vocês colabore. A batalha esta prevista para começar amanhã de manha, por isso vamos a passos longos e rápidos. Andaremos até a floresta, que não é longe daqui. De lá abriremos um portal para o mundo obscuro com a ajuda dos Hells. A partir dali, todos deverão montar nos tigres, furões e outros animais que vocês veem aqui. Em cada animal podem subir até seis de vocês. Ao chegar perto, todos dessemos e uma parte vai na frente, e outra ficará mais atrás. Quando estivermos as portas dos portões da bruxa ... Vocês começam a matança! - os guerreiros gritam empolgados.

–Estão prontos!? - George disse, obtendo gritos como resposta positiva.

– Então vamos acabar com aqueles monstrinhos de merda! - Mauricio disse logo depois.

As tropas foram andando rapidamente pela floresta aberta, chegaram num ponto onde o sol não iluminava. Dali pra frente era a floresta negra. Existam vários bichos estranhos por ali, criaturas sem nome ou especie. Sons novos e assustadores a cada passo a frente. A tropa passou silenciosa, quando der repente um galho foi escutado se partindo. Todos pararam.

–O que foi isso ? - Disse George.

– Sinto cheiro de sangue humano. - Disse Shadows fazendo George arrepiar.

–Humano ? - Danilo disse. - Diferente do nosso ?

–Sim - Ele sentiu o ar. - Cheiro de sangue feminino...

–Ei vocês! - Uma voz familiar assustou a todos. - Eu tive de correr muito pra chegar aqui. - Disse Gabi.

–Gabi ? - Disse Mauricio.

–Mas oq diabos esta fazendo aqui ? - George foi ate ela.

– Eu não queria ficar sozinha no casarão. Tive medo.- Ela tentou abraçar George, mas ele recuou.

–Não devia ter vindo. - Disse ele.

–Deixe que venha George. - Danilo se conformou.

–Mas ela não tem poder nenhum!

–George ... - Danilo forçou o olhar.

– Ok, mas você cuida dela.

As tropas voltaram a caminhar. Chegaram em uma parte sem mato, sem arvore e que fedia muito. Uma neblina tomava conta do lugar, era quase toxica.

– George, ja disse pra se controlar. Seu cheiro esta quase mantando a todos! - Danilo disse.

–Como é ? - George fechou a cara. - Escuta aqui o enxofre, eu não fiz nada. Pelo menos não aqui...

–Isso parece um cemitério, sabe aonde estamos Shadz ? - Mauricio perguntou.

–É aqui. - Ele se aproximou de uma parede manchada de sangue, encostou a palma de sua mão, e uma gosma preta foi tomando conta da parede, o mal cheiro aumentou e Gabi sentiu seu estomago saindo pela boca.

–Meu Deus porque fede tanto ? - George perguntou.

– É o cheiro da morte. - Shadows disse de olhar vermelho.

Eles avançaram pra dentro do portal que se abriu logo em seguida. Ao por o pé pra dentro, Shadows afundou seu pé aos poucos na neve.

–Neve ? Achei que ... - Syn finalmente disse algo. - Aonde esta todo o fogo e lava ? Isso é luz ? impossível.

– Ela tomou conta daqui Syn. - Shadows disse.

– Vocês querem dizer, All...

– Carla. - Mauricio interrompei Danilo.

– Isso, Carla. - ele se lembrou.

–Ela tomou nosso reino, e congelou tudo. Bruxa dos infernos. - Shadows se irritou. - Subam nos animais, Syn vai lançar um feitiço de invisibilidade, para que cheguemos sem imprevistos.

Eles seguiram gelo a dentro. Os enormes animais tinham pelagem grossa e cumprida, quase não sentiam as rajadas de vento forte que iam e vinham. Os guerreiros do fogo se agasalharam bem prevendo a tempestade que viria logo depois. Os filhos da terra e os Hells, não tinham problemas com o frio.

–Certo, estamos aqui. Vamos separar. - Disse George ansioso para lutar. - Eles estavam escondidos em cima de uma montanha, o castelo ficava logo abaixo.

–Esperem - Danilo sussurrou. - A noite esta caindo, e os guerreiros cansados da viagem, deixem que durmam um poucos, os animais também estão fracos agora. George, Mauricio, vocês dois veem comigo. Nós estraremos no castelo e procuraremos Ally enquanto eles descanção. Shadows, você comenda o batalhão. Logo ao amanhecer, vocês atacam, sem dó, sem piedade.

– Sem dó, ou piedade. - Ele sorriu.

Danilo, George e Mauricio desceram a montanha regidos pelo feitiço de Shadz. George moveu a terra do lado de fora do portão enorme, para formar um buraco que todos pudessem passar. Eles atravessaram e viram vários guardas de plantão. George ficou em posição de ataque, pronto para socar um,mas Danilo o puxou por trás pedindo silencio. Mauricio fez com que um guarda acertasse outro, e assim começaram uma briga, que logo chamou atenção dos outros, que brigaram em seguida. Eles correram para dentro dos portões sem que os guardas percebessem que as portas '' abriram sozinhas''. La dentro, George sentiu um cheiro maravilhoso de comida, e foi seguindo até a sala principal de jantar.

–Ei George! - Danilo sussurrou e foi atrás dele. - Vamos!

–Relaxa, so vou pegar algo pra comer!

–Cara ficou louco ? - Mauricio abriu uma pequena fresta na porta. - Ali estão Carla e Mauricio! como quer entrar lá ?

–Estamos invisíveis! não irão nós ver! Além disso ... Olhem esse cheirinho de Frango assado e purê de batatas! Meu estomago não pode negar! - Os estômagos de Danilo e Mauricio fizeram um som como se implorassem por aquilo, eles olharam para suas barrigas e aceitaram.

–Certo, vá. Mas traga para nós também! - Disse Danilo.

–Trarei, vou até a cozinha, distraio a empregada e pego a panela. - Ele abriu um pouco mais a porta, e se enfiou na sala onde Carla e Marcelo jantavam em silencio. Foi em passos de pena para não fazer barulho.

– Que estranho ... - Disse Marcelo fazendo George se assustar. - Sophia ainda não desceu para jantar. - George respirou aliviado. Mauricio e Danilo também sentiram um enorme alivio.

– Já deve estar vindo. - Carla respondeu cortando um pedaço de frango e colocando em sua boca. George foi avançando devagar, quase chegando perto da porta que dava pra cozinha, mas a empregada abriu de surpresa e o fez cair no chão.

– O que foi isso ?! - Os garotos gelaram de novo com a voz irritada da bruxa. - Cuidado sua imprestável! Está louça é cara!

–Desculpe rainha. - Ela disse frágil. Danilo e Mauricio respiraram novamente, levando uma mão a testa. George se levantou e viu que a cozinha ja não tinha mais a panela nem a fôrma com o frango. A empregada tinha trazido tudo para a mesa.

–E agora ?! - George disse sem voz e levantando os braços.

–Sai já dai! - Eles acenaram e gesticularam desesperados no vaco de voz.

– Esperem... - sussurrou ele. George se agachou, e foi engatinhando para de baixo da grande mesa de jantar. Isso fez os dois rapazes enlouquecerem sem poderem gritar. Lá em baixo, ele beliscou o pé da bruxa, que gritou fino.

–Mas o que diabos foi isso Marcelo ? - Disse ela brava.

–Ficou louca ? - ele respondeu enquanto George ria muito. Carla voltou a comer, mas manteve os olhos em Marcelo. Mauricio, para ajudar,fez com que os guardanapos dos dois caíssem no chão, quando abaixaram para pegar, George subiu e pegou a fôrma com o Frango. Ao voltarem para a mesa, eles nem deram falta da fôrma e continuaram comendo. Agora, Mauricio andou ate Carla, e Danilo até o lado de Mauricio, e jogaram os talheres deles no chão, ao abaixar para pegar, George colocou as mãos na vasilha com o purê, mas bem na hora, Sophia entrou na sala. Ele largou com tudo e os três se jogaram para de baixo da mesa.

– Estamos lascados! - Danilo sussurrou.

– Mortos - Mauricio disse.

–Sophia ! - Carla disse. - Que demora. - A criatura emitiu um som estranho, se sentou a mesa e começou a devorar o purê. Depois de ver que não havia mais frango, começou a emitir um grito fino, que parecia ser um choro. Isso fez com que todos tapassem os ouvidos.

–Tragam mais frango! tragam o maldito frango agora! - Carla gritava. A empregada veio correndo com duas bandejas enormes cheias de asas, peito e outras partes da ave. Sophia devorava tudo, fazendo lambança e sujeira em toda parte.

–Não acredito que um dia chamei essa criatura de lindinha do titio. - Disse George enojado.

–Ela tem a apetite do tio. - Danilo rio.

Ao termino do jantar, Carla e Marcelo sairão da mesa e foram para seus quartos. Sophia foi levada para a sala que era apenas dela, quase uma jaula. As empregadas foram para a cozinha, e os trés começaram a devorar o frango sobre a mesa.

– Não acredito que deu certo! - Danilo ria sem folego.

–Ou quase certo... Eu queria o purê! - George disse desanimado.

– Deixe de coisa! - Mauricio o socou. - Comam rápido, temos que continuar, aproveitaremos enquanto eles dormem.


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