–Quieto Arthur! – meu pai da luz diz.

–Qual a solução mãe?

–Você tem uma opção Ally...

–Qual ? Faço qualquer coisa – Ela segura o meu rosto. Suas mão são quentes e macias. Suas asas são grandes e com penas fofas que davam vontade de tocar.

–Você pode desistir de um de seus poderes. Ou as artes da Água,ou as artes da eletricidade.

–Desistir de um dos meus poderes?

–Sim, isso resolveria tudo. Você teria sua vida de paz de volta. E também não teria mais poder das trevas.

–Tudo bem! Eu aceito!

–Qual poder quer escolher? – Diz meu pai da Luz.

–Deixa eu pensar...

–Tem que ser rápido Ally, Danilo esta morrendo... – Bludar diz.

–Meu Deus... Escolho... Eu quero me livrar do da eletricidade!

–E que assim seja feito – meus pais dizem juntos. Bludar volta a sua cor azul. Eu me sinto um pouco mais fraca.

–Esta acabado. – Meu pai da luz diz. – E você Arthur... Terá o que merece. – Quando meu pai da luz acabada de falar. Os outros Pais da luz descem do céu. Os mais de Danilo estão sentados ao teu lado, sua mãe chora e eu corro ate ele.

–Ele vai ficar bem não é? Você pode curá-lo?

–Podemos, fique calma! – uma luz dourada plana sobre Danilo. Cada cicatriz, cada machucado esta sendo curado. Sua energia esta sendo restaurada. E ele abre os olhos lentamente. Enquanto Danilo levantada, os outros pais cuidavam de Seus filhos. Cuidando de seus machucados e os curando.

–A... Ally? – Ele chama meu nome. Meus olhos se enchem de lagrimas, eu choro mais do que chorei da primeira vez, quando ele me ensinou. Eu quase o perdi de novo, e dessa vez... Para a morte!

–Meu amor, você esta vivo! – eu beijo sua testa. E choro.

–filho, levantes-se. – O pai dele diz.

–Mãe? Pai? – ele se senta e depois levanta. – Você me salvaram?

–Sim meu amor. Você esta bem agora. – ele os abraça. Logo em seguida ele me abraça. Como era bom telo em meus braços outra vez! Senti-lo vivo! O seu cheiro e o seu beijo.

–Ally, eu tive tanto medo de te perder... – ele fala ao meu ouvido, musica para mim.

–Eu também amor, - eu o aperto.

–Ainda não acabou. – Meu pais diz.- Arthur, o seu espírito esta amaldiçoado. Mas você não ira tocar em nossa filha, mesmo que tenha feito o que fez para salva-la. – Todos os pais dão-se as mãos. Uma onda de luz atinge todos os espíritos das trevas que restaram, fazendo com que eles desaparecem. Arthur, que agora era meu pai das trevas, também havia sumido, mas não estava morto. Só tinha indo embora... e um dia, eu teria que assumir seu trono do mal.

Dias Depois

–Ally – você vai se atrasar amor. – Danilo me apresava no banheiro.

–Já vou! Estou só terminando de prender o cabelo...

–Certo, estamos te esperando La embaixo. Corra! – Agora estamos morando todos juntos na casa Elemental. Todos os príncipes e princesas. As aulas acabaram e hoje a noite, é o nosso baile de formatura do 3ano. Eu desci as escadas tomando cuidado para não cair daquele salto que eu usava. Meu vestido era cumprido, azul com detalhes em dourado para homenagear o poder que perdi, ele não ajudava muito a completar o trajeto perigoso. Quando apareci na sala, todos os olhos foram voltados para mim.

–Amor... Você esta linda! – Danilo me diz sorrindo, ele estava com um terno preto, gravata branca e sem óculos. Ele ficava lindo que qualquer jeito.

–Obrigada... você também esta! Mas... Esta enxergando algo? – eu brinco.

–Não – ele ri – posso por meus óculos?

–Claro amor, - ele tira os óculos do bolso.

– Ei... Vamos! Esta ficando tarde! – diz Mara puxando o braço de George. Estamos todos em casais. Pode parecer meu clichê, mais todos estamos lindos e felizes porque o tempo de estudar havia passado. Agora era uma nova etapa.

Chegando ao Baile, todos estavam feliz e sorridentes. Dançando e se divertindo. Mara e George foram direto para a mesa de doces. Marta e Marcelo foram ate o andar de cima, Eu e Danilo... Só queríamos dançar um pouco.

–Como é bom parecer um casal normal não é? – Danilo me diz quando dançávamos uma musica lenta que tocava “21 guns – Green day”.

–Pra varias não é? – rimos .

–Se bem que... É bom não ser normal. É bom pra estar sempre aponto de perder você.

–Você é estranho sabia? – rimos.

–Deixe-me explicar... – ele faz uma pausa – Se sempre tivéssemos um ao outro, sabe, sempre que quiséssemos, nós enjoaríamos. Você iria enjoar das minhas brincadeiras sem graça e eu iria enjoar da tua chatice e nós dois não riríamos suportar nossas revoltas.

–Você acaba de me chamar de chata menino estranho?

–Chamei. Atua chatice é o que te faz especial. Eu a adoro. – ele me beija, um beijo calmo, doce. Típicos beijos de casal de filme apaixonado. Aqueles estalinhos só diziam o quanto estávamos amando aquele beijo.

–Só em pensar que... Eu quase...

–Não termine – ele me interrompe. – A morte Ally, só esta na cabeça de quem perde. Pra quem morre é uma libertação. – ele me gira – Agente se liberta de sofrer de amor. Da vida, das pessoas, da dor.

–Sim mas... Acho que nenhum dos dois mundos iriam te suportar. Seja La em baixo, ou La em cima. – rimos.

–Você tem razão. Obrigado por me deixar amanhecer na tua escuridão. Por deixar que eu me tornasse o sol em meio as tuas placas de gelo.

–Os anjos escreveram. Eu só fiz questão de fazer tudo valer apena.

–Você faz qualquer coisa valer apena. – Nós beijando de novo. Eu adorava ouvir aqueles estalinhos.

A musica lenta deu lugar ao rock mais animado. A pista de dança foi invadida por todos os alunos que estavam se formando. Dizendo Adeus aquela maratona de provas, dizendo Adeus a todos aqueles professores.

– Marcelo... – no segundo andar Marta e Marcelo conversavam.

–Oi? – Ele segurava a cintura dela, suas testas se tocavam.

–Eu.. estou grávida.

–O que? É serio? – ele diz surpreso.

–É... – ele sorri a surpreendendo. A pega no colo a beija.

–Eu vou ser pai!! – ele grita para todo o ginásio que retribui gritando e brindando para o feliz casal. Ninguém nunca havia visto Marcelo sorrindo.

–Amor... – George fala ao ouvido de Mara.

–hun?

– Você ainda esta brava por causa daquele doida?

–Um pouco... – Mara olha o outro lado.

–Mah... – George a vira. – eu amo você, pare com isso! Ele a beija. Tudo fica bem.

De volta ao salão, com toda aquela festa e barulho. Nem eu nem Danilo estávamos nós sentindo bem. Afinal, como dois revoltados se sentiriam bem no meio de tanta gente suada bêbada e pulando? Nunca. Eles olhou para mim e olhei para ele. Foi como se compartilhássemos a mesma mente. Sabíamos para onde fugir. Fomos ate nossos lugar prefiro. O parque GreenTree. Deitamos de baixo da mesma arvore, agora olhando as estrelas.

–Este lugar... Me faz bem como nenhum outro. –Danilo diz arrancando os sapatos.

– A mim também... – eu tiro meus saltos. – Mais pensando bem... Qualquer lugar em que você esteja junto... Eu vou estar bem. – eu deito ao lado dele e o olhos nós olhos.

– Mesmo de baixo da ponte com seis filhos descalços e de nariz sujo? – rimos.

–Ate de baixo da ponte.

–Sabe, eu sempre soube que você estava em algum lugar... Só não sabia que você viria tão perfeita pra mim. Sabe não perfeita por você ser perfeita, mas, perfeita por você não ser perfeita. Entendeu?

–Cada palavra – agente se beija.

–Ally... Ta vendo esse céu?

–Estou – estou deitada no peito dele e eu olho para cima.

–Meu amor não é do tamanho do céu, mas, é especial como cada estrela. Porque meu amor por você não precisa se exagerado, Só precisa ser sincero e puro. Você sabe o tamanho dele.

–Porque é do mesmo tamanho que o meu...

–Ta dizendo que você me ama?

–Para sempre, se a morte não chegar primeiro. – Agente se beija. Nada mais precisa acontecer por hoje. Eu sei que vou dormir feliz. Sei que minhas duas mães e meu pai estão no céu olhando por mim. Mesmo sabendo o futuro que me espera eu sorrio. Mesmo que eu vá para a escuridão. Danilo será O sol que irá amanhecer na minha escuridão.