Do I Wanna Know? escrita por Twitter


Capítulo 3
Capítulo 2 Todo mundo odeia escola


Notas iniciais do capítulo

Olá cupcakes! Sim, eu finalmente resolvi dar as caras :3 kjsdhje desculpem a demora! Tive um probleminha que atinge 89% das escritoras do mundo todo, bloqueio criativo ><
Mas aqui estou eu com toda minha perfeição - sqn- e amor por nutella, para postar mais um capitulo para vocês, seres lindos desse planeta.
Enjoy!



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Esse deveria ser mais um dia em que eu acordo desesperada, porque é assim que as coisas funcionam: pegar a primeira camiseta que encontro no chão, comer alguma coisa não identificável para o café da manhã e sair antes mesmo de respirar.

Mas eu estava finalmente experimentando a liberdade que sempre quis, ou seja, tenho que ser mais responsável.

Foi oque eu disse nessa manhã, quando acordei no chão. Por que acordei no chão? Ah, simples, o desastre natural e cabeça de algas ambulante chamado Percy me jogou do sofá em que eu estava confortavelmente dormindo. Maldito.

–SEU FILHO DA PUTA! Você tem um trono reservado ao lado de Hitler! – Esbravejei. Ele simplesmente riu.

Mesmo assim tentei manter meu bom humor inexistente. É, acredite se quiser, morar com Percy Jackson tinha me dado um pouco de autocontrole, em todos os sentidos.

Depois de escorregar pela bagunça que era aquele apartamento até o banheiro, tomar um banho e vestir uma calça jeans e uma camiseta de banda qualquer, eu finalmente estava pronta para ir à maldita escola.

Ah, como odeio a escola, aquele lugar irritante onde se reúnem os jogadores acéfalos, as lideres de torcida siliconadas e as outras pessoas sem cérebro, resumindo, o inferno.

–PUTA QUE PARIU, EU TO ATRASADA! – Xinguei alto o bastante para a senhora que morava no apartamento de cima ouvir e gritar “Olha a boca, menina!”.

–Quer uma carona? – Perguntou Percy com a bunda no sofá e os olhos na TV.

–Você também está atrasado, por que está tão calmo?! – Ele deu de ombros.

–Não gosto de escola mesmo. Mas por você faço esse sacrifício – Piscou para mim.

–Ah, me sinto honrada – Disse ironicamente, mas, talvez, no fundo, bem no fundo mesmo, eu estivesse pelo menos um pouco feliz por isso.

–Então vamos, Cinderela.

–Cinderela? – Franzi o cenho.

Ele sorriu com escárnio e sumiu no corredor. Voltou dois minutos depois vestindo uma regata escrito “I want you so bad”, uma jaqueta preta e uma mochila pendurada em seu ombro. Bem, ele estava no mínimo desejável, e isso não estava ajudando em nada minha sanidade mental.

Se dirigiu a porta com o chaveiro em mãos e a abriu.

–Não, sério, por que Cinderela? – Indaguei passando em sua frente enquanto ele fechava a porta.

–Sei lá, você parece com ela – Disse apertando o botão do elevador.

–Ah claro, eu tenho uma fada madrinha, uso sapatinho de cristal e tenho um príncipe encantado. Com certeza, pareço muito com ela – Disse com sarcasmo. Ele deu de ombros.

–Talvez um dia você descubra.

A porta do elevador abriu e Percy ergueu do chaveiro uma chave mais grossa que eu não tinha notado antes. No momento seguinte, ele estava abrindo um pequeno armário em uma parede e tirou dois capacetes, me entregando o segundo.

Esfreguei meus olhos para ter certeza do que eu estava vendo era real. Quando abri os olhos, Percy estava sorrindo para mim, esperando que eu me sentasse atrás dele na moto. Era uma MV Agusta F4 preta. E por um momento achei que Percy parecia um príncipe em seu cavalo negro...

–Sobe logo, eu não tenho o dia todo! – Grunhi.

... Mas ai eu acordei. Sem chance de o Percy ser um príncipe.

Coloquei o capacete e subi na moto, olhando para o corpo à minha frente e me perguntando internamente se eu deveria segura-lo. Não que estivesse com vergonha, só não estou muito acostumada com o contato humano, é totalmente novo para mim toda essa proximidade.

Percy girou sua cabeça para olhar para mim. Ele bufou quando viu que eu estava desconfortável, segurou meus pulsos e colocou meus braços ao redor de sua cintura. Deitei o rosto em suas costas, respirando o perfume que ele nem havia colocado, mas estava ali. Percy tinha um estranho cheiro de maresia.

[...]

No final das contas, o caminho foi bem rápido, quando chegamos ainda não tinha começado as aulas. Afastei o rosto de suas costas para observar de longe o fluxo de estudantes que paravam o que estavam fazendo para prestar atenção em nós.

Talvez fosse a moto que atraísse tanta atenção, mas eu duvidava disso. Percy estacionou a moto em uma vaga vazia e lhe entreguei o capacete.

–Hã... Obri-

Percy passou por mim caminhando com sua postura entediada para longe, me ignorando completamente. Bufei. Era incrível sua capacidade de ser detestável e apreciável ao mesmo tempo.

Caminhei quase morrendo até minha aula. Era com a Sra. Dodds, a professora de álgebra mais detestada da escola, e por mim também.

No caminho vi Thalia com seus olhos azuis elétricos grudados na tela do seu celular, provavelmente baixando músicas. Ela levantou os olhos quando me viu e não parecia muito feliz.

Merda, esqueci que eu tinha marcado de encontra-la ontem para comprar um celular novo.

–Annabeth Chase! Como pode me deixar plantada naquele shopping?! – Me encarou irritada.

–Foi mal! Esqueci totalmente!

Mas eu sabia que isso não seria o suficiente para ganhar o perdão de Thalia Grace.

–Bem, hoje estou de bom humor, então eu te perdoo se comprar um sanduiche para mim– Thalia de bom humor? Em um dia de semana? Isso é novidade.

–Certo.

–E então, conseguiu um colega de quarto? – Perguntou ela. Assenti – Como ele é?

Arrogante, mal humorado, estranhamente desejável e estupidamente sarcástico. Tive vontade de dizer isso, mas ao invés disso, falei:

–Normal.

Seguimos até à sala de álgebra. Thalia entrou na frente e foi em direção ao seu lugar no fundo e eu fui atrás dela, notando em uma das mesas da frente, a presença incomum de Percy, com o queixo apoiado na mão, olhando para a janela de vidro bem ao seu lado.

Thalia se sentou em uma mesa cheia e eu olhei em volta. Haviam acabado as cadeiras, todas as mesas do fundo estavam completas por dois estudantes cada uma. Respirei fundo, dando alguns passos para trás e colocando minha bolsa na cadeira vaga. Ao lado de Percy.

–Oi.

Ou ele não notou minha existência ao seu lado ou me ignorou completamente, porque o cara nem se mexeu.

A professora finalmente chegou e as conversas se sessaram. A primeira coisa que ela fez foi cravar seus olhos em um Percy quase dormindo com os braços cruzados e a cabeça deitada neles.

–Ora ora, se não é Perseu Jackson. Finalmente decidiu vir à escola?

Percy abriu os olhos e encarou-a com um olhar entediado. Depois, virou sua cabeça em direção a mim como se finalmente tivesse me notado.

–Uhn... Oi – Murmurou. A professora ficou vermelha de raiva por ter sido ignorada. Mesmo assim, engolindo todo o orgulho que ainda lhe restava, começou a dar aula.

Senti alguns olhares cravados em mim e no Percy, que já tinha voltado a dormir. Tentei me encolher ao máximo na cadeira. Oque eu mais odeio, depois de escola, é pessoas me encarando.

Ah ótimo, muito obrigada, Percy, pensei amargamente.

No fim da aula, Thalia veio falar comigo.

–Não se esqueça de que você vai ter que pagar um sanduiche para mim depois da aula – Avisou ela.

– Tá, eu sei.

Encarei Percy e me surpreendi com sua capacidade de dormir na aula, ele ainda estava dormindo até agora. Suspirei. Thalia também olhou para ele, notando finalmente sua presença.

–Quem é esse? – Apontou com o queixo.

–Ninguém importante – Eu disse.

–Magoou – Disse a voz grogue de Percy Jackson.

–Ah, você acordou – Observei Percy colocar a mochila no ombro e se levantar.

–Vou matar aula – Avisou olhando diretamente para mim – Quer vir?

Era matar aula ou assistir mais seis horas de professores chatos falando. Escolhi o óbvio.

–Pode ser.


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Notas finais do capítulo

Quero reviews :3
Desculpem os erros, mas eu estou, novamente, sem beta :'( Selena me abandonou! Bem, se alguma alma boa aí querer ser minha - amada - beta é só me mandar uma MP!
Get in. Get out. Get away